Brasil – O número de órgãos humanos transportados pela Força Aérea Brasileira (FAB) subiu mais de 2.000% desde o Decreto nº 8.783/16 que obriga a entidade a manter sempre uma aeronave à disposição para o traslado. A medida foi assinada pelo presidente Michel Temer (PMDB) em junho de 2016.
O índice passou de apenas três entre janeiro e março do ano passado para 66 no primeiro trimestre de 2017, uma alta de 2.100%. Os principais destinos dos órgãos foram Distrito Federal, Pernambuco e São Paulo e nos três primeiros meses deste ano, a FAB transportou, entre outros, 30 fígados, 20 corações e 10 rins.
A secretária de Atenção à Saúde, Maria Inez Gadelha, responsável pelo Sistema Nacional de Transplantes, explica que a Força Aérea Brasileira tem um papel muito importante, sobretudo, em casos de urgência.
Maria Inez esclarece que alguns órgãos precisam ser transportados em um curto espaço de tempo. “Principalmente nos casos daqueles órgãos que se deterioram rapidamente. O coração, por exemplo, tem um tempo de isquemia de quatro horas”, afirma.
Transporte de equipes
A secretária deixa claro que, em regiões mais distantes, não só os órgãos são transportados, mas também as equipes que fazem a retirada. Ela explica que as empresas aéreas também têm um papel relevante no transporte de órgãos no Brasil, segundo Maria Gadelha.
“A maior parte dos transporte se dá pelas empresas aéreas. É um trabalho muito bonito, gratuito e que tem um atendimento de primeiríssima responsabilidade e compromisso”, diz. Entre janeiro a março, as empresas aéreas transportaram 330 órgãos.
Atualmente, o Brasil tem o maior sistema público de transplante de órgãos.
Em janeiro, a FAB lançou um vídeo em que apresentava um balanço do decreto:
Fonte: BandNews TV.