São Paulo – Nos dias 21 a 25 de novembro, o Comando de Aviação da Polícia Militar de São Paulo (CAvPM) enviou uma delegação multidisciplinar, composta por pilotos, médica, enfermeiro e mecânico de voo para a Alemanha. O objetivo foi realizar visitas técnicas em unidades aéreas de resgate e proceder os primeiros testes no helicóptero H135, adquirido em 2021 pela PM para operações aeromédicas e de resgate aéreo.
Estiveram na Fábrica da Airbus Helicopters, em Donauwörth, para procedimentos referente ao recebimento da aeronave, programada para maio de 2023. A instalação do kit aeromedico e a pintura serão realizadas na Helibras, no Brasil. Como será uma operação nova para a PMESP, o grupo conheceu melhor a operação dessa aeronave em ações de resgate aéreo.
Visitaram referências mundiais nessa atividade. Estiveram nas bases da operadora alemã de resgate aéreo ADAC, em Munique (Christopher 1) e em Kempsten (Cristopher 17), além da unidade aérea da Polícia, em Stuttgart (Polizei Baden-Württemberg Air Unit).
A nova aeronave será integrada à frota do CAvPM, perfazendo um total de 29 helicópteros. Com equipamentos aeromédicos embarcados, capacidade para dois pilotos, 01 paciente, um médico e um enfermeiro, estará apta para oferecer suporte avançado de vida. O helicóptero também será equipado com guincho elétrico e capacidade para receber uma segunda maca para transporte eventual.
Ceará – Na noite de domingo (16), um parapentista de 51 anos foi resgatado por equipes da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (CIOPAER), do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O atendimento foi registrado na Colina do Horto, em Juazeiro do Norte.
A vítima estava com um grupo de parapentistas e foi um dos últimos a saltar na Colina. O homem foi encontrado inconsciente em um trecho que ficava a aproximadamente 150 metros da pedra do vento (local da rampa do parapente).
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Para o resgate, foi aberta uma trilha para chegar ao ponto da queda. A vítima foi estabilizada e imobilizada pelos bombeiros. Um operador aerotático do helicóptero H145 da CIOPAER desceu de rapel para acessar a vítima e prepará-la para sua retirava por meio da técnica do McGuire. Ela foi levada pela aeronave Fênix 06 até o ponto mais próximo, onde uma ambulância do SAMU aguardava.
Após o pouso, o paciente foi atendido pela equipe do SAMU, sendo intubado, mantido em ventilação mecânica, estabilizado sinais vitais e conduzido ao Hospital Regional do Cariri, referência de trauma em Juazeiro do Norte.
“É importante mencionar que além da complexidade do local, por conta da geografia, tem a visibilidade. O atendimento foi durante a noite e com a pouca visibilidade do horário, então a dificuldade foi ainda maior”, detalha o tenente do CBMCE, Nivau Soares, lotado na CIOPAER.
Polônia – Para os médicos e paramédicos que dedicam suas carreiras à saúde e ao cuidado de outras pessoas, os helicópteros podem fazer uma diferença vital, salvando a vida de um paciente. A frota de helicópteros Airbus do operador de resgate aeromédico da Polônia LPR (Lotnicze Pogotowie Ratunkowe) acumulou 100.000 horas de voo – um marco impressionante.
Konrad Matyja, um dos médicos da LPR, explica o tipo de missão que os membros da tripulação dos serviços médicos de emergência de helicóptero (HEMS) da LPR enfrentam regularmente.
Durante a alta temporada de COVID-19, a resposta de emergência de Varsóvia foi fortemente sobrecarregada. Isso causou um número crescente de missões HEMS na área da cidade. Certa manhã, fomos despachados para um acidente de moto que ocorreu em uma rua movimentada no centro da cidade. Sabíamos imediatamente que esta seria uma missão muito desafiadora – pousar, manter a área do helicóptero segura e gerenciar uma multidão que está tentando ajudar, mas pode na verdade ser um obstáculo. Chegamos ao nosso ponto de destino GPS e começamos a procurar uma cena de acidente. Vimos uma motocicleta acidentada e algumas pessoas ao redor deitadas de bruços.
Quanto mais baixo descíamos, mais obstáculos notávamos. Tanto o médico quanto o membro da tripulação do HEMS abriram suas portas e olharam cuidadosamente para baixo para garantir um pouso seguro. A área de pouso era limitada por trilhos de bonde, fios elétricos, um ponto de ônibus e um engarrafamento. Nós pairamos a cerca de 30-40 pés até que os bombeiros confirmaram que todos os pedestres estavam livres e não havia objetos soltos – a área estava segura. O piloto retomou a aproximação e em poucos segundos os dois skis tocaram o solo. O médico correu para o local, o HCM confirmou um procedimento rápido de desligamento do motor e esperou até que o rotor parasse.
O paciente estava inconsciente. Os ABCs (Via Aéreas, Respiração e Circulação) e o exame inicial de trauma sugeriram lesões internas graves e uma fratura no antebraço. O paciente foi colocado em uma prancha rígida, um monitor foi conectado e uma linha IV aberta. Para ganhar tempo, decidimos transportar o paciente de helicóptero. Após alguns procedimentos médicos essenciais, estávamos prontos para a decolagem.
O tripulante do helicóptero (HCM) saltou para fora para garantir a segurança, com a ajuda dos bombeiros, que estavam fazendo um ótimo trabalho, como de costume. A decolagem novamente exigiu toda a atenção de todos os tripulantes. As operações nas proximidades de vários obstáculos são possíveis devido ao tamanho do H135 e ao pequeno diâmetro do rotor.
O voo durou cerca de 10 minutos. Ao aterrissar notamos uma queda repentina na pressão arterial – sinal de choque hemorrágico. A equipe de trauma esperou a equipe do HEMS no pronto-socorro e o paciente, após uma breve preparação, foi transferido diretamente para a sala de cirurgia. O resultado da cirurgia foi bem sucedido.
O helicóptero de resgate mais uma vez desempenhou um papel importante na cadeia de sobrevivência.
Como diz o lema da nossa empresa – voamos para ajudar (“We fly to help”).
