- Anúncio -
Início Tags Dronepol

Dronepol

GRAESP inicia curso de operador de sistema de aeronave remotamente pilotada

Pará – Na manhã desta quinta-feira, 25 de agosto, o Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará realizou no auditório do Quartel do Comando Geral do CBMPA a aula inaugural do curso de piloto/operador de sistema de aeronave remotamente pilotada (RPAS), que tem o objetivo de capacitar servidores públicos para operar e monitorar esse tipo de equipamento.

GRAESP inicia curso de operador de sistema de aeronave remotamente pilotada

A turma está composta por 10 alunos, servidores militares (PM/BM) e civis da Secretária de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS. O curso acontecerá em dois momentos: O primeiro que está iniciou no dia 25/08, em Belém-Pa, sob a coordenação da Escola Internacional de aviação civil e o segundo momento que acontecerá no município de São Carlos, no estado de São Paulo, sob coordenação da empresa x-mobots.

A carga horária do curso será de 30h/a distribuídas nas instruções de simulador, montagem de aeronave, montagem de estação base, instrução para lançamento, decolagem e pouso, e revisão periódica. O curso será realizado no período de 25 de agosto a 30 de setembro, e os alunos serão habilitados nas instalações da Escola Internacional de aviação civil e no Grupamento Aero de Segurança Pública.

A aula inaugural contou com a ministração de uma palestra com o tema “O uso do espaço aéreo brasileiro por RPA (aeronave remotamente pilotada)”, proferida pelo Tenente Coronel CTA Plautílio, comandante do DTCEA (Destacamento de Controle do Espaço Aéreo).

O evento contou com a presença do Secretário de Segurança Pública, general Jeannot Jansen; do Comandante Geral do CBMPA, Coronel Zanelli; do Secretário da SEMAS, Luís Fernandes Rocha; Diretor do GRAESP, Tenente Coronel PMDF R/R Josilei Albino Gonçalves de Freitas; Diretora da Escola Internacional de Aviação Civil, Mara Rubia de Lima, entre outras autoridades civis e militares.

Fonte: ASCOM/CBMPA.

Fotos: Sargento Carlos Cesar.

Com auxílio de drone, PRF identifica balão caído na Serra do Mar em Morretes (PR)

Paraná – A Polícia Rodoviária Federal (PRF), a partir de imagens gravadas por um drone, identificou nesta segunda-feira (15) o objeto que caiu ontem (14) na Serra do Mar, em Morretes (PR). Ao contrário de algumas especulações iniciais, o objeto que caiu no meio da mata é uma espécie de balão não tripulado.

Drone utilizado pela PRF.
Drone “Phantom 4” utilizado pela PRF.

Por volta das 17 horas de ontem, a PRF havia sido acionada por usuários da rodovia BR-277 que teriam avistado um suposto paraquedas ou parapente caindo nas imediações do Viaduto dos Padres, na altura do quilômetro 41.

Ao chegar no local, à distância, os policiais rodoviários federais não conseguiram precisar a natureza do objeto.

A PRF acionou uma equipe do Corpo de Bombeiros, que cogitou iniciar uma incursão terrestre, mas, por conta dos riscos, adiou o início das buscas.

No início da manhã desta segunda, policiais rodoviários federais, utilizando-se de um drone da instituição, gravaram imagens do local da queda. As imagens atestaram que não havia vítima alguma na ocorrência.

Ainda não se sabe ao certo a procedência do balão. É possível que o objeto seja o mesmo avistado na manhã de domingo em Cubatão (SP). As imagens foram disponibilizadas pela PRF para o Corpo de Bombeiros de Morretes.

Imagem captada pelo drone da PRF.
Imagem captada pelo drone da PRF.
YouTube player

Fonte: PRF.

Exército e Marinha utilizarão o VANT Horus FT-100 durante as Olimpíadas

Nos últimos meses, no aeródromo de Tremembé, interior de São Paulo, equipes do Exército e da Marinha realizaram treinamento do VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) HORUS FT-100, adquirido com a empresa Flight Technologies – FT Sistemas para as ações estratégicas de monitoramento e segurança nas Olimpíadas.

Militares da Marinha e Exército realizando treinamento do VANT (Veículos Aéreos Não Tripulados) HORUS FT-100

Os equipamentos serão os únicos VANTS autorizados a voar durante os Jogos Olímpicos. O FT-100, categoria 1, pode ser empregado em missões de vigilância, monitoramento, detecção de alvos e levantamento de informações, bem como para ações especiais que demandam grande mobilidade e agilidade.

