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FAB usará aviões não tripulados na segurança da Copa do Mundo de 2014

A FAB (Força Aérea Brasileira) irá utilizar aviões não tripulados no auxílio das ações de segurança e vigilância durante a Copa das Confederações no ano que vem e na Copa do Mundo de 2014. O Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado), ou ARP (Aeronave Remotamente Pilotada), como a aeronave é conhecida, é um pequeno avião pilotado por “controle remoto” utilizado no Brasil desde 2011 em missões de reconhecimento e inteligência nas áreas de fronteira. Em outros países, como Israel, a ARP é utilizado também em missões de ataque com mísseis, mas os modelos da FAB não carregam armas, apenas equipamentos de vigilância.

Hoje o Brasil possui três ARPs israelenses do modelo Hermes 450, dois da FAB e um da Polícia Federal. As aeronaves são equipadas com sistemas eletro-ópticos capazes de localizar e acompanhar alvos tanto de dia quanto de noite. São câmeras infravermelhas, equipamento de visão noturna, rastreamento e filmagem em alta definição coloridas, com grande capacidade de aproximação do solo nas imagens capturadas. É possível, por exemplo, filmar pessoas à noite ou escondidas sob a copa de árvores. Outra vantagem é que a aeronave pode fazer isso a uma distância onde se torna impossível de ser vista ou escutada.

O Hermes 450 pesa 450 quilos, tem seis metros de comprimento e 10 metros de envergadura (da ponta de uma asa à outra). Voa a 110 quilômetros por hora e chega a 5,5 mil metros de altitude. A aeronave aguenta 150 quilos de carga e pode embarcar vários sensores simultaneamente.

Rio+ 20

De acordo com a FAB, as ARPs podem cumprir missões de busca, controle aéreo avançado, reconhecimento e Garantia da Lei da Ordem, dentre outras. As ARP têm autonomia para voos de até 16 horas e as tripulações em terra, além de não ficarem expostas às ameaças, podem se revezar durante as missões. Os dois aviões da FAB foram adquiridos por R$ 48 milhões, valor que inclui também uma estação de pilotagem em solo, sensores e apoio logístico.

A utilização da ARP no auxílio da segurança em grandes eventos foi testado pela primeira vez no país durante a Rio+20, conferência sobre o meio ambiente que reuniu chefes de Estado do mundo inteiro no Rio de Janeiro, em julho deste ano. Na ocasião, a aeronave realizava voos de vigilância sobre o centro de convenções que abrigava os eventos. A FAB repassava as imagens e informações colhidas à central que coordenava todas as ações de segurança do evento.

Segundo o Ministério da Defesa, os aviões podem ser utilizados durante a Copa das Confederações, no ano que vem, e na Copa do Mundo de 2014. A aeronave deve ser utilizada, por exemplo, para ajudar na vigilância nas cidades-sede em dias de jogos importantes, com a presença de chefes de Estado, em partidas de abertura e nas finais dos campeonatos, além de eventuais ações de contraterrorismo.

Em tempo real

A FAB repassará em tempo real as imagens e informações obtidas pela aeronave ao Centro Integrado de Comando e Controle, que coordenará as ações de segurança entre Forças Armadas, polícias estaduais e federal e outras instituições durante a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014. Na Copa do Mundo, serão 12 centros de controle, um em cada cidade-sede, além de um nacional.

De acordo com a assessoria de imprensa da FAB, o uso da ARP durante a Rio+20 foi considerado um sucesso e as aeronaves estão prontas para prestar apoio à realização de qualquer outro grande evento. A FAB informa que a missão original do equipamento são missões de defesa do território nacional, como vigilância das fronteiras. E que o deslocamento da aeronave para o apoio nas competições futebolísticas depende de requisição formal do governo federal, que ainda não foi oficializada. Apesar disso, oficiais da FAB ligados ao assunto afirmam que o uso das ARTs nestes eventos está garantido.

Foi criada uma equipe específica para a operação dos aviões não tripulados, o Esquadrão Hórus, em Santa Maria (RS). Segundo a FAB, há planos para que novas unidades sejam adquiridas e esquadrões criados nos próximos anos em bases aéreas nas regiões Norte e Centro-Oeste. O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacional também desenvolve, em parceria com a empresa Avibrás, um projeto nacional de ARP.

Fonte: UOL

FAB vai ser parceira da PF e Vant finalmente sairá do chão

O superintendente Regional da PF (Polícia Federal) no Paraná, o delegado José Alberto Iegas, afirmou durante visita à Delegacia Regional da PF em Cascavel que o Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado), que está sob a responsabilidade da PF na base em São Miguel do Iguaçu, começará a operar ainda em 2012.

O equipamento de tecnologia israelense que custou R$ 8 milhões à União e que foi apresentado oficialmente há um ano, mas que nunca foi visto em operação de controle e monitoramento da fronteira, não será entregue à FAB (Força Aérea Brasileira), mas será utilizado em parceria com essa e outras instituições estaduais e federais da área de segurança pública.

Iegas afirmou que todos os ajustes foram feitos. Isso inclui um dos principais problemas do projeto que se referia a questões contratuais de manutenção da aeronave.

Em fase de recomposição interna depois da greve, o que se espera agora é uma oxigenação da PF em toda a região. Ela só será possível com as novas contratações de efetivo que estão em andamento referentes a um concurso público. “Esperamos que ainda neste ano, no máximo no início do próximo, estejamos com mais profissionais nas delegacias da PF de Guaíra, Foz do Iguaçu e Cascavel”, destacou.

Esse reordenamento vai ganhar ainda mais fôlego com um convênio que promete ser assinado na próxima semana em Foz do Iguaçu envolvendo a Itaipu Binacional e a diretoria-geral da PF e o Nepom (Núcleo Especial de Polícia Marítima).

O objetivo é monitorar de forma conjunta o lado que separa o Brasil com o Paraguai. Ele é o principal meio de logística utilizado por contrabandistas e traficantes.

“Infelizmente, o crime é muito dinâmico. Ele tem uma agilidade que muitas vezes o Estado não tem, mas algumas coisas estão sendo feitas. Estamos preocupados e atentos. As notícias são boas e acredito que no primeiro semestre do ano que vem muita coisa vai mudar”, destacou.

Fonte: O Paraná

Evento sobre VANTs recebeu especialistas da ANAC e da USP

O MundoGEO promoveu, no dia 25 de outubro, o seminário VANTs Presencial e Online sobre veículos aéreos não tripulados, no Bourbon Convention Ibirapuera, em São Paulo.

Voltado para o setor de mapeamento, o encontro reuniu 412 participantes, sendo 120 presenciais e 292 online, além de uma grande interação do público pelas redes sociais, para conhecerem e discutirem temas relacionados à regulamentação e oportunidades neste mercado, além das características e aplicações dos diversos tipos de VANTs com sensores para produção de mapas, nas áreas de meio ambiente, florestal, agricultura, infraestrutura, gestão territorial, entre outras.

Atualmente, no Brasil, existem três documentos oficialmente emitidos sobre VANTs. Lívia Camargos Rodrigues de Oliveira e Ailton José de Oliveira Júnior, especialistas em regulação de aviação civil da ANAC, abordaram essas normas vigentes para a operação de sistemas de aeronaves remotamente pilotadas no Brasil, incluindo quais tipos de operações podem ser autorizadas, o procedimento para tal e os rumos que a autoridade pretende seguir com relação a este assunto, em curto, médio e longo prazo.

Já Onofre Trindade Júnior, pesquisador da USP, falou sobre as classificações dos Vants e seus conceitos, além de ressaltar que, em sua opinião, os únicos veículos aéreos tripulados, futuramente, serão apenas aqueles que levam passageiros.

