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Apenas sete drones que circulam pelo Brasil estão regularizados

Eles são cada vez mais onipresentes nos céus. É só olhar para cima: shows, casamentos, manifestações – basta um grande evento e lá vem um drone bisbilhoteiro filmando tudo. Levantamento obtido pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostra, entretanto, que apenas sete veículos aéreos não tripulados (VANTs, como são chamados os drones) estão regularizados no País.

VANT

Estima-se entre 50 mil e 100 mil os veículos do tipo no País – não há um número preciso, porque muitos são importados ilegalmente. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os sete VANTs que têm o Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave) são: dois da Polícia Militar Ambiental de São Paulo, dois da Polícia Federal, um do Departamento Nacional de Produção Mineral e dois da empresa Xmobots, localizada em São Carlos, no interior paulista.

Há duas formas de regular o uso desse equipamento hoje, segundo a Anac: como aeromodelismo (uso recreativo) ou para operações experimentais (geralmente voltadas a pesquisas). Embora uma proposta de regulamentação para operações não experimentais esteja em fase de construção, a Anac veta o uso das aeronaves sem autorização.

“A instrução da Anac prevê explicar seu projeto (de uso do drone) e fazer o pedido (de autorização) com base na normativa atual. Então, as filmagens comerciais estão irregulares”, diz o engenheiro e advogado especialista em tecnologia Hélio Ferreira Moraes, do escritório Pinhão e Koiffman Advogados.

Para Moraes, o principal desafio é aplicar sanções a quem já atua na ilegalidade. “A Anac está anunciando uma consulta pública que regulamentaria o uso comercial dos drones, com categorias conforme peso e aplicação, mas está anunciando isso há mais de ano. O negócio está bem atrasado, todo mundo usando sem fiscalização”, afirma.

“Independentemente de regulamentar, a Anac já teria de fiscalizar, mas, se for considerar que o órgão ainda tem de fiscalizar autorização de aeroporto, licença de aeronave, etc, é difícil imaginar que vá dar alguma prioridade aos drones.”

Para o engenheiro mecânico Giovani Amianti, diretor da Xmobots, a dificuldade da legalização, do ponto de vista empresarial, é o alto custo. “É preciso um certificado de responsabilidade técnica, emitido por um engenheiro, tem o trabalho do despachante, obrigatoriedade de seguro e taxas. Não sai por menos de R$ 15 mil”, afirma. É por isso, de acordo com ele, que as sete aeronaves regulamentadas são as de grande porte (mais de 7 kg), que custam entre R$ 150 mil e R$ 800 mil.

A minuta que está sendo preparada pela Anac e que deverá ser levada para consulta pública se preocupa especialmente com o risco de acidentes, tanto os que envolvem quem está em solo quanto eventuais choques com aviões e helicópteros.

Fonte: INFO

Polícia Militar investe em VANT para combater crimes ambientais

Minas Gerais – Quem olha de perto não imagina do que esse “aviãozinho” é capaz. Com quase dois metros de asa e 90 centímetros de corpo, o veículo aéreo não-tripulado (VANT) pode alcançar 1,5 mil metros de altura. E, lá de cima, fazer fotos e filmagens do solo em alta resolução. Essa é a nova arma da Polícia Militar de Minas no combate aos crimes ambientais que deve entrar em operação ainda em agosto. O último teste de funcionalidade está previsto para as próximas semanas.

Com o equipamento, a PM pretende identificar, em menos tempo, áreas de desmatamento, incêndios e garimpos ilegais. A cada duas horas, o avião faz monitoramento de 20 hectares. O único obstáculo é o de qualquer aeronave, o mau tempo. “Cada vez mais, a Polícia Militar busca sustentabilidade em relação ao meio ambiente. Os investimentos em tecnologia são para garantir que as novas gerações tenham qualidade de vida”, afirma o Comandante da Diretoria de Meio Ambiente.

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A polícia mineira é uma das pioneiras no país a utilizar a aeronave. Apenas São Paulo e Santa Catarina possuem projetos parecidos. O VANT reduz tempo de voo em helicópteros, o que gera economia de combustível, e pode atuar em qualquer região. Não está descartada a utilização dele no combate de outros crimes.

Tecnologia

O VANT faz 450 fotos a cada 15 minutos, além de transmitir imagens em tempo real. A rota é programada por meio de coordenadas que o avião executa sem intervenção humana, mas também pode ser controlado à distância. O VANT atinge a velocidade máxima de 40 km por hora.

Investimento

A Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito investiu R$ 180 mil na aquisição do equipamento e em treinamento de policiais para operação do VANT.  Os sete militares escolhidos vão se tornar instrutores e, assim, estarão habilitados a treinar novos controladores.

Futuro

O VANT vai operar em todas as 16 companhias regionais de meio ambiente no próximo semestre. A ideia é levantar as especificidades de cada região para avaliar a necessidade de compra de novas aeronaves.

Fonte: Agência de Notícia.

Polícia de Suffolk pode passar a usar aeronaves teleguiadas para reduzir custos com helicópteros

Reino Unido – A polícia de Suffolk (Reino Unido) pode vir a utilizar aeronaves não tripuladas como uma alternativa ao caro helicóptero que está para ser removido do Aeródromo de Wattisham nos próximos dois anos.

A proposta foi feita pelo Comissário de Polícia e Combate ao Crime Tim Passmore em uma licitação que visa a redução de custos.

O helicóptero, fornecido pelo Serviço Nacional de Aviação Policial (NPAS), cobre atualmente Suffolk e Norfolk a partir da sua base em Wattisham.

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No entanto, os custos são altos para a polícia – Suffolk paga £800,000 por ano para 250 horas de voo, enquanto Norfolk paga £360,000 para o mesmo período de tempo.

O Sr. Passmore contou aos membros do Conselho Municipal de Suffolk que busca uma redução destes custos pois imobilizam os recursos disponíveis.

Ele disse: “Se conseguirmos economizar £400,000, podemos contratar mais oito policiais. Temos que perguntar, qual é o melhor custo benefício possível?”

Depois da reunião, o Sr. Passmore disse que a polícia estaria considerando a possibilidade de operar mais voos em asa fixa ou de utilizar aeronaves teleguiadas como uma alternativa aos caros helicópteros da polícia.

Como a decisão de comprar ou não serviços aéreos é considerada “operacional”, esta é uma questão para o Chefe de Polícia – mas, o Sr. Passmore disse que eles entraram em um acordo.

O Sr. Passmore disse: “O fato é que o valor que temos que pagar ao NPAS é inaceitável, discuti isto com Gareth (Wilson – Chefe de Polícia em exercício) e ele entendeu a situação.”

“Precisamos encontrar um acordo melhor para Suffolk. Seja com aeronaves de asa fixa, com aeronaves teleguiadas para operações de vigilância – ou refinando a unidade de cães policiais para ajudar nas buscas. A situação não pode continuar assim.”

O Sr. Passmore disse que gostaria de ver o governo considerando a possibilidade de ter todos os serviços de emergência [blue light services] do condado compartilhando um único helicóptero.

Após a saída do NPAS de Wattisham em 2017, o helicóptero mais próximo estará baseado em Boreham, perto de Chelmsford, e levará pelo menos 20 minutos a mais para chegar a incidentes em Suffolk.

O condado também trabalhará com aeronaves de asa fixa baseadas no Aeroporto de East Midlands em Castle Donington, Derbyshire.

As forças policiais em outras partes do país já testaram aeronaves não tripuladas em operações de vigilância – a polícia de Sussex utilizou um no ano passado perto do Aeroporto de Gatwick durante um teste de três meses, porém, nenhum substituiu o trabalho de um helicóptero da polícia, pelo menos por enquanto.

As aeronaves teleguiadas disponíveis comercialmente são muito mais limitadas do que um helicóptero tradicional, embora elas possam ser úteis em operações de vigilância e nas buscas de áreas de acesso restrito.

Fonte: Ipswich Star/ Reportagem: Paul Geater

 

VANT do Condado de Mesa/EUA entra para o Museu Nacional de Aviação Policial

Tem ficado cada vez mais claro que os pequenos sistemas de aeronaves não tripuladas são instrumentos de segurança pública vitais, mas até o ano de 2008 essa visão não era tão clara assim.

O Departamento do Xerife do Condado de Mesa (MCSO) foi uma das primeiras agências de segurança pública dos EUA a começar formalmente um programa de VANT, a trabalhar com a Administração Federal de Aviação (FAA) para assegurar um Certificado de Autorização Operacional (COA) e a colocar as aeronaves em serviço.

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A Draganfly Innovations Inc. juntou-se ao MCSO fornecendo dois sistemas de helicóptero Draganflyer X6 sUAS e a partir daí, o programa de aeronaves não tripuladas do MCSO literalmente decolou. O compromisso e a persistência da equipe do MSCO não só estabeleceram um dos primeiros COAs operacionais de segurança pública, mas alguns anos depois, fizeram com que a agência tornasse a primeira a garantir a aprovação pela FAA para estender o seu COA por todo o condado.

Em reconhecimento por estas realizações e pela importância deste programa, o Museu Nacional de Aviação Policial terá na sua coleção um dos sistemas de helicóptero Draganflyer X6 originais do MCSO, disponível para pesquisa e exibição. O Draganflyer X6 e o MCSO abriram o caminho para outras agências dos EUA começarem a operar estas fascinantes aeronaves que, por sua vez, salvam vidas e estão sendo usadas para auxiliar na proteção dos nossos oficiais.

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Sobre o Departamento do Xerife do Condado de Mesa, Colorado

O Condado de Mesa localiza-se na Encosta Ocidental do Colorado, na fronteira com o estado central de Utah. O Condado é composto por mais de 8.55 quilômetros quadrados, com o Departamento do Xerife policiando tanto as populações rurais quanto urbanas.

A agência possui uma equipe de, aproximadamente, 250 pessoas, incluindo funcionários públicos e civis, e opera 24 horas por dia, 7 dias por semana. Os seus representantes respondem regularmente a diversas situações em várias condições climáticas, terrenos, obstáculos e, além disso, gerenciam a única cadeia do Condado.

Os Xerifes têm, constantemente, equilibrados fundos dos contribuintes para, com o uso eficiente da tecnologia, desempenharem o melhor trabalho possível nas ruas do Condado de Mesa.

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Sobre o Museu Nacional de Aviação Policial

Um projeto do Fundo Nacional Memorial de Oficiais da Aviação Policial, o Museu Nacional de Aviação Policial de 5.3 metros quadrados estará localizado próximo ao Memorial Nacional de Oficiais da Aviação Policial em Judiciary Square, Washington, DC.

O Museu contará a história da aviação policial americana por meio de exposições interativas de alta tecnologia, uma coleção abrangente de artefatos, vastos recursos para pesquisa e uma programação educativa diversa. A missão do Fundo Comemorativo é contar a história da aviação policial americana e deixá-la mais segura para aqueles que servem. Para mais informações, visite: http://www.LawEnforcementMuseum.org.

Sobre a Draganfly Innovations

A Draganfly Innovations, a fabricante mais antiga de helicópteros multi-rotores do mundo e a fabricante do primeiro sistema aéreo civil não tripulado a ser creditado por salvar vidas, desenvolve helicópteros Draganflyer, os melhores transportes aéreos do mundo, junto com softwares de controle da Draganview.

