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NTSB alega "pressa em voltar à base" como fator contribuinte em dois acidentes

O NTSB americano (National Transportation Safety Board) citou em seus relatórios finais de investigação que a decisão do piloto de retornar à base em condições meteorológicas por instrumentos (IMC) foi a provável causa de dois acidentes fatais envolvendo helicópteros aeromédicos (EMS), um no final de 2009 e outro no início de 2010.

Cada acidente vitimou toda a tripulação, composta de três pessoa – o piloto e dois tripulantes – e cada um envolveu uma aeronave do tipo AS350.

O NTSB emitiu relatórios finais sobre os dois acidentes em meados de janeiro de 2012.


Primeiro acidente: AS-350 N417AE


O primeiro dos dois acidentes ocorreu em 25/09/09, as 23:31h (hora local) a 1,92 NM (3,6 km) a sudoeste de Georgetown County Airport, em Georgetown, South Carolina/EUA.

A operação, que envolvia diversas pernas de voo, começou por volta das 20:23h, quando o helicóptero deixou o aeroporto de Conway-Horry County (HYW) para uma missão de transporte aeromédico de um paciente do Georgetown Hospital Memorial para a Universidade de Medicina da Carolina do Sul, em Charleston (MUSC). Após o transporte ser realizado com sucesso, o helicóptero efetuou pouso para reabastecimento no aeroporto de Charleston Air Force Base Airport Internacional.

Às 23:02h, o piloto disse ao controle de voo de MUSC que ele estava deixando o local com destino ao aeroporto de Conway-Horry County (HYW) com uma enfermeira de voo e o paramédico a bordo; as 23:16h, informou que estava voando a 110 kt e a 1.000 metros acima do nível médio do mar (MSL) e que ele esperava para chegar a HYW em 29 minutos.

Após essa última informação o piloto deveria atualizar sua posição 15 minutos depois, mas não houve mais comunicações com o helicóptero, e controle de vôo MUSC acionou o plano de ação de emergência. Policiais localizaram os destroços da aeronave às 02:06h em 26 de setembro.

O piloto, de 45 anos de idade, havia relatado há dois meses que ele tinha 4.600 horas de voo, incluindo 3.736 horas como aviador naval na Marinha dos EUA. Possuia licença de avião mono e multimotor, helicóptero, certificado de voo por instrumento para avião e helicóptero, e certificado médico de segunda classe válido.

Embora tivesse experiência em voos em IMC, ele já não era mais proficiente em voos por instrumento e não era obrigado a ser, pois o operador das aeronaves AS350B2 – Empresa Omniflight prestando serviços para a Carolina Life Care – apenas efetuava voos sob regras de voo visual. Em seu último recheque da FAA de proficiência sob a regulamentação da Part 135 realizado em dezembro de 2008, o piloto “satisfatoriamente demonstrou condições de recuperação de entrada inadvertida em IMC”, disse o NTSB em seu relatório final sobre o acidente.

O piloto trabalhou durante o turno diurno (das 08:00-20:00h) nos dias 22 e 24 de setembro e transferido para o turno da noite (das 20:00-08:00h) no dia do acidente.

O helicóptero havia sido fabricado em 2000, possuía 2.967 horas totais de operação em 17 de setembro, quando foi realizada a última inspeção de 500 horas. Embora tal aeronave não seja homologada para FAA (Federal Aviation Administration/EUA) para voo em condições IMC, a mesma era equipada com instrumentos para operar em caso de entrada inadvertida em IMC. No entanto, a aeronave não posuia a bordo equipamentos como radar meteorológico, sistema de visão noturna, piloto automático ou sistema de consciência e alerta de terreno para helicópteros (HTAWS).

Segundo o manual de operações da Omniflight, o piloto em comando era responsável por obter as informações do meteorologia antes de qualquer voo, e os pilotos Omniflight entrevistados disseram aos investigadores que é rotina obter tais informações em um computador no início de cada turno e também a receber tais informações do Centro de Operações Omniflight (OCC) durante seus vôos.

Os investigadores do acidente não confirmaram quais dados meteorológicos o piloto obteve antes do voo do acidente, mas as condições meteorológicas reais relatados pelo piloto, bem como as informações associado com a aprovação do centro de operações de voos, indicou que as condições meteorológicas visuais prevaleceram durante o início da operação e durante a parte inicial do voo.

Quando o coordenador de operações ligou no dia do acidente para a sala AIS do aeroporto de MUSC às 22:42h, o coordenador disse que se o piloto chamasse o OCC antes da decolagem, quando as condições de tempo para o voo de regresso seriam repassadas. O piloto não chamou o OCC, e OCC não tentou contatá-lo, segundo o relatório do NTSB.

O gerente da base da Omniflight em Savannah, Georgia/EUA, que também estava operando um helicóptero na noite do acidente, declarou que, embora o tempo estivesse se deteriorando, a previsão ainda era que permanecesse “bem acima mínimos” para seu retorno a MUSC . Ele disse que falou com o piloto antes do acidente, e que o avisou sobre “tempestades” perto de Georgetown e expressou preocupação de que ele talvez não fosse capaz de retornar à noite para sua base em HYW.

Testemunhas que viram o helicóptero pouco antes do acidente disseram que ele estava voando em direção norte sentido aeroporto de Georgetown a cerca de 1.000 metros acima do nível do solo (AGL) sob chuva moderada a forte,”com seu faróis piscando (1)”, disse o relatório.

“Embora o piloto tenha encontrado uma área de tempo ruim e IMC, o acidente não deveria ter ocorrido, já que o piloto não tinha que entrar no tempo ruim e poderia ter retornado ao aeroporto de Charleston Air Force Base ou poderia ter pousado em um local alternativo”, disse o relatório. “O piloto, no entanto, escolheu entrar na área de tempo ruim, apesar da disponibilidade de opções mais seguras”.

“Com base em declaração do piloto sobre o aviso de “tempestades” na área, o piloto acidentado estava ciente do tempo e assim optou por voar nele. Além disso, a incapacidade técnica do piloto em manter uma altitude de cruzeiro constante durante o voo e o declínio da altitude durante o voo provavelmente reflete sua tentativa de permanecer abaixo do nível da camada das nuvens. Estas pistas deveria ter indicado ao piloto que não era mais seguro continuar sua tentativa para evitar entrar em IMC. Este erro de tomada de decisão desempenhou um importante fator contribuinte no acidente”, conforme descrito no relatório.

Em seu relatório final sobre o acidente, o NTSB reiterou duas duas recomendações de segurança que já haviam sido emitidas após acidentes anteriores.

Um deles, publicado em Fevereiro de 2006, solicitou que o FAA exigisse dos operadores aeromédicos a utilização de um “despacho formalizado de voo com procedimentos que incluíssem a ciência e as atualizações de informações meteorológicas, bem com a assistência em voo das avaliações dos riscos de decisões”. O FAA respondeu com uma proposta de regulamentação pendente.

A segunda recomendação de segurança, emitida em setembro de 2009, solicitou que a FAA que obrigasse os helicópteros aeromédicos a serem equipados com piloto automático e que seus pilotos fossem treinados para usá-los quando voando sem co-piloto. A FAA respondeu que vai estudar a “sua viabilidade e suas consequências de segurança” de exigir um piloto automático ou um segundo piloto.


Segundo acidente: AS-350B3 N855HW


O segundo acidente ocorreu no final de um turno noturno de 12 horas, às 06:00h hora local, em 25 março de 2010, perto de Brownsville, Tennessee/EUA. O piloto havia deixado um paciente no heliponto de um hospital em Jackson, às 05:34h, ligou para o centro de operações da empresa MedCom e também para o piloto que estava entrando de serviço no turno das 05:30h – ambas as ligações para perguntar sobre as condições meteorológicas e maiores informações sobre uma tempestade nas proximidades.

Ele disse ao outro piloto que estava esperando a equipe de paramédicos no heliponto e que “queria entregar logo o helicóptero” e assim que possível estava retornando para a base da empresa, em Brownsville. O outro piloto disse que verificou as informações meteorológicas no computador, e baseado em imagens do radar, viu a chegada de uma frente a cerca de 65 milhas (105 km) à sudoeste se aproximando da base da empresa a cerca de 25 quilômetros por hora.

Ambos os pilotos acreditavam que tinham “cerca de 18 minutos de janela para evitar a tempestade e voltar à base, então o piloto decidiu deixar os paramédicos no hospital e decolar com o helicóptero”, disse o relatório.

O helicóptero decolou do heliponto às 05:51h, contudo ambas as enfermeiras de voo tinham chegado a tempo para embarcar no voo. Os dados de monitoramento via satélite indicam que o helicóptero se manteve a cerca de 1000 pés MSL durante a maioria do tempo em voo, sendo que a última altitude registrada foi de 752 pés MSL (cerca de 350 pés AGL), com o helicóptero voando a cerca de 105 mph (91 kt).

Após a ligação, o piloto na base verificou de novo as informações do radar meteorológico e a frente de tempestades estava agora a cerca de 18 milhas (29 km) da base do empresa. Ele saiu para ver se conseguiria ver o helicóptero chegando e telefonou para uma das enfermeiras a bordo, que lhe disse pelo telefone que “tinham passado a tempestade” e chegariam a base em cerca de 30 segundos.

“Enquanto conversava ao telefone, o piloto na base observara que estava chovendo levemente, mas que o vento tinha aumentado para cerca de 20 kt,” disse o relatório. “Então, logo ao desligar o celular, ele ouviu um estrondo alto e viu relâmpago assustador. Ele procurou no céu, não avistou o helicóptero e tentou novamente ligar para enfermeira, sem sucesso. Então ligou para o centro de operações da empresa e dirigiu-se para contatar o serviço de ambulância local”.

As equipes de resgate encontraram os destroços do helicóptero em um campo aberto a cerca de 2,5 milhas (4,0 km) a leste da base do helicóptero.

O piloto, de 58 anos, tinha licença de piloto comercial para aviões mono e multimotor, licença de helicóptero, certificado de voo por instrumento em helicóptero e avião. Possuía cerca de 4.000 horas de voo em março de 2009, quando obteve seu certificado médico de segunda classe; registros indicaram que possuía cerca de 2.615 horas de voo em helicóptero.

Ele realizou seu último voo de proficiência em agosto de 2009 e seu mais recente recheque de voo por instrumento em fevereiro de 2010.

Um dia antes do acidente, o piloto tinha voado cerca de 0,4 horas à noite. No dia anterior a este, ele havia voado 0,2 horas durante o dia, 0,2 horas à noite sem óculos de visão noturna (OVNs) e 0,5 horas à noite com OVNs, e anteriormente havia sido seu dia de folga.

O helicóptero era um AS350B3, fabricado em 2008 e entregue ao operador – Memphis Medical Center Air Ambulance Service, em maio de 2009; a aeronave tinha cerca de 248 horas de tempo total de voo, e a mais recente inspeção, de 200 horas e anual, foi realizada em 1 de março de 2010. A aeronave era equipada com óculos de visão noturna, painel e iluminação compatível com NVG, piloto automático e um avançado sistema de aviso de proximidade do solo.

A investigação do acidente não revelou qualquer sinal de problema pré-impacto com o helicóptero.

O radar meteorológico da região mostrou que, no momento do acidente, uma tempestade estava se deslocando pela região, incluindo o local do acidente. O radar mostrava que no local as condições meteorológicas eram para voo por instrumentos, chuva pesada, relâmpagos e rajadas de vento de até 20 kt, e que a área imediatamente em frente a tempestade era propensa a existência de correntes de vento “wind shear” a baixa altitude, disse o relatório.

Testemunhas relataram relâmpagos e trovões perto do local do acidente, juntamente com ventos fortes e chuva forte. Informações de duas organizações que monitoram raios e descargas elétricas demostraram a existência de um grande número de raios a partir de 05h45 e 06h15 local, mas nenhum raio dentro do período de tempo de 90 segundos do acidente.