Completaram o quadro de palestrantes: Luciano de Oliveira Neris, Diretor de desenvolvimento da AGX; Renato Tovar, Diretor da Avibras; Gabriel Santiago de Melo, Diretor comercial da Somenge; Wimerson Bazan, Consultor em Aerofotogrametria da Alezi Teodolini; Giovani Amianti, Diretor da XMobots; Luiz Dalbelo, Gerente de vendas da Santiago & Cintra; Ulf Bogdawa, Diretor da Skydrones; Pedro Donizete Parzzanini, Gerente comercial da CPE Tecnologia; e Floriano Peixoto, Pesquisador da Unisanta/Albatroz.

“O evento atingiu os objetivos de esclarecer melhor à comunidade questões importantes sobre a tecnologia envolvida nas operações com Vants, como o aparelho em si, os sensores e os softwares. Os destaques foram os esclarecimentos quanto a classificação dos aparelhos, a importância do treinamento dos pilotos remotos e as aplicações dos dados coletados pelos Vants, que vão muito além do mapeamento.

Além disso, ficou clara a pressão que o mercado do setor está exercendo, junto às entidades reguladoras das atividades aéreas, para que tanto os aparelhos nacionais e importados, bem como suas operações para fins lucrativos, sejam completamente regulamentadas o mais breve possível”, declarou Emerson Zanon Graneman, diretor e publisher da revista MundoGEO.

Além do mapeamento, os VANTs podem ser úteis para resposta a desastres naturais e acidentes, já que possibilitam agilidade não encontrada em aviões e na programação de imageamento por satélites.

Eles podem ser usados para visualização online de movimentação de pessoas em grandes eventos, monitorar online fluxos de veículos, monitorar acontecimentos em áreas de difícil acesso de forma muito rápida. Entrar em áreas de risco de favelas para registrar movimentação suspeita. Tudo isso online. Monitorar o andamento de grandes obras de engenharia, estádios da copa, PAC, grandes fábricas.

Esse tipo de aparelho possui um grande campo de aplicação, podendo ser empregado na detecção de manchas de óleo no oceano, rastreamento e identificação das praias em risco, monitoramento de deslizamentos de terra, mapeamento e estudo de florestas e regiões de interesse ecológico, levantamentos de áreas rurais de aspectos agropecuários, medição da composição do ar e de níveis de poluição, inspeção de grandes estruturas, levantamento de ocupação urbana e prospecção topográfica, mineral e arqueológica.

O segundo seminário sobre Vants – Veículos Aéreos Não Tripulados acontecerá em junho de 2013, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, dentro da programação do evento MundoGEO#Connect LatinAmerica. Para mais informações, acompanhe o site http://mundogeoconnect.com/2013/.

Fonte: Oficina da Comunicação Integrada – Assessoria de comunicação da MundoGEO.

Seminário sobre VANTs será realizado em São Paulo com transmissão online

O MundoGEO, líder na realização de eventos e publicação de revistas e portais para o setor de geotecnologia na América Latina, irá promover no dia 25 de outubro o seminário VANTs Presencial e Online sobre veículos aéreos não tripulados, no Bourbon Convention Ibirapuera, em São Paulo.

Voltado para o setor de mapeamento, o encontro reunirá participantes para conhecerem e discutirem temas relacionados à regulamentação e oportunidades neste mercado, além das características e aplicações dos diversos tipos de VANTs com sensores para produção de mapas, nas áreas de meio ambiente, florestal, agricultura, infraestrutura, gestão territorial, entre outras.

As palestras, que serão ministradas por especialistas em VANTs, representando a academia, governo e empresas privadas, estão dividas nos seguintes temas: Classificação de conceitos de VANTs e seus sensores; VANTs de grande porte; VANTs de médio porte; Regulamentação de VANTs no Brasil; e VANTs de pequeno porte.

Há duas formas de inscrição, presencial e online, pois todo o evento será transmitido pela internet com possibilidade de interações em ambos os casos. Para acompanhar o seminário online, a inscrição deve ser feita até um dia antes do evento. Para os participantes presenciais, a inscrição poderá ser feita previamente e também no dia.

“O setor de VANTs, no Brasil está em plena expansão, mas os profissionais ainda têm muitas dúvidas sobre todas as possibilidades desses equipamentos e também quanto à regulamentação”, comenta Eduardo Freitas, editor do MundoGEO. “Certamente, este seminário – presencial e online – será um marco para a o mercado brasileiro de VANTs”, conclui.

Além das palestras, quem fizer a inscrição presencial poderá conferir uma exposição de VANTs com novidades e os melhores equipamentos do setor, que acontecerá nos intervalos da manhã e da tarde do evento. Para mais informações, visite o site.

Serviço

Data: 25 de outubro, das 9h às 17h
Local: Bourbon Convention Ibirapuera – Av. Ibirapuera, 2927 Moema – São Paulo (SP)
Contatos: seminario@mundogeo.com / (41) 3338 7789 / (11) 4063 8848
Inscrições: http://mundogeo.com/seminarios/vants/inscricao.html

Programação

9h às 9h40 – Classificação e conceitos dos VANTs e seus sensores

– Onofre Trindade Junior, Pesquisador da USP.

9h40 às 10h40 – VANTs de grande porte

– Adriano Kancelkis, Diretor da AGX.
– Érica Ferraz*, Engenheira de Aplicações da EGS
– Renato Tovar*, Diretor da Avibras

11h às 12h – VANTs de médio porte

– Gabriel Santiago de Melo, Diretor Comercial da Somenge
– Marcos Guandalini, Diretor Comercial da Alezi Teodolini
– Giovani Amianti*, Diretor da XMobots

14h às 14h40- Regulamentação de VANTs no Brasil

– Ailton José de Oliveira Júnior*, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

14h40 as 15h40 – VANTs de pequeno porte

– Luiz Dalbelo, Gerente de Vendas da Santiago & Cintra
– Ulf Bogdawa, Diretor da Skydrones
– Pedro Donizete Parzzanini, Gerente Comercial da CPE Tecnologia

16h às 17h – Debate sobre os desafios técnicos, legais e oportunidades deste mercado

– Lucio Figueiredo Matias, da Eyesky/Novaterra
– Onofre Trindade Junior, Pesquisador da USP
– Ailton José de Oliveira Júnior*, da Anac

*a confirmar

Polícia Militar/PE testa VANT para monitoramento em grandes eventos

Pernambuco – Um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), criado por três estudantes pernambucanos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), está sendo avaliado pela Polícia Militar para ser utilizado como uma das tecnologias de segurança do estado para eventos de grande porte, como a Copa do Mundo de 2014.

Com capacidade de enviar imagens em tempo real a uma distância horizontal de até cinco quilômetros, a aeronave elétrica foi criada com base em modelos semelhantes utilizados pela polícia de Seattle, nos Estados Unidos, e também pelo serviço de segurança que operou em Londres, Reino Unido, durante as últimas Olimpíadas. Ontem, comandantes de batalhões da capital e do interior acompanharam uma demonstração de voo, na Ilha do Retiro.

A partir do que foi verificado na apresentação, eles irão enviar um relatório para o Comando Geral, com as impressões sobre o equipamento. Caso venha a ser adquirida pela PM, a aeronave será utilizada durante shows, monitoramento do retenção de tráfego e acompanhamento de passeatas e protestos.

Com duas câmeras que possibilitam dar um zoom de até 10 vezes, a aeronave consegue capturar imagens de rostos, placas de carro e detalhes de qualquer pessoa se estiver voando a uma altitude média de 30 metros. Segundo os desenvolvedores, que projetaram a máquina há cerca de um ano, o propótipo é mais econômico do que um helicóptero, pois não utiliza combustível, e consegue voar em condições adversas, como muito vento ou chuva.

A possibilidade de explorar o espaço aéreo de defesa agradou ao comandante do Batalhão de Choque da PM-PE, o tenente-coronel Walter Benjamin. “Apesar de o teste ter acontecido em um campo de futebol, nossa ideia principal é colocar esse equipamento a disposição em ações de trânsito e até em rebeliões, pois hoje limitamos nosso campo de visão à parte terrestre. Podemos até ter uma central de comando para monitorar as câmeras”, exemplificou. Ele afirmou que ainda não existe prazo para o relatório ser enviado ao Comando Geral.