Reconhecida como líder na sua área e em tecnologia, a Draganfly adapta o processamento de imagens aéreas e a revolução da segurança pública aos seus sistemas com carga útil de câmeras de giro estabilizado e à sua tecnologia de transmissão de vídeo digital [down-link].

A Draganfly reinventou o Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) e está delimitando o mercado de serviços de emergência com o seu Draganflyer Guardian e os sistemas X4-ES.

Fonte: HeliHub

ANAC prepara legislação sobre VANT – Entenda as propostas

Com a chegada das Olimpíadas o assunto vem tomando espaço nas discussões pelos técnicos do Governo Federal e uma legislação deve ser aprovada antes dos jogos. A Segurança Pública está também inserida nesse assunto, principalmente, porque também pretende utilizar equipamentos como esse no monitoramento de áreas de interesse da segurança pública.

Regulamentação de RPAS como Projeto Prioritário da ANAC – Ações realizadas

Para a Aviação de Segurança Pública o assunto começou a ser discutido pela ANAC com o projeto da Polícia Federal.

Em 2010 a ANAC e Polícia Federal iniciaram discussões para viabilizarem a operação de VANT adquirido pelo Departamento em 2009 de uma empresa israelense. O resultado desse debate foi a publicação da Decisão Nº 127, de 29 de novembro de 2011, a qual autorizou a operação aérea de Aeronave Remotamente Pilotada pelo Departamento de Polícia Federal.

Também em 2010, a ANAC recebeu o primeiro pedido para autorização de voo experimental de VANT civil. Para permitir a inserção segura e gradual dos VANTs no Sistema de Aviação Civil brasileiro, foi elaborada a Instrução Suplementar no 21-002, intitulada “Emissão de Certificado de Autorização de Voo Experimental para veículos aéreos não tripulados.”

Foi publicada a Portaria Conjunta SSO/SAR nº 1.555, de 14 de junho de 2013 (fls. 06), cujo objetivo foi criar Grupo de Trabalho (GT-Aeronaves Remotamente Pilotadas) para a elaboração de proposta de ato normativo que regule a operação não experimental de Aeronaves Remotamente Pilotadas – RPA em áreas segregadas no prazo de 6 meses.

A ANAC realizou nos dias 4 e 5 de setembro de 2013, em São Paulo, o evento “Workshop para Regulamentação de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas”, cujo público alvo abrangia representantes de empresas, instituições e associações envolvidas com o assunto, e integrantes do Grupo de Trabalho RPAS da ANAC

Em 31 de outubro de 2013 a ANAC instituiu, por meio da Portaria nº 2852/13 a sua Agenda Regulatória para o ano de 2014, na qual incluiu a “Regulamentação acerca da certificação e vigilância continuada de operadores de Veículo Aéreo Não Tripulado – VANT”, com previsão de publicação para 2015. A Agenda Regulatória foi renovada em dezembro de 2014. (clique)

Foi publicada a Portaria nº 3282/13 atualizando o Grupo de Trabalho, cujo objetivo foi prorrogar por mais 4 meses o prazo para a apresentação de proposta de normativo para a regulamentação das RPAS.

Atualmente o Ministério da Justiça, através da SENASP passou a participar do Grupo de Trabalho e colaborar com propostas.

Nos dias 19 e 20 de fevereiro de 2014, em São José dos Campos, a ANAC realizou o 2º Workshop para Regulamentação de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas, que contou com a participação de entes governamentais envolvidos com o assunto, como DECEA, ANATEL e o Grupo de Trabalho da ANAC, assim como potenciais operadores e fabricantes de RPAS.

Instituição da audiência pública para o novo Regulamento Especial de RPAS

O Processo nº 00066.020773/2014-51, referente à edição do “Regulamento Brasileiro da Aviação Civil Especial nº 94 (RBAC-E nº 94) e da emenda ao Regulamento Brasileiro da Aviação Civil nº 67 (RBAC nº 67)”, entrou em pauta para deliberação da Diretoria Colegiada da ANAC a respeito da instauração de audiência pública, mas foi devolvido às áreas técnicas responsáveis para que sejam promovidas adequações à minuta do Regulamento, nos termos do Voto-Vista do Diretor-Presidente da ANAC.

O Processo retornará à pauta em uma próxima reunião. Quando a audiência pública for instaurada, as minutas das propostas poderão ser acompanhadas pelo site da ANAC, e qualquer cidadão interessado poderá enviar contribuições para os seus aprimoramentos. Todas as contribuições serão analisadas e respondidas publicamente.

Por que e o quê regulamentar?

A razão para a intervenção do Estado nas operações de VANT é eliminar ou mitigar as chamadas “falhas de mercado” relacionadas à atividade, tanto com relação a “assimetria de informação” como “externalidade negativa”.

Assimetria de informação

Ocorre quando um dos lados não está suficientemente informado dos riscos.

Assim, a regulamentação visa eliminar ou atenuar as condições que causam a assimetria, de modo que as pessoas possam se informar para bem avaliar e assumir por si próprias os riscos da operação; e garantir um adequado nível de risco à segurança quando for inviável que as pessoas se informem para avaliar e assumir os próprios riscos.

Externalidade negativa

Refere-se ao quanto as operações de VANT afetarão as pessoas alheias à operação. A regulamentação visa manter o nível de risco a pessoas não envolvidas (probabilidade x severidade de um acidente); e coibir o mau uso.

O que se propõe regulamentar para eliminar ou mitigar as falhas de mercado identificadas?

Para tratar as “assimetrias de informação” estão em discussão as seguintes medidas:

1) no caso de uso de VANT em áreas privadas sem acesso a público desavisado, a obrigação de que seja dado ciência a todas as pessoas da operação de VANT no local, de modo que elas possam avaliar e assumir os próprios os riscos;

2) a certificação de produto e a certificação de empresas darão segurança ao público consumidor ao contratar serviços com VANT;

Para tratar as “externalidades negativas” estão em discussão as seguintes medidas:

1) exigência de licença ou habilitação para todos os pilotos remotos que operarem VANT acima de 25kg PMD ou em operações BVLOS (além da linha de visada visual);

2) exigência de seguro de cobertura de danos a terceiros;

3) proibição de lançamento indiscriminado de objetos (somente com autorização da ANAC para tal);

4) inicialmente será prevista a proibição de utilização de VANT autônomo;

5) proibição de sobrevoo de pessoas desavisadas, salvo com autorização da ANAC, que então avaliará o risco;

6) exigência de realização de análise de risco para qualquer voo de VANT acima de 25kg, ou mais leves que sobrevoem pessoas desavisadas, que deverão ser mantidas por até 5 anos de forma rastreável pela ANAC;

7) exigência de certificação ou aprovação de produto, registro ou cadastro e manutenção com grau de complexidade gradativo em função do peso do VANT;

8) exigência que todos os pilotos remotos de VANT sejam maiores de 18 anos;

9) exigência de CMA de 5ª Classe para os pilotos remotos que operem VANT acima de 25kg PMD;

10) previsão de sanções administrativas para quem for flagrado fazendo mau uso dos equipamentos (multa / suspensão / cassação);

11) exigência de adequação aos requisitos de prevenção de consumo de substâncias psicoativas (seção 91.17 do RBHA 91);

12) proibição de utilização de aeródromos públicos, salvo se autorizado pela ANAC;

13) proibição de pousos e decolagens em áreas com acesso ao público e a uma distância segura de construções;

14) exigência de distância razoável para proteção de pessoas e propriedades no solo;

15) exigência de autorização formal do responsável pelo local privado para pousos e decolagens;

16) orientação quanto à exigência de obedecer às demais legislações nacionais pertinentes.

IMPORTANTE:
Os assuntos aqui apresentados representam uma proposta em elaboração pela ANAC/Grupo de Trabalho e poderão ser modificados a critério da Agência até a sua publicação em audiência pública e posterior publicação do ato normativo oficial pela ANAC.

Grupamento Aéreo de São Paulo realizou encontro para discutir emprego de VANT

São Paulo – No dia 29/04 no auditório do Centro de Operações da Polícia Militar – COPM aconteceu o 1º Encontro de Segurança de Voo sobre VANT do Grupamento de Radiopatrulha Aérea “João Negrão”.

A crescente difusão de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT) no Brasil e sua constante utilização vem trazendo questionamentos sobre seu emprego e também sobre sua real segurança. Muitas vezes seu uso coloca em risco a aviação e existem estudos e medidas sendo estudadas e adotadas pela ANAC e DECEA.

O Comandante Geral da Polícia Militar, Cel PM Ricardo Gambaroni, realizou a abertura do encontro, acompanhado do Cel PM Falconi, Comandante do Grupamento Aéreo.

O evento teve a participação de representantes da ANAC, DECEA, empresas de Vant, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Policiamento Ambiental, Policiamento Rodoviário, do Grupamento de Radiopatrulha Aérea e de representantes da aviação civil.

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Os assuntos tratados foram:

 – Regulamentação da Operação e Certificação de VANT – Sr Rafael Gasparini Moreira e Sr Ailton  José de Oliveira Junior – ANAC

Operação com VANT: Regulamentação e Riscos à Circulação Aérea – 1 º Ten Esp CTA Valdeci de Lima Alves – SRPV-SP

Performance e Avanços Tecnológicos dos VANT – Itay Sherman – IAI

Operação com VANT no Policiamento Ambiental – Maj PM Luis Gustavo Biagioni – CPAmb

O evento tratou de assuntos sobre regulamentação, operação, certificação e segurança de voo. Foi possível observar que existe um alinhamento sobre o tema e uma grande preocupação sobre a segurança nas operações.

A fiscalização de abusos foi tema do debate final e isso ainda é um tema complexo, pois nenhum dos órgãos responsáveis possuem estrutura para absorver essa tarefa. Ficou claro que existe grande preocupação em apresentar regulamentação dessa atividade, buscando a formalização do emprego do VANT, assegurando o voo compartilhado do espaço aéreo com segurança.

Todos tem interesse na regulamentação do emprego do VANT, pois, além da segurança pública e da defesa, atividades civis ganharão com essa nova forma de serviço.

Confira as fotos:

Fotos: Eduardo Beni.

Grupamento Aéreo de São Paulo realizará encontro para discutir emprego de VANT

São Paulo – A crescente difusão de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT) no Brasil e sua constante utilização vem trazendo questionamentos sobre seu emprego e também sobre sua real segurança. Muitas vezes seu uso coloca em risco a aviação e existem estudos e medidas sendo estudadas e adotadas pela ANAC e DECEA.

Diante disso, o Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar de São Paulo está promovendo um Encontro de Segurança de Voo para o esclarecimento sobre a operação de VANT. O evento acontecerá no auditório do Centro de Operações da Polícia Militar – COPOM, no dia 29 de abril, 13h às 18h15.

O objetivo do evento é reunir diversos operadores aéreos e Unidades da Polícia Militar que já operam VANTs para aperfeiçoarem suas Operações, agregando maior segurança à atividade. (FAÇA SUA INSCRIÇÃO)

Em caso de dúvidas, entre em contato através do email: grpaevant@policiamilitar.sp.gov.br

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PARA SE INSCREVER CLIQUE AQUI.


 

Polícia Militar da Bahia inicia projeto sobre aeronaves remotamente pilotadas

A Polícia Militar da Bahia realiza estudo para a viabilização de veículos aéreos não tripulados na segurança pública. Esse ainda é um assunto polêmico, mas traz consigo um grande avanço tecnológico a custos operacionais baixos.