No momento do acidente, a empresa usava um programa formal de avaliação de risco que avaliava, no início do turno do serviço, uma série de riscos, que incluía a experiência piloto, equipamentos inoperantes na aeronave, mau tempo e falta de iluminação noturna. Os valores numéricos eram atribuídos para cada risco, e números mais altos indicam maiores riscos, uma pontuação de mais de 14 pontos significava que o voo não poderia ser realizado.

A avaliação permitia a subtração de pontos através de fatores como elevado nível de experiência do piloto, uso de NVG, entre outros fatores.

O risco total calculado pelo piloto acidentado era de “3 pontos”, sendo que dois pontos tinham sido subtraídos devido a experiência piloto e ao uso de NVG.

O NTSB relata que o encontro com condições meteorológicas degradadas “não deveria ter ocorrido, pois o piloto poderia ter optado por ficar no heliponto do hospital. … O piloto fez uma decisão arriscada de tentar superar a tempestade em condições noturnas. Este erro … esta tomada de decisão desempenhou um importante papel causal no acidente. “

O relatório acrescentou que, embora o acidente tenha ocorrido perto do final de um turno de trabalho noturno de 12 horas, os investigadores do acidente não tinham informações completas sobre o sono e descanso do piloto e não puderam determinar se a fadiga contribuiu para a sua “equivocada decisão de tentar voar tentando escapar da tempestade “.


Este artigo é baseado em relatórios de acidentes do NTSB ERA09FA537 e ERA10MA188 e documentos de acompanhamento.

Fonte: Flight Safety. (Tradução e adaptação de Piloto Policial)

Ambiente visual degradado – Um risco para a segurança operacional de helicóptero

Um número ainda considerável de acidentes de helicópteros ocorre devido à desorientação do piloto em um ambiente visual degradado (DVE). Pesquisas mostram a estreita relação existente entre as características de manobrabilidade do helicóptero e as referências visuais disponíveis.

Tais estudos apontam claramente ser possível afirmar que as condições de identificação visual, as características de manobrabilidade do helicóptero e as aptidões do piloto, embora controláveis individualmente, tornam-se incontroláveis quando combinadas.

CARACTERÍSTICAS DE MANOBRABILIDADE DO HELICÓPTERO

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A instabilidade inerente do helicóptero é um fator importante nesses acidentes. Em pequenos helicópteros não estabilizados, é o piloto quem deve assegurar a estabilidade da aeronave, necessitando de referências visuais para fazê-lo.

A análise abaixo indica que a presença de pelo menos um dos cenários listados poderia causar um ACIDENTE:

a) Perda de controle durante uma tentativa de manobra para evitar uma região com visibilidade reduzida, ou seja, voo para trás, voo para cima ou para baixo de um DVE; e
b) Desorientação espacial ou perda de controle durante a transição para o voo por instrumentos como resultado do encontro involuntário de condições IMC.

REFERÊNCIAS VISUAIS

As evidências mostram que, em um número significativo de acidentes, a causa principal estava na degradação das referências visuais. Os fatores mais comuns que causam a deterioração das referências visuais disponíveis incluem, entre outros:

a) Os baixos níveis de luz ambiente, que resulta em uma redução geral da qualidade do cenário visual e das referências ópticas disponíveis, por exemplo, ao entardecer/à noite;
b) Alcance visual reduzido e/ou terreno/superfície do mar invisível, devido à neblina ou nuvens;
c) Presença de dispersão atmosférica ou brilho do sol;
d) Falta de textura ou de características de superfície, tais como edifícios, estradas, e rios, ou falta de iluminação pública, em voo noturno;
e) Falta de textura na superfície do mar/frisos na água, ou seja, águas calmas;
f) Contornos de encostas ou terrenos mal definidos, ou seja, campos cobertos de neve;
g) Referências enganosas, tais como horizonte falso, por exemplo, devido à iluminação de ruas/estradas afastadas; e
h) Escurecimento devido à chuva ou à presença de condensação nos vidros do cockpit.

ANÁLISE DOS RISCOS NO SOLO

Quando da preparação para um voo em referência visual “com a superfície no visual”, há um determinado número de fatores evidentes de risco que deve ser considerado antes da decolagem:

1) O aparelho é certificado apenas para voos VFR/VMC;
2) O piloto não está treinado/acostumado para voos com instrumentos;
3) O piloto não está treinado/acostumado a recuperações a partir de atitudes incomuns;
4) A navegação é feita com mapas e indicações visuais, talvez com a assistência de GPS;
5) O voo está programado para ser feito em altitudes em que a superfície não é mais claramente definida;
6) Uma parte da rota envolve sobrevoo em uma área rural inabitada ou em uma área importante sem característica especial, tal como água, neve, etc;
7) O voo está programado para ser feito à noite ou em condições de “morosidade” atmosférica;
8) O voo está programado para ser feito à noite, quando não se vê a lua, ou quando as estrelas e a lua estão obscuras;
9) Existem ou provavelmente haverá seções importantes de nuvens baixas no trajeto (4/8 – 8/8);
10) A visibilidade é ou estará provavelmente limitada no trajeto, ou seja, alcance visual mínimo ou próximo do mínimo necessário para realizar um voo seguro (que pode ser substancialmente mais elevado do que os mínimos oficialmente estipulados);
11) Há forte probabilidade de nevoeiro/neblina no trajeto; e
12) Há forte probabilidade de chuva no trajeto.

GERENCIAMENTO DOS RISCOS NO SOLO

Ao se adotar esses fatores como um check list para avaliação dos riscos, percebe-se que o risco aumenta de acordo com o número de itens “marcados”. Por exemplo:

– Se os riscos de 1 a 4 são marcados, isto implica que o nível de risco é aceitável, caso o voo seja realizado em boas condições de VMC.
– Se os riscos de 1 a 9 são marcados, a experiência mostra que o voo não deve ser realizado;
– Os riscos de 7 a 12 são acrescentados aos tipos de condições que tornariam extremamente improvável a capacidade de um piloto manter o controle da atitude do aparelho usando somente referências visuais.

ANÁLISE DOS RISCOS EM VOO

Após o voo ter começado, outros fatores de risco podem estar envolvidos:

13) Baixo nível de luz ambiente;
14) Sem horizonte visual ou o horizonte está mal definido;
15) Pouca ou nenhuma referência visual a partir da superfície do solo;
16) Mudanças na velocidade e altura inalterada ou mudanças pouco perceptíveis graças somente às suas referências visuais;
17) A redução na altura não melhora a percepção do horizonte ou das referências do solo;
18) A vista a partir do cockpit é obscurecida pela chuva/nevoeiro;
19) A camada de nuvens abaixa, o que obriga a efetuar uma descida não prevista para manter as mesmas referências visuais anteriores.

GERENCIAMENTO DOS RISCOS EM VOO

Esses fatores se somam aos riscos associados ao voo já avaliados e marcados na lista antes do voo. Por exemplo:

– Embora apenas os riscos de 1 a 4 tenham sido marcados antes do voo, o risco global aumentaria significativamente se for encontrado, no trajeto, qualquer um dos riscos de 13 a 19;
– Os riscos de 13 a 19 envolvem a necessidade de tomar precauções extremas (isto é, apenas manobras suaves) e o piloto deverá interromper o voo, realizando um pouso controlado de precaução, com toda segurança, assim que for possível.

PERDA DAS REFERÊNCIAS VISUAIS

Se as referências visuais externas forem perdidas, um piloto terá a necessidade de prevenir a desorientação espacial transferindo imediatamente sua atenção para os instrumentos de voo e usá-los para estabelecer um perfil de voo seguro.

Uma rápida avaliação dos riscos, considerando meteorologia, terreno, limitações do aparelho, combustível e aptidão do piloto são fundamentais para o rápido estabelecimento de um perfil de voo seguro. Isto pode fazer com que o piloto, depois de considerar os instrumentos, faça uma curva, uma descida ou subida para uma altitude segura, ou uma combinação destes.

CONCLUSÃO

A análise dos riscos e uma tomada de decisão oportuna são referências essenciais durante a preparação das fases do voo. Atualização e avaliação constantes de todas as informações disponíveis devem permitir que o piloto reconheça os perigos inerentes a um ambiente visual degradado – DVE.

Isso permitirá que o piloto execute ações apropriadas para evitar que a situação evolua a um nível crítico, no qual ele não tenha o nível de conhecimento e de aptidão desejadas e/ou possa dispor da instrumentação do helicóptero para enfrentar a situação de forma segura.

Fontes: European Helicopter Safety Team – EHEST e SGSO da Helibrás, via PreviNE – Boletim Informativo de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Região Nordeste – SERIPA II, ano 2, Ed. nº 07, fev/2013.

Agradecimentos ao Cap PMERG Penha Brasil pela tradução e legenda do vídeo.

ANAC: Seminário de Gerenciamento da Segurança Operacional

anacEstão abertas até o dia 15 de março as inscrições para o Seminário de Gerenciamento da Segurança Operacional. Promovido pela Agência Nacional de Aviação Civil — ANAC, o evento será realizado no Rio de Janeiro, no dia 27 de março, e tem como objetivo discutir os problemas que afetam a segurança operacional na aviação civil e apresentar recomendações e boas práticas de segurança. Podem participar profissionais envolvidos com a segurança operacional de operadores aéreos, aeroclubes, escolas de aviação, aeródromos e oficinas de manutenção localizados em todo o Brasil.

A programação conta com palestras ministradas por servidores da ANAC, representantes do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes aeronáuticos (SERIPA 3 / CENIPA), da empresa aérea Gol e do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Policia Militar do Estado de São Paulo. Entre os temas que serão debatidos pelos palestrantes estão o Sistema de gerenciamento da Segurança Operacional (SGSO) na Visão da ANAC, fatores humanos na Segurança Operacional, ocorrências SIPAER e o Dcerta como ferramentas do Gerenciamento do Risco. Os palestrantes terão acesso também a apresentações sobre exemplos de SGSO já implementados por operadores aéreos no País.

Para se inscrever, basta encaminhar os nomes dos participantes, localidade, telefone, e-mail e instituição à qual estejam vinculados para o endereço eletrônico [email protected].

Inscrições gratuitas.

O seminário será realizado das 8h às 18h, no Centro de Treinamento da ANAC, localizado no Aeroporto de Jacarepaguá – Av. Ayrton Senna, 2541 – Rua D – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro.

Veja a seguir a programação completa do evento:

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Fonte: ANAC, via Paraserpiloto

Dicas para um voo seguro

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Adquira e Troque conhecimento

Lembre-se, não há pessoa que não precise aprender ou reciclar seus conhecimentos, por isso mantenha-se atualizado seguindo nossas Recomendações de Segurança Operacional, Boletins e Informativos SGSO, leia os DIVOP’s do CENIPA, os Alertas de voo da ANAC, informes de outras empresas.

Participe de eventos ligados a operações e a segurança de voo, compareça nos treinamentos ministrados pela empresa (mesmo os não obrigatórios), leia e releia os manuais da aeronave, MGO e não se esqueça de dividir seus conhecimentos com seus colegas aviadores, principalmente os “novatos”.

Operação Aérea

1 – Preparando- se para o voo

Treinamento Teórico

Participe “ativamente” dos treinamentos ministrados pela empresa cuja finalidade seja emissão ou renovação de sua licença/habilitação. Não fique com dúvidas, questione seu instrutor e caso não se sinta confortável para iniciar sua instrução em aeronave informe ao setor de treinamentos e peça mais aulas teóricas.

Treinamento Prático

Só voe “solo” se realmente estiver preparado. Lembre-se que não é vergonha você reconhecer que ainda não está 100%, pois é melhor estender sua instrução do que virar estatística.

Iniciando a Operação

Piloto prepare seu voo com antecedência e atenção. Estude o manual da aeronave, incluindo a parte de peso e balanceamento.