Fonte: Diário de Pernambuco

Governo federal abandona programa de combate ao tráfico usando VANTs

O céu estava nublado no aeródromo de São Miguel do Iguaçu, uma pequena cidade paranaense na tríplice fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina.

Nada, no entanto, que impedisse o voo inaugural do primeiro Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) da Polícia Federal (PF) naquela manhã de 10 de novembro de 2011.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a PF está subordinada, foi até a pista ver de perto a aeronave capaz de filmar e fotografar a placa de um carro ou o rosto de um traficante de drogas a 9 quilômetros de altura.

Em seguida, Cardozo se dirigiu ao auditório improvisado para falar sobre a maior arma anunciada contra o narcotráfico pelo governo da presidente Dilma Rousseff, uma promessa feita na campanha de 2010: a compra de 14 Vants israelenses, por R$ 655 milhões.

Ao fundo do palco onde o ministro discursava, havia um pôster gigante com a foto do avião em voo e o título em letras garrafais: “Fase operacional”. Uma frase que não saiu do papel.

Na linguagem policial, operacional quer dizer ação prática. O Vant passaria a fazer missões rotineiras. De acordo com documentos obtidos por ÉPOCA, isso não aconteceu. Depois da festa de inauguração, o avião foi recolhido ao hangar do aeródromo onde fica a base de operação.

Os equipamentos foram encaixotados e estão assim até hoje. Uma segunda aeronave já comprada continua em Israel, sem previsão para ser enviada ao Brasil. Não se fala mais em comprar outros 12 aparelhos como foi previsto no início e alardeado com pompa. Brigas internas na PF e o descaso do Palácio do Planalto ameaçam abater, ainda em solo, o projeto no qual o governo já gastou R$ 73 milhões. O valor inclui os dois aviões e o material necessário (antenas e computadores) para mantê-los no ar.

Operado por um piloto em terra, que digita os comandos no computador das estações, o avião pode voar por 37 horas ininterruptas a uma distância de até 4.000 quilômetros, enviando imagens on-line para a base sobre as atividades de narcotráfico nas fronteiras brasileiras.

Com a varredura, seria possível saber onde os criminosos se escondem, para onde enviam drogas e, principalmente, vigiar seus passos e prendê-los. O combate na fronteira boliviana tem um caráter especialmente crucial para os brasileiros. Pelo menos 54% da cocaína que chega ao Brasil vem do país andino. Boa parte se transforma no crack que assombra nossas metrópoles.

A previsão era instalar quatro bases. Além de São Miguel do Iguaçu, outras três funcionariam em Brasília, no Distrito Federal, Vilhema, em Rondônia, e Manaus, no Amazonas. Em junho, a Procuradoria da República no Paraná começou a receber informações de que não havia mais decolagens na primeira estação inaugurada por Cardozo.

Os procuradores descobriram que o Vant estava parado. Como o projeto não decolou, a Procuradoria entrou na Justiça para o governo aumentar o número de policiais. O pedido foi rejeitado pela Justiça Federal.

O Brasil tem 11.600 quilômetros de fronteiras com Colômbia, Peru, Bolívia (países produtores de cocaína) e Paraguai (fornecedor de maconha). Para cobrir toda essa extensão, a PF conta nessas regiões com apenas 14 delegacias e 826 policiais.

A relação é de um agente para cada 16 quilômetros e de um delegado por 100, segundo o cálculo do Tribunal de Contas da União (TCU) num relatório recente de avaliação da política de combate ao narcotráfico. O TCU recomendou ao governo contratar por meio de concursos mais 3 mil policiais. E destacou o projeto do Vant como o avanço mais significativo diante da falta de pessoal.

Um relatório da PF, de março deste ano, mostra que essa vantagem é desperdiçada. Durante 2011, o projeto do Vant contou com um orçamento de R$ 70 milhões. Isso permitiria a compra de equipamentos e combustível, além de treinamento de pilotos. O documento da PF diz que, “por problemas técnicos”, apenas R$ 6,3 milhões foram efetivamente gastos.

Se não é por falta de dinheiro, por que o Vant não sai do chão? O presidente da Associação dos Delegados Federais, Marcos Leôncio, afirma que a PF está sem contrato de manutenção da aeronave, o que impede a decolagem. “Também existe uma dúvida do governo sobre se o Vant fica com a PF ou será entregue à Aeronáutica”, diz Leôncio.

Essa alternativa poderia criar um conflito com Israel, porque o equipamento foi vendido exclusivamente para a atividade policial, e não militar. A PF chegou a divulgar, no dia do voo inaugural, que era a primeira polícia do mundo a usar o Vant para esse fim.

A origem do imbróglio está em divergências na cúpula da PF desencadeadas em 2011. Em janeiro daquele ano, a direção-geral da PF mudou de mãos, passando ao delegado Leandro Coimbra. Ele assumiu o posto no lugar de seu colega de profissão Luiz Fernando Corrêa, que defendia para Dilma o emprego dos aviões-robôs.

Na gestão de Coimbra, contratos foram interrompidos. A mesma empresa que forneceu os aviões, a Israel Aerospace Industries, treinaria uma congênere brasileira para cuidar da manutenção do programa no futuro. O argumento usado pela área de logística para suspender esse contrato foi um processo aberto pelo TCU para apurar acusações de irregularidades nos pagamentos à empresa israelense.

O Tribunal investiga a despesa de R$ 24,6 milhões para o treinamento de 13 pilotos (R$ 1,9 milhão por cabeça). O processo ainda não foi concluído. Ele não significa o fracasso do projeto. A PF diz que prepara um novo contrato de manutenção e que receberá o segundo Vant ainda neste ano. Somente então vai avaliar se compra as outras 12 aeronaves inicialmente previstas.

A tecnologia de ponta dos aviões é uma arma para combater um novo esquema montado pelo narcotráfico nas fronteiras. Em outubro do ano passado, ÉPOCA revelou que os novos barões da droga terceirizaram parte das etapas, como refino, transporte e comércio dos entorpecentes. Eles passaram a atuar também nos países vizinhos. Grandes carregamentos de cocaína e de pasta-base de coca, matéria-prima do crack, são lançados de aviões em fazendas no lado brasileiro.

Nas fronteiras com Colômbia, Peru e Bolívia, policiais federais se veem diante de uma luta de guerrilha. No fim de 2010, dois agentes federais morreram baleados no Rio Solimões, a 240 quilômetros de Manaus, quando interceptaram uma lancha que transportava cocaína.

Uma das principais funções do Vant é passar informações aos homens em terra, adiantando a posição do inimigo durante uma situação de confronto. Para os policiais na linha de frente contra traficantes fortemente armados, os veículos não tripulados podem representar uma proteção a sua vida.

Fonte: Revista Época, por Hudson Corrêa e Leonardo Souza.

A ajuda do VANT no resgate de tropas feridas

É uma das missões mais perigosas no campo de batalha moderno – e uma das mais importantes. Helicópteros com grandes tripulações, vulneráveis a mau tempo e terreno acidentado para resgatar soldados feridos de um tiroteio ou a cena da explosão de uma bomba.

Equipes de evacuação aeromédica são uma das mais corajosas entre todas as outras. Mas, para evitar um outro desastre como o do “Black Hawk Down”- em que as equipes de resgate também ficam presas ao lado do ferido – nas zonas mais quentes de combate do Pentágono, por vezes, os helicópteros de evacuação aeromédica ficam expostos a certas condições. Para resolver isso, o Exército encontrou uma possível solução: substituir as tripulações humanas por um VANT, veículos aéreos não tripulados.

Esse é o impulso da recente solicitação do Exército Americano de pedir que a indústria chegue a um projeto básico de VANT autônomo para evacuações aeromédicas. As empresas não são obrigadas a produzir um VANT. No lugar disso, o Exército quer documentos de planejamento e uma “lista curta de candidatos a VANT.”

