Reino Unido – Um tripulante aeromédico que voava em um helicóptero do serviço de ambulância aérea de Yorkshire (Yorkshire Air Ambulance – YAA) do Reino Unido sofreu uma ferimento na córnea durante um ataque a laser na noite de sexta-feira (22). O ataque ocorreu quando a equipe retornava para a base de Nostell.
Alex Clark foi a vítima do mais recente ataque a laser. O feixe conseguiu atingir um de seus olhos, resultando em uma queimadura em sua córnea. Ele está em tratamento e deverá, em breve, estar totalmente recuperado, porém, sua lesão ressalta a ameaça real enfrentada por tripulações de aeronaves.
Ao longo de uma semana, a YAA foi submetida a três ocorrências a laser, separadas e deliberadas. Segundo a operadora, a segurança das tripulações e dos pacientes que atendem é primordial e inegociável, e esses ataques constituem uma ameaça para ambos. A YAA solicitou ajuda da comunidade e pediu que qualquer informação relacionada aos ataques deverá ser passada para a polícia, que já investiga o caso.
Uma lei foi publicada no Reino Unido em 2018 (Lei de Uso Indevido do Laser) e endureceu as penas para as pessoas que apontem lasers para aeronaves ou outros meios de transporte. O infrator pode enfrentar até cinco anos de prisão e multa. (Confira a Lei)
O piloto-chefe da YAA, Owen McTeggart, enfatizou as graves consequências dos ataques a laser nas operações de ambulância aérea:
“Se tivermos um ataque a laser ao tentar pousar no local de um acidente, isso significa que não poderemos pousar, e a pessoa ferida no solo não receberá os cuidados que estamos lá para fornecer. Não é preciso muito para que os olhos sejam permanentemente danificados por um laser, e embora o laser em si possa não ser um perigo se não entrar em contato com os olhos, é uma enorme distração para a tripulação durante uma fase crítica do voo e causa muita angústia.
Muito disso é desconhecimento das implicações que isso pode ter em nossas operações. E tenho certeza de que a maioria das pessoas que apontam um laser para um helicóptero acha que é apenas uma risada e nenhum dano é causado. Mas pode, em alguns casos, ter consequências que mudam a vida do piloto, da tripulação e, se for uma ambulância aérea, ameaça ao paciente cuja vida estão tentando salvar”.