Foram treinadas 05 equipes e cada treinamento durou cerca de 25 dias. Além de aprender a operar o Sistema de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP HORUS FT-100) e realizar o planejamento das operações em solo, realizaram também exercícios práticos de lançamento do VANT, pois seu lançamento é manual e demanda prática e perícia.

Militares da Marinha e Exército realizando treinamento do VANT (Veículos Aéreos Não Tripulados) HORUS FT-100

Segundo a empresa, os sistemas foram adquiridos, através de inexigibilidade ou dispensa de licitação, pelo Exército e pela Marinha, com base na Portaria nº 227 – EME, de 22 de Setembro de 2015, a qual aprovou  a padronização do SARP HORUS FT-100. A padronização é resultado do Parecer nº 04/2015 da Comissão Especial para a padronização de materiais de uso da Força Terrestre do Exército.

Em novembro de 2015, o Exército Brasileiro adquiriu, por dispensa de licitação, 03 SARP HORUS FT-100 pelo valor global de R$ 3.719.821,36. Cada sistema adquirido pelo Exército é composto de 02 HORUS FT-100 cada (VANT). O sistema possui ainda Estação de Solo para operação do VANT, câmeras giroestabilizadas com Sensor Dual EO/IR (Eletro Ótico e Infravermelho), suprimentos, treinamento para operadores, manutenção, assistência técnica e peças.

VANT (Veículos Aéreos Não Tripulados) HORUS FT-100 do Exército

Em março desse ano, a Marinha do Brasil também adquiriu 01 SARP HORUS FT-100 pelo valor de R$ 1.300.000,00. A compra foi por inexigibilidade. O sistema adquirido pela Marinha é composto de 02 HORUS FT-100 (VANT), uma Estação de Solo FT 100, 02 câmeras giroestabilizadas com Sensor Dual EO/IR (Eletro Ótico e Infravermelho – uma para cada aeronave), suprimentos, treinamento para operadores, manutenção e assistência técnica.

O VANT pesa de 8 a 10kg, possui uma autonomia de 90 a 150 minutos e em um alcance de 15 km. Como é um equipamento que segue requisitos militares para voo tático, ele realiza voo automático, ou seja, todo o planejamento do voo é feito em solo e ao ser lançado realiza o voo automaticamente. O controle pelo operador fica para a câmera termal instalada. Claro que o sistema possui o modo assistido, mas essa não é a regra da operação. Se for necessário o operador pode operar o VANT através dos sistema.

VANT (Veículos Aéreos Não Tripulados) HORUS FT-100 da Marinha

Texto e Fotos: Eduardo Alexandre Beni, Piloto Policial.

Secretaria de Aviação Civil publica Manual de orientação às Forças de Segurança para fiscalização de balões não tripulados

Para reforçar o combate à soltura dos balões não tripulados, também conhecidos como balões juninos, a Secretaria de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, publicou nesta quarta-feira (27) um manual com orientações para as forças de segurança pública detalhando as regras, os enquadramentos legais e as sanções para quem desrespeitar a legislação vigente. O documento é parte da campanha “Balão é coisa séria” e está disponível no site da Secretaria.

Manual de orientação às Forças de Segurança Pública para fiscalização de balões não tripulados

balao

Assim como os drones, aeronaves não tripuladas (leia o Drone-Legal), os balões juninos serão restritos durante a realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016. O acesso ao espaço aéreo por esses artefatos não será autorizado, exceto dentro de áreas já estabelecidas e se tiverem autorização prévia do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

Segundo o coordenador-geral de Gestão da Navegação Aérea Civil, Max Dias, a soltura desses balões é considerada crime em várias situações, pois coloca em risco as aeronaves e os aeroportos, dificulta ou até inviabiliza a navegação aérea, conforme estabelecido no artigo nº 261 do Código Penal (Decreto Lei 2.848/1940).

“A soltura de balões mesmo aqueles sem fogo, ditos ecológicos, representa um real perigo para a aviação por manter como principais elementos de sua periculosidade a não controlabilidade, a ausência de visualização pelos radares/controladores de tráfego aéreo e a impossibilidade de interrupção do voo”, pontuou Dias.