A solicitação não especifica o equipamento médico que o helicóptero deve transportar, mas não é difícil de adivinhar. Por exemplo, mecanismos para proteger o paciente dentro da aeronave. Além disso, algum tipo de telemetria remota para manter o controle dos sinais vitais das vitimas que estão feridas.

A solicitação lista os melhores candidatos para estruturar o VANT, mencionando helicópteros não-tripulados, como o “Kaman K-MAX”, “ Northrop Grumman Fire Scout” e o “Boeing A-160 da Hummingbird”, e também helicópteros tripulados que podem ser modificados para o controle remoto, incluindo o “Boeing littel bird”, o “Sikorsky Blackhawk” e o “Lakota EADS”. Uma exceção na lista é o “AirMule”, um protótipo fabricado pela “Urban Aeronautics”, que contém seus rotores no interior da fuselagem.

Desses candidatos, o K-MAX é sem dúvida o que fica mais distante. O motivo é que a Marinha já estão usando “helicópteros robôs” com rotores duplos para missões de reabastecimento no sul do Afeganistão e estão muito contentes com a sua confiabilidade e a com a relativa simplicidade de seus controles, que combinam GPS de navegação com entradas remotas a partir de um operador humano em terra.

Enquanto isso, uma equipe da Marinha, liderada pela professora do MIT Missy Cummings, está trabalhando em novos iPad-controladores, para K-MAX e outros robôs-helicópteros, que permitiriam que qualquer soldado minimamente treinado pudesse controlar um VANT e fazer sua aterrissagem em segurança em zonas quentes. Cummings diz que o novo sistema de controle é especificamente concebido para permitir a evacuação aeromédica robótica. “Seu amigo levou um tiro no peito e seria uma loucura pousar um helicóptero”, é como ela descreve o cenário.

Se há um grande obstáculo potencial, é a confiança. Mesmo depois de mais de uma década de guerra robótica, muitos soldados não se sentem seguros colocando suas vidas nas mãos de robôs. “O problema é superar o medo natural de entrar em um veículo sem piloto”, disse Janina Frankel-Yoeli, da Urban Aeronautics. A solução de sua empresa é a tubulação no AirMule, via rádio, da voz de um médico humano – com o objetivo de acalmar o paciente que possivelmente estará em pânico.

Mesmo que o Exército não possa resolver imediatamente o problema do paciente em pânico, a evacuação médica por robôs é uma ferramenta que vale a pena dar continuidade. Em grande parte dos salvamentos, uma evacuação aeromédica realizada por tripulações humanas, um soldado ferido tem 95% de chance de sobreviver. Adicionando robôs a evacuação aeromédica com tripulações humanas, essa porcentagem pode aumentar ainda mais.

Fonte: Wired.

Nota do site: Muito embora seja ainda um tema distante da Aviação de Segurança Pública, especificamente no resgate aeromédico, sabemos que essas tecnologias, com o tempo, serão absorvidas pelo mercado, como, por exemplo, o acompanhamento remoto do paciente embarcado na aeronave.

Bope começa a utilizar VANT em operações especiais no Rio – Vídeo

O Bope (Batalhão de Operações Especiais) começará a utilizar em breve VANT em ações táticas e operacionais no Rio de Janeiro. Três “vants” (veículos aéreos não tripulados) foram desenvolvidos pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e cedidos à divisão de elite da Polícia Militar, que poderá aproveitar a nova tecnologia, por exemplo, para monitoramento remoto no decorrer de incursões em favelas da capital fluminense.

Orçado em R$ 180 mil, o projeto contempla ainda a Defesa Civil Estadual, a Artilharia Antiaérea do Exército e o próprio IME – cada um recebeu um VANT personalizado. Uma sétima aeronave está sendo finalizada e será entregue ao Corpo de Bombeiros para operações na região serrana do Estado, que sofre anualmente com problemas decorrentes das chuvas.

Os vants contam com tecnologia integralmente nacional, segundo o governo do Estado, e será aperfeiçoado nos próximos anos. Até novembro, de acordo a financiadora do projeto, a Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro), outros vants devem ser cedidos gratuitamente às forças de segurança pública e de Defesa Civil do Rio.

“Temos vants demonstradores de tecnologia, frutos de pesquisas de pós-graduação e de trabalhos de graduação, construídos por cérebros brasileiros, com recursos nacionais e tecnologia livre de restrições internacionais de comércio. Nossa busca é pela soberania tecnológica”, afirmou o gerente do projeto, Jacy Montenegro Magalhães Neto.

De acordo com o governo estadual, os miniaviões contam com um sistema de zoom ótico capaz de filmar uma placa de carro, por exemplo, a cerca de 500 metros de altura. Em razão de seu tamanho reduzido, ele não pode ser visto a mais de 100 metros de altura, o que impede que seja alvejado por arma de fogo e destruído.

Os futuros operadores dos vants, entre os quais os policiais do Bope, receberão treinamento técnico do IME e aulas de pilotagem. A tecnologia dos primeiros protótipos do projeto já foi utilizada pelo IME anteriormente durante operações em Teresópolis e Nova Friburgo, na região serrana, durante os trabalhos de resgate após as enchentes de 2011 –mais de 900 pessoas morreram na tragédia.

Assista à reportagem do R7:

Fonte: UOL Noticias / R7.

Quadricóptero (Drone) é enviado com celulares à prisão

São Paulo – Funcionários da Concessionária Auto Raposo Tavares, em 30 de maio, por volta das 08h, localizaram no acostamento da Rodovia Raposo Tavares, próximo a Penitenciaria II de Presidente Venceslau/SP, um aeromodelo quadricóptero com um invólucro plástico ao seu lado.

Policiais Militares do 42º Batalhão de Polícia Militar do Interior foram acionados pelo telefone 190 e em vistoria encontraram 07 celulares no recipiente de plástico junto ao aeromodelo. A ocorrência foi apresentada no Distrito Policial da região.

Fonte: PMESP.

Uso civil de VANTs aumenta nos EUA

Sem muito alarde, dezenas de universidades e delegacias de polícia dos Estados Unidos receberam permissão dos reguladores federais da aviação para utilizar aeronaves não-tripuladas, conhecidas como “drones”, segundo documentos obtidos por um grupo de defesa dos cidadãos, através da Lei da Liberdade de Informação.

As mais de 50 instituições que receberam aprovação para operar aeronaves pilotadas por controle remoto são mais variadas do que muitas pessoas de fora da área e especialistas em privacidade sabiam. Elas incluem não só agências como o Departamento de Segurança Interna, mas também instituições menores como os departamentos de polícia de North Little Rock, no Estado de Arkansas, e de Ogden, no Estado de Utah, além da Universidade de Dakota do Norte e a Universidade Estadual Nicholls, na Luisiânia.

A informação divulgada pela Fundação das Fronteiras Eletrônicas veio à tona em um momento em que a Administração Federal da Aviação, ou FAA na sigla em inglês, se prepara para dar um impulso na utilização generalizada dos drones. Até o final de 2015, o Congresso americano deseja que essa agência faça a integração das aeronaves pilotadas remotamente no espaço aéreo dos EUA.

Apesar dos documentos não indicarem de que modo as aeronaves serão usadas, a divulgação provavelmente vai incitar preocupações sobre privacidade relativas aos drones.

Na quinta-feira, o deputado democrata Edward Markey, de Massachusetts, e o deputado republicano Joe Barton, do Texas, pediram ao administrador interino da FAA para responder perguntas sobre as implicações para a privacidade de um uso maior dos drones.

“Muitos drones incluem equipamentos de vigilância, como câmeras de vídeo, câmeras de infravermelho, radares e ‘farejadores’ de redes sem fio”, escreveram os representantes em sua carta a Michael Huerta. Agora que a FAA, sob pressão de legisladores e empresas, está se esforçando para aumentar o uso de drones, ela tem “a responsabilidade de garantir que a privacidade das pessoas seja protegida e que o público seja plenamente informado sobre quem está utilizando drones no espaço aéreo público e por quê”, escreveram eles. A FAA não quis comentar.