Para isso a PM criou o Projeto: “Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP)” no Departamento de Modernização e Tecnologia.  Esse projeto surge como uma iniciativa comprovadamente eficaz e econômica, usada por diversas forças de segurança de todo o mundo. Os SARP, segundo o projeto, possibilitarão o levantamento de informações pontuais para os efetivos especializados da PM da Bahia, durante suas ações em todo o Estado.

O objetivo é que o sistema seja utilizado no apoio ao policiamento ostensivo, inteligência e nas atividades de bombeiro e de defesa civil, como mais uma ferramenta tecnológica. O Cap Arlindo Bastos foi designado líder do projeto.

Nesse sentido, a monografia “Fundamentação Jurídico-Constitucional da Missão Policial, para a legitimação do Veículo Aéreo Não Tripulado no Espaço Aéreo Brasileiro“, autoria do Capitão PM Arlindo BASTOS de Miranda Neto, obteve reconhecimento como trabalho técnico profissional de interesse da Corporação.

Outro trabalho de sua autoria, “A análise do emprego do Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) nas ações e operações PM” não obteve o mesmo reconhecimento, mas servirá como fonte de pesquisa para o referido projeto.

Muito se discute sobre os veículos aéreos não tripulados e a Polícia Militar da Bahia inicia projeto relevante para a segurança pública brasileira e que poderá apresentar resultados importantes ainda em 2015.

ABIMDE

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O Cap PM Arlindo BASTOS foi convidado e passou a integrar, como membro, o Comitê de Veículos Não Tripulados da ABIMDE (Associação Brasileira das Industrias de Defesa e Segurança).

A Associação reúne hoje mais de 220 empresas das mais importantes do país na área de materiais de defesa e segurança, dentre elas 10 indústrias nacionais fabricantes de VANT – Veículos Aéreos Não Tripulados.

Saiba mais sobre voo de “drones”

Assunto do momento, os voos de aeronaves não tripuladas, que vêm se difundindo pelo mundo nos últimos anos, suscitam ainda muitas dúvidas, confusões e curiosidades. De fato, é até certo ponto compreensível, uma vez que a tecnologia começou a ser popularizada muito recentemente e praticamente todos os países ainda buscam as melhores soluções para uma regulamentação da atividade em detalhes de modo a viabilizar a segurança necessária, sobretudo diante dos prognósticos do crescimento exponencial da atividade.

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Um Veículo Aéreo Não tripulado não é um brinquedo e não pode ser considerado como tal. Possui regras próprias que diferem da já conhecida atividade de aeromodelismo e, por isso, precisa de certificação e autorização para voo. Mas como solicitar estas autorizações? O que fazer para operar uma aeronave destas no Brasil? Qual a legislação pertinente à atividade? Qual legislação ainda será criada? Qual a diferença entre drone e VANT? O que é um RPA?

O objetivo deste texto é esclarecer ao menos os princípios básicos a respeito das autorizações para voos não tripulados, no âmbito do DECEA, e as normatizações (existentes e previstas) referentes ao assunto no País.

Nomenclatura

Drone

Antes de mais nada, é importante destacar que o termo “drone” é apenas um nome genérico. Drone (em português: zangão, zumbido) é um apelido informal, originado nos EUA, que vem se difundindo mundo a fora, para caracterizar todo e qualquer objeto voador não tripulado, seja ele de qualquer propósito (profissional, recreativo, militar, comercial, etc.), origem ou característica. Ou seja, é um termo genérico, sem amparo técnico ou definição na legislação.

VANT

VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado), por outro lado, é a terminologia oficial prevista pelos órgãos reguladores brasileiros do transporte aéreo para definir este escopo de atividade. Há, no entanto, algumas diferenças importantes. No Brasil, segundo a legislação pertinente (Circular de Informações Aéreas AIC N 21/10), caracteriza-se como VANT toda aeronave projetada para operar sem piloto a bordo. Esta, porém, há de ser de caráter não recreativo e possuir carga útil embarcada. Em outras palavras, nem todo “drone” pode ser considerado um VANT, já que um Veículo Aéreo Não Tripulado utilizado como hobby ou esporte enquadra-se, por definição legal, na legislação pertinente aos aeromodelos e não a de um VANT.

RPA

0_300x170_images_stories_Drone2Do mesmo modo, há dois tipos diferentes de VANT. O primeiro, mais conhecido, é o RPA (Remotely-Piloted Aircraft / em português, Aeronave Remotamente Pilotada). Nessa condição, o piloto não está a bordo, mas controla aeronave remotamente de uma interface qualquer (computador, simulador, dispositivo digital, controle remoto, etc.). Diferente de outra subcategoria de VANT, a chamada “Aeronave Autônoma” que, uma vez programada, não permite intervenção externa durante a realização do voo. Como no Brasil a Aeronave Autônoma tem o seu uso proibido, tratemos a partir daqui apenas das RPA. A chamada RPA, enfim, é a terminologia correta quando nos referimos a aeronaves remotamente pilotadas de caráter não-recreativo.

RPAS

Há ainda o termo RPAS, que nada mais é do que um sistema de RPA. Em outras palavras, nos referimos às RPAS quando citamos não só a aeronave envolvida mais todos os recursos do sistema que a faz voar: a estação de pilotagem remota, o link ou enlace de comando que possibilita o controle da aeronave, seus equipamentos de apoio, etc. Ao conjunto de todos os componentes que envolvem o voo de uma RPA usamos, portanto, o nome de RPAS (Remotely Piloted Aircraft Systems).

Exemplos de uso

Como exemplos de usos de RPAS pode-se citar aeronaves remotamente pilotadas com os seguintes propósitos: filmagens, fotografias, entregas de encomenda, atividades agrícolas, missões militares, mapeamento de imagens 3D, monitoramento meteorológico, missões de busca, missões de governos, defesa ciivil, defesa aérea, usos como robôs industriais, patrulha de fronteiras, combate a incêndios, combate ao crime, inspeção de plataformas de petróleo, distribuição de remédios em ambientes hostis, entre muitos outros usos que já existem ou ainda estão por vir.

Legislação

Muitas pessoas acreditam que não há regulamentação no Brasil para o uso de RPA e até mesmo para o voo de aeromodelos. Isso não é correto. Há uma Circular de Informações Aeronáuticas especialmente dedicada ao tema, aAIC N 21/10 – VEÍCULOS AÉREOS NÃO TRIPULADOS, conforme citado acima.
Para o caso de aeromodelos, há a Portaria DAC nº 207, que estabelece as regras para a operação do aeromodelismo no Brasil.

No mesmo modo, no que couber, há ainda o Código Brasileiro de Aeronáutica, os RBHA (Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica) os RBAC (Regulamento Brasileiro de Aviação Civil), o Código Penal e a Constituição Brasileira.

O assunto, porém, é novo e naturalmente não só o Brasil, bem como o mundo todo, ainda não dispõe de uma regulamentação detalhada que englobe todos os usos, características, funções, necessidades, restrições, funcionalidades e perigos da novidade. Esforços estão sendo empreendidos para uma regulamentação mais abrangente da atividade no País – que leve em conta a participação de todos os atores envolvidos – o mais breve possível, o que ocorrerá ainda neste ano.

Desse modo, o DECEA, em consonância com outros órgãos, vem trabalhando a fim de possibilitar a inserção no espaço aéreo de forma segura e controlada, do mesmo modo que vem fazendo com as aeronaves tripuladas desde que as mesmas começaram a voar no País.

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Premissas Básicas

– Qualquer equipamento que saia do chão de forma controlada, permaneça no ar de forma intencional e seja utilizado para fins outros que não seja para esporte, lazer, hobby ou diversão deve ser encarado como uma RPA;

– A RPA é uma aeronave e será tratada como tal, independentemente de sua forma, vant 2000peso e tamanho;

– O voo de uma RPA não deverá colocar em risco pessoas e/ou propriedades (no ar ou no solo), mesmo que de forma não intencional;

– As RPA deverão se adequar às regras e sistemas existentes;

– As RPA não recebem tratamento especial por parte dos órgãos de controle de tráfego aéreo;

– A designação de uma RPA independe de sua forma, tamanho ou peso. O que define se um equipamento será tratado como uma RPA ou não é o seu propósito de uso.

Exemplo: a atividade realizada com equipamentos não tripulados que utilizam determinada porção do espaço aéreo, com o propósito exclusivo de uso voltado a hobby, esporte e/ou lazer, é classificada como aeromodelismo, independente de sua forma, peso ou tamanho. Para a utilização de aeromodelos, devem ser seguidas as regras previstas na Portaria DAC no 207/STE, já citada acima.

É importante destacar aqui que, mesmo nos casos de uso de aeromodelos, o Código Penal Brasileiro prevê, entre outras coisas, a proteção da integridade corporal de pessoas, e, em caso de negligência desta observação, dependendo do caso, as ações poderão ser tratadas como lesão corporal ou ainda, no caso de consequências maiores, poderão ser tratadas até mesmo de forma mais grave, mesmo sem a ocorrência de fatalidades.

– Qualquer intenção de operação com propósitos diferentes daqueles voltados ao lazer, esportes e hobby, deverá ser devidamente analisada e aprovada pela ANAC. Mais uma vez, o que deve ser analisado é o propósito do voo, independentemente do equipamento utilizado.

Autorização de RPA – Uso Experimental

Para a operação experimental de RPAS,  um Certificado de Autorização de Voo Experimental (CAVE) deve ser solicitado à ANAC, conforme as seções 21.191 e 21.193 do Regulamento Brasileiro da Aviação Civil n° 21 – RBAC 21, disponível em:

http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha.asp

A Instrução Suplementar 21-002 Revisão A, intitulada “Emissão de Certificado de Autorização de Voo Experimental para Veículos Aéreos Não Tripulados”, orienta a emissão de CAVE para Aeronaves Remotamente Pilotadas – RPA com os propósitos de pesquisa e desenvolvimento, treinamento de tripulações e pesquisa de mercado. O arquivo oficial está disponível em:

http://www2.anac.gov.br/biblioteca/IS/2012/IS%2021-002A.pdf

O CAVE é emitido para um número de série específico de uma RPA, portanto não é possível emiti-lo sem apresentar a aeronave específica, para a qual se pretende emitir um CAVE.

No que diz respeito a esses voos experimentais de RPAS,  o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica nº 91 – RBHA 91, intitulado “Regras gerais de operação para aeronaves civis”, na seção 91.319, parágrafo (a), define que “Nenhuma pessoa pode operar uma aeronave civil com certificado de autorização de voo experimental (CAVE) para outros propósitos que não aqueles para os quais o certificado foi emitido, ou  transportando pessoas ou bens com fins lucrativos”. O RBHA 91 está disponível em:

http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha091.pdf

Por fim, ressaltamos que o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) – Lei no 7.565, de 19 DEZ 1986, em seu Artigo 119 diz que “As aeronaves em processo de homologação, as destinadas à pesquisa e desenvolvimento para fins de homologação e as produzidas por amadores estão sujeitas à emissão de certificados de autorização de voo experimental…”

Autorização de RPA – Uso com Fins Lucrativos

A fim de viabilizar a operação de RPAS com fins lucrativos, operação esta que não é caracterizada como experimental, deve ser encaminhado à ANAC um requerimento devidamente embasado, destacando as características da operação pretendida e do projeto do RPAS, de modo a demonstrar à ANAC que o nível de segurança do projeto é compatível com os riscos associados à operação (riscos a outras aeronaves em voo e a pessoas e bens no solo).