Além disso, o coordenador-geral explica que, além de poder afetar a segurança operacional da aviação, esses artefatos podem acarretar mudanças não programadas na malha aérea, impactando a pontualidade de voos e do sistema como um todo, acarretando perdas econômicas significativas e degradando a qualidade dos serviços aos passageiros.

REGULAMENTAÇÃO – Tendo em vista a competência estabelecida, o DECEA criou regulamentação, em conformidade com recomendações da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), para que a soltura de balões livres não tripulados não se configure um risco ou ameaça à navegação aérea, imputando à mesma requisitos e obrigações, de acordo com a Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) 100-12, instrução que regulamenta as Regras do Ar, em seu Anexo B.

ENQUADRAMENTOS LEGAIS – Além da Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9.605) que proíbe a fabricação, a venda, o transporte e a soltura de balões que possam provocar incêndio; e do art. 261 do Código Penal Brasileiro (CP) que trata de crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, o Manual também apresenta outros enquadramentos como: apologia ao crime, dano ao patrimônio, lesão corporal, lesão corporal seguida de morte e lesão corporal culposa.

No caso de apologia ao crime, os responsáveis pela produção de vídeos, compilação e difusão de imagens de soltura de balões de ar quente não tripulados estão sujeitos à pena de detenção de três a seis meses ou multa; ou a associação criminosa (antigo crime de formação de quadrilha). Caso a prática dos crimes decorra em algum dano, como destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, o CP prevê a pena de detenção de um a seis meses ou multa.

Na ocorrência de lesão corporal, a pena pode variar de detenção de três meses a um ano. Caso seja de natureza grave (incapacidade parcial), a reclusão pode ser de até cinco anos; se houver incapacidade permanente, a pena estipulada será de dois a oito anos. Para a lesão que resulte em morte, a pena será de reclusão de quatro a doze anos. Já a lesão corporal culposa, sem intenção, há previsão de pena de detenção de dois meses a um ano.

Fonte: Assessoria de Imprensa, Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.

GTA de Pernambuco faz estudo de viabilidade para uso de VANTs

Pernambuco – Conhecidos popularmente como Drones, os veículos aéreos não tripulados – VANT podem ser utilizados em diversos fins, como: monitoramento de linha de gás, monitoramento patrimonial, monitoramento de trânsito, avaliação de catástrofes naturais, plataforma de desenvolvimento de Sistemas, segurança pública, suporte aéreo para busca e salvamento, repetidor de telecomunicações, vigilância marítima, aérea e terrestre, ferramenta de inteligência e ferramenta de comando e controle (C2) .

GTA de Pernambuco faz estudo de viabilidade para uso de VANTs

Eles estão sendo sendo testados pelo SARP (Setor de Aeronaves Remotamente Pilotadas) do Grupamento Tático Aéreo – GTA.

O Protótipo utilizado foi montado com recursos próprios ( apenas para testes ) e utilizou uma controladora ” Open Source ” ( Código Aberto ) que viabiliza programação de recursos específicos avançados : Voo autônomo com demarcação de rota pré-definida , ” Follow me ” , ” Point of Interest ” , dentre outros , podendo ser gerenciados por Softwares e Aplicativos (Android) instalados.

GTA de Pernambuco faz estudo de viabilidade para uso de VANTs

Isso tudo faz parte de um Programa que visa aprimorar a segurança das Operações Policiais ( Plataforma de Observação ) , Resgate e Salvamento, etc.

“Os VANTS , que já são utilizados em vários Órgãos de Segurança, Defesa Civil, Bombeiros etc, no Brasil e no mundo, são excelentes ferramentas de apoio em diversas aplicações, trazendo maior segurança operacional a baixos custos. Outros modelos como Inspire 1 e Phantom também estão sendo testados até chegarmos a um modelo ideal que possa cumprir Missões ISR ( Reconhecimento , Vigilância e Inteligência) de curta duração a baixas altitudes”, disse o Ag. PC Francisco Augusto , Gestor da SARP.

GTA de Pernambuco faz estudo de viabilidade para uso de VANTs

Assessoria de Imprensa GTA-PE.

DECEA aprova acordo operacional entre o SRPV-SP e o Corpo de Bombeiros do RJ para uso de Drones

Rio de Janeiro – O Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP) e o Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (CBMRJ) assinaram, no dia 21 de julho, uma Carta de Acordo Operacional (CAOP) para acesso ao espaço aéreo por aeronaves remotamente pilotadas (RPA).