2 – Meteorologia

Certifique-se da previsão do tempo para o aeroporto de decolagem, Rota, Aeroporto de Destino, Aeroporto de alternativa consultando o site www.redemet.aer.mil.br ou o setor de apoio ao voo (despacho) da empresa.

3 – Rota

Estabeleça claramente as condições de sua Rota e planeje sempre uma alternativa, em caso da meteorologia degradar.

Verifique a altitude.

Fique alerta às condições de formação de gelo, não descuide só porque nosso país é de clima quente.

4 – Vento

Não se esqueça de verificar as condições do vento no local de destino, para o horário previsto para o voo.

Em caso de vento de través, avalie as limitações de sua aeronave e as suas também.

Alem do site do Comando da Aeronáutica www.redemet.aer.mil.br, consulte também o site do Comando da Marinha www.mar.mil.br.

Não deixe que pensamentos como “temos que chegar lá” ou “ vamos voltar para casa” afetem seu bom senso.

5 – Rádio Comunicação

Tenha sempre em mente sobre o que fazer no caso de falha de seu rádio de comunicação, especialmente se estiver sobre um espaço aéreo controlado.

Tenha em mente os códigos de transponder em caso de emergência (7700), falha de comunicação (7600) e ato ilícito (7500).  Anote as frequências de rádio que serão uteis durante o voo, incluindo os serviços de VOLMET e ATIS.

Registre, também, as frequências e os códigos Morse de identificação do auxilio a navegação, para serem um meio de suporte para sua navegação visual, caso algo não saia como planejado.

Ao se comunicar com o Controle Aéreo use a Fraseologia padrão, conforme ICA 100-12, disponível no site www.aisweb.aer.mil.br

Navegação Visual – Verifique com o setor de Rotas e Manuais da empresa se suas cartas de navegação estão em dia, assim como o ROTAER.

NOTAM’s – Verifique sempre as condições do aeródromo de destino consultado o NOTAM via www.aisweb.aer.mil.br, evitando assim problemas como pistas fechadas ou em reparos.

*Na dúvida sobre alguma informação contida em NOTAM consulte a AIS mais próxima ou peça ajuda ao Setor de Apoio ao Voo da empresa, via 11-5070-6012.

6 – Preparação da Aeronave

Peso e balanceamento

Use o peso básico e a posição do centro de gravidade (CG) da aeronave fornecido na ultima inspeção. Para o calculo de peso e balanceamento utilize os pesos reais da tripulação, passageiros e cargas.

Limitações

Verifique as limitações de peso de decolagem e pouso quanto à limitação do C.G. Caso algum deles seja excedido, faça as devidas correções antes de decolar.

Nunca use sua aeronave acima do peso

Combustível

Sempre planeje seu voo com combustível para voar pelo menos 30 min a mais.

Checklist

O Comandante e o co-piloto devem, rigorosamente, antes de ligarem os motores do avião, realizar a inspeção externa da aeronave (checar trem de pouso, pneus…), ler os checklists, realizar um pequeno briefing e discutir o plano de voo.

No briefing devem discutir como irão resolver os problemas que possam surgir durante a missão. A disciplina de ser “perder” alguns minutos com esses procedimentos leva a um único propósito, de que a equipe está preparada para o voo.

As rotinas não são apenas para os novos pilotos, mas também para o comandante. O cumprimento de procedimentos como o checklist reduz em muito a probabilidade de se ocorrer um incidente ou acidente aeronáutico durante a missão.

ATENÇÃO:

a) Voe somente se a operação for segura, não faça nada pressionado ou com excesso de confiança. Seja responsável, você é o Comandante, lembra?

b) Se sua aeronave estiver com panes decorrentes da MÁ MANUTENÇÃO, recuse-se a voar e exija que essas panes sejam sanadas;

c) Não burle o sistema DCERTA informando outro código ANAC ou emprestando o seu a algum colega para que um voo possa ser realizado (devido a falta ou habilitação vencida), mesmo que você ou seu colega sejam experientes no equipamento;

d) Reporte ao Safety toda e qualquer situação que coloque sua operação em risco. Sua omissão pode ser responsável pela perda de muitas vidas.

Caro piloto, essas são nossas dicas, agora é com você. Voe seguro, voe com responsabilidade.

Fonte: Rodrigo Edson da Silva – Safety da VoeGlobal.

Perda de eficiência do rotor de cauda em helicópteros – LTE

Em um helicóptero com um único rotor principal, uma das principais funções do empuxo do rotor de cauda é o de controlar o rumo do helicóptero. Se o empuxo do rotor de cauda for insuficiente, uma guinada inesperada e descontrolada pode ocorrer. Este fenômeno tem sido um fator preponderante em um determinado número de acidentes envolvendo helicópteros, sendo comumente chamado de LTE (Loss of tail-rotor effectiveness).

Pode-se definir LTE como um empuxo insuficiente do rotor de cauda associado a uma margem insuficiente de controle, pois isso pode levar a uma velocidade de guinada rápida não controlada. Esta velocidade de guinada não pode diminuir naturalmente e, na ausência de correção, ela pode causar a perda do helicóptero.

Quando uma LTE ocorre?

Uma LTE é mais provável de ocorrer quando o pedal de controle de guinada crítica está próximo de sua posição de fim de curso. O pedal de controle de guinada, que é considerado mais crítico, é o pedal direito para um rotor principal girando no sentido horário e o pedal esquerdo para um rotor girando anti-horário.

Uma LTE geralmente ocorre em uma velocidade baixa à frente, normalmente inferior a 30 kts, quando:

a) A deriva traseira tem uma baixa eficiência aerodinâmica;
b) O fluxo de ar e o efeito de deflexão gerados pelo rotor principal interferem com o fluxo de ar que entra no rotor de cauda;
c) Uma regulagem de potência elevada demanda uma posição do pedal de controle de guinada próxima do fim de curso, e
d) As condições de vento turbulento exigem comandos de guinada e coletivo importantes e rápidos.

A seguir estão listadas algumas das operações em que os pilotos podem geralmente se encontrar a baixa altura, velocidade baixa e potência elevada, e com uma velocidade de vento difícil de determinar, durante as quais o piloto está frequentemente preocupado com o posicionamento do aparelho para realizar a tarefa de:

a) Setores de patrulha de linhas de transmissão e gasodutos;
b) Carga externa;
c) Operações de guincho;
d) Combate ao fogo;
e) Reconhecimento do local de pouso;
f) Uso de câmera/fotografia aérea em baixa velocidade;
g) Polícia e serviço médico de urgência (HEMS);
h) Pouso e decolagem em Altitude Densidade (DA) elevada; e
i) Pouso e decolagem do convés de um barco.

Como evitar uma LTE?

Durante a preparação de um voo, os pilotos devem considerar o Manual de Voo do aparelho, mais especificamente no que diz respeito aos desempenhos em função dos azimutes de vento críticos, da altitude densidade em que voam, do peso bruto na decolagem do helicóptero e das características de voo.

Durante o voo, os pilotos devem estar sempre cientes das condições do vento e da margem de empuxo do rotor de cauda disponível, que é representada pela posição de pedal crítico.

Sempre que possível, os pilotos devem evitar uma combinação das seguintes condições:

a) Condições de ventos desfavoráveis em baixa velocidade.
b) Guinada não comandada.
c) Comandos de guinada e coletivo importantes e rápidos em velocidade baixa.
d) Voo em baixa velocidade em condições de vento turbulento.

Reconhecimento e recuperação do controle após uma LTE

Os pilotos devem estar cientes de que, ao se encontrarem em um regime de voo em que uma ou mais condições das acima ocorrerem, poderá haver situação de perda de eficiência do rotor de cauda, devendo ser capazes de reconhecer o início do fenômeno aerodinâmico e de começar imediatamente as medidas efetivas de recuperação do controle. As ações de recuperação do controle variam de acordo com as circunstâncias, se a altura permitir, atingir a velocidade à frente sem aumento de potência (se possível, através da redução de potência), geralmente resolve a situação.

Portanto, como essas ações podem implicar em perda de altitude considerável, é recomendado aos pilotos identificá-las de forma clara, antes de efetuar as operações mencionadas.

Para sair de uma LTE:

a) Pressionar totalmente o pedal oposto à direção da curva;
b) Adotar uma atitude de aceleração para aumentar a velocidade à frente; e
c) Se a altitude permitir, reduzir a potência.

Margem de impulso do rotor de cauda versus velocidade do rotor com torque máximo.
Edição nº 06 do PreviNE – Boletim Eletrônico de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Região Nordeste; Programa de Segurança Operacional da HELIBRAS e Tradução do European Helicopter Safety Team EHEST, edição de setembro de 2012.

Anjos da Guarda dos Jogos Olímpicos de Londres – Parte 2

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A Eurocopter do Reino Unido foi responsável pelo suporte de 20 helicópteros EC135 e EC145 da Unidade de Apoio Aéreo Policial de diferentes forças durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, juntamente com os helicópteros Puma da Força Aérea Real, que estavam de plantão para utilização durante os eventos.

Além disso, uma empresa chamada Arena TV forneceu cobertura aérea nos Jogos Olímpicos, considerando a abertura dos jogos e a volta da tocha olímpica ao redor do Reino Unido. Eles tiveram cinco AS355s que também foram amplamente utilizados durante todo o torneio e que voaram cerca de 600 horas durante o período.

O diretor da Eurocopter do Reino Unido, Markus Steinke, disse a Rotor & Wing que os preparativos para os Jogos Olímpicos representaram  um “grande esforço no pré-planejamento da Eurocopter  juntamente com as Forcas Policiais.”

Steinke disse que a Eurocopter foi capaz de proporcionar a sua experiência de apoio a outros grandes torneios em todo o mundo, como a Copa do Mundo de futebol de 2006. A elaboração do planejamento para a frota de helicópteros da polícia do Reino Unido nas operações durante os Jogos começaram um ano antes do evento.

Como os helicópteros  EC135 e EC145 necessitam de tipos diferentes de manutenção,  um planejamento de manutenção intensiva e de estrutura logística teve que ser desenvolvido. Alguns dos EC135 foram adiantados, o que permitiu que a Eurocopter fizesse uma pré-reserva de alguns slots de emergência dentro do esquema de trabalho para algum imprevisto que ocorresse com uma aeronave durante os jogos.

A Eurocopter também trabalhou com seus fornecedores para criar um estoque dos itens mais necessários, como pás de rotor e equipamentos de missão, até os itens menores. “Nós dobramos nosso estoque para os Jogos Olímpicos, o que incluiu também ter motores de substituição em modo de espera”, revelou Steinke.

Foi também necessário aumentar o número de recursos críticos, incluindo uma linha de contato de emergência (Hot Line) para ocorrências de aeronaves “groundeadas” e outros serviços técnicos, implementação de uma escala de serviço 24/7, gestão de suporte ao cliente para fornecer manutenção dos sistemas que vão dos motores até equipamentos específicos de missões, e a implantação de uma frota de 20 veículos rastreados por GPS móveis.

O pré-planejamento valeu a pena. Steinke afirma que houve apenas uma “intervenção” significativa para reparar um helicóptero, três pedidos de logística e dois pedidos de clientes para suporte técnico durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

Steinke ficou plenamente satisfeito com o resultado do pré-planejamento da sua empresa e dos preparativos. “Foi demonstrado que a Eurocopter é a espinha dorsal do Reino Unido para a segurança nacional (em termos de fornecimento e suporte aos helicópteros da polícia).”


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Fonte: Aviation Today

Anjos da Guarda dos Jogos Olímpicos de Londres – Parte 1

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Londres ganhou o direito de sediar a Olimpíada de 2012, no dia seis de Julho de 2005, em Singapura, ganhando da capital francesa Paris, que era então a forte candidata a receber os jogos.

Mas, com celebrações em andamento por toda Inglaterra, os planejadores de segurança foram obrigados a mergulhar profundamente no planejamento para conseguir chegar a um acordo de como cumprir o desafio de manter seguro o país que estava recebendo o evento.