Contudo, a ANAC ainda não possui regulamentação específica relacionada à operação de RPAS com fins lucrativos e, até o momento, este tipo de requerimento está sendo analisado, caso a caso, pela área técnica da ANAC e apreciado pela Diretoria Colegiada, que então delibera pelo deferimento ou indeferimento da autorização.

A publicação, no entanto, de legislação da ANAC referente à operação de RPAS com fins lucrativos será precedida de audiência pública, ocasião em que os interessados poderão ler a minuta e submeter comentários à ANAC para aprimoramento da proposta, se assim o desejarem. Até o momento, no que couber, deve ser aplicada aos RPAS, a regulamentação já existente (por exemplo, o RBHA 91, que contém as regras gerais de operação para aeronaves civis; o RBAC 21, que trata de certificação de produto aeronáutico; o RBAC 45, acerca das marcas de identificação, de nacionalidade e de matrícula e o RBHA 47, referente ao registro da aeronave no Registro Aeronáutico Brasileiro).

Vale lembrar que nenhuma operação de Aeronave Remotamente Pilotada civil poderá ser realizada no Brasil sem a devida autorização da ANAC, seja ela em caráter experimental, com fins lucrativos ou que tenha qualquer outro fim que não seja unicamente o de lazer, esporte, hobby ou competição.

Autorização de Voo

Qualquer objeto que se desprenda do chão e seja capaz de se sustentar na atmosfera – com propósito diferente de diversão – estará sujeito às regras de acesso ao espaço aéreo brasileiro. Desse modo, todo o voo de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA) precisa de autorização do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), exatamente como no caso das aeronaves tripuladas. Ou seja, a regra geral, seja aeronave tripulada ou não, é a mesma, já que é imprescindível a autorização para o voo. A exceção para os dois casos, também, é a mesma: os voos que tenham por fim lazer, esporte, hobby ou competição, que têm regras próprias.

Mapa FIR

Os procedimentos para solicitar a autorização de uso do espaço aéreo devem observar, porém, a localidade em que se pretende voar já que o espaço aéreo brasileiro é dividido em sub-regiões aéreas de responsabilidades de diferentes órgãos operacionais regionais, subordinados ao DECEA. Esses órgãos são os quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, os chamados CINDACTA, que atuam diretamente no controle aéreo dessas áreas – denominadas, por padrão internacional, de FIR (em português, Regiões de Informação de Voo) – que preenchem a totalidade da área de responsabilidade do Brasil. Há ainda um outro órgão regional, responsável exclusivamente pelo uso do espaço aéreo entre as terminais aéreas do Rio de Janeiro e São Paulo: o Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP).

Mapa-FIR

Em suma, a solicitação deverá ser encaminhada ao órgão responsável pela área de jurisdição a ser voada. Veja na figura abaixo a divisão do espaço aéreo brasileiro em FIRs e os CINDACTA responsáveis por cada região (obs: entre as terminais aéreas do Rio de Janeiro e São Paulo, o órgão regional responsável para autonomizações de voo é o SRPV-SP, como mencionado acima)

Procedimentos, Formulários e Contatos

Uma vez definido o órgão, a solicitação de uso do espaço aéreo deve ser encaminhada ao mesmo, por meio do preenchimento e envio de formulário via fax (anexo abaixo).

Contato (fax) dos órgãos regionais do DECEA para de autorização de voo VANT:

CINDACTA I – (61) 3364-8410

CINDACTA II – (41) 3251-5422

CINDACTA III – (81) 2129-8088

CINDACTA IV – (92) 3652-5330

SRPV-SP – (11) 2112-3491

Em caso da não observância das regras de segurança e voo em vigor ou em caso de interferência em procedimentos existentes, é importante destacar que ao DECEA é reservado o direito de não autorizar o uso do espaço aéreo.

Fonte: DECEA.

ANAC notifica Portela por desfile com drones

A Agência instaurou dois processos administrativos para apurar o uso de drones e o lançamento de paraquedistas durante o desfile do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro (RJ).

O desfile da Portela ocorreu na última segunda-feira, 16, com cerca de 400 Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), também conhecidos como drones ou Remotely Piloted Aircraft Systems-RPAS (Aeronaves Remotamente Pilotadas). A operação desses equipamentos sem o Certificado de Autorização de Voo Experimental (CAVE) e em áreas densamente povoadas é proibida pela Agência, conforme a legislação vigente. Na última quinta-feira, 12/02, os operadores dos drones solicitaram à ANAC informações sobre a operação desses equipamentos e foram informados sobre os procedimentos que deveriam ser adotados.

Assim como em 2014, desfile da Portela teve drone em formato de águia (Foto: Sergio Moraes/Reuters)

Diante das operações com os drones sem a devida autorização e fora das regras da Agência, foi aberto um processo administrativo para notificar a escola e o operador responsável pelos equipamentos com o objetivo de obter mais informações, que serão analisadas para eventuais autuações. A utilização de aeronaves sem autorização está sujeita às penalidades previstas na Lei nº 7.565/86. O infrator estará ainda sujeito a ações de responsabilidade civil e penal.

Paralelamente, outro processo administrativo foi aberto para apurar as condições em que foi realizado o lançamento dos paraqueditas durante o desfile da escola de samba. Para o lançamento de paraquedistas, o piloto em comando deve verificar se possui as habilitações requeridas e a capacidade da aeronave utilizada, além de atender aos requisitos específicos para o salto em período noturno, entre outros fatores. Além disso, deve informar ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Comando da Aeronáutica, sobre a ocorrência do procedimento para que seja expedido um comunicado chamado NOTAM, o que, nesse caso, foi concretizado.

A atividade de lançamento de paraquedistas é exclusiva de empresas de táxi-aéreo ou operadores privados formalmente vinculados a clubes ou entidades aerodesportivas, executando, neste caso, atividade aérea não remunerada, conforme Portaria n°190/GC5 de 20 de março de 2001.

FALTA DE SINTONIA

Militares da FAB trabalham na coordenação do salto de paraquedistas da Portela

Maior campeã da história do carnaval carioca, com 21 títulos, a escola de samba Portela surpreendeu no desfile realizado na noite desta segunda-feira (16/2). Antes de o primeiro carro alegórico entrar na avenida, quatro paraquedistas desceram do céu utilizando sinalizadores com as cores da escola. A surpresa só foi possível com a coordenação realizada por militares da Força Aérea Brasileira, em parceria com controladores da Infraero na Torre Santos Dumont.

Na hora do salto, por volta das 23 horas, doze militares, entre controladores de tráfego aéreo, supervisor e chefe de equipe, trabalharam para que não ocorresse nenhum problema. Os paraquedistas especialistas em voo livre saltaram a uma altitude de cinco mil pés, aproximadamente 1.600 metros.

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Sala de coordenação no CGNA CGNAO salto ocorreu logo após o fechamento do Aeroporto do Santos Dumont, que ocorreu às 23 horas, mas a FAB emitiu um NOTAM (notificação aeronáutica) com previsão de interdição do espaço aéreo de 23h a meia-noite, já que na área fica uma rota de helicópteros. Assim que o salto ocorreu, a rota foi liberada. A interrupção no tráfego foi de dez minutos.

“Esse foi mais um trabalho da Força Aérea para que os eventos ocorram de forma segura e para que não haja problema no espaço aéreo brasileiro”, ressaltou o Adjunto do Gerenciamento Tático de Fluxo do Centro de Gerenciamento Navegação Aérea (CGNA), Tenente Renato Fernandes Arruda.

Toda a mobilização começou bem antes. Inicialmente, a Escola de Samba entrou em contato com o CGNA que se mobilizou para que tudo ocorresse de forma tranqüila em relação ao tráfego aéreo.

Antes do espetáculo, os paraqueditas realizaram dois saltos de treinamento: o primeiro na quinta-feira (12/02), por volta das 18h, na Praia do Pepino, que fica na Pedra da Gávea, no bairro de São Conrado; e o segundo, também na quinta-feira, após as 23h, no local onde seria o salto real.

Fonte: ANAC e FAB

PL 16/15 regulamenta operação de drones e demais veículos aéreos não tripulados

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 16/15, do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), que estabelece regras sobre o licenciamento e operação de veículos aéreos não tripulados e aeronaves remotamente pilotadas, bem como os aparelhos intitulados drones.

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A proposta trata de veículo aéreo projetado para operar sem piloto a bordo, que possua uma carga útil embarcada e que não seja utilizado para fins meramente recreativos. A definição abrange aviões, helicópteros e dirigíveis controláveis nos três eixos, excluindo-se balões tradicionais e aeromodelos.

O objetivo do projeto, diz Otavio Leite, é deixar claro que este tema deve ficar sob plena responsabilidade da autoridade pública militar brasileira: o Ministério da Defesa, por meio do Comando da Aeronáutica, em especial o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

Hoje, o uso é regulado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Decea, que expediu uma instrução intitulada Veículos Aéreos Não Tripulados (AIC-N 21/10), concebida no âmbito dos sistemas de aeronaves remotamente pilotadas.

O projeto, no entanto, permite ao Decea delegar à Anac prerrogativas subsidiárias e complementares em relação ao tema.

De acordo com o deputado, embora os normativos atuais regulem aspectos específicos quanto à utilização desses veículos, especialmente sobre restrições de voo, o PL 16/15 visa estabelecer regras mínimas básicas que constituirão marco legal da atividade no Brasil.

Otavio Leite lembra que as Forças Armadas já utilizam veículos aéreos não tripulados, especialmente no âmbito do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) e que a Polícia Federal pretende utilizá-los no combate ao crime.

Critérios de licenciamento

Segundo o projeto, o uso de veículo aéreo não tripulado e de aeronave remotamente pilotada é privativo das Forças Armadas, dos órgãos de segurança pública e de inteligência, e de outros órgãos ou entidades públicas de pesquisa. Casos excepcionais serão admitidos desde que sigam as regras previstas no projeto.

Pela proposta, o Decea deverá avaliar os seguintes critérios no processo de licenciamento:

1. A finalidade de uso incorporada à Estratégia Nacional de Defesa, em especial na vigilância e monitoramento das fronteiras;

2. O respeito à inviolabilidade do direito à privacidade dos cidadãos e de propriedade, inclusive quanto à captura de imagens, quando de cunho familiar;

3. A pesquisa e o desenvolvimento científico, desde que chancelados por órgão acadêmico nacional ou apoiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação;

4. A finalidade de uso para operações de segurança pública, desde que não se coloque em risco a população;
a aferição prévia da aptidão do profissional habilitado para pilotar veículo aéreo não tripulado e aeronave remotamente pilotada.

Será pressuposto para licença de voo a definição explícita do local da estação remota de pilotagem.

Também será admitido o uso de veículo aéreo não tripulado, mediante autorização do Comando da Aeronáutica, nas atividades cartográficas, meteorológicas, de vigilância patrimonial, de prospecção mineral e em outras atividades econômicas de interesse público, como monitoramento ambiental de plantações, monitoramento de linhas de gás e de transmissão, e monitoramento de trânsito.