Tradição da aviação aeromédica polonesa
Iniciada em 1955, foi a partir de 2000 que a LPR assumiu a aviação aeromédica polonesa, atendendo 38 milhões de cidadãos do país. Com uma equipe total de 750 pessoas, incluindo 116 pilotos, 138 médicos e 90 paramédicos, a LPR opera 27 helicópteros Airbus H135 em 21 bases permanentes (com uma base adicional em uso durante a temporada de verão) em toda a Polônia. A frota de aviões da LPR também é responsável para transporte de pacientes e transferências dentro e fora das fronteiras do país.
Nos últimos três anos, médicos, paramédicos e pilotos da LPR realizaram cerca de 35.000 missões primárias e secundárias, totalizando 24.498 horas de voo. Isso significa que a cada hora um helicóptero da LPR está salvando a vida de alguém na Polônia.
“Para responder a tantas missões onde a vida das pessoas está frequentemente em perigo, a confiabilidade do helicóptero é absolutamente primordial. É por isso que com sua disponibilidade de até 99%, custo-benefício e seu programa de manutenção simples, o H135 é o ajuste perfeito para operadores de HEMS como LPR”, diz Stefan Bestle, Gerente de Segmento Chave para HEMS na Airbus Helicopters.
Desde 2008, a Airbus Helicopters possui em Varsóvia um centro de serviço autorizado para mais de 70 helicópteros Airbus operados na Polônia, representando 40% do mercado civil e público.
Com 304 clientes em todo o mundo, hoje existem 1.357 H135 em serviço operando em 64 países, com mais de 6 milhões de horas de voo da frota total. O H135 e o H145 juntos tem participação de mercado de 32% e no mercado HEMS 53%.
Ceará – No domingo (19), aeronaves da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (CIOPAER) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) realizaram três transportes aeromédicos simultâneos em cidades diferentes do Estado do Ceará. Foram empenhados os helicópteros EC130B4, EC145 e AS350B2, das bases de Crateús, Juazeiro do Norte e Fortaleza, respectivamente.
O primeiro acionamento ocorreu em Crateús. Uma criança de cinco meses, com insuficiência respiratória, foi transportada pela aeronave Fênix 11 até Sobral. Durante o transporte, ela permaneceu estável e o percurso ocorreu sem intercorrências. O voo teve duração de 56 minutos. O helicóptero (EC130B4) utilizado na missão foi apreendido durante investigações de combate ao crime organizado e passou a integrar a frota da CIOPAER.
O segundo acionamento foi registrado no Cariri em um acidente de trânsito que vitimou cinco pessoas na CE-494, entre as cidades do Crato e Nova Olinda. Na ocasião, uma mulher de 33 anos, com traumatismo cranioencefálico, múltiplas fraturas e corte abdominal profundo com exposição de vísceras, recebeu atendimento da equipe aeromédica do helicóptero Fênix 07 (EC145).
Na abordagem, a mulher recebeu suporte de oxigênio, reposição de líquidos e imobilização adequada. O transporte se deu do local do sinistro até a base da CIOPAER da cidade de Juazeiro do Norte. De lá, uma ambulância do SAMU deu seguimento no transporte até o Hospital Regional do Cariri, referência em trauma desta mesma cidade. O voo entre as cidades teve duração aproximada de 36 minutos.
O terceiro resgate ocorreu na Região Norte. A Fênix 02 (AS350B2) foi acionada, da base de Fortaleza, para realizar o atendimento de uma idosa, de 80 anos, que havia sofrido um infarto agudo do miocárdio (IAM), em Uruburetama. Diante disso, um helicóptero com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) embarcada foi utilizado para realizar o transporte da mulher para o Hospital de Messejana, em Fortaleza, referência em cardiologia no Estado. A duração do voo entre os municípios foi de 48 minutos.
Atualmente, a CIOPAER conta com 5 bases (Fortaleza, Juazeiro do Norte, Sobral, Quixadá e Crateús). Destas, três possuem serviço aeromédico, concentradas em áreas estratégicas do Ceará (Fortaleza, Juazeiro do Norte e Crateús).
Ceará – Na manhã de quarta-feira (27), ocorreu no Aeroporto de Fortaleza uma instrução para profissionais do Corpo de Bombeiros Militares do Ceará (CBMCE) com uma das aeronaves da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (CIOPAER).
No local, profissionais da 6ª Companhia do 1º Batalhão de Bombeiros Militar (6ª Cia/1º BBM), que são responsáveis pela proteção, salvamento e combate a incêndio no aeroporto, participaram de palestra sobre a história da CIOPAER, serviços executados nas bases e aeronaves da frota. O helicóptero Airbus H135 foi utilizado na instrução.
Os bombeiros receberam instruções sobre procedimentos de desligamento da aeronave em caso de emergência, localização de extintores, capacidade de combustível, autonomia de voo, segurança de aproximação, embarque, desembarque e abordagem em caso de incêndio.
O objetivo da instrução foi familiarizar os bombeiros militares de aeródromo com as aeronaves da CIOPAER, preparando-os para emergências. Desde 2018, o Estado possui parceria público-privada com a Fraport Airport, responsável pela operação do aeroporto internacional de Fortaleza, para manter uma unidade de bombeiros nas dependências do sítio aeroportuário.
Estados Unidos – A operadora aeromédica STAT MedEvac é cliente da Airbus há quase 40 anos e encomendou 10 novos helicópteros H135 como parte de uma iniciativa de renovação de frota para suas operações aeromédicas. O serviço opera com helicópteros H135 e H145 em 18 bases no Estado da Pensilvânia.
“Estamos voando com produtos da Airbus desde que começamos nossas operações e não poderíamos imaginar de outra maneira. Somos um dos principais operadores do H135 que atende continuamente aos nossos requisitos de missão, ajudando-nos a fornecer atendimento de alta qualidade da maneira mais segura e eficiente possível. Estamos ansiosos para renovar nossa frota com essas 10 novas aeronaves e agradecemos à Airbus por ser um parceiro tão solidário e fantástico todos esses anos”, disse Jim Houser, gerente da STAT MedEvac.
A STAT MedEvac atua com helicópteros Airbus desde o início das operações em 1985, sendo o primeiro programa de ambulância aérea na América do Norte a operar o EC135 em 1997 e o primeiro programa IFR de piloto único com um EC135 nos EUA. Também é o cliente de lançamento da variante H135 mais recente na América do Norte e o cliente de lançamento da versão equipada com Helionix em 2019.
A operadora é o braço clínico do Centro de Medicina de Emergência do oeste da Pensilvânia e também é o maior sistema de transporte aeromédico sem fins lucrativos de marca única no leste dos Estados Unidos.