A principal ameaça foi marcada apenas um dia depois, em sete de Julho, quando uma série de ataques suicidas coordenados (conhecidos como os atentados de 7/7) deixaram a manhã de Londres um caos.

Quatro homens-bombas detonaram os dispositivos em três trens de metrô e em um ônibus de dois andares, resultando em 52 civis mortos e mais de 700 feridos.

Enquanto o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Londres (LOCOG) era a entidade responsável por supervisionar o planejamento e desenvolvimento das competições dos jogos, o planejamento geral de segurança ficou por conta do Comitê Olímpico de Segurança Nacional (ENOC), e a função de supervisionar o planejamento, desenvolvimento e implementação do policiamento nos Jogos e da coordenação inter-agências (inclusive militares), ficou por conta de um comissário assistente.

A dimensão da segurança necessária para os Jogos Olímpicos era enorme e foi descrita pelo comissário assistente Chris Allison:

a) 14.700 atletas de 205 países irão competir durante 28 dias de competição;

b) Cerca de oito milhões de ingressos serão vendidos para os Jogos Olímpicos e outros dois milhões para os Jogos Paraolímpicos;

c) 11 forças vão policiar as Vilas Olímpicas;

d) Cerca de 12 mil policiais estarão de serviço em todo os locais em dias de pico;

e) 26 esportes olímpicos serão disputados em 34 locais;

f) 20 esportes paraolímpicos serão distribuídos em 21 locais;

g) 800.000 pessoas são esperadas para utilizar o transporte público para acompanhar os Jogos nos dias mais movimentados, numero que supera toda a população de Buenos Aires, Argentina;

h) 20.000 membros da imprensa mundial são credenciados com acesso aos jogos. Mais 20.000 pessoas não credenciadas da imprensa são esperadas.

Uma das primeiras medidas tomadas foi a elaboração de duas zonas do espaço aéreo de restrição que abrangem o centro de Londres.

Uma delas era uma zona proibida e cobriu o espaço aéreo em torno dos principais locais envolvidos na realização dos eventos olímpicos e a outra, uma ampla zona restrita que cobriu uma grande área do espaço aéreo que se estendia ao sul do Aeroporto de Gatwich, ao norte de Luton e Stansted, além do oeste de Heathrow, sobre o Estuário do Tamisa entre Kent e Essex.


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Fonte: Aviation Today

Fabricantes e operadores de helicópteros lutam para atingir meta de segurança de voo até 2016

O objetivo de reduzir os acidentes de helicóptero em 80% em 2016 será difícil de ser atingida, mas os fabricantes e operadores continuam se esforçando para melhorar a segurança das operações e aeronaves com novas regras, projetos e equipamentos.

Números recentemente divulgados mostram que a indústria mundial de fabricantes e operadores de helicópteros estão muito longe de atingir a sua meta de segurança auto-atribuída, uma redução do número de acidentes em 80% durante o período 2006-2016, se as tendências atuais de acidente continuarem. 

Por isso, as autoridades de aviação civil estão se esforçando para encontrar novas maneiras de abordagem à pilotos e operadores, assim como aos fabricantes, como forma de melhorar essa situação atual. Isso inclui novas regras, mas inclui também folhetos de simples leitura. Enquanto isso, os fabricantes estão introduzindo novos processos de design e novos equipamentos, de modo a fazer sua contribuição ao objetivo, como foi mostrado no Simpósio Anual de Helicópteros da European Aviation Safety Agency (EASA), organizado em dezembro, em Colônia, na Alemanha.

Bob Sheffield, um membro da International Helicopter Safety Team (IHST) e assessor de safety da AgustaWestland, disse que algumas regiões estão indo na contramão em termos de estatísticas de acidentes de helicóptero. A tendência global é um número ligeiramente em declínio da taxa de acidentes por 100.000 horas de voo. A taxa de 5,7, ainda está muito alta para conseguir atingir a meta de 1,9 (acidentes por 100.000 horas) em 2016. Esses números estão muito influenciados por três regiões onde as tendências de acidentes aumentaram: América do Sul, Ásia e Oceania.

Taxa anual de acidentes com helicópteros

As regiões onde as taxas de acidente entraram em uma tendências de queda são a Europa, América do Norte (ambos ainda acima da meta de redução) e África. Será que o objetivo de reduzir 80% foi demasiado ambicioso? 

“Foi uma aspiração conjunta, que coincidiu com a criação do IHST”, declarou Michel Masson, coordenador de ações de safety da EASA , secretário da European Helicopter Safety Team (EHEST) e co-presidente da European Helicopter Safety Analysis Team (EHSAT) à revista Rotor & Wing. Ele insistiu ainda que o esforço de reduzir a taxa de acidentes com helicópteros ainda continuará a ser realizado depois de 2016, especialmente se a meta não for atingida.

O EHSAT e o European Helicopter Safety Implementation Team (EHSIT) fazem parte do EHEST, o grupo de trabalho europeu da IHST. As causas desta tendência não esperada das taxas de acidentes são difíceis de encontrar. “Será que a crise econômica seria uma explicação para o soluço que vemos no gráfico a partir de 2008 ?”, perguntou John Steel, um representante da agência reguladora da aviação irlandesa e co-presidente do EHSIT. Sua equipe ainda está analisando essa possibilidade. Outra explicação possível é a discrepância entre a formação dos pilotos e a tecnologia atual – atualmente um Robinson R66 Robinson já vem equipado com um “glass cockpit” e FADEC, lembrou Steel.

“Os helicópteros são seguros, mas alguns não estão sendo operados de forma tão segura quanto deveria ser, e nós sabemos como fazer um helicóptero voar de maneira muito mais segura”, afirmou Sheffield. Alguns passageiros podem discordar com a primeira parte da declaração. “Durante o período de 1992-2009, 31% das causas de acidentes em operações offshore foram por problemas técnicos”, segundo Olivier Claeys, chefe do departamento de  aviação da Total. As companhias de petróleo simplesmente querem que o transporte de passageiros com helicópteros possa ser tão segura como as companhias aéreas.

Nem todos os tipos de operações aparecem da mesma maneira nas estatísticas de acidentes. Por exemplo, nos EUA, os operadores privados (aviação geral), de instrução e agrícola tem as três piores taxas de números de acidentes.Para muitos, no entanto, a coleta de dados ainda é um desafio. Apenas um exemplo, foi impossível para o EHEST conseguir correlacionar o número de acidentes com o número de pousos.

Dave Howson, um gerente de projeto de pesquisa na agência reguladora da aviação civil do Reino Unido (UK CAA), apontou para a carência de informações e dados utéis. Ele se referiu as informações de horas de voo anuais por tipos de operações e tipos de aeronaves, a distribuição do tempo de voo por fases de voo, bem como a experiência de voo e idade dos pilotos. “Se tivéssemos começado a buscar essas informações quando o EHEST foi criado em 2006, atualmente já teríamos cinco ou mais anos de dados úteis e importantes!”, lamentou-se.

A maioria dos acidentes envolvem helicóptero leves conforme regulamentação da FAR Part 27 (peso máximo de decolagem de até 5.700 kg), segundo observou Howson. No entanto, os helicópteros sob a regulamentação da FAR Part 29 (peso máximo de decolagem acima de 5.700 kg) também estão incluídos nas estatísticas. “Será que essa mistura atrapalha a pesquisa?”, questionou  Howson.

Segundo sua pesquisa, as diferenças dos acidentes entre as duas classificações de helicóptero não invalida a conclusão. Seu estudo dos acidentes com helicópteros da FAR 27 ao longo do período 2000-2010 concluiu que os dois primeiros fatores contribuintes são coincidentes para os acidentes dos helicópteros da FAR 27 e FAR 29: julgamento e ação do piloto e gerenciamento de segurança (“pilot judgment and action, and safety management“).

A principal diferença entre os fatores contribuintes dos acidentes entre as duas categorias de helicóptero é no quesito manutenção, onde ela aparece cinco posições a frente na categoria de helicópteros menores (FAR 27).

Fonte: Aviation Today

Brasil fecha 2012 com novo recorde de acidentes aéreos

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Número preliminar mostra 168 casos no ano passado, contra 159 em 2011. Acidentes com mortes crescem; 2013 terá redução, acredita oficial da FAB.

O número de acidentes aéreos registrados na aviação civil brasileira fechou 2012 com um novo recorde, segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).

Foram 168 casos no ano passado em comparação com 159 em 2011- um aumento de 5,6%.Dentre as 168 tragédias aéreas ocorridas em 2012, 146 foram com avião (aumento de 10,6% em relação a 2011) e outros 22 de helicóptero (redução de 15,5%). Os dados são preliminares e podem sofrer alterações, pois o CENIPA ainda está recebendo relatos de seus escritórios regionais e pelo menos mais quatro casos ainda precisam ser analisados.

Acidentes Aeronauticos 2012 - CENIPA

Dentre as ocorrências mais graves investigadas em 2012 estão a queda de um helicóptero da Polícia Civil de Goiás, que deixou 8 mortos, em agosto, e o acidente com um King Air de uma indústria de alimentos, que também deixou 8 mortos em julho em Minas Gerais.

Os meses com maior registro foram fevereiro, agosto, novembro, junho e dezembro. Em todos eles, o número de acidentes superou a marca contabilizada no ano anterior.

2011 já havia fechado com um índice histórico de acidentes no país desde 2000, quando a Aeronáutica começou a divulgar os dados: foi 45% superior a 2010.

“Começamos no ano passado uma série de ações focadas na prevenção e na melhoria da manutenção das aeronaves para reduzir o número de acidentes no país e estamos caminhando para isso. 2012 foi um período de transição e acreditamos que 2013 será um ano que haverá redução”, afirma o brigadeiro Luis Roberto do Carmo Lourenço, chefe do CENIPA.

“No mundo inteiro, a aviação caminha para ser cada vez mais segura. No Brasil, na aviação comercial regular, estamos neste caminho. O que ainda nos preocupa é a aviação em geral (aviões e helicópteros privados, táxi aéreo, agrícolas, dentre outros)”, explica o oficial.

Segundo as companhias aéreas, do caminham para a conclusão do ano mais seguro já registrado, com uma média até o fim de novembro de apenas um acidente de qualquer tipo para cada 5,3 milhões de voos, informou

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) informou que 2012 foi o ano mais seguro já registrado pelas companhias aéreas desde 1960. Houve, em média, um acidente para cada 5,3 milhões de voos do tipo.

Ocorrências com mortes sobem

Houve ainda aumento, em 2012, no número de acidentes de avião com mortes – foram 29 contra 22 no ano anterior.  Porém, os acidentes com helicóptero deixaram menos vítimas no ano passado: foram apenas 3 contra 8 em 2011.

Acidentes Aeronauticos com 2012 - CENIPA

A quantidade de acidentes com perda total em 2012 se manteve igual a 2011 – 34 casos, incluindo quedas de helicóptero e de avião.

O número de mortos nas tragédias, porém, diminuiu. 71 passageiros e tripulantes perderam suas vidas em quedas de avião e helicóptero em 2012 – contra 90 em 2011. O ano com maior número de vítimas até hoje foi 2007, quando houve o acidente com um avião da TAM no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. Naquele ano, foram 271 mortos na aviação civil do país.

Ações de prevenção

Em 2013, os profissionais da FAB farão palestras em pequenas cidades no interior dos estados, levando informações sobre os principais fatores que levam à queda de acidentes e também orientando pilotos e mecânicos para que se preocupem com fatores que estão provocando mais tragédias nos últimos anos – como falta de combustível, baixa visibilidade, mau tempo,  colisões com pássaros e outros animais, interpretação equivocada de instrumentos, ou decisões erradas da tripulação na hora do pouso e da decolagem.

“Estamos incrementando o trabalho em conjunto com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Secretaria de Aviação Civil (SAC) para aumentar a fiscalização e as atividades em todo o país, verificando o que está sendo feito de forma irregular e que pode ser melhorado para prevenir novos acidentes”, afirmou o brigadeiro Lourenço, chefe do CENIPA.