Já a comercialização de veículo aéreo não tripulado, de aeronave remotamente pilotada e de drones para fins de entretenimento e lazer deverá obedecer regras fixadas pelo Comando da Aeronáutica e pela Agência Nacional de Avião Civil, respeitados os critérios previstos no projeto.

Uso indevido

O Comando da Aeronáutica poderá negar autorização ou determinar a suspensão de atividade ou pesquisa em andamento com utilização de veículo aéreo não tripulado ou aeronave remotamente pilotada cuja ação possa ensejar vulnerabilidade à soberania nacional e à livre concorrência ou que afete, indevidamente, a privacidade das pessoas.

Nesse caso, o infrator estará sujeito a pena de 1 a 5 anos de reclusão. Já o licenciamento fraudulento e a autorização para o uso em desconformidade com as regras importará ao agente público a expulsão de sua respectiva corporação, independentemente das consequências penais.

Tramitação

A proposta será analisada por uma comissão especial e, depois, submetida ao Plenário.

Fonte: Justiça em foco

GRAer/BA orienta sobre utilização de drones no carnaval de Salvador

Profissionais e usuários de veículos aéreos não-tripulados (VANT), também conhecidos como drones, foram recebidos pelos Oficiais Superiores – Maj PM Renato Lima (Subcomandante) e Maj PM Herlon Lima (Oficial de Segurança Operacional Aeronáutica) – do GRAER (Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia), na manhã do dia 11/02/2015, no Quartel do Comando Geral, no Largo dos Aflitos, em Salvador.

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Eles foram orientados sobre a importância da obediência às normas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), principalmente quando utilizados em locais de grande aglomeração de pessoas e circulação de outras aeronaves, como o Carnaval.

O objetivo das orientações transmitidas é garantir a segurança e evitar acidentes tanto para os foliões, que curtem a festa na avenida, quanto para pilotos de aeronaves tripuladas. De acordo com o Subcomandante do GRAER, Maj PM Renato Lima, o aumento significativo do número de drones em eventos públicos da cidade, a exemplo da última Lavagem do Bonfim, criou a necessidade de alertar sobre a obediência aos requisitos de voo e pilotagem exigidos.

“Esses instrumentos precisam atender às normas administrativas, junto à ANAC, a exemplo da documentação, e também operacionais, junto ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Temos visto que muitas das regras não são seguidas e muitas são até desconhecidas”, explicou o Subcomandante.

Para evitar os riscos a quem utiliza e às pessoas sob as aeronaves foram editadas a Circular de Informações Aeronáuticas, a AIC – Nº 21/10 e a Instrução Suplementar 21-002 que regulamentam a operação das aeronaves. A instauração de inquérito nos casos de crimes é de responsabilidade da Polícia Federal.

“Nós estamos aqui como usuários do sistema, não cabe a PMBA a fiscalização, mas é de nossa responsabilidade a segurança da população, por isso estamos orientando sobre os riscos e as penalidades imputadas aos responsáveis”, disse o Maj PM Renato Lima.

Ressaltando que o Espaço Aéreo Brasileiro vai da superfície ao ilimitado. O CAVE (Certificado de Autorização de Voo Experimental) é expedido para VANT que pretenda operar a mais de 400 ft de altitude ou esteja além da linha de visada do piloto ou possua peso máximo de decolagem acima de 25 Kg. O VANT que não se enquadra neste perfil, ainda assim, deverá ter autorização da ANAC, que analisará cada caso. O CAVE não autoriza operação da aeronave com fins comerciais, são autorizados os voos de pesquisa e desenvolvimento, os voos de treinamento de tripulação e/ou voos de pesquisa de mercado.

“É importante dizer que nós, do GRAER, estamos à disposição das empresas e empresários, que utilizam os VANT comercialmente, para esclarecer qualquer dúvida e ajudar para a regularização dessas aeronaves. Nosso objetivo final é garantir a segurança de todos e um Carnaval sem transtornos para usuários e foliões”, disse o Maj PM Renato Lima ao final da apresentação.

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Fonte: GRAer/BA

Conferência sobre Serviços de Helicópteros de Emergência Médica da ADAC: Formação, inovação de software e ameaças dos UAV

Thomas Gassmann, diretor de desenvolvimento de negócios e vendas da Academia de Serviços de Helicópteros de Emergência Médica (HEMS) para o Automóvel Clube Alemão (ADAC) no aeroporto de Bonn, na Alemanha, está a frente do Encontro Internacional Anual de Networking da ADAC, agora em seu terceiro ano, para operadores de EC135/EC145.

A Academia fornece o que ela afirma ser: “o primeiro centro civil de treinamento integrado do mundo para pilotos de helicóptero, em conjunto com médicos emergencistas e paramédicos de resgate.”

Helicópteros do ADAC recebem serviços de manutenção. Foto: Andrew Drwiega

Após ter atraído pessoas de vários países para treinamentos na Academia, Gassmann teve a ideia, há três anos, de realizar um evento especial onde todos pudessem se reunir para fazer contatos e compartilhar experiências. O evento recebeu este ano a sua maior participação internacional até hoje, com participantes vindo da sua própria organização, na Alemanha, como também da Argentina, do Brasil, da Finlândia, da Holanda, da Rússia, da Suíça e do Reino Unido.

Gassman também incentivou os colegas alemães do serviço de resgate aeromédico DRF Luftrettung a trazerem os seus recém entregues EC145 T2 da Airbus Helicopter para os participantes os examinarem em um dos hangares do ADAC no local. Ele esperava poder mostrar o EC145 T2 do próprio ADAC, mas a entrega estava prevista para daqui a duas semanas.

A Academia começou a operar em julho de 2009 e consiste de uma sala de simulador que abriga um EC135 e um simulador de EC145 (FFS classificado em nível A, de acordo com JAR-FSTD H) e também possui outros sistemas de treinamento baseados em computador para a formação individual e grupal.

Os temas das apresentações do primeiro dia incluíram uma sessão informativa da Pekka Autere sobre a decisão do serviço de Ambulância Aérea da Escandinávia de comprar o novo T2 EC145 para o HEMS da Finlândia; uma demonstração visual apresentada por Klaus Mader da versão do ADAC do sistema de mapeamento Euronav 7; e Chris Polich, do Peters Software, demonstrando como as animações 3D em movimento nos sistemas de aeronaves foram criadas para treinamentos baseados em computador.

ADAC HEMS Academy

Uma discussão sobre os Sistemas de Visão Noturna na Alemanha, liderada por Ricardo Frollo da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), revelou que os operadores europeus haviam solicitado que organizações externas fossem autorizadas a instalar alterações de visão noturna no cockpit para interromper a exploração e o monopólio das fabricantes de equipamentos originais (OEM). Frollo argumentou que quaisquer modificações precisam ser sinalizadas e precisam ser verificadas cuidadosamente já que um pequeno vazamento pode causar grandes problemas.

Ollie Dismore, representante do Serviço Nacional de Aviação Policial (NPAS) do Reino Unido, apresentou uma sessão de atualização dizendo que agora haviam 19 bases de helicóptero dentro da Inglaterra e do país de Gales com 23 helicópteros disponíveis (16 EC135, um EC145 e um MD Explorer).

A força [policial] voou 16.000 horas em 2014, mas por causa da expansão da organização, espera-se um registro de aproximadamente 26.000 horas no próximo ano. Ele também acrescentou que a Polícia Metropolitana, com os seus três EC135, deveria se juntar no dia 1º de outubro de 2014. A próxima etapa no desenvolvimento da força [policial] era a racionalização.

“As bases precisam ser localizadas para apoiar as necessidades locais. Nós agora sabemos onde as verdadeiras demandas estão,” disse ele, acrescentando que havia capacidade a mais em algumas áreas, especialmente onde as unidades de apoio aéreo das diferentes forças policiais tinham sido geograficamente localizadas nas proximidades umas das outras.

Ele disse que por receber todos os contratos dentro de uma mesma agência, o NPAS estava atualmente economizando cerca de US$ 3,2 milhões por ano. No entanto, uma organização nacional deste porte poderia agora trabalhar com os benefícios de se ter aeronaves de asa fixa e estavam inclusive considerando a compra de seis aeronaves, marcando uma mudança de estratégia, embora eles ainda fossem trabalhar com aeronaves de asa rotativa.

No segundo dia, Thomas Gnägi da empresa suíca Rega discutiu o planejamento de uma nova rede de voo baixo na Suíça e Nilton Alves, diretor de ensino da EFAI (Escola de Aviação Civil Ltda) no Brasil, deu uma visão geral das operações aéreas de helicóptero do país, onde a média é de 500 horas de voo por ano, por aeronave, entre as unidades da polícia aérea. Ele cronometrou 5.800 horas de voo, das quais 3.400 horas foram auferidas voando 25 tipos diferentes de helicópteros. Alves representou um dos clientes do ADAC da América do Sul.

Konstantin Chudnyy, piloto-chefe adjunto do Centro de Aviação de Moscou revelou como uma decisão no ano de 2000, após um grande incêndio de um arranha-céu, passou a ver o estabelecimento da capacidade de helicópteros dedicados para o combate a incêndios e para resgates no centro da cidade de Moscou. Encontram-se à sua disposição helicópteros que vão desde o Kamov 32A, o BK117 e o Bell 429, até o Mi-26T, o qual pode coletar e distribuir até 15 toneladas de água através do dispositivo de lavagem de água VSU-15A.

Duas discussões no final do segundo dia concentraram nos perigos colocados para os pilotos de helicóptero pelas aeronaves pilotadas remotamente, principalmente em espaços aéreos mais baixos.

Tobias Schönherr da Polícia Federal Alemã disse que haviam no ano passado 2000 ‘permissões’, na Alemanha, para o voo de aeronaves não tripuladas de entre 5 a 25 kg, mas que, na verdade, haviam muito mais voos do que isto. Estes voos variavam de uso comercial a proprietários privados.

Ele disse que as aeronaves não tripuladas não foram autorizadas a voar acima de pessoas, acidentes ou grandes incidentes onde as autoridades tinham o controle. Baseado nos dados de 2013 do Ministério dos Transportes, ele disse que 98 porcento eram plataformas rotativas não tripuladas, com pouquíssimos elementos de asa fixa.

Mas, para o momento, apenas um porcento do total estava acima de 25 kg, apesar de não haver ainda nenhuma licença para operar com este peso ou acima dele. Marc Fahning do ADAC Luftrettung disse, “Na Alemanha, uma diferenciação teve que ser feita entre o uso recreativo e o comercial” deste tipo de aeronave. Um dos modelos que ele trouxe tinha um pouco menos de 5 kgs, mas podia viajar 185 km/h. A permissão foi requisitada para aeronaves pilotadas remotamente com entre 5-25 kg. Acima disso é necessária uma licença.

Uma surpresa para a maioria dos participantes foi que, de acordo com Fahning, “tudo o que voa fora da área precisa de seguro… e até mesmo as aeronaves tripuladas têm de lhes dar o direito de passagem”. Ele disse que um grupo de trabalho tinha sido criado dentro da empresa, juntamente com militares e operadores policiais, para discutir as ameaças e sensibilizar o público sobre os problemas que estas aeronaves não tripuladas podem causar.

Veículos não tripulados precisam ser integrados no espaço aéreo civil, afirmou. “Neste momento, os fabricantes destas aeronaves querem vender os seus produtos e estão contentes por nós estarmos frequentando suas reuniões e seus encontros”, ele disse. “Todas as coisas que voam devem possuir luzes anticolisão e marcação de propriedade,” para que cada sistema no ar possa ser identificado.