A Airbus Helicopters é a fornecedora líder de helicópteros para o setor de transporte aeromédico, com cerca de 55% dos 2.600 helicópteros de serviços médicos de emergência (EMS) que voam no mundo hoje e mais da metade de todos os novos helicópteros aeromédicos vendidos na última década nos EUA.
EUA – Na terça-feira (11), um helicóptero aeromédico H135 de propriedade da Air Methods que transportava um paciente infantil para o Hospital Infantil da Filadélfia sofreu um acidente em Drexel Hill, Pensilvânia. Não houve fatalidades associadas ao acidente.
Equipes de resgate foram para o local rapidamente e retiraram o piloto, equipe de saúde e uma criança (paciente) da aeronave. Quatro pessoas estavam a bordo. Todos foram levados ao hospital. O helicóptero acidentado era do programa LifeNet, com sede em Hagerstown, Maryland.
Em nota, a Air Methods informou que cooperará totalmente para avaliar as possíveis causas do acidente. “Os direitos de privacidade em relação às pessoas a bordo da aeronave serão respeitados e não compartilharemos nenhuma informação adicional”, complementou Doug Flanders, vice-presidente de comunicações, Air Methods.
A agência americana de aviação civil (FAA – Federal Aviation Administration) e o órgão de investigação (NTSB – National Transportation Safety Board) foram informados e uma investigação foi iniciada.
São Paulo – Na terça-feira (23), o Comando de Aviação da Polícia Militar (CAvPM) assinou contrato com a empresa Helicópteros do Brasil S/A – Helibras|Airbus referente à compra de um helicóptero bimotor Airbus H135, equipado para operações aeromédicas e de resgate aéreo.
A licitação (Pregão Nº PR-173/0036/20) aconteceu no dia 19 de março de 2021 e o preço ficou em US$ 9.481.000,00. Logo após o encerramento do Pregão e habilitação da empresa, iniciou-se longa discussão jurídica sobre o certame, que foi resolvida com decisão do Secretário da Segurança Pública pela regularidade da licitação e homologação realizada pela Polícia Militar, mediante extenso parecer.
Foram realizadas 03 audiências públicas, com participação dos principais fabricantes de helicópteros do mundo, onde foi exaustivamente debatido o Termo de Referência e suas especificações, voltadas para as necessidades operacionais do CAvPM.
Para que esse pregão tivesse sucesso foram necessários muitos anos de estudos técnicos e outras tentativas que não obtiveram êxito, ou por questões jurídicas/administrativas, ou por falta de recursos públicos para investimentos, como aconteceu em 2011, quando houve uma tentativa para adquirir seis helicópteros bimotores.
Segundo o CAvPM, a aeronave H135 deverá ser entregue em 2022 e possuirá equipamentos aeromédicos embarcados e capacidade para dois pilotos em duplo comando, 01 paciente com completo suporte avançado de vida e dois profissionais de saúde (médico e enfermeiro).
O helicóptero também será equipado com guincho elétrico e capacidade para receber uma segunda maca para transporte eventual, sem suporte avançado dedicado para a segunda vítima.
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Com essa nova aeronave, os profissionais de saúde que voam ajoelhados no assoalho dos helicópteros monomotores AS350 (Esquilo), passarão a voar com mais segurança, além de poderem realizar com mais eficiência procedimentos médicos durante o voo, quando necessário.
“Essa é uma conquista para a sociedade paulista e também para a Polícia Militar de São Paulo. Certamente teremos operações aeromédicas e de resgate aéreo mais seguras para as equipes operacionais e para as vítimas que resgatamos e transportamos todos os dias em São Paulo”, disse o Cel Paulo Luiz Scachetti, comandante dos Águias da PM, logo após a assinatura do contrato.
Esse será o segundo H135 do CAvPM. Com essa aquisição, a Polícia Militar passará a ter uma frota operacional de 24 Esquilos (AS350), três aviões (King Air B200GT, Grand Caravan e Baron) e três helicópteros bimotores, um AW109 Grand New e dois EC135.
Aquisição de Esquilos
Em maio de 2021, o CAvPM adquiriu dois helicópteros monomotores novos, multimissão, modelo AS350 B3e – Esquilo (H125). A aquisição foi mediante processo de inexigibilidade com a empresa Helibras|Airbus. O valor das duas aeronaves ficou em R$ 57.250.203,31, correspondente a U$ 10.961.802,00. (Clique e saiba mais)
Dos 5.000 pacientes tratados, 1.855 estavam em Berkshire, 1.784 em Buckinghamshire e 1.202 em Oxfordshire, Inglaterra. 159 eram do entorno. Os tipos mais comuns de incidentes foram colisões no trânsito, paradas cardíacas e lesões acidentais, com mais de 1.000 pacientes em cada uma dessas três categorias.
O helicóptero Airbus H135 da operadora de resgate aéreo pode estar em qualquer lugar em Berkshire, Buckinghamshire e Oxfordshire em apenas 15 minutos, além disso está totalmente equipado e otimizado para operações noturnas, com a tripulação usando óculos de visão noturna. Possuem também quatro veículos de resposta a cuidados intensivos (critical care response vehicles).
“Como um paramédico, também sei que atingir esse marco é um momento agridoce para nossa equipe. Todos sabemos que por trás desse número impressionante estão 5.000 pessoas reais, passando por traumas significativos. É por isso que estamos tão comprometidos em fornecer suporte contínuo para ex-pacientes e seus entes queridos e por meio de nosso serviço de pós-atendimento”, disse Adam Panter, Diretor de Operações.
No Reino Unido, todas as instituições de caridade de ambulância aérea juntas fazem uma média de 80 missões de resgate por dia, mais de 30.000 por ano. Segundo a operadora, cada missão do helicóptero H135 da Thames Valley custa £ 3.750,00 e o veículo custa £1,625,00.
Em 1999, a operadora Thames Valley Air Ambulance realizou seu primeiro resgate aéreo. Em setembro de 2020, mais de duas décadas depois, atenderam mais de 24.000 chamadas.
Escócia – O drone tornou-se uma ferramenta fundamental nas operações de busca e salvamento, mas não há dúvida de que seu uso deve ser estritamente regulamentado, dados os perigos envolvidos. Recentemente, mais uma quase colisão entre um helicóptero aeromédico e um drone aconteceu na Escócia.