Veja aqui a estatística completa divulgada pelo CENIPA


Fonte: G1

 

 

 

Esquadrão Falcão realiza II Jornada de Segurança de Voo para Helicópteros, em Belém/PA

O Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação – Esquadrão Falcão, unidade aérea de helicópteros da Força Aérea Brasileira, realiza a II Jornada Amazônica de Segurança de Voo para Helicópteros, dia 1º de dezembro, das 8h às 17h, no auditório da Base Aérea de Belém/PA. A Jornada marcará os 40 anos da unidade, além de reforçar o nível de segurança nas operações de helicóptero.

A proposta do evento é integrar pilotos, mecânicos, fabricantes, operadores, representantes, comissários e demais envolvidos com a operação de helicópteros. Aspectos médicos na aviação de asas rotativas, A influência da cultura organizacional nos acidentes aeronáuticos, Desorientação espacial, International Helicopter Safety Team (IHST) e Métodos de aprimoramento das aptidões de pilotos de helicópteros serão os temas das palestras, apresentadas por especialistas em segurança de voo.

Maiores informações:
– Capitão Aviador Valentim: (91) 3182-9535/ (91) 8894-6340 ou [email protected].

A participação no evento é gratuita e as inscrições já estão abertas. Veja abaixo a programação e o currículo dos palestrantes:

 

Segurança Operacional – Quem tem as respostas?

BRYAN SMITH
Gerente de Segurança Operacional da ALEA

EXCLUSIVO PILOTO POLICIAL

Frequentemente, nossos esforços na Segurança Operacional estão focados principalmente em coletar e organizar dados. Quantas aeronaves sofreram acidentes? Quais os fatores contribuíram para o acidente?, etc. É muito fácil coletar esses números e compartilhá-los com uma observação: “Nunca faça isso !”.

Mas infelizmente, raramente um piloto comandando uma aeronave pensa se o que ele está fazendo é perigoso ou está indo contra a política de Segurança Operacional de sua unidade.

Portanto, a questão a ser feita deixa de ser: “O que o piloto fez?” para “Porque o piloto fez isso?”, ou melhor ainda “Porque ele pensou que isso seria uma boa ideia?”.

Essa é a questão mais complicada a ser respondida, e na maioria das vezes não é possível encontrar uma resposta apenas com os dados de segurança operacional. Para chegar a uma resposta à essas perguntas mais difíceis é necessário muita análise, experiência, treinamento e às vezes até mesmo um pouco de sorte.

Felizmente, existem grandes oportunidades de enfrentar esses desafios como, por exemplo, os Seminários de Segurança da ALEA (Airborne Law Enforcement Association).

Como Gerente de Segurança Operacional da ALEA, é importante reconhecer que eu não tenho todas as respostas. Entretanto, o mais importante é saber que dentro de um grupo seleto formado por pilotos, tripulantes e instrutores, NÓS podemos achar as respostas para as questões de segurança que precisam ser respondidas. Nós apenas precisamos aprender a “enxergar” essas informações quando estamos diante de uma oportunidade. Assim, acredito que o grupo aqui em San Diego realizou um enorme progresso nesse sentido.

Alguns dos principais pontos abordados nas palestras realizadas em San Diego envolve diretamente a Cultura Organizacional das nossas unidades de aviação.

Não importa quão precisos e satisfatórios sejam os indicadores de segurança operacional, as recomendações de segurança ou os planos de treinamento, se a unidade não tiver uma Cultura Organizacional saudável e um sistema de Cultura Justa, de nada adianta toda essa papelada.

Um dos assuntos discutidos foi a “Cultura Justa”. Cultura Justa é um sistema desenvolvido para auxiliar em como a administração de uma unidade aérea deve abordar a questão dos erros cometidos por suas tripulações.

Ela basicamente diz que os erros são inerentes da nossa condição humana, sendo assim um erro não intencional ou resultante de uma falha de treinamento deve ser tratado de forma diferenciada de um erro resultante de desrespeito intencional das regras ou norma, sendo que este sim requer uma punição tradicional.

O objetivo é que esse membro da tripulação permaneça na unidade nos precisamos reconhecer que a causa organizacional que gerou o erro ainda está lá, pois a punição não a removeu. Nós também queremos que as pessoas se sintam confortáveis em comunicar erros para que possam ser corrigidos com treinamentos.

Por exemplo, se um piloto tem medo de ser demitido ou punido por extrapolar acidentalmente os parâmetros da turbina durante a partida (“partida quente”), certamente ele não irá reportá-la. O dano pode no momento até passar despercebido, até ocorrer um próximo evento decorrente mais grave, tal como uma falha de motor em voo. Obviamente seria melhor que o piloto relatasse o incidente imediatamente.

Erros humanos podem ser minimizados, mas nunca podem ser descartados. O sistema de “Cultura Justa” reconhece que se colocamos humanos em nossas aeronaves, eles podem eventualmente errar. Assim, o sistema nos permite lidar com esses erros de uma maneira que os danos sejam minimizados, reduzindo as chances de que eles aconteçam novamente e mantendo todo o investimento já colocado nas pessoas.

A sugestão apresentada está disponível na integra no site da ALEA na forma de um kit de informações sobre SMS (Safety Managment System Tool Kit).

Outro assunto discutido foi “Desvios Autorizados” (“normalized deviation”). Mudanças repentinas e radicais na política de segurança de uma unidade resultam na maioria das vezes em normas muito restritivas, tornando nosso trabalho muito difícil, se não impossível.

Algumas vezes essas novas regras de segurança são implementadas, sabendo-se que ninguém irá segui-las. As regras parecem estar ali só para o comando dizer após um acidente: “Veja, eu mandei não fazerem isso”. Tal atitude faz com que todo o esforço em Segurança Operacional seja em vão, pois toda a responsabilidade das operações irá sempre recair sobre os pilotos.

Nossas políticas de Segurança Operacional devem ser bem pensadas. Elas devem basear-se nos inúmeros fatores que contribuem para que um acidente aconteça, e não apenas no erro final do piloto. Mais importante que isso, a política de Segurança Operacional da unidade deve ser projetada para atender os atuais objetivos da unidade ou o tipo e a forma de operação deve ser mudado para se atingir as metas de segurança.

Esse dois assuntos foram apenas um exemplo de como podemos obter valioso conhecimento quando reunimos pessoas com um objetivo comum de encontrar respostas às difíceis questões de Segurança Operacional.

Caso tenha alguma pergunta, sintam-se a vontade em contatar-me no email [email protected]

Fly safe brothers and sisters !


Bryan Smith, é piloto no Lee County Sheriff’s Office, em Fort Myers, Flórida/EUA, onde  opera uma aeronave Cessna T210L e helicópteros Eurocopter AS350BA/B2. Possui habilitação de Instrutor de Voo VFR/IFR e é responsável por todo o treinamento inicial e recorrente dos piloto e Tactical Flight Officer da unidade. Anteriormente, trabalhou como piloto no Gainesville Police Department (Flórida/EUA) e no Atlanta Police Department, ambos nos EUA.

Atualmente é Gerente do Segurança de Voo da ALEA e membro do Comitê de Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional da IHST (International Helicopter Safety Team). É formado em Administração de Segurança Pública.


Sobre a ALEA

A Airborne Law Enforcement Association – ALEA – é uma entidade sem fins lucrativos de ensino fundada em 1968 para apoiar e incentivar o uso de aeronaves em segurança pública. Atualmente conta com mais de 3.500 associados.

A ALEA promove além do networking entre seus associados, seminários educacionais e exposições de produtos aos seus membros.

Tem como missão apoiar, promover e alavancar a utilização segura e eficaz de aeronaves por agências governamentais de apoio a missões de segurança pública através de programas de formação, networking, treinamento e de representação institucional.

Para saber mais sobre a ALEA visite seu site ALEA.org

NOTAer/ES realiza o I Seminário de Segurança Operacional

A doutrina de segurança operacional bem como sua aplicação são elementos cruciais no contexto hodierno da aviação de segurança pública e defesa civil e que demandam de seus operadores preparo técnico, conhecimento específico e elevada consciência situacional.

Ao se completar 20 anos de atividades aéreas no Espírito Santo, o Núcleo de Operações e Transporte Aéreo capixaba se depara com um momento capital em que é preciso avaliar criticamente todo o caminho da aviação de segurança pública e defesa civil percorrido até aqui, bem como definir estratégias e parâmetros para os próximos anos, tudo sem perder o caráter científico dessa avaliação e sem ultrapassar os limites da segurança operacional.

Assim sendo, o NOTAer promoverá, no dia 31 de outubro de 2012, o seu I Seminário de Segurança Operacional com o intuito de promover uma reflexão acerca do tema e de continuar adequando suas atividades aos ditames nacionais e internacionais que permeiam a segurança operacional.

O evento contará palestras que abordarão temas sobre a influência da cultura organizacional no acidente aéreo, bem como uma análise à fadiga de voo, conforme a programação descrita no cartaz de divulgação.

As vagas são limitadas e os interessados em participar devem preencher a ficha de inscrição disponibilizada e remetê-la, até 15 de outubro do corrente, para o email [email protected].

Quaisquer dúvidas a respeito do evento podem ser remetidas para o email da Seção de Segurança Operacional do NOTAer através do endereço eletrônico acima descrito.


Ficha de Inscrição


Fonte: NOTAer/ES.

Relatório Final do acidente com HB350B, PT-HMM, aponta falha no motor

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CENIPA publicou Relatório Final sobre acidente com a aeronave PT-HMM, um helicóptero modelo HB-350B, ocorrido em 19/09/2006, classificado como falha do motor em voo.

A aeronave decolou do pátio da aviação geral do Aeródromo Pinto Martins, em Fortaleza, CE (SBFZ), às 06h26min, com um piloto e três passageiros a bordo, com destino ao município de Baturité, CE.

Aproximadamente 10 minutos após a decolagem, ao cruzar o município de Guaiúba, o piloto percebeu uma repentina perda de potência e iniciou uma autorrotação para pouso em emergência.

A aproximação foi feita para um local não preparado, nos fundos de uma propriedade particular. O piloto e os três passageiros sofreram lesões graves e a aeronave teve danos de grande monta e sua recuperação foi considerada economicamente inviável.

Segundo o que ficou apurado pela investigação, a aeronave apresentava um problema crônico de lubrificação, com histórico de limalha e trocas do rolamento G3 do motor Arriel 1. Essa situação agravou-se quando a aeronave passou a ser operada sem a devida manutenção preventiva diária, em local de atmosfera salina e foi submetida a uma revisão executada de forma deficiente.


Relatório Final – PT-HMM


Fonte: CENIPA

2º Encontro de Segurança de Voo da Baixada Santista

O Aeroclube de Itanhaém, em parceria com a Base de Radiopatrulha Aérea de Praia Grande (PM) e o Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos convidam V.Sª, associados e alunos, para o 2º Encontro de Segurança de Vôo da Baixada Santista.

Podem participar do encontro todos os envolvidos com aviação geral, esportiva ou não (Pilotos, Alunos, Mecânicos, etc.)

Solicitamos confirmar presença através dos telefones: (13) 3422-5493 ou (13) 7850-3658, ID 54*46847, ou através do e-mail: [email protected] / [email protected] (preferencialmente confirme por e-mail)

Local: Base de Radiopatrulha Aérea de Praia Grande (Hangar do Águia PM) Rua Quinze, 100 – Vila Mirim – Praia Grande

Data: 14 de Julho de 2012  (sábado)

Horário: 08:30h.

Revista Conexão SIPAER: O Precedente Conhecido

JOSÉ MATTOS DE SOUZA
Coronel Aviador Reformado

Este texto defende a importância da divulgação de toda situação de risco ou incidente, para a segurança de voo. Partindo do pressuposto de que todo incidente é um acidente em potencial, e que os fatores contribuintes se repetem, a troca de experiências garante a preservação de recursos humanos e materiais. O precedente histórico ou precedente conhecido é o incidente que precisa ser levado ao conhecimento de todos para que não ocorram casos iguais (ou piores) com personagens diferentes.