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que é o regulador dessas atividades, aprovou a CAOP que será denominada como Circular de Controle do Espaço Aéreo (CIRCEA 100-74), a qual flexibiliza o acesso ao espaço aéreo para as operações de RPAS do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro.

dronerio

O Acordo visa padronizar os procedimentos de uso dos RPAS pelo CBMERJ em prol da sociedade do Estado do Rio de Janeiro.

A partir de agora, o CBMRJ pode utilizar – com mais agilidade e segurança às suas operações – as RPA em missões em que haja urgência ou emergência na salvaguarda da vida humana ou na incolumidade do patrimônio público ou privado.

O Coronel Bombeiro Ronaldo Jorge Brito de Alcântara, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro e secretário de Estado de Defesa Civil, afirmou que a instituição tem muita necessidade de operar RPA em suas missões e que, com o Acordo, vai atender a todas as legislações da FAB. “Somos a primeira instituição do poder público estadual a assinar esse acordo, o que nos torna orgulhosos, principalmente porque estamos às vésperas das Olimpíadas, quando poderemos precisar da utilização de RPA, permitindo que haja um tempo de resposta muito maior. Assim, turistas, atletas e a sociedade em geral serão atendidos da melhor maneira pelo CBMERJ”.

O Brigadeiro do Ar Luiz Ricardo de Souza Nascimento, chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, que assinou a aprovação da CAOP, afirmou que considera o evento um marco e parabenizou o corpo técnico pela coordenação do Acordo, que precisou de diversas reuniões para atender às necessidades do Corpo de Bombeiros, de acordo com as Normas previstas na legislação. “É um documento dinâmico, muito bem elaborado pelo Comitê RPAS. Vamos começar a operar de acordo com o descrito no documento, mas o dia a dia vai nos mostrar as necessidades que precisam ser ajustadas. Queremos fazer o melhor para as duas instituições” – afirmou o Brigadeiro.

As operações de RPAS pelo CBMERJ deverão ser realizadas exclusivamente nas operações em atendimento de urgência/emergência à salvaguarda da vida humana e do patrimônio, devendo ser exclusivamente conduzidas por militares habilitados, durante o serviço, conforme preconizado em Boletim Interno da Organização.

Na estruturação da operação RPAS, o CBMERJ deverá prover treinamento adequado aos militares envolvidos, habilitando-os a operarem o RPAS de forma segura, conscientizando-os dos possíveis riscos à navegação aérea, dentre outras atividades, como informar ao SRPV-SP os dados referentes aos operadores RPAS pertencentes ao CBMERJ.

Deverá, ainda, difundir aos operadores RPAS a necessidade de portar, durante as operações, as cartas visuais das Rotas Especiais de Helicópteros (REH) e Rotas Especiais de Aeronaves (REA) e carta do Corredor Visual Niterói, pertencentes à Terminal do Rio de Janeiro.

A partir de agora, o CBMERJ deverá informar os órgãos ATS responsáveis pelo espaço aéreo pretendido, fornecendo-os as informações referentes à operação a ser realizada, antes de iniciar a operação do RPAS.

IMG-20160721-WA0070

De acordo com o Coronel Aviador Eduardo Wanderley Mano Sanches, chefe do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV-SP), o DECEA vai prestar o Serviço de Informação de Voo e o Serviço de Alerta às aeronaves, de que se tenha conhecimento, próximas à área de operação do RPAS do CBMERJ.

O Acordo visa facilitar o emprego de RPA na missão do CBMRJ e permitirá uma celeridade nessas ações, inclusive nos Jogos Olímpicos, já que o Corpo de Bombeiros foi treinado e capacitado intensamente para responder, caso necessário, à demandas futuras. Por isso foi oportuno que o Acordo tenha sido assinado antes dos Jogos.

O Acordo é um marco para o DECEA, pois é o primeiro firmado com uma instituição de segurança pública estadual. Na área federal, o DECEA tem um acordo com o Departamento de Polícia Federal para a operação de RPAS (de grande porte) para vigilância da fronteira.

Acordo de VANT do DECEA com o CBMERJ

DECEA, por Daisy Meireles e CBMERJ.
Fotos: Fábio Maciel – ASCOM/DECEA.