Como parte do esforço para aumentar o uso civil dos drones, cerca de 50 empresas estão desenvolvendo uns 150 sistemas diferentes, que vão desde miniaturas até modelos com envergadura comparável à dos aviões comerciais.

A FAA disse anteriormente que já aprovou dezenas de usos não-militares para aeronaves não tripuladas, que vão desde missões policiais até o combate a incêndios e o monitoramento de animais selvagens. Os drones também já foram usados para reportagens, mapeamento e aplicações agrícolas.

A Universidade de Dakota do Norte usa drones em conexão com um programa de graduação em sistemas de aeronaves não tripuladas, iniciado em 2009. Al Palmer, um funcionário da universidade envolvido no programa, disse que cerca de 78 alunos já decidiram se especializar na área e que os formados têm encontrado emprego em fabricantes ou operadores de drones.

O departamento de polícia de North Little Rock vem trabalhando com um pequeno helicóptero sem piloto desde 2008, disse o sargento Pat Thessing. No momento, a polícia vem treinando com essa aeronave apenas em áreas despovoadas, enquanto aguarda as normas da FAA para usá-las em outros lugares. A polícia espera usar drones para a vigilância de bairros de alta criminalidade, durante investigações sobre drogas, e outras atividades.

Fonte: Wall Street Journal / Reportagem: Andy Pasztor e John Emshwiller

EUA está para aprovar lei que regulamenta uso de VANT

Segundo o  jornal The Washington Times e o site OpEdNews, até 2020, os Estados Unidos terão nos céus pelo menos mais 30 mil drones (uma aeronave sem piloto, operada por controle remoto), de acordo com legislação aprovada pelo Congresso dos EUA na semana passada, que deverá ser sancionada pelo presidente Obama, a qualquer momento.

A nova lei autoriza o sobrevoo de drones sobre o território dos Estados Unidos, para funções de observação e vigilância, por instituições públicas e privadas. Na verdade, a lei dá maior respaldo jurídico para o que já vem sendo feito nos EUA e em outros países por centenas de drones com capacidades de observação e vigilância, operados principalmente por órgãos do Departamento de Segurança Nacional, pela CIA e por empresas privadas. Nos EUA, as funções de observação e vigilância dos drones incluem a proteção das fronteiras e combate ao tráfico e ao terrorismo.

Em 2011, a Federação Federal de Aviação (FAA – Federal Aviation Administration) concedeu 313 certificados para operação de drones, dos quais 295 estavam ativos, no final do ano. Mas, a FAA não revela quais são as instituições autorizadas a operar os drones e para quais propósitos, segundo o Washington Times. A Fundação Electronic Frontiers está processando a FAA, para obter os registros dos certificados e descobrir seus propósitos.

Para algumas instituições americanas, a nova lei representa um “adeus à privacidade”. “Ninguém sabe qual é a política das agências públicas e privadas para a operação dos drones, como a privacidade será protegida e o que será feito para evitar violações aos direitos dos cidadãos, previstos na Quarta Emenda da Constituição, de não serem submetidos a buscas e apreensões irracionais e sem mandato judicial”, disse a advogada da Fundação Electronic Frontier, Jennifer Lynch.

De acordo com o OpEdNews, o programa de vigilância de cidadãos por drones coloca o mundo mais próximo do que se chama de sociedade vigiada. Em muitos países, os cidadãos já vivem sob um alto nível de vigilância, por causa da “endemia de vigilância”, facilitada, entre outras coisas, pelas câmeras de segurança. De acordo com um levantamento da “Privacy International”, do Reino Unido, e do “Electronic Privacy Information Center”, dos Estados Unidos, os países mais vigiados do mundo são os Estados Unidos, Reino Unido, Tailândia, Cingapura, Rússia, China e Malásia.

Texto de João Ozorio de Melo / Fonte: Revista Consultor Jurídico

A invasão dos VANTs: Veículos Aéreos Não Tripulados revolucionam o setor de mapeamento

A indústria geoespacial vem experimentando várias mudanças nos últimos anos, com maior destaque para o sensoriamento remoto, que é a área responsável por gerar imagens da superfície terrestre a partir de plataformas móveis. Se há alguns anos existia uma separação muito clara entre imagens de satélites – com menor poder de detalhamento – e aerofotos – com maior resolução -, hoje existem várias áreas de sobreposição entre os produtos gerados e as aplicações das imagens obtidas por sensores remotos orbitais e aerotransportados.

Os satélites comerciais de altíssima resolução – com menos de 50 centímetros de detalhamento – invadiram uma área que, até recentemente, era apenas das imagens obtidas através de aviões. Por sua vez, a aerofotogrametria ampliou o leque de sensores, e hoje os veículos voam com equipamentos ópticos, radar e laser, obtendo uma vasta gama de imagens e de modelos digitais de terreno em três dimensões.

Agora, uma novidade que está alterando o jogo de forças no setor de sensoriamento remoto é a invasão dos Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), equipamentos com baixíssimo custo – em relação à aerofotogrametria – que podem gerar produtos muito próximos dos obtidos através de métodos clássicos de levantamentos. Por outro lado, os VANTs ainda carecem de uma legislação clara para a execução de voos sobre áreas habitadas para mapeamento rural e urbano.

Resposta rápida a desastres

Além do mapeamento em si, os VANTs podem ser muito úteis na resposta a desastres naturais e acidentes, já que possibilitam uma agilidade que não é encontrada no uso de aviões e na programação de imageamento por satélites. Empresas brasileiras já possuem projetos e equipamentos que poderiam contribuir em aspectos relacionados a acidentes que resultam no derramamento de óleo no mar ou em resposta a deslizamentos de terra.

Hoje, existem várias opções de VANTs, com distintas autonomias de voo, que poderiam se encaixar em diferentes missões, desde a detecção de manchas de óleo no oceano e sua evolução, até o rastreamento e identificação das praias do litoral em risco de serem afetadas. O sobrevoo a áreas com deslizamentos de terra também pode ser feito com agilidade para a resposta rápida a emergências.

Os satélites com sensores ópticos, por exemplo, ficam limitados em relação à presença de nuvens na região, o que requer o uso de imagens radar. Já os VANTs não sofrem com isso, pois voam abaixo das nuvens. Outra diferença é em relação ao custo operacional e humano, pois operar um avião não tripulado custa menos, além de não expor a tripulação a riscos.

Outra área na qual os VANTs já são amplamente utilizados é a segurança. A Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo, por exemplo, usa veículos não tripulados para a detecção de diversos tipos de crimes ambientais. Em 2011, o governo brasileiro criou o Núcleo de Excelência em Desenvolvimento de Sistemas Embarcados para Veículos Aéreos Não Tripulados e Robôs Táticos Móveis, com o objetivo de desenvolver um sistema de segurança nas fronteiras da Amazônia e monitorar o meio ambiente.

Os resultados esperados do projeto, que tem previsão de quatro anos de duração, deixarão o Amazonas numa condição favorável em relação ao controle das fronteiras, uma vez que, nesses locais, ocorrem com frequência o tráfico de drogas, guerrilhas, dentre outras atividades. Os VANTs vão desempenhar funções estratégicas na captura de informações, que posteriormente serão processadas e encaminhadas aos órgãos competentes, como a Polícia Federal e o Exército.

Restrições

Mas um VANT não é um simples aeromodelo. Antes de se fazer um levantamento é preciso obter uma autorização Notam, emitida pelos órgãos da Aviação Civil e Militar, avisando que será feito um sobrevoo a um determinado local. Além disso, esses locais não podem ser densamente habitados, o que tem sido um empecilho para o mercado com foco em segurança.

Existem, em todo o mundo, vastas pesquisas e desenvolvimentos sobre VANTs, baseadas em diversos tipos de aeronaves, como aviões, helicópteros e dirigíveis. Esse tipo de aparelho possui um grande campo de aplicação, podendo ser empregado no monitoramento e estudo de florestas e regiões de interesse ecológico, em levantamentos de áreas rurais de aspectos agropecuários. Também pode auxiliar na medição da composição do ar e de níveis de poluição e sua dispersão em centros urbanos e industriais. Além disso, serve para a inspeção de grandes estruturas, levantamento de ocupação urbana e prospecção topográfica, mineral e arqueológica.