Um relatório do British Airprox Board publicado recentemente afirmou que em 17 de abril deste ano, um helicóptero EC135 da Scotland’s Charity Air Ambulance (SCAA) ficou muito próximo de um drone. O helicóptero estava entre 100 e 150 metros de distância do dispositivo quando um paramédico avistou o drone da janela do piloto durante o voo. O piloto estava em procedimento de aproximação para pouso após deixar um paciente no hospital.
No momento do avistamento o piloto estava em comunicação com o Edinburgh Approach e por isso não viu. O paramédico que estava no banco da frente gesticulou e apontou para o drone. A equipe de saúde que estava a bordo confirmou como sendo um drone do tipo quadricóptero que passou pelo lado direito da aeronave entre 100m e 150m de distância, e ligeiramente abaixo de seu nível (1500 pés de altitude).
Segundo a tripulação, não havia tempo para evitar a ação, a ameaça havia passado antes que eles tivessem tempo de reagir e reportaram o fato de imediato. A investigação considerou que o relato geral do piloto sobre o incidente retratava uma situação em que, embora a segurança tivesse sido reduzida, não havia risco de colisão.
Aumento de relatos
Apesar de sanções potenciais, os casos de encontros com drones tornaram-se mais comuns. Mais de 400 incidentes foram relatados apenas nos últimos cinco anos, embora muitos sejam considerados como tendo apresentado pouco risco de colisão.
Em fevereiro, um helicóptero aeromédico chegou a 30 metros de dois drones enquanto voava a uma altitude de 1.200 pés e no dia 29 de março, outra ambulância aérea do Reino Unido chegou a poucos metros de um drone enquanto tentava pousar em um hospital de Londres.
Drones salvando vidas
Apesar dos riscos associados ao compartilhamento do espaço aéreo, os drones já estão sendo utilizados para salvar vidas em países da Europa, sendo úteis para equipes médicas de emergência. O serviço dinamarquês de ambulância aérea Falck, por exemplo, iniciou o projeto HealthDrone como parte integrante de seus serviços.
O projeto é uma colaboração entre a Falck, a Universidade de Southern Denmark, o Odense University Hospital e o Svendborg Hospital, além de parceiros privados Holo, Unifly e Scandinavian Avionics.
Polônia – Os primeiros voos de resgate foram realizados na Polônia após a Primeira Guerra Mundial, utilizando aviões pertencentes aos militares e aeroclubes. Em 1955, o Ministério da Saúde e Previdência Social criou uma unidade de aviação aeromédica civil como parte do sistema de saúde.
Logo existiam 15 equipes aeromédicas estabelecidas transportando doentes e feridos, remédios, sangue, vacinas e equipamentos médicos. Os profissionais de saúde também foram levados a bordo para que pudessem realizar operações médicas complexas em partes remotas do país.
Em 2000, o Ministério da Saúde criou o atual HEMS (Helicopter Emergency Medical Service). A Equipe de Aviação Médica Central foi dissolvida e o Resgate Aeromédico Polonês (Lotnicze Pogotowie Ratunkowe – LPR) foi estabelecido em seu lugar. Agora é uma estrutura uniforme, financiada pelo Ministério da Saúde, o que é uma situação singular no mundo.
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Depois de ingressar na União Europeia em 2004, a Polônia começou a se preparar para uma modernização intensiva de sua infraestrutura, incluindo estradas e ferrovias. Consequentemente, a frota de aeronaves HEMS foi modernizada para helicópteros, mais adequados para atender às vítimas de acidentes rodoviários. É por isso, em 2008, o Resgate Aeromédico Polonês (LPR) encomendou 23 novos helicópteros H135 / EC135, junto com um simulador de voo.
A primeira dessas aeronaves chegou à Polônia em setembro de 2009 e, dois meses depois, começou a operar em Cracóvia, dando início a uma revolução técnica no serviço aeromédico polonês. Em 2015, graças ao financiamento da UE, a LPR comprou quatro H135 adicionais da Airbus para que pudesse estabelecer quatro novas bases no país. (Saiba mais)
A expansão do número de aeronaves de asas rotativas levou a um aumento na disponibilidade de helicópteros de resgate, bem como a uma redução no tempo necessário para chegar aos pacientes.
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Hoje, a LPR mantém 22 bases HEMS em todo o país (21 permanentes e uma sazonal), operando um total de 27 helicópteros H135 / EC135. Este serviço também inclui uma “equipe de transporte de aviões”, em Varsóvia. Suas tripulações voam dois Piaggio P.180 Avantis, com dois novos Bombardier Learjet 75. (Saiba mais)
Cada base emprega pilotos, médicos, enfermeiras e paramédicos. Cerca de 750 pessoas trabalham para o Resgate Aeromédico Polonês, incluindo 120 pilotos, 100 paramédicos e 140 médicos.
A modernização do serviço aeromédico polonês resultou em altos padrões para emergências médicas, com aumento considerável de voos. As equipes de helicópteros realizam atualmente mais de 12.000 missões por ano, 88% das quais são voos HEMS, principalmente em resposta a acidentes.
Cada equipe inicia o tratamento do pacientes na chegada e durante o transporte para o hospital mais próximo, dentro do chamado “período de ouro”. Em 2020, as tripulações LPR voaram um total de 11.000 missões, 10.650 das quais utilizaram helicópteros.
EUA – A Air Methods Corporation assinou mais um contrato de suporte HCare com a Airbus Helicopters. Desta vez para cobrir frota de 80 helicópteros aeromédicos EC135. Segundo a Airbus, trata-se do maior contrato HCare assinado com qualquer cliente civil até o momento.
Como esse pedido, o número de aeronaves da Air Methods cobertas pelo suporte e serviços da Airbus passa para 111, tornando a empresa a maior frota de helicópteros civis de um único operador coberto pela HCare do mundo.
A Air Methods é a maior operadora civil de helicópteros Airbus em todo o mundo e a provedora líder de serviços aeromédicos, prestando cuidados de saúde a mais de 70.000 pessoas anualmente. Com quase 40 anos de experiência, a Air Methods possui mais de 5.000 funcionários, opera uma frota de aproximadamente 450 helicópteros e aviões, em mais de 300 bases de operações, atendendo 49 estados dos EUA.