No final da parte formal da conferência, os participantes foram levados para o Instituto de Computação Visual da Universidade de Bonn-Rhein-Sieg, em Bonn, para terem uma ideia do que pode vir a ser, no futuro, o treinamento visual. O diretor do Instituto, o Professor André Hinkenjann, montou um banco extraordinário de telas de alta definição 7 x 5 em 72 megapixels de resolução.

As imagens mostradas eram tão excepcionalmente detalhadas que os participantes familiarizados com os sistemas de simulação de voo ficaram completamente impressionados com o nível de resolução que um sistema tão grande pôde fornecer. Do espaço, o sistema pôde identificar ruas em Nova York ou mostrar os contornos em volta da montanha sobre a qual o Cristo Redentor encontra-se no Rio de Janeiro, Brasil.

A conferência do ADAC do próximo ano será realizada mais uma vez durante a primeira semana de setembro de 2015.

EUA: Mais departamentos policiais estão considerando o uso de VANTs

As incertezas quanto aos regulamentos e as preocupações com a privacidade impedem muitos Departamentos de Polícias nos EUA a adotarem a tecnologia.

O Phoenix 30 quadracóptero é um dos aviões teleguiados sendo comercializados... (Baltimore Sun)

As agências de aviação policial na área de Baltimore, em Maryland, e em todo o país (Estados Unidos), estão pesquisando os VANTs – interessados nles por terem o potencial de contribuir para os empregos táticos de alto risco e na coleta de informações para a inteligência.

Mas, as incertezas quanto às regulamentações federais, as preocupações com as questões de privacidade e outros fatores têm desencorajado muitas agências de aquirir as aeronaves não tripuladas.

“Ainda existem muitas perguntas sem resposta em relação ao futuro uso do avião teleguiado e também como a [Administração Federal de Aviação – FAA] regulará esses esforços,” disse Cristie Kahler, porta-voz do escritório do xerife do Condado de Harford. Recentemente, a agência lançou sua primeira unidade de aviação, mas não tomou medidas em relação à tecnologia dos aviões teleguiados. “Quando a FAA definir internamente as suas diretrizes, precisaremos avaliar como os aviões teleguiados se encaixarão em nossos planos operacionais”.

As autoridades policiais do Condado de Baltimore discutiram demonstrações de aeronaves não tripuladas com uma empresa em Maryland, no entanto eles dizem que não têm planos imediatos para investir em um avião teleguiado. Enquanto isso, as autoridades policiais do Condado de Howard acompanham as demonstrações em uma conferência do setor e as autoridades em Anne Arundel estão tomando uma posição de esperar para ver. A polícia de Baltimore não respondeu as perguntas sobre os seus planos.

Os defensores dizem que a pequena e leve aeronave — já aceita por amantes da fotografia, agentes imobiliários e entusiastas — poderia oferecer muitos benefícios à polícia. As câmeras dos aviões teleguiados podem ajudar em missões de busca e salvamento, gravar rapidamente imagens de cenas de acidente e fornecer informações essenciais às autoridades, como no caso de situações voláteis como, por exemplo, tiroteios em massa e monitoramento de cercos.

O Capitão Don Roby, da polícia do Condado de Baltimore escreveu às autoridades do departamento que a tecnologia seria útil para a unidade tática durante as situações de cercos e no serviço de busca de alto risco.  Os aviões teleguiados “podem ser uma opção mais prática e acessível para esta agência. (Principalmente para as missões de cenas de crime e acidentes),” ele escreveu em um memorando obtido pelo The Baltimore Sun, através de um pedido de Ato Público de Acesso à Informação.

Roby, comandante da Divisão de Investigação Criminal do Condado, tem trabalhado em um comitê nacional para sistemas de pequenas aeronaves não tripuladas e dará uma palestra sobre como as agências podem integrar as tecnologias na conferência da Associação Internacional de Chefes de Polícia em outubro.

Mas, muitas agências estão esperando a FAA expedir os regulamentos sobre o uso de aviões teleguiados. Os interesses na aeronave também podem diminuir à medida que a pressão aumenta sobre os departamentos de polícia de todo o país para reduzirem o uso de equipamentos que são utilizado pelas forças armadas — uma questão que entrou em destaque após recentes confrontos entre manifestantes e unidades de força tática em Ferguson, em Missouri.

Muitos departamentos também estão lutando com as diretrizes internas para tratarem de preocupações referentes à privacidade, incluindo o uso e o armazenamento de imagens.

“É claro que esta questão está por vir. Está claramente nas telas dos radares da aviação policial”, disse David Rocah, advogado sênior dos funcionários da União Americada pelas Liberdades Civis (ACLU) de Maryland. “Agora é a hora de tranquilizar o público, assim não acordamos e encontramos centenas de aviões teleguiados nos mantendo sob vigilância constante.”

O Chefe do Condado de Baltimore, James W. Johnson, “está preocupado com o potencial que esta ferramenta tem de invadir a privacidade das pessoas — independentemente dela ser usada no setor público ou privado,” disse em um email a porta-voz Elise Armacost. Ela acrescentou que a agência não tem planos de investir na tecnologia no “futuro próximo”.

De acordo com Roby, os proponentes sugerem que os pequenos aviões teleguiados possam ser usados de diversas formas, desde para a “coleta de inteligência/vigilância de cercos policiais,” até para incêndios, incidentes com materiais perigosos e apoio às outras necessidades do governo, como zoneamento. Um avião não-tripulado não substituiria a atual unidade de aviação do condado, mas “a complementaria com uma solução de missão mais eficiente e tática”, disse ele no e-mail às autoridades do departamento.

Roby recusou, através de seu porta-voz, em ser entrevistado.

E-mails adicionais entre as autoridades policiais  do Condado de Baltimore discutiram sobre a necessidade de se ter uma demonstração pela UAV Solutions, uma empresa baseada em Jessup que constrói sistemas aéreos não tripulados. As demonstrações seriam realizadas em Denton porque as regulamentações da FAA não permitiriam demonstrações nas instalações da empresa BWI, escreveu um tenente do condado.

Mas, Armacost disse que as autoridades do condado ainda não assistiram ou agendaram uma demonstração

A empresa, que prega em seu site “Uma solução Para Cada Missão”, oferece diversos modelos de aviões teleguiados. O leve Phoenix 15, que pesa apenas 0,72 kg, tem uma cobertura de 0.80 quilômetro e voa até 15 minutos, é descrito como “ideal para militares, socorristas e aplicações civis.” O Talon 240 da empresa, que se assemelha a uma aeronave pequena e branca, pesa cerca de 51 quilos e tem um tempo de voo de até 8 horas.

Fonte: The Baltimore Sun/ Reportagem: Jessica Anderson

Tripulantes aeromédicos estão preocupados com o uso de aeronaves teleguiadas

A tripulação de salva-vidas da Clínica Carilion, em Virgínia, nos EUA, declarou que a comunidade aeromédica está preocupada com o uso de aeronaves não tripuladas, também conhecidas como aeronaves teleguiadas, em locais de acidente.

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Um homem de Ohio foi processado recentemente após usar a sua aeronave teleguiada para gravar um vídeo de um acidente. A polícia disse que a presença da aeronave atrasou o pouso de um helicóptero médico.

Alex Greve, operador de aeronaves não tripuladas do Condado de Amherst, disse que os operadores devem sempre praticar a técnica de ‘ver e evitar’. Ele sempre controla voos com, pelos menos, uma outra pessoa.

“É sempre bom ter um observador, para verificar o tráfego aéreo ou qualquer outra coisa que você não consiga ver,” disse Greve. “Depois que a aeronave decola, você só tem olhos para o céu.”

Greve e o seu observador ouviram uma aeronave por perto, minutos depois de executarem um voo. “A altitude estimada dele era de 914 metros. A minha altitude pretendida era de no máximo 46 metros. Estávamos fora do seu espaço aéreo,” disse Greve.

“A pessoa em terra é responsável pelas funções de ver e evitar,” disse Dave Balthazor, piloto da Life-Guard 10.  “Nós dependemos deles para evitarmos uma colisão com uma aeronave tripulada.”

Balthazor diz que enxergar uma aeronave não tripulada pelo cockpit do helicóptero pode ser muito difícil. “Ela é quase invisível pelo nosso para-brisa,” disse Balthazor.

Balthazor acrescenta que a maior preocupação dos tripulantes de helicóptero é em relação aos procedimentos de aproximação e saída.  O piloto não sabe, entre uma chamada e outra, onde ele terá que executar o pouso; se em um campo, em uma estrada ou em um heliporto de um hospital.

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“No Memorial Roanoke, existe um parque enorme,” contou Balthazor. “E as pessoas que praticam pilotagem por diversão poderiam muito bem ter a ideia de ir para o parque e realizar voos não tripulados.”

“As aeronaves poderiam ser atingidas nas suas pás de hélice e sofrer danos? Poderiam, sim. A aeronave poderia cair? Não sei,” disse Balthazor.

“Aves como o urubu, a águia ou o falcão são mais densas do que o que nós estamos pilotando,” afirmou Greve. “Nossas aeronaves muito raramente pesam mais que 1,5 kg. Elas são feitas de isopor ou plástico.”

 Fonte: WSet/ Reportagem: Angela Hatcher

Cada vez mais populares, uso de drones preocupa polícia de Nova York

NOVA YORK – O aumento da popularidade dos drones nos Estados Unidos começa a incomodar as autoridades. Segundo o Departamento de Polícia de Nova York, alguns incidentes envolvendo as aeronaves não tripuladas revela que há riscos potenciais no uso indiscriminado dos aviões não tripulados. O chefe do Departamento de Contraterrorismo da Polícia de Nova York afirmou que nenhuma ocorrência até agora foi grave, mas sugeriu que os aparelhos podem ser usados como instrumentos de conspiração por forças terroristas.

Até agora, o incidente mais grave ocorreu na segunda-feira (14/07) , quando um helicóptero da polícia teve que desviar sua rota após avistar um drone na sua direção. Os donos do dispositivo eletrônico, Wilkins Mendoza, de 34 anos, e Remy Castro, de 23, foram presos e acusados de negligência devido ao perigo causado.

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– Nós não tínhamos a intenção de causar qualquer dano. Eu sei das consequências e não vou arriscar a vida de ninguém – afirmou Castro ao “New York Post”, ressaltando que vai aposentar o seu aviãozinho.

Segundo um amigo, os aparelhos custaram entre US$ 500 e US$ 700, cada e foram comprados apenas para diversão. Os dispositivos tinham a capacidade de voar até uma altura de 600 metros.

Um dos policiais que comandava o helicóptero sobre a ponte George Washington contou que ficou surpreso ao cruzar com a aeronave não tripulada e disse que, a principio, não sabia com o que estava lidando. Em outro caso, os pilotos de dois aviões que se aproximavam do aeroporto La Guardia, em Nova York, se queixaram de um grande drone que estava voando perto deles no sul de Manhattan, contou uma fonte que não quis se identificar. O caso ocorreu em 29 de maio deste ano.