Espera-se, para os próximos anos, uma presença cada vez maior de VANTs nas áreas de mapeamento, defesa, inteligência e segurança, o que não significa que o uso das fotos obtidas com aviões e imagens de satélites estejam em declínio. Com maior oferta de produtos, a aerofotogrametria se moderniza e fornece imagens cada vez melhores. Os satélites também aumentam cada vez mais a resolução e geram imagens com mais opções de detalhamento e revisita. As tecnologias estão se complementando, com algumas áreas de sobreposição, mas cada uma com sua especificidade e área de aplicação.


Texto de Eduardo Freitas, engenheiro cartógrafo, técnico em edificações, mestrando em SIG, editor do portal e revista MundoGEO e coordenador técnico do evento MundoGEO#Connect LatinAmerica.


Serviço

– MundoGEO#Connect LatinAmerica 2012.
– Data: 29 a 31 de maio de 2012.
– Local: Centro de Convenções Frei Caneca, 569 – Consolação, São Paulo (SP).
– Informações e inscrições: http://mundogeoconnect.com


Fonte: AgoraVale.com.br


ANAC pretende regulamentar operação de VANT na Segurança Pública

Decisão de Diretoria 127, de 29 de novembro de 2011, disponível no site da ANAC, dá amparo para as operações da Aeronave Remotamente Pilotada do Departamento da Polícia Federal. O texto utilizado nesta publicação é o mesmo proposto para o futuro RBAC 93 que tratará dos VANTs.

Essa é uma amostra de que a Agência está tentando regulamentar esta atividade e está tentando quebrar paradigmas, mas é preciso o apoio e interesse dos operadores, principalmente os de Segurança Pública, que já operam ou pretendam operar VANTs. O objetivo desse trabalho é a segurança das operações e por isso a importância do trabalho conjunto.

A ANAC vem recebendo denúncias sobre operações diversas de VANTs e é importante a conscientização de todos os operadores para que procurem a ANAC e encontrem uma solução para esses problemas.

Valer lembrar que o DECEA já possui regulamentação a respeito – AIC N 21/10 de 23 de setembro de 2010 e, muito embora, a ANAC possua uma Decisão específica para os VANTs da Polícia Federal, ela está disposta a incluir nesta Decisão outros operadores de Segurança Pública e poder, futuramente, publicar a RBAC 93.

Os interessados podem buscar informações na ANAC nos seguintes telefones:

– Nos assuntos relacionados a Operações, o responsável é o Cristiano Leal, nos telefones: (21) 3501-5669/5658/5680, e-mail: cristiano.leal@anac.gov.br.

– Nos assuntos relacionados a Aeronavegabilidade, o responsável é o Roberto Honorato, no telefone: (21) 3501-5345, e-mail: roberto.honorato@anac.gov.br.

Piloto Policial.


Decisão de Diretoria 127, de 29 de novembro de 2011


Polícia Federal alemã testa helicóptero não tripulado

A empresa alemã ESG Elektroniksystem-und Logistik-GmbH juntamente a empresa suíça UAV AG e a Polícia Federal alemã realizam com sucesso voos experimentais com um sistema de helicóptero com aviônicos de missão não tripulado (UMAT – Unmanned Mission Avionics Test Helicopter), partindo de um navio da polícia no Mar Báltico.

Com estes voos, as empresas continuarão suas análises e verificações dos sistemas de aeronaves não tripuladas. O UMAT provou as suas capacidades operacionais no ambiente marítimo, realizando decolagens e pousos de precisão no navio.

O UMAT é baseado em no sistema NEO-S300/-S350 da empresa suíça UAV AG. Este tipo de sistema de aeronaves não tripuladas de decolagem e pouso vertical (UAS VTOL) foi operado durante este estudo de viabilidade da Polícia Federal alemã com combustível diesel comum, disponível a bordo de navios.

O UMAT tem as seguintes características que são essenciais para a operação segura a partir de um navio:

  • Determinação de proa e alinhamento a parti de GPS próximo do navio, sem a utilização de magnetômetro;
  • Função GPS de localização do navio com distância e velocidade constantes;
  • Controle automático do VANT em relação ao movimento do navio;
  • Estação de controle de missão totalmente redundante;
  • Conexão dual link de dados em dois canais de freqüência diferente para a comunicação segura de dados entre a VANT e a estação de controle da missão.

Durante os testes do UMAT, foram demonstrado com sucesso as seguintes fases de voo:

  • Decolagem de precisão do  do convés do navio;
  • Pairado em altitude e distância constante do navio;
  • Voos em missão no modo “Relative Stick”;
  • Vôos em missão no modo “Mission Control”;
  • Aproximação de precisão e pouso no heliporto em movimento.

Além disso, o sistema Gimbal, integrado e estabilizado, transmitiu vídeo em tempo real para a estação de controle da missão em todas as fases do voo.

O navio da Polícia Federal alemã “Bredstedt” tem 65,4 m de comprimento e 9,2 m de largura e possui um heliponto de 9 m x 11 m. O Bredstedt é utilizado pela polícia para patrulhamento da fronteira do território alemão e, portanto, pertence à área de responsabilidade da Guarda Costeira.

Devido ao design aberto do sistema UMAT e de sua estação de controle da missão, várias tarefas militares e civis pode ser implementadas e diferentes equipamentos ser integrados futuramente. Anteriormente, o UMAT concluiu com sucesso voos de teste com o Radar de Abertura Sintética miniaturizados (SAR)  SUMATRA, do Instituto Fraunhofer de Física.

Clique aqui e veja o vídeo do sistema UMAT

Fonte: Helihub / Tradução e adaptação: Piloto Policial

 

Vant: Polícia Federal pagou R$ 1,9 milhão para treinar piloto

BRASÍLIA – A Polícia Federal pagou R$ 1,9 milhão a uma empresa israelense pelo treinamento de cada piloto dos veículos aéreos não tripulados (Vants), os chamados aviões espiões, que já operam na fronteira do país. A constatação é do Tribunal de Contas da União (TCU), que considerou o valor “desproporcional”. Em decisão sigilosa, à qual O GLOBO teve acesso, o TCU cobra explicações à cúpula da instituição, incluindo o ex-diretor-geral Luiz Fernando Corrêa e a ex-diretora de Inteligência Mara Toledo de Santana.

A compra dos Vants foi uma das principais propostas apresentadas pela presidente Dilma Rousseff na campanha eleitoral de 2010. A ideia foi apresentada ao governo por Corrêa e encampada pela presidente.

O uso dos Vants era a resposta do governo às críticas, inclusive do candidato do PSDB José Serra, sobre a falta de fiscalização das fronteiras. Setores militares veem com desconfiança o uso dos aviões pela polícia.

Cursos tiveram custo total de R$ 24,6 milhões

Conforme auditoria do tribunal sobre o contrato com a Israel Aerospace Industries (IAI), que forneceu os Vants e a capacitação aos policiais, os cursos teórico e prático para 13 operadores do sistema custaram US$ 13,43 milhões (R$ 24,6 milhões). A cifra representa quase a metade dos US$ 27,9 milhões (R$ 51,23 milhões) empregados na compra das duas aeronaves já no país. Uma delas monitora a Tríplice Fronteira.

Além de a verba ser considerada alta pelo TCU, os auditores apuraram indícios de que ela foi mal aplicada. Entre os pilotos treinados a peso de ouro, havia servidor prestes a se aposentar e sem compromisso de prestar os serviços a médio ou longo prazo.

Para o tribunal, falta “justificativa válida” para os valores praticados no contrato, firmado sem licitação. A PF apresentou declaração do governo de Israel de que os preços cobrados do Brasil são “justos”, além de outros contratos da IAI, que serviram de referência. Porém, eles não se referem especificamente a treinamento, segundo os auditores.