O Precedente Conhecido, ou Precedente Histórico, é um desses princípios básicos que nunca deve ser esquecido em qualquer Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. Deve ser enfatizado, principalmente, quando pesquisamos incidentes e situações de perigo em potencial, por meio de relatórios apropriados.

Sabemos que o incidente, em última análise, é o acidente que não chegou a ocorrer, porque faltou um “ingrediente”, um fator contribuinte. Por isso, existe uma riqueza de ensinamentos no incidente, o qual deve ser muito bem estudado e divulgado.

Pelo fato de um acidente aeronáutico estar sempre relacionado ao precedente conhecido, surge a chave do problema: como conhecer, como saber o que acontece com os outros se eles não divulgarem? Pode ser que este seja um problema nosso também.

Estamos divulgando nossas experiências, nossos erros?

Uma publicação canadense sobre Segurança de Voo (Aviation Safety Letter) traz em sua folha de rosto um lema interessante: “Aprenda com os erros dos outros porque você não viverá o tempo bastante para cometer todos eles.” Aí está implícito que os outros também devem aprender com os nossos erros. É um chamamento ao desprendimento de cada um, visando sempre à troca de experiências. E como trocar essas experiências? Em todo o mundo, as publicações dedicadas à prevenção de acidentes abrem espaços para essas matérias.

A Revista Conexão SIPAER é um exemplo: são publicados artigos científicos, estudos de caso, e também editoriais como este, de caráter opinativo, que abordam assuntos de segurança de voo, de extrema importância para toda a comunidade aeronáutica.


Clique aqui e leia o artigo completo


[1] O Coronel Aviador Reformado José de Mattos Souza foi chefe do CENIPA em dois períodos: de 20 de junho de 1979 a 11 de abril de 1980, quando ainda ocupava o posto de Tenente Coronel, e de 20 de junho de 1986  a 31 de janeiro de 1990, como Coronel. Ele cursou o VII Estágio Básico de Prevenção de Acidentes (EBPA), em 1974.

[2] Artigo escrito em 1988, adaptado pelo autor e republicado como Editorial Comemorativo dos 40 anos do CENIPA na Revista Conexão SIPAER.

TSB do Canadá recomenda uso de capacetes de voo para pilotos de helicóptero

O Transportation Safety Board (TSB), órgão de investigação de acidentes aeronáuticos do Canadá, reiterou o seu apelo para que pilotos de helicóptero usem capacetes de segurança, citando como alerta o resultado da investigação da queda  de um Bell 212 em uma missão de combate a incêndios, em 20/05/11.

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A morte do piloto foi resultado de ferimentos na cabeça que ele recebeu na queda e impacto da aeronave na água concluiu o TSB em seu relatório final sobre o acidente.

Investigadores de acidentes encontraram o capacete do piloto dentro de sua bolsa no interior da cabine do helicóptero, observando que o operador não exigia a obrigatoriedade que os seus pilotos usassem capacetes e que não há regulamentos com tal exigência de capacetes de proteção.

O relatório cita uma pesquisa que constatou que o risco de ferimentos fatais na cabeça em um acidente é quase seis vezes maior para pilotos e ocupantes de helicóptero sem capacete em relação aos que usam capacetes.

“A falta de regulamentações ou políticas que obriguem pilotos de helicóptero a usar capacetes, coloca-os em um maior risco de incapacidade devido a ferimentos na cabeça após uma queda ou um acidente”, conclui o relatório.

O TSB observou que a Transport Canadá também recomenda o uso de capacetes por pilotos comerciais de helicópteros, bem como os pilotos alunos de helicóptero, e recomendou que os operadores de helicópteros incentivem seus pilotos a usar capacetes.

Fonte: Aero Safety World Magazine ABR/12 / Tradução: Alex Mena Barreto

OACI discute sigilo das informações de segurança de voo

A terceira reunião do Safety Information Protection Task Force (Força-Tarefa de Proteção às Informações de Segurança de Voo), grupo formado por estados-membros da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), que avalia possíveis melhorias na regulamentação internacional visando à proteção das informações de segurança de voo, ocorreu em Montreal/ Canadá, entre os dias 12 e 16 de março, com a participação do CENIPA/ Brasil.

O Tenente Coronel Fernando Luís Volkmer explicou que a última reunião da Força-Tarefa ocorrerá no final deste ano para apresentação da proposta final, ou seja, recomendações que assegurem um nível apropriado de proteção das informações de segurança de voo relacionadas ou não ao processo de investigação de acidentes e incidentes. As sugestões, decorrentes de estudos e discussões, serão analisadas pela OACI e poderão ser incorporadas a dois Anexos: 13, que trata da investigação de acidentes, e 19, que trata do Sistema de Gerenciamento da Segurança (SMS).

Alguns integrantes da Força-Tarefa de Proteção às Informações de Voo são Austrália, Brasil, Comunidade Europeia, Estados Unidos, Peru, Espanha, Reino Unido, Cingapura, Canadá, Coreia do Sul, Japão, Nigéria, Rússia, Chile, Emirados Árabes Unidos, Costa Rica, Camarões, entre outros.

Dividida em subtemas para facilitar a propositura de sugestões na reunião final, a última etapa dos trabalhos vai analisar: Proteção às informações criadas na investigação; Proteção às informações criadas pela autoridade reguladora; Proteção às informações criadas pelas prestadoras de serviços (empresas aéreas) e Proteção às informações relativas a organismos internacionais e troca de informações entre países-membros.

Iniciativas do Brasil apresentadas à comunidade internacional

O Projeto de Lei 2453/ 2007, criado para normatizar a proteção às investigações SIPAER e ainda em tramitação na Câmara dos Deputados, foi citado na reunião como exemplo de ação realizada no Brasil para proteger informações. Além disso, o primeiro Curso “Os Desafios do Direito Aeronáutico e do Direito Administrativo Militar”, realizado em Recife (PE), em junho de 2011, com o apoio da Escola de Magistratura Federal da 5ª Região, foi mostrado à comunidade internacional como iniciativas bem-sucedidas no Brasil.

“O curso, que serviu para explicar à Justiça Federal a importância da investigação SIPAER realizada para a prevenção, frutificou em seguida, quando uma decisão judicial limitou o acesso da autoridade policial e do Ministério Público Federal às informações do CENIPA, com fundamento no item 3.1 do Anexo 13 da Convenção de Chicago”, explica o Chefe do CENIPA, Brigadeiro do Ar Carlos Alberto da Conceição.

Na Espanha houve decisão semelhante, em decorrência de nova legislação aplicada na Europa. A Austrália se apresenta com maior destaque na proteção às informações, também por força de lei.

O projeto de lei federal pretende impedir que detalhes da apuração sejam usados pela polícia, pelo Ministério Público ou pela Justiça em inquéritos ou processos criminais contra suspeitos de causar os acidentes.

Um dos responsáveis pelo projeto, o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), diz que isso deve ocorrer já neste semestre. A “criminalização” das investigações da Aeronáutica é danosa e crescente, avalia o órgão. O objetivo, diz, é descobrir elementos que previnam novos acidentes – não é punir quem os causou.

A diretriz de prevenir/não punir é referendada por convenção da Organização Internacional de Aviação Civil, da qual o Brasil é signatário. Para a Aeronáutica, encontrar culpados cabe à polícia, por isso, a investigação policial deve caminhar separada.

Críticos da proposta entendem que, se aprovada, ela engessará o trabalho da polícia, que terá mais dificuldade para achar culpados; a impunidade, entendem, aumentará. Entre os opositores há parentes de vítimas de desastres.

Como é atualmente

Hoje, as autoridades pedem, via Justiça, dados da apuração militar ou se fiam nos relatórios finais (públicos) para subsidiar ações penais. Estão sendo processados assim Joseph Lepore e Jan Paladino, que pilotavam o jato Legacy que se chocou contra um Boeing da Gol em 2006.

Pelo projeto, quem colaborar com a investigação ficará sob sigilo. Ainda que venha a público, o depoimento não poderá ser usado no tribunal. A intenção é que essa pessoa ajude por estar a salvo de incriminação, mesmo se um erro seu tiver contribuído para a tragédia. Se não houver o sigilo, o temor é que o colaborador se iniba e não ajude.

Há precedentes: no acidente da Gol, controladores se recusaram a ajudar a Aeronáutica por medo de punição. O projeto dá aval à Aeronáutica para não fornecer análise da caixa preta às autoridades. Isso significa que a polícia terá que fazer a sua análise, o que pode levar tempo, a considerar que policiais não são especialistas em acidentes; será possível pedir ajuda à Aeronáutica para tal.

O texto também define que a Aeronáutica mandará na cena do acidente, o que lhe dá poder de barrar autoridades ou vetar retirada de destroços. O relatório final continuará a ser publicado.

Visitas de cortesia

Presente na reunião plenária da Força-Tarefa, o Brigadeiro Carlos Alberto da Conceição realizou visitas ao Secretário-Geral da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), Raymond Benjamin, à Diretora de Navegação Aérea, Nancy Graham, ao Presidente do Conselho da ICAO, Roberto Kobeh González, e ao embaixador do Brasil no Canadá.

Durante as visitas o Brigadeiro Carlos ressaltou a preocupação do CENIPA com possíveis alterações do Anexo 13, especificamente a transferência das orientações legais para a proteção das informações de segurança de voo dos sistemas de coleta e processamento de dados, conhecido como Attachment E, do referido anexo para o Anexo 19.

“Esta mudança, proposta pelo Safety Management Panel, pode trazer prejuízos para a proteção das informações produzidas durante as investigações de acidentes aéreos. Desta forma, o CENIPA está discutindo o assunto com o alto escalão da ICAO e com os participantes da Força-Tarefa para buscar solução adequada para o problema”, esclarece o Brig Carlos.

A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) considera que a existência de salvaguardas legais para proteção das informações é essencial para encorajar os reportes e a cooperação entre os participantes nas investigações de acidentes aeronáuticos.

Fonte: CENIPA e Folha de São Paulo.

A entrada inadvertida em condições meteorológicas de instrumento

Maj EB PAULO ROBERTO DO BONFIM E ARAÚJO

Atualmente, na Aviação do Exército, o voo com óculos de visão noturna (OVN) é uma realidade; com várias tripulações formadas – instrutores, comandantes de bordo, pilotos táticos e mecânicos operacionais. Todavia, com a introdução do voo com OVN, aumentou-se a possibilidade de uma entrada inadvertida em condições meteorológicas de instrumento (IIMC).

A Aviação, há anos atrás, vivenciou uma época na qual poucos pilotos voavam IFR e mantiveram esse conhecimento e essa habilidade restritos a um universo bastante reduzido de militares. No final da década de 90 iniciou-se uma “abertura” do voo IFR e mais pilotos passaram a ser formados anualmente, propiciando para a Aviação um significativo avanço na segurança de voo e na operacionalidade. Todavia, na maneira como hoje é realizado, o Estágio de Voo por Instrumentos (EVI) exige uma quantidade relativamente grande de horas de voo para a formação do piloto e aeronaves que, nem sempre, estão disponíveis para a instrução, uma vez que estão voltadas para o cumprimento das missões operacionais dos seus batalhões.

Dessa forma, existiria outra maneira de preparar os pilotos da Aviação para as condições meteorológicas adversas a que estão sujeitos na atividade aérea?