Segundo uma lei aprovada em 2012, a Agência Federal de Aviação (FAA na sigla em inglês) tem até o próximo ano para promulgar as regras oficiais para sistemas não tripulados. Por enquanto, as regras proíbem “qualquer conduta que ponha em perigo pessoas e prédios na superfície, ou a segurança de outra aeronave no espaço aéreo”. Além disso, os aparelhos não podem voar a menos de cinco quilômetros de um aeroporto.

– Apoiamos o uso desta tecnologia, mas apoiamos o uso responsável – disse Daniel Schwarzbach, o diretor-executivo da Associação para a Aplicação de Lei de Aeronaves.

Já há grupos para fãs que pretendem promover o uso responsável das aeronaves não tripuladas com fins artísticos, empresariais e de lazer. No entanto, mesmo sabendo das proibições, a maioria dos usuários ignora as regras ou decide não segui-las. Segundo as autoridades, isso acontece porque os cidadãos sabem que não serão responsabilizados pelos atos.

DRONES MAIS BARATOS E FALTA DE REGRAS

Em uma loja de Manhattan, os quatro modelos de drones comercializados custam entre US$ 479 e US$ 959, e alguns são equipados com câmeras. Segundo um funcionário, antes do boom dos aparelhos, 15 aeronaves eram vendidas por dia. Hoje, o número chega a 200. Além de se tornarem mais baratos, os aparelhos estão mais eficientes e capazes de voar mais alto.

– É apenas uma questão de tempo antes que (os terroristas) comecem a usar isso com explosivos – disse uma fonte de contraterrorismo.

Apesar dos riscos, especialistas acreditam que as normas envolvendo os drones só sejam regulamentadas em 2016. O conselheiro geral da Associação Internacional de Drones em Washington disse estar preocupado com a situação e afirmou que tenta apressar as normas.

– Somos a única indústria que está implorando para uma agência federal nos regular – afirmou Gielow.

Fonte: Agência O Globo.

Polícia portuguesa utiliza aeronave não tripulada na final da Champions League

Portugal – A Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou que utilizou uma aeronave não tripulada equipada com duas câmaras durante a operação policial planejada para a final da Liga dos Campeões, que se realizou em Lisboa.

Num comunicado enviado à agência Lusa, a Direcção Nacional (DN) da PSP informou que a Comissão Nacional de Protecção de Dados autorizou a utilização do meio aéreo, depois de o ministro da Administração Interna ter solicitado um parecer àquela entidade.

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“Foi autorizada a utilização de duas câmaras portáteis que serão operadas por polícias devidamente uniformizados e de duas câmaras colocadas em meio aéreo não tripulado da PSP”, referiu-se a nota da Direcção Nacional.

Segundo a polícia, o recurso aos equipamentos de videovigilância (câmaras) teve como finalidade “garantir a protecção de pessoas e bens, a prevenção da prática de crimes, a monitorização das deslocações de veículos e pessoas e a monitorização de adeptos de risco”.

Áreas com videovigilância

As áreas alvo de videovigilância foram as Fan Zone/Meeting Points (Praça do Comércio e zona norte do Parque Eduardo VII) e o complexo desportivo do Estádio da Luz.

Também foram monitorizados os locais de estacionamento dos torcedores do Real Madrid e do Atlético de Madrid – Parque da Torre Bela, Avenida Condes Carnide, Parque da Pontinha, Parque Tecnológico, Av.ª Cidade de Praga, Av.ª Nações Unidas, Av.ª Infante D. Henrique entre a Rotunda da Praça 25 de Abril e Santa Apolónia em ambos os sentidos, e Av.ª da Índia entre o viaduto de Pedrouços e o viaduto de Alcântara.

Em conferência de imprensa realizada na quinta-feira antes do jogo, o intendente Paulo Onofre, responsável operacional, referiu que, caso viesse a ser autorizada a sua utilização, a aeronave não tripulada seria “um bom meio e uma boa ajuda”.

A Direcção Nacional da PSP faz ainda um balanço positivo, até agora, da operação policial realizada durante a final da Liga dos Campeões.

“Até ao momento não houve registo de quaisquer incidente grave, tudo decorrendo com normalidade e conformidade com planeamento operacional elaborado pela PSP, nomeadamente no que relativo à segurança das equipas participantes – Real Madrid CF e Clube Atlético Madrid, e respectivos torcedores”, informou a polícia.

No estádio estavam cerca de 60 mil espectadores. A polícia estima que outros 60 mil adeptos sem bilhete chegaram a Lisboa.

Fonte: Público.

A utilização do VANT nas atividades de segurança pública em Minas Gerais

CHRISTIANO CARVALHO BISPO
Comandante de Aeronave – PMMG

A aviação policial é um conceito já internalizado pelas organizações policiais em todo o Brasil, e os serviços prestados pelas unidades aéreas há muitos anos têm contribuído para a melhoria da segurança pública em todo o país. Sabe-se, no entanto, das necessidades de melhoria: em investimentos tecnológicos, no ensino e treinamento, na integração com os demais órgãos aeronáuticos e em outros diversos campos.

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Certamente tem-se buscado a cada dia a correta gestão dos recursos colocados à disposição das organizações aéreas policiais, na procura de alcançar a máxima eficiência, eficácia e qualidade nos serviços, com um diferencial: a ênfase na segurança nas operações.

Contudo, a proposta de inserção de novas tecnologias, assim como toda a mudança dentro das organizações, pode gerar expectativas, desconforto e até mesmo rejeição por alguns de seus integrantes, grande parte disso em virtude da desinformação. A tecnologia dos Veículos Aéreos Não Tripulados, em certo aspecto, não é totalmente uma novidade, como se procurou explicitar na abordagem histórica sobre o tema. No entanto, em vista da sua não utilização pela maior parte das organizações de segurança pública e defesa social, principalmente no Brasil, já denota seu caráter de inovação.

A proposta, então, foi a de iniciar o assunto, procurando verificar como o emprego dessa nova tecnologia pode acrescentar nas atividades do Batalhão de Radiopatrulhamento Aéreo na Polícia Militar de Minas Gerais, sem que para isso deva entrar em conflito com a atual filosofia de operações e segurança de voo, há tanto tempo praticada por essa organização aérea.

Dessa forma, a busca do estudo das inovações é fundamental para compreender os reflexos da inserção de novas tecnologias nas organizações, cujo objetivo será sempre a melhora dos produtos ou processos, não incorrendo de tal modo numa tentativa puramente empírica.

O objetivo geral da pesquisa foi o de analisar a viabilidade da utilização do Veículo Aéreo Não Tripulado em complementação às atividades de radiopatrulhamento aéreo na Polícia Militar de Minas Gerais. Mas como foi abordado em um contexto geral, as informações contidas neste trabalho monográfico podem ser aplicadas para análise do tema em outras polícias.


Clique aqui e leia a monografia completa

A utilização do VANT nas atividades de segurança pública em Minas Gerais 


Juiz americano anula proibição a voo de drones comerciais

WASHINGTON – Um juiz federal americano anulou nesta sexta-feira a única multa já aplicada pela agência de aviação dos EUA, a FAA, contra o uso comercial de veículos aéreos não tripulados (Vant). O magistrado argumentou na sentença que pequenas aeronaves desse tipo, popularmente conhecidas como drones, não diferem em nada de aeromodelos tradicionais, o que limita os poderes da FAA de impedir a proliferações de drones civis.

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Tecnicamente, a diferença entre drone e aeromodelo é que o primeiro é capaz de realizar voos pré-programados sem qualquer intervenção humana (embora esse tipo de uso ainda seja muito restrito) e costuma carregar um rol de sensores (como giroscópio, acelerômetro e barômetro, além de câmeras). A utilização comercial desses aparelhos já vem sendo aventadas por milhares de empresas ao redor do mundo, como Amazon, Facebook e FedEx.

Patrick Geraghty, juiz que integra o Conselho Nacional de Segurança dos Transportes, disse em sua decisão que a FAA não possui qualquer regulação vigente para voos de aeromodelos nem para classificação desses aparelhos como aeronaves não tripuladas.

A multa anulada pelo juíz, de US$ 10 mil, havia sido aplicada contra o fotógrafo Raphael Pirker, que produziu um vídeo comercial em outubro 2011 utilizando um pequeno drone nos arredores da Universidade da Virgínia. Pirker recorreu da multa ao conselho, cuja função é avaliar queixas sobre decisões da FAA.

A agência disse que está avaliando a decisão e preferiu não comentá-la por enquanto. Cabe recurso por parte da FAA ao próprio conselho.

Funcionários da FAA sempre sustentaram a tese de que, por regular o acesso ao espaço aéreo do país, a agência tem o poder de proibir voos de drones, inclusive daqueles que pesam poucos quilos.

“Não há áreas cinzas no texto regulatório da FAA. Qualquer pessoa que quiser fazer decolar uma aeronave – seja ela tripulada ou não – no espaço aéreo dos EUA precisa de algum nível de aprovação da FAA”, afirma a agência em seu site.

Já faz uma década que funcionários da FAA trabalham na elaboração de regras de acesso ao espaço aéreo americano a drones comerciais. A maior preocupação é o risco a que essas aeronaves expõem aviões e helicópteros e mesmo a população em terra. Um drone que cair acidentalmente sobre uma rua movimentada poderá provocar dezenas de mortes, por exemplo.

No Brasil, também não há regulação para o uso de drones comerciais, embora diversas empresas já o utilizem em caráter experimental. Espera-se que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) submeta à consulta pública nos próximos meses regras para voos de drones com até 25 Kg, como noticiou o site G1.

Incomodado com a lentidão da FAA, o Congresso americano aprovou lei, em 2012, determinando que a agência tem até setembro de 2015 para integrar com segurança drones de todos os tamanhos aos céus americanos.

Porém, já ficou claro que a FAA não será capaz de cumprir esse prazo. A regulação que permitiria uma maior utilização de drones com peso inferior a 25 Kg já foi adiada diversas vezes e só deve ser proposta em novembro. Além disso, chega a demorar anos até que uma regra desse tipo passe a valer de verdade.

Fonte: O Globo.

 

ANAC apresenta proposta de regulação sobre RPAS / VANT

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) encerrou ciclo de debates sobre a regulamentação dos Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAS), apresentando proposta de norma durante o 2° workshop sobre o tema, promovido nos dias 19 e 20/02, em São José dos Campos (SP). O evento foi destinado ao público externo e contou com a participação de entes governamentais envolvidos com o assunto, tais como o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Aeronáutica, e a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Potenciais operadores e fabricantes de RPAS – também conhecido como Vants e Drones – estiveram presentes no evento.

rpas anacO 2º workshop teve como objetivo a apresentação, pelas áreas técnicas da Agência, da proposta de norma para operações não-experimentais de aeronaves remotamente pilotadas e a discussão da proposta junto aos interessados do setor, com a finalidade de aprimorar a regulamentação. O evento fez parte do processo de desenvolvimento do ato normativo. Os estudos para elaboração deste ato normativo se iniciaram no começo do 2º semestre de 2013, quando a Agência promoveu a primeira edição do Workshop.

O normativo proposto ainda será submetido à audiência pública, oportunidade na qual qualquer interessado poderá encaminhar contribuições. Depois de analisadas as contribuições, a minuta de regulamento será apresentada para deliberação da Diretoria Colegiada da Agência. A realização da audiência pública e a publicação da norma está prevista para ocorrer ainda neste ano.

A regulamentação em desenvolvimento trata da utilização comercial e corporativa dos RPAS, em áreas segregadas. A Agência considera, na regulamentação proposta, a forma progressiva, ou seja, normas mais rigorosas para operações com aeronaves de maior porte.