“Segurança e estar pronto e disponível são as chaves para o sucesso de nossa missão de cuidados críticos”, disse Leo Morrissette, EVP de Operações. “Para apoiar nossa operação de alta demanda, valorizamos fortes parcerias de trabalho e este contrato formaliza e otimiza o processo entre a Air Methods e a Airbus para focar na entrega, resultados e um caminho para a melhoria contínua.”
Suporte HCare
HCare é o pacote de suporte e serviço da Airbus, que permite aos clientes escolher um plano flexível e altamente personalizável para atender às suas necessidades, desde manutenção e suporte técnico, até o fornecimento de peças de reposição, ferramentas, consumíveis e até mesmo operações de voo e treinamento. Ao ingressar na HCare, os clientes podem planejar e orçar melhor os custos operacionais.
Segundo a Airbus, há um crescimento do HCare no segmento aeromédico, pois as operadoras procuram cada vez mais se beneficiar de custos previsíveis, segurança de orçamento e facilidade de gerenciamento.
Nos Estados Unidos, a Airbus Helicopters apoia uma frota regional de mais de 3.100 helicópteros, com presença local de 50 anos.
A empresa Bucher Leichtbau anunciou que seu novo equipamento de transporte aeromédico H135 AC67 flex foi certificado pela EASA (Agência Europeia para a Segurança da Aviação) para todas as variantes do helicóptero Airbus H135. Agora, clientes como polícias, bombeiros, empresas de transporte ou operadores militares terão a oportunidade de converter seu helicóptero H135 em um helicóptero de resgate totalmente funcional em cerca de 30 minutos.
O equipamento AC67 já é amplamente usado, porém sua atualização para uma versão mais versátil, ampliou sua aplicabilidade para missões primárias, secundárias e missões de desastres com maca dupla. Antes dessa nova versão, apenas operadores aeromédicos dedicados puderam se beneficiar desses kits HEMS (Helicopter Emergency Medical Services)
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O curto tempo de instalação de cerca de 30 minutos foi possível graças a um sistema de liberação rápida. O kit HEMS pode ser instalado e removido de forma rápida e segura sem ferramentas e com apenas alguns movimentos manuais. Isso significa que o helicóptero estará sempre disponível para uso multimissão.
Beat Burlet, CEO do Bucher Group, comentou sobre esta certificação: “Mais e mais operadores de helicópteros querem ser capazes de usar seus helicópteros 24 horas por dia. Com o nosso equipamento, atendemos exatamente esta necessidade e tornamos possível equipar o helicóptero para as operações HEMS em minutos através do sistema de instalação e remoção rápido e flexível. Com a aprovação bem-sucedida de nosso equipamento flex AC67, agora podemos entregar os primeiros kits este ano.”
A empresa possui divisões de produtos e serviços em Catering, Cabine, Sistemas Médicos de Emergência (EMS) e Automotivo. As soluções e produtos da Bucher são usados em aeronaves da Airbus, Boeing, Pilatus e operadores aeromédicos como DRF, ADAC, Babcock e Yorkshire Air Ambulance.
Para obter mais informações sobre o equipamento H135 AC67 flex visite o site da empresa.
São Paulo – O Comando de Aviação da Polícia Militar publicou edital de Pregão Presencial Internacional para aquisição de um helicóptero biturbina leve. A aeronave deverá possuir equipamentos aeromédicos embarcados e capacidade para dois pilotos
em duplo comando, 01 paciente com completo suporte avançado de vida e dois
profissionais da saúde (médico e enfermeiro).
O helicóptero também deverá estar equipado com guincho elétrico e capacidade de receber uma segunda maca para transporte eventual, sem suporte avançado dedicado,
para essa segunda vítima.
Segundo o edital, as ocorrências aeromédicas sempre foram feitas com o helicóptero AS350 (Esquilo) e há algum tempo o desempenho desse modelo de aeronave não atende mais com excelência as missões aeromédicas e considerou alguns pontos:
No Esquilo, a equipe médica não vai sentada e presa por cinto de segurança, durante o transporte do paciente, e sim ancorada por um cabo e ajoelhada no assoalho da aeronave e possui a capacidade máxima para transportar um paciente.
Além disso, diz que os helicópteros biturbina são mais seguros pela presença de dois motores, mais espaçosos, o que melhora a qualidade do atendimento médico, além de possibilitar, numa eventualidade, a capacidade de parte do voo ser realizado pelas regras de voo por instrumentos.
A realização da sessão pública acontecerá no dia 02 de março, às 09h00 no Hangar do Comando de Aviação da PM, no Aeroporto Campo de Marte, Zona Norte de São Paulo.
Áustria – A Airbus Helicopters e a operadora austríaca ÖAMTC Air Rescue assinaram contrato para a compra de cinco helicópteros H135. A entrega do primeiro helicóptero está prevista para o início de 2022.
“Operamos o H135 por mais de 20 anos e esperamos nos beneficiar das vantagens que a versão Helionix traz, “Disse Reinhard Kraxner, CEO da ÖAMTC Air Rescue. O ÖAMTC Air Rescue opera 28 helicópteros H135 em 17 bases permanentes e 4 bases sazonais, durante o inverno na Áustria. No ano passado, a operadora realizou mais de 20 mil missões, com uma média de 52 missões por dia.
Dentre os equipamentos que a operadora utiliza a bordo, um marcapasso cardíacoexterno, também conhecido por provisório ou temporário, está disponível para pacientes que precisam de um marcapasso, assim podem ser atendidos e transferidos de helicóptero ser for preciso.
O H135 é um helicóptero muito utilizado por operadores aeromédicos em todo o mundo. Até o momento, mais de 1.400 helicópteros da família H135 foram entregues ao redor do mundo com mais de 5,6 milhões de horas de voo.
França – No final de setembro, o helicóptero bimotor H135 atingiu um marco importante: o 1.400º helicóptero foi entregue à operadora aeromédica francesa Mont Blanc, somando-se a uma frota de mais de 20 helicópteros H135 e H145 em serviço com a empresa.
Atualmente o helicóptero H135 detém 25% da participação de mercado global para serviços de emergência médica com helicópteros (HEMS) e ostentando mais de 650 unidades em serviço.
Operação aeromédica
Transferir pacientes de um centro de saúde para outro é uma operação complexa, mesmo nos melhores momentos. Com a pandemia de COVID-19, a capacidade de transferir pacientes tornou-se uma habilidade crucial para equilibrar os sistemas de saúde, liberando recursos para àqueles sob estresse.