Atual diretoria diz que só se manifesta nos autos

Aprovada em sessão secreta no fim de novembro, a decisão do TCU dá 15 dias para que os responsáveis pelo projeto se expliquem. Eles recorreram, pedindo mais prazo. Quase todos são da gestão anterior da PF, que trocou de comando no início de 2011. Questionada, por meio da assessoria de imprensa, a atual diretoria informou que só vai se manifestar nos autos, tendo em vista que o processo é sigiloso.

Ao todo, o sistema Vant previa investimentos de R$ 401,9 milhões até o fim de 2011. O Vant é visto com reservas dentro da própria Polícia Federal. Alguns delegados consideram que o avião espião e suas bases operacionais têm uma estrutura pesada demais e consumirão energia excessiva para resultados pontuais e ainda não comprovados.

Fonte: O Globo, via FENAPEF.

Polícia dos EUA quer usar “aviões-espiões” para caçar bandidos nas ruas

O repórter Rodrigo Bocardi pegou dez quilômetros de estrada de terra, passou por três porteiras e foi até uma área nos arredores de Los Angeles onde fica um campo de testes de aviões espiões. Do local, eles vão direto para as bases do Exército Americano. Os “drones” são aviões não tripulados, operados por controle-remoto. Os aviões em testes não carregam armas. São pequenos e usados apenas para monitorar, enxergar o que acontece a até 20 quilômetros de distância. E só podem ser usados pelas Forças Armadas.

Clique sobre a foto e confira a reportagem:

Essa tecnologia, usada bastante em guerra, se mostrou tão eficiente que agora fazendeiros, polícias e empresas petrolíferas também querem usar aviões-espiões para proteger as propriedades rurais, os campos de petróleo e para monitorar os conflitos nas grandes cidades.

Hoje, os policiais fazem pessoalmente essa espionagem. Só que às vezes os helicópteros não resistem às armas do inimigo e caem. E junto vai a vida de quem estava a bordo.

Em uma fábrica na Califórnia, surgiu uma ideia, bem mais barata e muito mais segura: um helicóptero-espião que voa a até um quilômetro de distância. Ele funcionaria assim: o ladrão abandona o carro e foge. Policial chega e, antes de invadir a casa ou de se arriscar no terreno desconhecido, ele coloca o avião-espião para voar. Em poucos segundos, é possível monitorar o ladrão. Vendo o inimigo, a polícia começa a negociação. E ao perceber que está visualmente dominado, o criminoso baixa a arma e se entrega.

O preço da brincadeira fica em US$ 40 mil, pouco mais de R$ 70 mil. Já um helicóptero-espião no tamanho normal custa US$ 1,7 milhão, mais de R$ 3 milhões. A polícia de Los Angeles acabou de comprar 12 unidades e agora está de olho no espião pequenininho.

Para o comandante Bob Osbourne, essa será uma saída barata para um policiamento mais eficiente.

Esse futuro ainda não virou presente porque há questões de segurança aérea pendentes. Como colocar esses aviões e helicópteros no ar controlados por civis sem provocar acidentes?

“Nós achamos que regras devem ser estabelecidas aqui nos Estados Unidos para que as pessoas operem esses pequenos aparelhos sem provocar nenhum risco à segurança dos passageiros que viajam nos grandes aviões”, diz o diretor da empresa fabricante do helicóptero-espião.

Ele lembra que essas pequenas aeronaves vão também poder carregar coisas. É por isso que o departamento que controla a aviação nos Estados Unidos já anunciou que em janeiro vai divulgar as regras para os não-tripulados.

O futuro já está previsto: teremos um novo tráfego aéreo e seremos muito mais vigiados.

Fonte: Fantástico.

Polícia do Texas recebe VANT capaz de carregar armas não letais

A polícia do Texas acaba de receber um auxílio que pode passar desapercebido, mas denunciar atividades suspeitas. O canal de notícias KPRC Local 2 News anunciou o mais novo ajudante da polícia –  o pequeno helicóptero Shadowhawk.

Além da possibilidade de carregar armas não letais, a fim de imobilizar suspeitos, o pequeno ajudante ainda conta com uma câmera de alta qualidade. O controle do aparelho se dá a partir de um computador com um controle remoto no formato clássico do Playstation.

A empresa responsável pelo aparato, a Vanguard Defense Industries, listou algumas das ferramentas que já equipadas no helicóptero por padrão, como a pequena câmera que pode se mover quase que em qualquer direção, um dispositivo capaz de enxergar traços de calor no ambiente e um sistema de rastreamento por meio de uma antena GPS.

Antes mesmo de ser colocado em prática, o produto já está causando polêmica. O problema é que algumas pessoas já estão reclamando de uma possível invasão de privacidade, já que ele pode sair voando por aí enquanto filma qualquer coisa.

Fonte: Click2Houstoun, via TechTudo

VANT da Polícia Federal entra em operação a partir desta quinta-feira

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esteve em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, para o lançamento do Vant, um avião não tripulado que deverá ajudar no controle das fronteiras do Brasil. As operações com a aeronave estavam em testes desde outubro e, a partir desta quinta-feira (10), serão constantes.

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Segundo o ministro, a Polícia Federal – que opera o Vant – terá duas aeronaves à disposição, ambas baseadas em São Miguel do Iguaçu. Os aviões vão mapear toda a fronteira terrestre brasileira. O objetivo é combater, principalmente, o tráfico de drogas e o contrabando de armas e mercadorias. “É uma inovação fantástica, especialmente quando se fala de fronteiras, quando se fala de políticas de segurança pública”, disse o ministro. Segundo Cardozo, cada avião custa cerca de US$ 50 milhões.

As aeronaves são produzidas em Israel e têm autonomia para voar durante 37 horas e mapear uma região de até 1000 km². Ele também pode tirar fotos de uma altura de 30 mil pés (cerca de 10km), sem perder a nitidez das imagens. Conforme o ministro, o contrato prevê a transferência de tecnologia do aparelho a partir dos próximos anos.

A intenção do governo, agora, é comprar mais 12 aeronaves. O objetivo é usá-las durante a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. O ministro não soube precisar quando as próximas unidades vão chegar ao Brasil.

Operações conjuntas

Cardozo explicou também que os países vizinhos têm intenção em utilizar a nova ferramenta de combate ao crime. “O governo tem trabalhado para fechar acordos com esses países a fim de promover operações conjuntas”, disse.

Fonte: G1 – Paraná com informações da RPCTV de Foz do Iguaçu.

Simulação de acidente em São Paulo testa uso de VANT

O Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado) teve a missão de auxiliar o trabalho de resgate na simulação de um acidente no Rodoanel Mário Covas, em São Paulo. No km 15,5 do trecho oeste do Rodoanel Mário Covas, em São Paulo, o cenário na manhã de quarta-feira era o da simulação de um acidente com um caminhão-tanque carregado de ácido clorídrico. Mas quem chamou mesmo a atenção foi uma traquitana com seis hélices chamada Vant (sigla para Veículo Aéreo Não Tripulado).

No exercício da concessionária CCR Rodoanel, a missão do Vant, produzido pela empresa de segurança patrimonial ‘Protecães”, com sede em Porto Alegre (RS), era mapear a situação e os recursos no atendimento à ocorrência por meio da captação de imagens. Em caso real de acidente com carga perigosa, o Vant seria o primeiro a chegar, devido à mobilidade aérea, o que dispensaria o deslocamento de uma pessoa para a área com risco de contaminação.

A chamada Unidade Aérea de Segurança (UAS) funcionou sob o comando do piloto de aeromodelismo Rafael Alonso, que a moveu com a ajuda de um controle remoto e de um monitor de imagens montado em um tripé. No ar, a UAS tem capacidade de enviar imagens em alta definição para a UPS (Unidade Portátil de Segurança), que fica em solo, próxima ao piloto. O aparelho tem capacidade de voar a 100 km/h e pode se distanciar até 500 m de sua base.