Nessa análise, uma pergunta deve ser respondida primeiramente – O que vem a ser uma entrada IIMC? Segundo a Operations Navy Instructions of Department of Navy 3710.7 (OPNAVINST 3710.7), a qualquer hora do voo em que o horizonte não puder ser mais distinguido ou se as condições meteorológicas estiverem inferiores às especificadas para o voo VFR, a tripulação está em IMC. Isso significa que não é necessariamente a entrada em uma nuvem que vai caracterizar essa situação. Uma tripulação em um voo visual noturno em campanha, por exemplo, também pode se ver em IMC de forma inesperada – IIMC. A Associação de Helicópteros da Virginia, EUA, diz que IIMC é uma emergência não planejada e inesperada. Sim, mas o que se pode fazer então?

BILL RAMSEY, um ex-piloto de helicópteros do Exército Americano, no seu artigo intitulado Flight Into IIMC, narra que entrou inadvertidamente em IMC em quatro ocasiões durante a guerra, sempre conseguindo retornar em segurança ao voo VMC. Ele diz que isso só ocorreu pelo fato de ser um piloto com cartão IFR e estar com seu treinamento em dia e, porque em cada missão, ele tinha um planejamento para o caso de haver degradação das condições meteorológicas. Acrescente-se a isso o fato desses incidentes terem ocorrido em voos com óculos de visão noturna (OVN).

MICHAEL K. PHILLIPS, Oficial de Segurança de Voo da 57th Medial Company (AA), com 11 anos de experiência na atividade aérea, considera que a entrada inadvertida em IMC é uma “emergência autoinduzida por um erro do piloto”. Todavia ele admite uma possibilidade que foge a essa regra: quando a tripulação está em voo com OVN. Phillips reporta que as tripulações são treinadas para evitar a qualquer custo entrar inadvertidamente em IMC. Segundo ele. “Se o tempo está ruim, não voe”. “Se você decolou e o tempo degradou, dê meia volta e retorne ou pouse e espere o tempo melhorar” ou ainda, “se você é proficiente no voo IFR e entrou nessa situação, solicite passar para regras por instrumento ao órgão ATC”. Para Phillips o desejo de sucesso pode facilmente se tornar uma pressão para cumprir a missão. Essa pressão é, na maioria das vezes, autoinduzida e experimentada por pilotos, até mesmo, quando não possuem o cartão IFR.

O Exército Americano possui o Flight Regulations (Army Regulation 95–1 ou AR 95-1) que trata o procedimento a ser adotado em uma entrada inadvertida em IMC, como um procedimento de emergência – um plano de contingência. Segundo o AR 95-1 o que deve ser feito é a descida por instrumentos baseada em um procedimento IFR padrão, civil ou do Departamento de Defesa Americano (DOD/U.S.). Na falta desses, deve ser utilizado um procedimento GPS de emergência previsto nos Aircrew Training Manuals (ATM) (p38). Os ATM esclarecem cada etapa do procedimento a ser adotado, orientado passo a passo o que deve ser feito pelas tripulações. Na leitura do Aircrew Training Manual OH-58A/C KIOWA (TC 1-228), tarefa de número 1184 (p.4-61), pode ser visto que o padrão consiste, entre outros, em:

– Manter o controle da aeronave e realizar a transição para o voo IFR imediatamente;

– Iniciar a subida, imediatamente; e

– Cumprir as ordens do órgão ATC, a regulamentação local e os procedimentos de operação padrão.

Nas Normas de Voo do Fort Knox (Fort Knox Reg 95-1), no Kentucky, Estados Unidos, existem ordens específicas sobre voos em condições adversas de tempo e sobre entrada inadvertida em IMC (p.2-17). Entre outras, podem ser citadas:

– Quando as condições do tempo estiverem inferiores a 1000 ft de teto e 03 Station Miles (aproximadamente 4,5 km) o comandante da unidade ou da missão não deverá permitir o cumprimento da missão VMC a menos que as aeronaves atendam determinadas exigências, como estar equipada com equipamento de navegação necessário para cumprir um perfil de descida IFR, ter o procedimento de descida IFR a bordo e pilotos com cartão IFR e com HT “em cima”, e

– O comandante da unidade ou da missão deverá realizar um briefing detalhado dos procedimentos a serem adotados em caso de entrada inadvertida em IMC.

Mas é possível um treinamento voltado somente para resolver uma situação de IIMC? RALPH BUTCHER, que voa por instrumentos em aeronave de asa fixa desde a década de 60, explica que há um treinamento para entrada inadvertida em IMC. São cerca de 10 a 15 horas de voo somente voltado para a instrução IFR básica – scan do painel, interpretação dos instrumentos e controle da aeronave. Todavia, BUTCHER considera um treinamento bastante limitado. Ele aponta que esse tipo de treinamento faz com que o piloto se concentre demais nos instrumentos que mostram especificamente números – velocímetro, HSI e altímetro. Isso acaba se tornando um mau hábito uma vez que esses instrumentos, chamados primários, não devem ser prioridade no scan do painel em voo IFR.

Talvez nem somente o treinamento voltado para receber o cartão IFR seja o suficiente em uma situação IIMC. Segundo a Society of Aviation and Flight Educator (SAFE), o treinamento IFR se dá em condições conhecidas. Deparar-se com uma situação de IIMC apresenta ao piloto certos desafios que podem incluir a recuperação de uma atitude anormal, um terreno desconhecido com obstáculos à frente e uma deterioração crescente das condições climáticas para a qual o piloto não está preparado. A vantagem de um piloto com cartão de voo por instrumentos é que este já voou em condições adversas e, sob o ponto de vista da sobrevivência, terá melhores condições de manter o controle da aeronave, possibilitando salvá-la bem como a salvar a tripulação.

De fato, ter o cartão de voo por instrumento não é o suficiente para garantir a saída de uma situação IIMC. Segundo a U. S. National Transportation Safety Board (NTSB) um estudo junto ao serviço médico de emergência apontou que 13 de 15 pilotos envolvidos em acidentes relacionados com mau tempo tinham o cartão de voo por instrumento, todavia não estavam com suas habilitações “em cima”. Possuir o cartão de voo por instrumento, portanto, não assegura a capacidade a um piloto que não está com seu treinamento em dia de controlar a aeronave VFR em IMC.

De acordo com JULIANA GOH e com o Dr. DOUGLAS WIEGMANN, acidentes provocados por entradas inadvertidas IMC em voos VFR corresponderam a 19% dos acidentes da aviação geral nos Estados Unidos, entre 1970 e 1980. Entretanto, 72% desses acidentes foram fatais. Uma explicação para os pilotos continuarem a voar VFR em condições adversas de tempo, culminando com uma IIMC, é o excesso de confiança em suas próprias habilidades aliado ao fato de não considerarem de forma cuidadosa e abrangente os riscos de voar nessas condições. Outra causa a ser considerada é a pressão por trás da missão. A necessidade imposta pela Unidade Aérea ou a necessidade gerada pelo próprio piloto, são pressões, entre outras, que acabam surgindo e que podem levar a tripulação a um voo inesperado.

E quanto a atual situação da Aviação do Exército? Talvez esteja na hora de uma mudança de atitude no que se refere a esse assunto. Nas palavras do Maj JANUÁRIO, piloto com experiência e instrutor de voo por instrumentos, uma “nova sistemática de formação do piloto por instrumentos” seria uma ideia a ser pensada.

Basta verificar que, atualmente, o piloto ao concluir o Estágio de Voo por Instrumento (EVI) é declarado comandante de bordo IFR, ou seja, não existe uma gradação para se atingir essa habilitação. Além disso, o atual EVI é relativamente longo se observadas as oportunidades de voo de instrução existentes, o que traz como consequência um pequeno número de pilotos habilitados por ano. Acrescenta-se o fato de a formação ser exclusivamente nos modelos de emprego geral – Pantera, Cougar e Black Hawk.

Segundo a proposta do Maj JANUÁRIO, os pilotos fariam a Fase Teórica no CIAVEX (completa, com 60 tempos de instrução), em seguida a Fase de Instrumento Básico e a Fase de Instrumento Avançado no simulador ou no treinador sintético, também no CIAVEX, e, depois, fariam a Fase Real na aeronave, VMC, com capota (nos helicópteros de emprego geral, a fase poderia ser IMC). A próxima etapa seria a Fase Prática, constituída dos voos para a obtenção de marcas, com o intuito de tirar o Cartão de Voo por Instrumento (CVI) nível Comandante de Bordo para Voos por Instrumentos (CB IFR). Dessa maneira, a qualificação de piloto básico IFR (PB IFR) permitiria um ganho gradual de experiência para os pilotos desde o término do CPA bem como uma maior segurança para o CB IFR, que, quando em IMC, teria um piloto com HT instrumento ao seu lado.

Em síntese, os pilotos, a partir da formação no CPA, fariam regularmente voos IFR VMC sob capota ou IMC, em um intervalo determinado de tempo. As missões de voo por instrumento passariam a ser habilitações técnicas (HT) que deveriam ser mantidas “em cima” para todos os pilotos. Dessa forma, aumentar-se-ia a consciência situacional sobre a entrada inadvertida em voo por instrumento bem como, caso isso viesse a ocorrer, a tripulação estaria mais apta a lidar com o problema por estar familiarizada com a técnica necessária para esse tipo de voo e com o treinamento em dia.

Por fim, os chefes, em todos os níveis, não podem prever o tempo ou como um determinado indivíduo reagirá em face de uma entrada IIMC, mas esses líderes devem fazer todo o esforço possível para manter seus pilotos proficientes no voo por instrumento. Voar por instrumentos deve se tornar uma segunda natureza para o piloto. Através da formação consistente e da prática regular, o piloto pode desenvolver habilidades e confiança para estar em condições de voar por instrumentos com sucesso.


Referências Bibliográficas:

PHILLIPS, MICHAEL K. – What Do You Mean, They Went Inadvertent IMC? – Instrument Meteorological Conditions

Aircrew Training Manual OH-58A/C KIOWA (TC 1-228)

Aviation – Flight Regulations (Army Regulation 95–1)

Aviation – Fort Knox Flight Rules (Fort Knox Reg 95-1)

BUTCHER, RALPH– The decision to obtain an instrument rating is one you’ll never regret (flighttraining.aopa.org)

GOH, JULIANA e WIGMANN – Dr, DOUGLAS – Visual Flight Rules (VFR) Flight into Instrument Meteorological Conditions (IMC): A review of accident data.

JANUÁRIO – Maj Art, EMERSON ALEXANDRE – A formação do piloto IFR do Exército Brasileiro: proposta de uma nova sistemática.

NPRM Review and Recommendations – Society of Aviation and Flight Educators (SAFE) / [Docket No. FAA–2010–0982; Notice No. 10 – 13] January 10, 2011

OPNAVINST 3710.7

RAMSEY, BILL – Flight Into IIMC / Operations Research Systems Analysis / U.S. Army Combat Readiness Center

Virginia Helicopter Associaton – Inadvertent IMC


Fonte: Artigo publicado na Revista Pégasus Nº 16 do CIAvEx


Helicóptero da Royal Canadian Mounted Police (RCMP) cai no Canadá

Um piloto civil da Royal Canadian Mounted Police (RCMP) morreu após seu helicóptero acidentar-se na terça-feira durante um treinamento próximo à Cultus Lake, British Columbia, no Canadá.

O Ministro da Segurança Pública canadense, Vic Toews emitiu um comunicado de condolências à família, amigos e colegas de Dave Brolin, o piloto da aeronave.

“Este é um dia muito triste para todos os canadenses”, disse Toews.

“A morte de um membro da nossa força policial nacional é um lembrete dos sacrifícios e da bravura dos homens e mulheres que trabalham todos os dias para manter nossas comunidades seguras.”

A RCMP divulgou poucos detalhes sobre o acidente. O piloto trabalha junto a RCMP à vários anos.“Ele morreu em serviço, e nós precisamos garantir que sua família tenha o apoio adequado. … Queremos ter certeza do que ocorreu antes de declarar algo. “

Os órgãos competentes canadenses foram chamados para investigar o acidente, que ocorreu pouco antes de duas horas da tarde. “Neste momento, existem muitas perguntas sem respostas.”