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Desde que entrou em serviço HEMS pela primeira vez em 1996, a família de helicópteros H135 passou por melhorias regulares em desempenho e capacidades, graças à interação constante da indústria com os operadores aeromédicos.
Enquanto os operadores buscam aprimorar o atendimento a bordo, agregando equipamentos médicos mais especializados, o que se traduz em aumento de carga, a equipe do H135 foi trabalhar. Os resultados? A última versão do H135 tem um peso máximo de decolagem aumentado para 90 kg e um aumento de carga útil de até 225 kg, permitindo que os operadores HEMS explorem novas possibilidades.
Foco na segurança e desempenho em missões críticas
Do ponto de vista operacional, a introdução do conjunto de aviônicos Helionix – que foi projetado exclusivamente para helicópteros e inclui um piloto automático de 4 eixos – reduz a carga de trabalho do piloto, aumenta a consciência situacional e melhora a segurança geral de voo.
O Helionix também está pronto para visão noturna, aumentando ainda mais as capacidades de missão e a segurança quando o H135 é operado no escuro ou em condições de baixa visibilidade. Por ser um helicóptero ecologicamente correto, o H135 é o mais eficiente em termos de emissões de CO² , bem como o mais silencioso em sua categoria de helicópteros.
EUA – A Airbus entregou recentemente dois novos helicópteros H135 Helionix para a NASA (National Aeronautics and Space Administration). Eles foram fabricados nas instalações da Airbus Helicopters, Inc. em Columbus, Mississippi. Essas aeronaves, junto com uma terceira programada para entrega no início do próximo ano, serão baseadas no Kennedy Space Center da NASA na Flórida.
Dentre as operações que a aeronave poderá ser empregada está o serviço médico de emergência (EMS). Os dois H135 possuem kits aeromédicos certificados e foram fornecidos pela Metro Aviation. Segundo a Airbus, a conversão para uma ambulância aérea leva cerca de 5 minutos e só é feita no caso de acidente com uma espaçonave ou em cenários com múltiplas vítimas.
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Em 2019, a Metro Aviation se tornou a primeira com STC aeromédico (Supplemental Type Certificate) para o H135 Helionix da Airbus. O STC permite que as ambulância aéreas transportem pacientes em cuidados críticos com segurança e eficiência. Recursos como portas concha e sistemas de embarque tipo ambulância tornam isso possível.
Apesar de possuir a versão aeromédica, essas aeronaves serão empregadas principalmente nas missões de segurança aérea em lançamentos de foguetes, pesquisa e transporte de passageiros. Em outubro, um dos H135 levará os membros do Crew Dragon da SpaceX até a histórica plataforma de lançamento em 39A, de onde partirá para uma expedição de seis meses à ISS.
Os helicópteros também apoiarão os esforços para preparar e executar Artemis, uma expedição planejada para pousar a primeira mulher e o próximo homem na lua até 2024. Os helicópteros foram adquiridos por meio do acordo da Administração de Serviços Gerais do Governo dos Estados Unidos com a Davenport Aviation.
A NASA também assinou contrato de suporte de US$ 15 milhões por até 10 anos, no qual a Airbus dará suporte total à frota H135 da NASA, incluindo operações de manutenção e voo com dois pilotos, dois mecânicos e um gerente de programa no local no Kennedy Space Center.
América do Sul – Como resultado da atual crise da saúde, muitos operadores governamentais e privados de helicópteros na América Latina se viram na linha de frente da pandemia e estão desempenhando um papel essencial no apoio aos esforços de seus países no combate ao vírus.
Muitos operadores estão fornecendo transporte médico de emergência para pacientes gravemente enfermos, enquanto outros estão apoiando as autoridades de saúde no transporte de exames e pessoal médico. Também há quem tenha sido fundamental na distribuição de alimentos e medicamentos para comunidades vulneráveis e isoladas. O que todos eles têm em comum é o compromisso infalível de apoiar os concidadãos durante um período difícil e desafiador.
Adaptação às demandas da crise
O cotidiano da Coordenação de Operações Aéreas (COA) no Rio de Janeiro foi enormemente impactado pela crise. Antes do surto, as operações de COA geralmente envolviam o transporte do governador e de seus colaboradores próximos. Com a chegada da pandemia, a equipe agora apóia o Corpo de Bombeiros Militares do Estado para realizar o transporte inter-hospitalar de pacientes Covid-19 com seu helicóptero H135.
O cotidiano da Coordenação de Operações Aéreas (COA) no Rio de Janeiro foi enormemente impactado pela crise. Antes do surto, as operações de COA geralmente envolviam o transporte do governador e de seus colaboradores próximos. Com a chegada da pandemia, a equipe agora apóia o Corpo de Bombeiros Militares do Estado para realizar o transporte inter-hospitalar de pacientes Covid-19 com seu helicóptero H135.
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“Os procedimentos antes e depois do voo mudaram drasticamente com a crise”, explica o tenente-coronel Marcelo de Carvalho Mendes. “Um briefing com as equipes médicas se tornou essencial para preparar o voo e também precisamos dar muita atenção à remoção cuidadosa de nossos equipamentos de proteção depois que o voo terminar. Também desenvolvemos novos protocolos para desinfetar a aeronave, a fim de eliminar o risco de contaminação. ”
“Os procedimentos antes e depois do voo mudaram drasticamente com a crise”, explica o tenente-coronel Marcelo de Carvalho Mendes.
Para proteger o paciente, a equipe médica e os pilotos dentro da cabine do H135, o COA usa uma capsula de isolamento. O dispositivo também reduz o tempo necessário para desinfetar a aeronave entre as missões.
“O maior desafio para a equipe é manter-se emocionalmente forte, pois essa é uma nova doença com muitas incógnitas”, acrescenta Carvalho. “No entanto, nos adaptamos rapidamente ao uso de equipamentos de segurança pessoal, que incluem roupas impermeáveis, luvas, máscaras e óculos – e com esse equipamento de proteção, as operações são conduzidas sem problemas.”
Cerca de 1.200 km ao sul de Rio de Janeiro, no Estado brasileiro do Paraná, o Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas do Paraná (BPMOA) também adotou novos protocolos para proteger as tripulações a bordo de sua frota de H130, conhecida localmente como Falcões.