IACIT faz demonstração de sistema bloqueador de drones adquirido pelo Exército

São Paulo – No dia 21 de Julho, no estádio municipal Martins Pereira, em São José dos Campos, interior de São Paulo, a empresa IACIT realizou demonstração de seu sistema de contramedida eletrônica (JAMMER) que, dentre outras aplicações, impede o voo de VANT`s e drones. O equipamento SCE 0100 é um produto 100% nacional. O sistema pode ser configurado conforme sua necessidade de cobertura, de frequência, potência de saída e formas de onda de sinais.

IACIT faz demonstração de equipamento anti drone adquirido pelo Exército
Foto: Eduardo Beni.

Foram utilizados diversos drones na demonstração, eles decolavam e realizavam seus sobrevoos, quando o equipamento de contramedida era acionado, os drones retornavam ao ponto de origem.

Quando há falha de comunicação, os drones possuem sistema automático de retorno ao ponto de origem ou pouso no local. Se ele não possuir esse sistema, o equipamento vai cair.

Um pouco mais sobre o JAMMER

Esse equipamento pode ser operado em qualquer local e permite bloquear ou interferir comunicações de Drones/SARP, Celulares, RCIED (dispositivos explosivos) e outros dispositivos que utilizem sinais de rádio frequência para comunicação.

Pode ser configurada uma ampla faixa de frequências de operação, compreendidas entre 20 MHz a 6 GHz e trabalha com potências de saída de 1W, 10W, 50W e 100W por canal (possui 6 canais). A fonte de energia do equipamento pode utilizar a rede elétrica, gerador ou bateria.

Além disso, nesse equipamento podem ser instaladas antenas em diversas configurações, ou no topo de estruturas ou em mastros portáteis.  A solução é composta por câmeras de vigilância, sensores de velocidade (radar) e sensores acústicos. As câmeras instaladas são fixas. Os pontos de fixação são definidos pelo operador e possuem sensor de movimento e infravermelho.

Todos os equipamentos trabalham integrados e se o JAMMER estiver acionado, o drone não vai nem chegar perto, seu celular ou rádio não vão funcionar e um artefato explosivo com sistema eletrônico pode ser desarmado. (saiba mais)

IACIT faz demonstração de equipamento anti drone adquirido pelo Exército. Foto: Eduardo Beni.
IACIT faz demonstração de equipamento anti drone adquirido pelo Exército. Foto: Eduardo Beni.

A aquisição dos equipamentos pelo Exército

A aquisição deste equipamento foi motivada pelo 1º Batalhão de Guerra Eletrônica (1º BGE), unidade que integra o Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX). (Pregão – 01/2016, Uasg: 160528)

O Pregão foi realizado em março de 2016 e prevê a possibilidade de compra de 08 sistemas interferidores, com capacidade de bloqueio de SARP/Drones e um treinamento. O processo licitatório foi realizado através de pregão eletrônico para registro de preços e a empresa IACIT Soluções Tecnológicas S.A. foi a vencedora do certame.

No início de junho, o Exército efetivou a compra de cinco equipamentos. Cada um saiu por R$ 448.228,50, totalizando R$ 2.241.142,50. O treinamento custou R$ 15.000,00. Eles serão utilizados nos Jogos Olímpicos e poderão ser instalados em qualquer lugar.

Se quiser saber mais sobre o equipamento e sobre a aquisição acesse o EDITAL de licitação.

IACIT faz demonstração de equipamento anti drone adquirido pelo Exército. Foto: Eduardo Beni.
IACIT faz demonstração de equipamento anti drone adquirido pelo Exército. Foto: Eduardo Beni.
YouTube player

Texto e fotos: Eduardo Beni, Piloto Policial.

Segurança Pública participa do lançamento do VANT “Caçador” da Avionics Services

São Paulo – A empresa Avionics Services realizou o lançamento oficial do veículo aéreo não tripulado (VANT) “Caçador”, classe 4, no dia 30 de junho. O evento foi realizado no hangar da empresa no aeródromo municipal de Botucatu, interior do Estado de São Paulo.

VANT “Caçador”. Foto: Roberto Caiafa

Durante a apresentação das capacidades do projeto, destaque para o grande potencial em Missões táticas de inteligência pelas forças armadas, segurança pública, defesa civil, policiamento ambiental e agro negócio. O VANT “Caçador” é baseado no VANT Heron-1 (modelo da família Heron), desenvolvido pela empresa Israel Aerospace Industries (IAI). O tipo já se encontra em uso no Brasil há mais de 5 anos, sendo operado pelo Departamento de Policia Federal.