Ele se recusou a especular se o clima de inverno que assolou o local poderia ter contribuído no acidente. Uma foto do local do acidente mostraram o helicóptero no chão em meio a uma área escassamente arborizada coberto de neve.

“O TSB (Transport Safety Board) investigará todas as hipóteses, incluindo clima,” disse ele. “A investigação, os aspectos técnicos, estão sob a responsabilidade do TSB. Eles são os especialistas “.

O porta-voz do TSB, Bill Yearwood afirmou que a agência já designou dois investigadores para visitar o local do acidente o mais rapidamente possível. “Nós estaremos trabalhando com em conjunto com a RCMP para tentar determinar a causa do acidente”, disse o Sr. Yearwood.

O helicóptero, um dos seis frota da RCMP, estava participando de um exercício de treinamento com os membros da equipe de resposta de emergência da RCMP.

Quando o helicóptero se preparava para retornar à base, ele caiu diante dos membros da equipe, que ficaram horrorizados. Eles prestaram auxílio ao piloto no local, antes de conduzi-lo para o hospital.

“Eles responderam imediatamente ao ocorrido e fizeram o que podia”, declarou o Superintendente Chefe, Rideout.

Ele disse que um incidente como este é extremamente raro. “Nossa unidade aérea é extremamente importante  para fornecer apoio aos serviços de policiamento desta província”, disse ele. “Eles recebem o mais alto grau de manutenção e nossos equipamentos são de primeira categoria”.

Rideout disse que a RCMP geralmente emprega civis como pilotos para suas aeronaves, e que a vítima possuia uma grande experiência como piloto antes mesmo de entrar para a RCMP.

Fonte: The Globe and Mail / Tradução e adaptação: Alex Mena Barreto

CENIPA criará registro específico para ocorrências de laser verde

Tormento principalmente dos goleiros de futebol nos estádios, a brincadeira com canetas de raio laser agora inferniza a vida dos pilotos de avião. Em 2011, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) registrou cerca de 250 casos, um aumento em relação a 2010 de quase quatro vezes. Como a contabilização é baseada em relatos dos aviadores, esse número pode ser ainda maior.

Para identificar os aeródromos onde a recorrência é maior, o CENIPA planeja disponibilizar em sua página (www.cenipa.aer.mil.br), em 2012, um formulário específico para esse tipo de reporte. Com os dados será possível direcionar campanhas e ações conjuntas entre os órgãos da administração aeroportuária e o poder público local.

As brincadeiras têm se espalhado por todo o Brasil. A incidência dos casos começaram a aumentar a partir do ano de 2009. De acordo com o CENIPA, até o mês de novembro deste ano, foram relatados 38 casos em Londrina (PR), 36 no Galeão (RJ), 21 em Vitória (ES), 13 em Campinas (SP), 11 em João Pessoa (PB), 9 em Navegantes (SC) e 9 em Fortaleza (CE). “O que se vê hoje é uma maior facilidade de aquisição deste artefato e acredito que por isso no Brasil, nos últimos três anos, nós tivemos o incremento do número de reportes”, afirma o Major Aviador Márcio Vieira de Mattos, da Divisão de Aviação Civil do CENIPA.

As consequências da utilização do raio laser verde podem ser danosas, conforme alerta o Major Mattos, da Divisão de Aviação Civil do CENIPA. “A probabilidade de se derrubar um avião com equipamento de emissão de laser é baixa, mas não pode ser descartada, uma vez que nós temos na frota nacional aeronaves que voam com apenas um piloto. Quando atingido diretamente nos olhos, o comandante do avião pode ter dificuldade de interpretar os instrumentos, cegueira momentânea e a formação de imagens falsas, que numa situação de decolagem ou pouso pode ser crítica”, explica o Major Mattos. “A probabilidade é baixa, mas existe e as consequências podem ser até catastróficas. Então nós temos que trabalhar em termos de prevenção”, complementa o Oficial do CENIPA.

Os relatos de ocorrências com laser não são recentes e tampouco exclusividade nos céus brasileiros. Há reportes de casos no Canadá, Reino Unido, Espanha e Estados Unidos. O primeiro caso relatado ocorreu em Los Angeles, no ano de 1993. O comandante de um boeing 737 foi atingido e obrigado a passar o controle dos comandos da aeronave para o co-piloto. Ele ficou quatro minutos sem conseguir interpretar os instrumentos.

Assim como soltar balões (Perigo Baloeiro), a brincadeira com raio laser pode render problemas com a justiça. “Utilizar o laser e atrapalhar a navegação área é um crime previsto no Código Penal Brasileiro”, ressalta o Major Mattos.

Veja o vídeo produzido pela FAA sobre o problema:

Fonte: Agência Força Aérea Brasileira

IHST: Segurança operacional mundial mostra pequena melhora

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Apesar das pequenas melhorias de desempenho de segurança, os operadores de helicópteros do mundo estão longe do caminho para atingir a meta de redução da taxa de acidentes imposta seis anos atrás.

Este foi o veredicto proferido no Seminário Internacional de Segurança Helicopter (IHSS) em Fort Worth, Texas/EUA em Novembro/2011. A meta foi estabelecida na primeira IHSS em 2005.

No entanto, a International Helicopter Safety Team (IHST) permanece esperançosa de que possa atingir o objetivo de redução de 80% na taxa global de acidentes de helicóptero em 2016.

Durante a conferência, o IHST declarou  a transição da fase de coleta de dados e desenvolvimento de políticas para a fase de implementação de políticas. A partir de agora, as melhorias de segurança devem começar a mostrar os resultados esperados.

A análise regional detalhada de acidentes com helicópteros de todo o mundo revelou-se que as falhas na aviação de asa rotativa acontecem muitas vezes pelas mesmas razões tanto na Mongólia como nos EUA.

O especialista em segurança da Sikorsky, Steve Gleason, resumiu as conclusões obtidas com o levantamento de dados: “Nós não estamos achando novas maneiras de causar acidentes de helicópteros. Estamos apenas fazendo a mesma coisa repetidamente..”

O IHST foi originalmente criado devido ao interesse dos fabricantes em identificar as causas dos acidentes. Agora que obteve todos dados para provar isso de forma conclusiva.

Hooper Harris, especialista de helicóptero da FAA – que agora trabalha para empresa petroquímica da BP – disse que agora com o problema definido, a solução pode começar a ser implementada.

Os principais problemas de acordo com análise de dados do IHST são:

1) falta de uma cultura de gestão de riscos a nível do operador,

2) deficiente julgamento do quando se desenvolve uma situação de acidente.

A análise propõe uma solução para o baixo desempenho do sistema de segurança do operador de helicóptero  que é a adoção de sistemas de monitoramento de dados de voo (FDM) de baixo custo, juntamente com o adequado treinamento sob medida para corrigir os problemas revelados pelo FDM.

Tendo chegado a esta análise, o principal problema do IHST agora, de acordo com Sue Gardner, representante do FAA noIHST, é como fazer para que estas mensagens e atitudes cheguem aos pequenos operadores de helicópteros, que representam mais de 80% do mercado.

A meta mundial imposta pelo IHST para 2016 é baseada nos dados obtidos nos acidentes com aeronaves civis entre 2001 e 2005, que de acordo com o levantamento de dados foi de 9,4 acidentes/ 100 mil horas de voo.

Sendo assim, com a redução de 80% sobre o índice, o IHST definiu como meta para 2016 o indicador mundial de 1,9 acidentes/ 100 mil horas de voo.

Durante a conferência foram divulgados os dados do panorama atual, confira o mapa:

Analisando os dados, a América do Sul, além de não conseguir aproximar-se da meta, teve um aumento no indicador de 36% em relação ao valor de referência.

E sua unidade, está comprometida em reduzir em 80% na taxa de acidentes/100 mil horas de voo até 2016 ?

Fonte: FlightGlobal / Traduzido e adaptado: Piloto Policial

SERIPA IV promove 1º Seminário de Segurança de Voo – Asas Rotativas

Em função do aumento significativo de acidentes e incidentes envolvendo a aviação de asas rotativas na área de São Paulo. Por considerarmos que a segurança de voo está diretamente relacionada com o conhecimento técnico de todos os envolvidos na atividade aérea.

Por considerarmos que a legislação aeronáutica deva ser entendida como os padrões mínimos a serem observados pelos envolvidos na atividade aérea e a prevenção de acidentes aeronáuticos ser uma missão de responsabilidade de todos, convidamos todas as empresas, entidades de classe e demais profissionais a participar do evento por entendermos que somente desta forma teremos o resultado esperado.

Afirmamos que o seminário está focado nos principais fatores contribuintes para acidentes envolvendo helicópteros em nossa área de atuação e tem por objetivo trazer informações importantes a proprietários, operadores, pilotos, mecânicos e empresas que, se aplicadas, certamente reduzirão consideravelmente a probabilidade de novos acidentes.

Este evento não é do SERIPA IV. Este evento é de todos nós.

Fonte e maiores informações: FlightSafe

Programação
HorárioEventoPalestranteResponsável
07:30-08:00CADASTRO E CAFÉ DE BOAS VINDASTCEL NAVE
08:00-08:45

 AULA DE ABERTURA
Briefing do local e emergência
Hino nacional
Objetivos a serem atingidos no evento
Palestra com o levantamento dos acidentes ocorridos entre 2010 e 2011, com os fatores que mais contribuíram.

TCEL CRESPOSERIPA IV
08:50-09:50 ALÉM DOS ACIDENTES AERONÁUTICOS
Palestra que trata a realidade de um acidente aeronáutico e suas conseqüências a todos os envolvidos.
MAJ RENATOSERIPA IV
09:50-10:15COFFEE BREAK
10:15-11:15 DISCIPLINA
Trata-se da base da atividade aérea, sem a qual se torna impossível desenvolvê-la com segurança. A palestra mostra a relação entre a disciplina e os fatores contribuintes presentes nos acidentes
TCEL NAVESERIPA IV
11:20-12:40 CARACTERÍSTICAS DO VOO DE HELICÓPTERO
Exposição abordará de forma didática e operacional as principais características aerodinâmicas do voo de helicóptero, com ênfase no peso e balanceamento e estóis das pás do rotor principal, vortex e perda de eficiência do rotor de cauda.
  TCel Élvis IPEV
12:40-13:406 – ALMOÇO
13:45-14:30 METEOROLOGIA
Palestra abordará os principais fenômenos meteorológicos na área de São Paulo, em especial na Serra do Mar, Serra da Mantiqueira e Serra da Cantareira, bem como servirá para os pilotos relembrarem importantes características da interpretação de METAR, TAF e SIGWX.
TEN P. LIMADTCEA-SP
14:35-15:25 TRÁFEGO AÉREO
Palestra informativa com dados da TMA-SP, seus aspectos importantes a serem observados por pilotos de helicóptero e tratamento do controle a esse tipo de tráfego.
CAP PEREIRADTCEA-SP
15:30-16:30EMERGÊNCIA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Palestra com enfoque nas características operacionais e procedimentos a serem observados pelos pilotos durante as emergências mais comuns em helicóptero.
CEL R1 BOSCOEFAI
16:30-16:50INTERVALO – CAFÉ
16:55-17:45 VOO DE INSTRUÇÃO – CUIDADOS NECESSÁRIOS
Palestra com objetivo de transmitir as principais características do voo de instrução em todas as suas fases, ou seja, briefing, voo e debriefing. Frisar a importância da padronização dos instrutores e alunos e a necessidade de manuais de padronização nas escolas.
Cel R1 Tebicherane
17:50-18:35 AEROPORTOS
Palestra que vai diferenciar aeródromos de aeroportos e trazer aos ouvintes importantes informações sobre as facilidades e tipos de apoio que estão disponíveis no caso de emergência.
 Mauro MiuraINFRAERO – MT
18:45-19:15ENCERRAMENTO
Agradecimentos e entrega de brindes aos participantes por meio de sorteio.  Birndes ofertados pelos patrocinadores.
TCEL CRESPOSERIPA IV

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