As operações diárias do BPMOA incluem uma grande variedade de missões, como evacuação aeromédica, busca e salvamento, aplicação da lei e combate a incêndios. No entanto, nos últimos meses, toda a sua frota de helicópteros foi designada para apoiar a Secretaria Estadual de Saúde com os testes de transporte Covid-19 e vacinas H1N1 para os 399 municípios do estado, que cobrem 199.299 km2.
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Cobrir um território tão grande com a urgência imposta pela crise foi um desafio para a tripulação, que também precisou adaptar a cabine da aeronave para lidar com as novas missões.
“Antes de cada missão, precisamos remover todos os assentos, exceto os pertencentes aos dois pilotos, e reorganizar rapidamente a cabine para caber nas grandes caixas contendo os testes, etc.”, diz Julio Cesar Pucci dos Santos, comandante-chefe da BPMOA. “A espaçosa cabine do helicóptero e a possibilidade de mudar rapidamente sua configuração de transporte de passageiros para carga são uma grande vantagem”.
No Chile, a Aviação Naval está participando dos esforços do país para combater o COVID-19 com suas frotas Super Puma AS332L, Dauphin AS365 e BO105. Após a crise da saúde, eles expandiram suas operações, dedicadas principalmente a missões de busca e resgate e evacuação aeromédica, para incluir também vôos de patrulha e transporte de pessoal e equipamentos médicos.
“O objetivo dos vôos de patrulha é verificar a conformidade da quarentena e garantir que o cordão sanitário seja respeitado”, diz o capitão Francisco Uribe, chefe de comunicação da aviação naval. “Também estamos apoiando as autoridades de saúde com o transporte de médicos especialistas para algumas das áreas mais remotas do país”.
No início de abril, a equipe de helicópteros do AS365 transportou dois médicos da região sul de Magallanes para Puerto Edén, uma das aldeias mais isoladas e habitadas do Chile na Ilha Wellington, perto da Antártida, para testar a população e isolar possíveis casos.
No início de julho, foi a vez do Marinha BO105 voar para a cidade mais austral do mundo, Puerto Williams, na região antártica do Chile, para fornecer à população local exames médicos e orientações para se proteger contra o COVID-19.
Transferência de pacientes inter-hospitalares (IHT)
Como em muitos outros países, as autoridades de saúde chilenas se esforçam para evitar a super saturação de hospitais em áreas metropolitanas de alta densidade, como Santiago. Como resultado, a divisão de suporte aéreo de Carabineros do Chile, a polícia chilena, vem realizando ativamente transferências inter-hospitalares com seus helicópteros EC135.
“O uso de um helicóptero para tais transferências reduz o tempo de transporte em mais da metade, e o tempo é crucial no transporte de pacientes graves para o hospital”, diz o coronel Belisario Vega Hermosilla, chefe da Prefectura Aérea.
A primeira dessas missões ocorreu em maio, quando Carabineros foi chamado para transferir um paciente do hospital Luis Tisné, na capital Santiago, para um hospital na cidade de Talca, na região de Maule. “Existem cerca de 256 km entre esses dois hospitais e o transporte rodoviário levaria quase três horas. Com o helicóptero, conseguimos levar o paciente a Talca em apenas uma hora ”, acrescenta Vega Hermosilla.
Para realizar essas operações delicadas, a Carabineros treinou suas equipes de helicópteros para integrar dispositivos de isolamento do paciente (PID), que são uma maneira eficaz de conter o ambiente do paciente e, assim, reduzir o risco de contaminação. Protocolos muito rigorosos também foram introduzidos para preservar a saúde da tripulação e dos passageiros, como equipamento de proteção individual completo (EPI) e descontaminação reforçada da cabine.
Operadores de helicópteros comerciais juntam esforços humanitários
A crise da saúde também afetou seriamente os negócios de muitos operadores de helicópteros comerciais. Alguns deles, como Ecocopter Equador e Rent A ‘Kopter no Panamá, se adaptaram à situação e reorientaram sua atividade no apoio a projetos de solidariedade em seus respectivos países.
A Ecocopter Equador colaborou com a Fundação Cecilia Rivadeneira, sediada em Quito, para transportar alimentos, termômetros, máscaras e outros equipamentos de proteção individual para comunidades vulneráveis nas cidades isoladas da Anedéia de Ambato e outras cidades do norte do país.
“Após um ano de operações no Equador, é importante que nossa empresa participe de ações humanitárias em apoio às comunidades locais”, diz Gustavo Junovich, CEO da Ecocopter Equador. “Estes são tempos difíceis para todos nós e iremos apenas superar essa crise ajudando uns aos outros ”, acrescenta.
Sediada na Cidade do Panamá, a principal operação da Rent A ‘Kopter é o transporte de passageiros, mas as medidas restritivas adotadas pelas autoridades para impedir a propagação do vírus colocaram em risco suas atividades. À luz das condições atuais, a empresa colocou seus helicópteros H125 e H130 à disposição do governo panamenho e participou ativamente do “Plano Panamá Solidário”, em apoio às comunidades mais desfavorecidas do país.
“Voamos para áreas de difícil acesso nas províncias de Chiriquí, Colón e Darién para distribuir alimentos e bens essenciais à população”, diz o chefe de operações, Jack Betesh.
“Voamos mais de 80 horas e atravessamos o país para chegar a aldeias a 400 km de nossa base. Nossa equipe está extremamente comprometida em ajudar os mais vulneráveis nesses tempos difíceis e, apesar da distância, sentimos que estamos ‘transportando esperança’ para os necessitados. ”
Distrito Federal – Na terça-feira (02), o Grupamento de Aviação Operacional (GAvOp) do Corpo de Bombeiros foi acionado pelo 17° GBM para socorrer um ciclista que se acidentou em uma área rural próxima à divisa do Distrito Federal com Goiás.
O ciclista teve lesão no membro inferior direito e a equipe aeromédica do helicóptero Resgate 03 foi acionada devido a distância do local ao hospital de referência. Segundo os bombeiros, a distância é um dos “critérios de acionamento” no atendimento pré-hospitalar.
O acesso ao local era difícil. A equipe pousou a aeronave em uma fazenda da região e para acessar a vítima, a equipe precisou caminhar por uma trilha. O ciclista foi atendido pelos operadores de suporte médico e transportado ao Instituto Hospital de Base de Brasília (IHBB) pelo Resgate 03.