Neste sentido, as aeronaves foram classificadas, conforme critérios relacionados às características da operação (altitude, operação em linha de visada visual ou além dela, operação noturna, operação em áreas confinadas, entre outras): classe I – 150kg em diante; classe II – 25 a 150kg; e classe III – 0 a 25kg. As discussões envolveram na proposta normas que regulamentam o projeto, a manutenção, o registro e a operação dos RPAS, além da habilitação do piloto remoto.

Fonte: ANAC

 

Fantástico mostra operação com VANT da Polícia Federal

No chão, ele não parece nada discreto. Mas quando decola, o pequeno monomotor se transforma em um espião silencioso. Este é o Vant, sigla para o veículo aéreo não tripulado, da Polícia Federal. A missão dele: produzir imagens de pessoas e lugares suspeitos.

O resultado, aqui embaixo, é esse: “Polícia Federal, abre a porta”, ordena um policial federal durante uma operação. Em 2009, o governo brasileiro comprou duas aeronaves dessas de uma empresa de Israel. Preço total: R$ 80 milhões.

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O Vant tem quase 17 metros de envergadura, 9 de comprimento, consegue voar 37 horas seguidas, sem abastecer, a 204 quilômetros por hora e alcança uma altura de 10 mil metros e não leva armamentos.

“Ela é uma aeronave muito silenciosa. Tem uma câmera com uma precisão muito grande. A gente consegue acompanhar alvos além de 10 quilômetros”, diz Álvaro Marques, gerente do Projeto Vant.

O Fantástico foi conhecer a estação de comando. Ela é refrigerada. Do lado direito, tem alguns computadores, simuladores de voo e mais aqui a frente, o piloto que basta para ele o toque, dar um clique no mouse para manter a aeronave no ar. De outro lado, tem o operador das câmeras.

Antenas parabólicas e um satélite fazem a conexão entre o Vant e a estação de comando. A aeronave pode ser controlada a mais de mil quilômetros de distância. Ou seja, de São Paulo, o piloto conseguiria comandar o avião em Porto Alegre.

Quase tudo no Vant é automático e programado. Mesmo se houver uma falha de comunicação, se ele perder o contato com a base, seus comandos e rotas são pré-definidos. Ele pode voltar para casa e pousar, sem ajuda de ninguém.

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Em testes há mais de quatro anos, o Vant, finalmente, participou da sua primeira grande operação.
Nos últimos sete meses, a Polícia Federal investigou uma quadrilha de contrabandistas de cigarros na região de fronteira, entre o Paraná e o Rio Grande do Sul.

Lá do alto, o esquema foi filmado em detalhes. O espião aéreo descobriu, por exemplo, que, por trás desse depósito, existia um longo caminho de terra usado por veículos carregados de cigarros.

Também identificou, uma a uma, as propriedades dos criminosos. Em sítios, o contrabando era colocado no fundo falso de caminhões. “Você consegue ver a rotina dos alvos, com precisão”, explica Álvaro Marques.

Os caminhões seguiam o mesmo percurso: da fronteira com o Paraguai até a cidade de dois vizinhos, mais conhecida como a capital nacional do frango, no sudoeste do Paraná, sede da quadrilha. Depois, o contrabando ia principalmente para Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul.

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“Essas organizações criminosas normalmente movimentam valores grandes. Uma carga de 250 caixas de cigarro pode valer até R$ 400 mil. Então, isso estimula o ingresso principalmente dos jovens na criminalidade, aqui da região, por conta do lucro fácil”, explica Indira Bolsoni Pinheiro, procuradora da República.

A polícia precisava saber quem estava por trás, no comando da quadrilha, e usou também escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça. E aí, apareceu o nome de um Policial Civil. Investigador na cidade de dois vizinhos, Jair Roberto Pasa é acusado de receber dinheiro para dar informações à quadrilha.

Num telefonema, ele avisa um contrabandista que a Polícia Federal acabou de prender um comparsa.

Jair: Os “federal” pegaram ele, lá. Ele falou que sabe quem que é o dono do caminhão.
Contrabandista: Mas é louco esse cara.
Jair: Mas nem liga agora. Os “federal” tão com ele lá.
Contrabandista: Então, tá bom.

Com a investigação concluída, faltava prender os integrantes da quadrilha.Madrugada de quinta-feira passada. Da base, em São Miguel do Iguaçu, interior do Paraná, o Vant, o veículo aéreo não tripulado, decola para o teste final.

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A cem quilômetros da base aérea, 130 agentes da Polícia Federal, estão prontos para cumprir mandados de prisão e de busca, em quatro cidades.

O Vant já está a caminho dos alvos. Em cascavel, a Polícia Federal se prepara para uma viagem de quase três horas. As equipes vão sair em intervalos de 5 minutos, descaracterizadas, para evitar despertar atenção dos olheiros.
São quase 200 quilômetros de viagem numa estrada movimentada e cheia de buracos. Já o Vant chega rapidamente aos depósitos e aos sítios utilizados para o contrabando.

Três agentes chegaram de helicóptero e se escondem no mato, aguardando o melhor momento para fazer a prisão. O Vant alerta.

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Vant: informo que, no lado oposto ao rio, do outro lado da casa, a rua que dá acesso, tem algum animal lá, provavelmente cachorro.
Agentes: Positivo, positivo. Tem um cão ali. A gente tá ouvindo ele latir.

Como ainda está escuro, a aeronave usa suas duas câmeras de vídeo de alta resolução ligadas com infravermelho. Oito acusados são presos.

O policial civil Jair Roberto Pasa, acusado de receber dinheiro para dar informações à organização, foi preso na casa dele. O advogado diz que “o policial é inocente. E que conhecer pessoas investigadas não significa cooperação nos crimes. E, que, é função de Jair Pasa se embrenhar em lugares não muito bem frequentados para obter informações de pessoas não muito distintas”.

No céu, o Vant ainda trabalha: ajuda o pessoal que está neste helicóptero a descer no lugar certo.

“Mesmo sem conhecer o terreno, a gente tem essa vantagem tática do Vant estar fornecendo informações precisas sobre o terreno, sobre o posicionamento dos criminosos”, afirma Eduardo Betini, agente da Polícia Federal.

Fantástico: a gente olha pra cima e não vê o Vant mas o dia tá de céu azul, assim.
Martin Purper, chefe da operação: é mas o Vant está lá e estão nos observando nesse momento. Que a ideia, é poder possibilitar a polícia um mecanismo maior. Uma outra ferramenta de investigação.

Depois de dez horas de voo, termina a missão.

Vant: a base Vant agora se retira do palco das operações e retorna para a base. Uma boa missão aí e bom retorno.

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A Justiça já bloqueou os bens da quadrilha, avaliados em R$ 10 milhões. E a polícia se concentra agora para encontrar dois homens apontados como os chefes dos contrabandistas: Celso Cândido da Silva, apelido: Caveira. E Claudemir Polak Mendes, o Tenente.

As forças de segurança das principais potências mundiais já usam aviões não tripulados. Dos mais variados tipos e tamanhos, eles fazem de monitoramento a incêndios a lançamento de bombas e mísseis.

Faixa de Gaza, novembro de 2012. Ahmed Jabari: chefe militar do Hamas, a organização radical islâmica da Palestina. Acusado de atos terroristas contra Israel, era procurado havia pelo menos 5 anos. Foi morto quando estava dentro de um carro. Um míssil saiu de um avião não tripulado israelense.

O uso desses aviões é objeto de discussão. A ONU, por exemplo, investiga a morte de civis provocada em ataques de aviões não tripulados na África e no Oriente Médio. Outra discussão é quanto à entrada no espaço aéreo, sem permissão dos governos locais.

No Brasil, o Tribunal de Contas da União questionou o valor dos dois Vants: R$ 80 milhões, e pediu ajustes nos contratos. O processo é sigiloso. Segundo a Polícia Federal, tudo já está resolvido.

Uma das próximas missões do espião aéreo é ajudar na segurança da Copa do Mundo. “Realmente, vai facilitar as investigações. Trazer mais segurança também para os próprios policiais que estão investigando”, destaca Indira, procuradora da República.

Fonte: G1

ANAC dá autorização para drone automático nacional operar no Brasil

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a operação de um drone de 7 quilos que é lançado por uma catapulta e opera 100% de forma automática, segundo o engenheiro mecatrônico Giovani Amianti, que desenvolveu o modelo.

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O Echar 20 A, de propriedade da XMobots empresa de São Carlos (a 230 km de São Paulo), passa a ser agora o quinto veículo aéreo não tripulado (vant) civil autorizado a voar nos céus brasileiros. Em maio de 2013, a empresa obteve o primeiro Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave) para usar um drone privado civil,permitindo o início das operações do Nauru 500, um avião de 15 quilos que pode atingir até 78 km de distância.

Segundo a Anac, o documento foi expedido à XMobots no final de dezembro, mas a empresa diz que  ainda havia testes de validações que precisavam ser finalizados e que foram feitos em janeiro pela empresa.

Em abril de 2013, o G1 divulgou com exclusividade que mais de 200 drones estão em operação no Brasil sem que exista regulamentação para emprego comercial destas aeronaves. Eles desempenham funções que antes dependiam de aviões e helicópteros, como a captação de imagens aéreas, buscando maior eficiência e alcance, redução de custo e mais segurança.

A expectativa da indústria nacional de defesa é que ainda em fevereiro a Anac apresente uma proposta que facilite a operação comercial de drones de pequeno porte no país.

Novo modelo

O Echar é tem 2,13 metros de envergadura, 0,42 metro de altura e é lançado por uma catapulta, que provoca o acionamento do sistema. Tem um alcance de comunicação de até 10 km a partir do terminal de controle em solo e autonomia de voo 70 minutos.

“É um vant 100% automático, não precisa de piloto para fazer a decolagem, apenas um operador para acompanhar a velocidade do avião e dar as tarefas”, explica Amianti.  “Ele decola sozinho e pousa com um paraquedas”, complementa.

O drone custará R$ 150 mil e, conforme a Anac, cumpre as regras da Instrução Suplementar 21-002A, expedida em outubro de 2012. A norma determina que vants com Cave possam sobrevoar áreas rurais – vos em cidades não são autorizados por questões de segurança e precisam de notificação prévia à Aeronáutica.

A Xmobots está vendendo unidades do modelo para institutos de pesquisa e desenvolvimento e universidades de Rio Grande do Sul, Bahia e Mato Grosso, que usarão os aviões para estudos nas áreas de agricultura de precisão e previsão meteorológica. O novo drone pode alcançar uma altitude de até 3 mil metros.

“Estamos trabalhando em parceria com a Anac há alguns anos para aprender como se faz a certificação, que vale apenas para o meu modelo. Quem compra um, recebe toda a documentação para que possa obter um Cave junto à Anac, que é ligado ao número de série do avião”, explica Giovani.

Até 2013, apenas a Polícia Federal possuía certificação para operar vants civis – são dois aviões comprados de Israel. Além dos dois modelos da XMobots, em agosto, um drone produzido pela Universidade de Brasília (UnB) para o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) também recebeu autorização para fiscalizar mineração ilegal. Já a Força Aérea possui 4 unidades, também israelenses, mas que, como são militares, não precisam de validação da Anac.

Fonte: G1

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