Todo suporte de manutenção e serviços é realizado pela própria Avionics no Brasil, o que favorece o pós-venda. O programa abre boas possibilidades de negócios nacionais e internacionais. Segundo João Vernini, presidente da Avionics, o mercado interno pode absorver de 15 a 20 sistemas até 2021 e para o mercado externo projeta vendas de 20 a 30 unidades no mesmo período de cinco anos.

Há 3 anos, a IAI e a Avionics Services trabalham em conjunto para estabelecer uma base industrial brasileira consistente no mercado de sistemas não tripulados. O processo incluiu transferência de tecnologia para garantir uma maior independência da indústria nacional e domínio dos complexos e avançados sistemas.

Segurança Pública participa do lançamento do VANT “Caçador”. Foto: Roberto Caiafa

A Segurança Pública participou do evento através da Defesa Civil do Estado, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal. Pela Polícia Militar de São Paulo haviam representantes do Corpo de Bombeiros, Policiamento Ambiental, Grupamento de Radiopatrulha Aérea e Policiamento Territorial. A PM possui uma comissão que está finalizando estudo sobre o uso de VANT nas atividades de policiamento e de bombeiro. O Policiamento Ambiental e territorial já utilizam equipamentos de menor porte e o Corpo de Bombeiros realiza estudos para aquisição.

O VANT é um equipamento que vem sendo testado pela segurança pública. Atualmente são modelos menores, com menor alcance e autonomia, porém, no futuro serão equipamentos, nos seus diversos modelos, que serão muito úteis na área de inteligência, monitoramento, buscas, avaliação de catástrofes, em diversas operações típicas de bombeiro, operações policiais de grande envergadura, como reintegração de posse, rebeliões em presídios, manifestações, etc.

Outro produto que poderá interessar a segurança pública é um VANT da família Panther da IAI, ele é de menor porte e de asa fixa, porém possui três rotores sobre o equipamento que permite a decolagem e pouso na vertical, além de possuir trem de pouso. Por ser de asa fixa e permitir controle no pouso e decolagem, poderá ser um bom diferencial para operações em áreas urbanas.

Após as apresentações das autoridades civis e militares presentes, foi feito um voo inaugural com duração aproximada de 60 minutos. O Caçador sobrevoou a região da cidade de Botucatu e suas estradas, transmitindo as imagens para um telão no interior do hangar. A pilotagem dentro da cabine de controle também foi demonstrada durante o voo.

Pouso do VANT “Caçador”. Foto: Roberto Caiafa

Valores e curiosidades técnicas

Um sistema não tripulado completo é composto por três ARP Caçador, três imageadores aéreos MOSP (torretas giroestabilizadas), uma estação de controle e uma antena de comunicação ponto-a-ponto para cada aeronave. O treinamento de efetivos para esse pacote abrange pelo menos 6 pessoas e pode chegar a 30 milhões de dólares.

Um opcional estratégico é a antena satelital que aumenta de 300km para 1.000km o raio de ação do equipamento. Este recurso deverá estar disponível ao Governo Federal brasileiro após a entrada em serviço do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC).

A estação de controle móvel possui gerador e pode ser ligada a corrente elétrica 110V ou 220V trifásico, o que facilita a instalação. Também dispõe de baterias no-break, para-raios, ar-condicionado e aterramento. Cada cabine pode operar simultaneamente dois aparelhos, que demandam dois pilotos cada um. A estação de controle pode receber ainda um chefe de operações e mais um piloto.

A velocidade de estol do Caçador é de 50kt (um número surpreendente propiciado pelas enormes asas e sua aerodinâmica), e sua velocidade de cruzeiro ideal é de 65Kt, alcançando até 40 horas voadas ininterruptamente até uma altitude de 30.000 pés.

Confira as fotos do evento:

Fotos: Roberto Caiafa e Eduardo Alexandre Beni.

Grupo de Trabalho de VANT da PM de São Paulo participa de reunião com DECEA

No dia 21/06, representantes da Polícia Militar de São Paulo, da Polícia Militar da Bahia e do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro participaram de reunião no Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA, Rio de Janeiro, para tratar sobre regras específicas que possibilitem o uso seguro do espaço aéreo pela forças de segurança.