Ceará – Nesta sexta-feira (15), duas aeronaves da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (CIOPAER) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) realizaram transportes aeromédicos de recém-nascidos em localidades diferentes no Ceará. Em ambos os casos, as bases da Coordenadoria, no interior, foram fundamentais para a agilidade nos atendimentos.
Neste ano, 50 crianças menores de um ano precisaram do suporte, o que representa 31% dos transportes aeromédicos realizados pela CIOPAER. Entre os bebês, 36 tinham menos de um mês de vida.
O primeiro acionamento ocorreu em Sobral, na Área Integrada de Segurança 14 (AIS 14) do Ceará. Um bebê de dez dias, com cardiopatia congênita, foi transportado pela aeronave Fênix 08, um Airbus H135, até Fortaleza. A decolagem ocorreu às 11h10min e o pouso na Capital ocorreu às 12 horas.
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O segundo transporte foi em Juazeiro do Norte, na Área Integrada de Segurança 19 (AIS 19). Um recém-nascido de quatro dias, com Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR), foi levado pelo Fênix 07, um EC145, até Hospital do Sertão Central, em Quixeramobim.
A decolagem ocorreu às 10h30mim e o pouso, na própria unidade de saúde, ocorreu às 11h40mim. Os atendimentos aconteceram de forma simultânea, com as aeronaves atuando ao mesmo tempo em Sobral e Juazeiro do Norte, nos dois extremos do Estado.
No caso de bebês, os principais destinos na Capital são o Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA) e o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias). As aeronaves são UTIs móveis, equipadas com incubadora.
“Ambos vieram porque seus quadros clínicos exigiam um hospital com cuidados mais adequados para os problemas que eles apresentavam”, explicou o tenente-coronel Marcus Costa, da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (CIOPAER).
As principais patologias em recém-nascidos que acabam exigindo o transporte aeromédico são complicações cardiológicas e respiratórias. O processo para que a remoção dos pacientes aconteça é rápido, segundo Marcus Costa. Tem duração média de uma hora.
“Mas é necessário que o médico responsável pelo paciente avalie que é preciso transportar de forma urgente para um atendimento diferenciado. Ele então regula junto ao SAMU do Ceará, onde há uma primeira avaliação sobre a condição. Segue então para regulação junto à CIOPAER, que só transporta o paciente após garantir vaga pela Central de Regulação de Leitos”, complementou.
Romênia – A Airbus Helicopters e o Ministério do Interior da Romênia assinaram um contrato para a compra de três helicópteros H135 para serviços aeromédicos e missões de busca e salvamento (SAR) no país, conforme contrato assinado no final de julho de 2019, que prevê a aquisição de até dez H135.
O serviço SMURD 112 (Serviciul Mobil de Urgența, Reanimare și Descarcerare), criado em 1997, realiza desde 2004, intervenções aeromédicas de emergência com o H135 em cooperação com o Ministério da Administração e Interior. Este serviço é público, regulamentado pela Portaria de Emergência do Governo nº 126/2003.
Conheça o serviço da Romênia, denominado SMURD 112.
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“Durante 15 anos de serviços aeromédicos – SMURD, o H135 provou sua utilidade, sendo um helicóptero que se adapta rapidamente a todos os tipos de solicitações. Todas as vantagens – principalmente a manutenção flexível, o gerenciamento de espaço para o transporte de passageiros e pacientes, a velocidade, a capacidade de aterrissar em uma área limitada, a possibilidade de operar intervenções médicas que salvam vidas durante o voo, a capacidade de voar durante o dia e a noite e sua versatilidade para missões nas montanhas graças ao guincho – são essenciais quando se trata de missões para salvar vidas ”, disse o comandante Dache Paul Catalin, da Inspetoria Geral de Aviação (IGAv).
“A Airbus atua ativamente na Romênia há quase 50 anos e estamos orgulhosos de o Ministério do Interior ter escolhido o H135 para missões tão críticas. Como líder de mercado com mais de 600 helicópteros em serviço para missões de serviços aeromédicos em todo o mundo, não tenho dúvidas de que será um ativo valioso para salvar vidas no país ”, disse Georges Durdilly, chefe da Airbus Helicopters na Romênia.
A Airbus Helicopters entregou mais de 1.300 H135 a clientes em todo o mundo que registram mais de 400.000 horas de voo por ano. O escopo operacional do H135 inclui segurança pública, serviços aeromédicos, aviação particular e comercial, manutenção de parques eólicos industriais e treinamento militar.
O H135 é a principal referência em serviços aeromédicos, disponível em uma ampla gama de interiores dedicados que maximizam a escolha dos operadores nas configurações, oferecendo amplo espaço para o transporte de um ou dois pacientes. A família de helicópteros H135 registrou mais de 5 milhões de horas de voo, estando em serviço com mais de 300 clientes em todo o mundo.
São Paulo – A Helibras, subsidiária brasileira da Airbus Helicopters, participou no dia 29 de agosto do evento de comemoração do 103º aniversário da Aviação Naval, em São Pedro da Aldeia (RJ).
Na ocasião, a fabricante expôs o helicóptero biturbina leve H135 que será entregue à Marinha do Brasil até o fim do ano. A aeronave faz parte de um contrato para fornecimento de três H135 que serão dedicados a uma ampla gama de missões, incluindo operações especiais, transporte de tropas e carga, inspeção naval, busca e salvamento e resgate aeromédico.
O H135 será operado pelo 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-1) e ficará baseado em São Pedro da Aldeia. O helicóptero será designado para a Operação Antártica, prevista para 2020. O esquadrão opera atualmente os Esquilos monotubina (UH-12) e biturbina (UH-13) em missões de ligação e observação; esclarecimento; lançamento de mergulhadores de combate; transporte de tropa; e serviços hidrográficos.
Além disso, é responsável pelo apoio aéreo as missões brasileiras na Antártica, onde opera a partir dos navios da Marinha. Os novos H135 deverão ser designados para acompanhar a Operação Antártica já em 2020, substituindo os UH-13 na missão.
Entre os desafios de operar no continente gelado estão as rápidas mudanças no clima, as temperaturas baixas e ventos constantes. Um dos requisitos para a região é o helicóptero ser bimotor, visto que existem poucos locais para um pouso de emergência. A temperatura na água, em geral, leva a morte em menos de 1 minuto, não possibilitando um pouso de emergência no mar, exigindo a capacidade da aeronave voar até um local seguro para o pouso.
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