O equipamento funciona com uma bateria de lítio semelhante à utilizada em aparelhos celulares e tem autonomia de 40 minutos, além de ser capaz de suportar ventos de 25 nós (cerca de 50 km/h). Durante a simulação, o piloto se deslocou pelo menos duas vezes para facilitar a captação das imagens da movimentação das equipes de resgate. Com condições climáticas favoráveis, tempo ensolarado e pouco vento, o aparelho funcionou sem falhas com pelo menos uma troca de bateria.

“Esse tipo de evento é o melhor uso do Vant, quando ele consegue proporcionar a captura de imagens no local de difícil acesso ou restrito, onde outro meio não seria possível. A qualidade da gravação do Vant conta muito aqui também – você ter uma imagem nítida, de qualidade de televisão. As condições do tempo favoreceram muito, um tempo ensolarado, sem muito vento”, afirmou o empresário Flávio Porto, presidente da Protecães, que mantém parceria com a CCR Rodoanel.

Além da atuação do piloto no local, a tecnologia, segundo ele, também pode ser utilizada a distância e em outras situações. “O Vant também tem a possibilidade de uma função Go Home. Ele está preso via satélite, filmando, e o piloto, em outro local, aciona essa função, e ele volta para onde decolou. Ele se torna realmente uma câmera voadora com total independência. Essa unidade já fez propaganda, inspeção em portos, em silos, fez fotografia técnica… Há uma versatilidade muito grande”, disse Porto.

Outros voos

Ainda pouco utilizado no Brasil, o empresário destaca que o aparelho deve se tornar uma tendência comercial dentro de dois anos e prevê uma evolução maior de sua tecnologia. “Em breve, (o Vant) terá sensores de gás, termômetro e até a capacidade de fazer reconhecimento espacial. Essa é uma tendência. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, estão usando muito. Eu diria que o Vant está saindo da classificação militar para a comercial”, afirmou o empresário.

No âmbito da iniciativa privada, a Protecães recentemente fechou uma parceria com uma empresa de segurança patrimonial para a utilização do Vant em cerca de cinco shoppings da capital paulista. As operações devem ser iniciadas em novembro. “Provavelmente (deve ser usado) nos estacionamentos”, afirmou Flávio Porto.


Reportagem: Simone Sartori / Fonte: Terra


Copa e Olimpíada usarão avião espião (VANT)

O governo federal vai utilizar o avião espião Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado) na Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada de 2016. A partir de uma sala de Brasília, será possível monitorar ações de inteligência antiterroristas e acompanhar delegações. Tudo isso ao vivo e por controle remoto.

Adquirido pela Polícia Federal, o equipamento começou a atuar oficialmente na semana passada, em uma discreta operação na região da Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina).

O monitoramento detectou ao menos três rotas usadas por contrabandistas e traficantes de armas e drogas. Uma apresentação oficial está prevista para Foz do Iguaçu nos próximos dias. A PF fará um voo simulado na presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Segundo a Folha apurou, o objetivo é fazer uso dos Vants nos locais dos jogos. Com capacidade para operar por até 37 horas sem interrupções e de filmar com precisão movimentos a 40 km de distância, a aeronave, que voa a 5.000 metros de altitude, consegue fazer a vigilância do local sem se aproximar do espaço aéreo dos estádios.

Equipada com câmeras superpotentes, tem autonomia para acompanhar grandes multidões na entrada ou na saída das partidas da Copa.

A operação com o veículo espião permite utilizá-lo de duas maneiras. Na primeira delas, o equipamento voa em linha reta como um avião normal. Com esse trajeto, é possível acompanhar o deslocamento de delegações consideradas sensíveis ou de autoridades que possam correr algum risco de segurança.

A outra maneira de pilotar é percorrer, no ar, a forma do número oito, permitindo que as câmeras filmem como se estivessem estáticas, semelhante a filmagens feitas desde um helicóptero. Atualmente, há oito pilotos da PF treinados para manusear o equipamento.

“Para comandar o Vant, não basta saber pilotar avião ou helicóptero. É uma mistura dos dois, mas também é uma coisa diferente dos dois”, disse um dos pilotos, sob condição do anonimato por questões de segurança.

Uma das funções tecnológicas do veículo espião é a chamada Locked Target: uma cruz na câmera foca o alvo e passa a acompanhá-lo automaticamente, mesmo que este se desloque.

A Polícia Federal estuda enviar representantes para a Olimpíada de Londres, no ano que vem, com o objetivo de estudar como os ingleses farão uso de seu próprio Vant em um megaevento. O avião já foi utilizado na Olimpíada de Inverno do ano passado, em Vancouver (Canadá).

Além do Vant recentemente inaugurado, a PF comprou outro, previsto para chegar ao Brasil no próximo mês. As duas aeronaves integram projeto de R$ 650 milhões, entre custos de equipamentos, construção de bases e gastos com satélite para transmissão. Até 2015, antes dos Jogos Olímpicos, portanto, a PF deseja ter 14 em operação.

Outros países utilizam o mesmo modelo de Vant que a Polícia Federal comprou em Israel. A Índia, por exemplo, conta com 50 aviões iguais.


Fonte1: Fernando Mello e Natuza Nery (jornal Folha de S.Paulo)
Fonte2: Blog Desastresaereosnews.blogspot.com
Imagem: jornal Folha de S.Paulo


Após 6 meses, VANT da PF inicia operação

A Polícia Federal colocou em operação na segunda-feira o primeiro Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado), avião espião que será utilizado para combate ao tráfico de drogas e armas e contrabando.

Em cinco dias de voos, rastreou mais de 1.000 km na região da tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai). As primeiras operações registraram três rotas que a PF acredita serem utilizadas por traficantes e contrabandistas.

Promessa da presidente Dilma Rousseff, o Vant chegou de Israel em março. Desde então, teve problemas burocráticos e fez voos de teste. Ficou parado mais de um mês perto de Foz do Iguaçu (PR) por falta de gasolina. O pregão que definiria o fornecedor foi cancelado por falta de candidatos, como a Folha revelou em abril deste ano.

VÍDEOS

A reportagem da Folha teve acesso aos vídeos e fotos produzidos com câmeras acopladas ao avião. Quando o Vant voa a 5.000 metros de altitude, elas conseguem captar com precisão movimentos que estão em um raio de até 40 km.

Um vídeo mostra embarcações com cigarros contrabandeados navegando pelo lago de Itaipu. Um dos barcos é atracado perto de uma região de floresta. A carga passa para carros e carretas e segue para ser revendida no Brasil.

Em outro, duas lanchas suspeitas de levarem drogas e contrabando se separam e fogem em rotas diferentes. As imagens são transmitidas a uma sala de controle e permitem a policiais coordenarem operações para prender criminosos ou segui-los.

Não houve prisões. A ideia é reunir informações que permitam rastrear o caminho dos criminosos, evitando prender apenas os intermediários. O Vant pode voar 37 horas ininterruptas. Uma vantagem é que, acima de 2.500 m de altitude, ele não é perceptível.

OPERAÇÕES CONJUNTAS

A PF fechou acordos com Receita Federal e Ibama para operações contra contrabando e desmatamento usando imagens feitas pelo avião. Além do Vant em uso, a PF comprou outro, que deve chegar no próximo mês. Os dois integram projeto de R$ 650 milhões. Até 2015, a PF quer ter 14 deles em operação. O Vant é utilizado por países como Alemanha, Canadá e Inglaterra. A Índia tem 50 iguais aos adquiridos pela PF.


Fonte: Folha.com

Vídeo: TV Folha.


Voo cego – VANT da Polícia Federal

A Polícia Federal pode vir a perder um bom instrumento de trabalho, aliás, muito badalado na campanha eleitoral de Dilma Rousseff, ano passado.

Seus dois “aviões-espiões” não tripulados poderão ser transferidos para a Aeronáutica, assim como todo o programa para a compra de outras 13 aeronaves até 2015, por R$ 540 milhões. Sem recursos, pessoal treinado e equipamentos, a PF teria desistido dos VANT, como são conhecidos.

Fonte: Isto É, por Ricardo Boechat.

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