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Wolney Anderson

GRAer participa de Encontro de Paraquedistas em Amaralina, Salvador

Bahia – Na manhã de sábado (28), o Grupamento Aéreo (GRAer) da Polícia Militar da Bahia participou do Encontro de Paraquedistas e Amigos 2017 em Amaralina, localizado na região sul de Salvador. Dia 22 de outubro comemorou-se o dia do paraquedista.

Maj PM Wolney, Subcomandante do GRAer, iniciando o salto do Guardião 09.
Maj PM Wolney, Subcomandante do GRAer, iniciando o salto do Guardião 09.

Em duas oportunidades, o helicóptero EC-145, Guardião 09, do GRAer ascendeu até cerca de 6 mil pés, de onde saltaram diversos paraquedistas, entre eles o Maj PM Wolney, Subcomandante do GRAer, também o Maj PM R/R Claudney, Coronel R/R Cid do Exército Brasileiro, dentre outros atletas da Federação Baiana de Paraquedismo.

“Eventos como esse, além da interação entre os participantes de diversas forças, contribuem para o treinamento e aperfeiçoamento contínuo das habilidades técnicas dos integrantes do GRAer que atuam em diversas operações de Segurança Pública e Defesa Civil”, disse o Maj PM Wolney, Subcomandante do GRAer.

O Dia do Paraquedista

Primeiro salto de paraquedas: André-Jacques Garnerin desceu em direção à terra em Paris
Primeiro salto de paraquedas: André-Jacques Garnerin desceu em direção à terra em Paris

O Dia do Paraquedista é comemorado em 22 de Outubro em homenagem ao engenheiro Andrews Jacques Garnerin, balonista e inventor do pára-quedas sem moldura. Em 1797, Garnerin saltou em um pára-quedas feito de seda a partir de um balão de hidrogênio, sobre o Parc Monceau, em Paris. Ele cortou a fixação do pára-quedas ao balão e iniciou uma descida descontrolada de 1.000m e pousou junto a uma imensa multidão que assistia ao seu feito. Em 1804, o cientista francês Joseph Lelandes introduziu um respiradouro no centro do pára-quedas que eliminou essas oscilações violentas.

Por este ato, Garnerin tornou-se reconhecido como o primeiro paraquedista moderno do mundo. Leonardo da Vinci concebeu a ideia do pára-quedas em seus escritos e o francês Louis-Sebastien Lenormand formou uma espécie de pára-quedas de dois guarda-chuvas e saltou de uma árvore em 1783, mas Garnerin foi o primeiro a projetar e testar pára-quedas capazes de desacelerar a queda de um homem de uma grande altitude.

Ele trabalha no ar, no mar e na terra

Policial militar desde 1989, capitão Wolney se tornou um atleta reconhecido no mundo inteiro, e tudo isso no exercício da sua profissão. Esqueça aquela imagem do policial correndo atrás do bandido. Para este aqui, o lugar de trabalho fica nas alturas. Nem o céu é o limite para o capitão Wolney Anderson, integrante do Grupamento Áereo da Polícia Militar da Bahia.

Há 12 anos atuando como paraquedista do Comando de Policiamento Especializado (CPE), Wolney se tornou um atleta dos ares. É recordista das principais competições de salto de paraquedas, realizadas mundo afora.

O último torneio do qual ele participou aconteceu no início deste mês, em Fortaleza, para bater um recorde nordestino, desenhando uma estrela com 30 paraquedistas.

Em 2011, com a mesma perfomance, quebrou o recorde internacional, em parceria com outros 101 paraquedistas, no Arizona, nos Estados Unidos. Para ele, é “um sentimento de prazer e apreensão”, porque ele trabalha para salvar vidas e ainda é um esportista.

Aos 40 anos, o capitão afirma que o segredo é fazer um treinamento constante, “o que nos leva a proficiência e traz a segurança necessária para realizar os saltos”. Em sua atuação de policial-atleta, capitão Wolney acumula algumas histórias, como o salvamento de cinco pessoas, em um prédio em chamas na Baixa de Sapateiros. “As condições eram extremamente perigosas, voamos próximo ao terraço do prédio, no meio da fumaça e do fogo. Um militar desceu fazendo rapel, com a corda amarrada ao helicóptero”, conta o policial, que além de paraquedista é o piloto do helicóptero do Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia.

Vocação familiar

Atuação está no sangue, Wolney Anderson não é o único policial militar que acumula a função de paraquedista. Nem mesmo na sua família. Parece ser um dom, passado pelas gerações.  O pai dele, o coronel Barata, e os dois irmãos, Claudiney e Juliano, ambos com a patente de capitão, também atuam como paraquedista militares. “Os saltos mais memoráveis são os que estou acompanhado de amigos e familiares.

Meu pai e os dois irmãos são paraquedistas e minha irmã Karine já fez dois saltos-duplos, acompanhada por um paraquedista experiente”, conta cheio de orgulho o atleta, que não esconde o amor pela profissão e pela atividade que desenvolve. “Saltar é a mistura de dever e prazer”, resume o capitão.

Esporte das antigas

Considerado radical e praticado por homens jovens em sua maioria, o paraquedismo é um esporte muito antigo. De acordo com o site da Confederação Brasileira de Paraquedismo, os primeiros registros da prática são de 1306, quando acrobatas chineses se atiravam de muralhas e torres empunhando um dispositivo semelhante a um grande guarda-chuva que amortecia a chegada ao solo.

Em 1808, pela primeira vez, o paraquedas foi usado como um instrumento de salva-vidas, quando o polonês Kuparenko utilizou-o para saltar de um balão em chamas. As primeiras escolas começaram a surgir pelo mundo em 1930. No Brasil, um ano depois.

Por Maíra Azevedo – [email protected]. Jornal Massa.

Fotos: divulgação Capitão Wolney.

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