A Polícia Militar do Estado de São Paulo, no final de 2015, institui um Grupo de Trabalho para estudar o assunto e propor requisitos básicos de utilização desses equipamentos na Corporação e analisar sua viabilidade técnico-jurídica.

decea

Representantes desse Grupo de Trabalho da PM de São Paulo estiveram no DECEA, dentre eles, o Ten Cel PM Paulo, Ten Cel PM Biagioni, Cap PM Terra e Cap PM Leomar. Representando a Polícia Militar da Bahia, o Cap PM Arlindo Bastos e representando o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, o Ten BM Buxbaun.

O Grupo foi recebido pelo Brigadeiro Luiz Ricardo e pelo Cap Av. Habenfeld. Durante a reunião foi feita uma apresentação pelo Cap Av. Habenfeld dos trabalhos na área de aeronaves não tripuladas de responsabilidade do DECEA.

Após a apresentação, ficou ajustado entre os participantes, o estabelecimento de acordos operacionais para o trabalho conjunto e elaboração de normatização específica dos VANTs para uso das forças estaduais de segurança pública e defesa civil do Brasil.

Atualmente, muitos trabalhos científicos e técnicos estão sendo realizados pelas Polícias e Corpos de Bombeiros Militares sobre a importância do uso desses equipamentos na segurança pública e na defesa civil. Com custos operacionais mais baixos apresentam resultados relevantes para a proteção e monitoramento.

Para que haja investimentos nessa área é importante que a normatização aconteça e permita, com segurança, o uso do espaço aéreo, viabilizando o uso dos VANTs na Segurança Pública.

Foto: Divulgação.

A empresa Avionics Services promove lançamento oficial do VANT “Caçador”

No próximo dia 30 de junho, a empresa Avionics Services promove o lançamento oficial do Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) “Caçador”, classe 4. O evento será realizado na Base Operacional da empresa no Aeródromo Municipal de Botucatu – SDBK, interior de São Paulo, a partir das 11h.

Será apresentada uma retrospectiva do projeto, a capacidade do sistema e, o grande potencial para aplicação em Missões táticas de inteligência pelas forças armadas, defesa civil, ambiental e agro business. Para finalizar, será feito um voo de demonstração, com acompanhamento em tempo real, previsto para acontecer por volta das 14h.

O VANT “Caçador” é baseado no VANT Heron-1, com atuação mundial em mais de 50 países, desenvolvido pela empresa Israel Aerospace Industries (IAI) que já está em uso no Brasil há mais de 5 anos, sendo operado pelo Departamento de Policia Federal, com suporte de manutenção da própria Avionics. A aeronave já cumpriu todos os regulamentos e obteve todas as permissões exigidas pelas autoridades governamentais brasileiras e será o único VANT classe 4 nacional.

Dentre as características, o Caçador é um VANT de média altitude e longa duração, capaz de voar mais de 40 horas, a uma altitude de até 30.000 pés e Raio de ação de 1000km. O peso máximo de decolagem do VANT é de 1.270kg, que lhe permite transportar múltiplas cargas úteis simultaneamente a fim de executar uma variedade de missões. Além disso, o Caçador inclui um canal de comunicação por satélite em banda larga para permitir que um raio de ação de mais de 1.000 km de sua estação de comando e controle – uma capacidade de grande valor, especialmente em países extensos como o Brasil.

Desde a assinatura de um acordo de cooperação há 3 anos, a IAI e a Avionics Services trabalham em conjunto para estabelecer uma forte base industrial brasileira no campo de sistemas não tripulados. O processo incluiu transferência de tecnologia e conhecimento para garantir uma maior independência da indústria brasileira e proficiência dos complexos e avançados sistemas não tripulados.

A Avionics Services estabeleceu profissionalmente a infraestrutura necessária no Aeródromo de Botucatu para se tornar um centro de excelência para sistemas aéreos não tripulados desse porte.

cacador

Lançamento VANT Caçador

Data: 30 de junho, a partir das 11h.

Local: Hangar Avionics no Aeródromo Municipal de Botucatu (SDBK), Av. Alcides Cagliare, 2.283A.

Confirmação de presença: (11) 5031-2801 ou talissa@avionics.com.br.

DroneShow 2016 movimentou o mercado e recebeu mais de 3.200 participantes

Exposição de VANT – Veículos Aéreos Não Tripulados – que aconteceu de 10 a 12 de maio na capital paulista mostrou o que há de mais avançado no Brasil e no mundo. O evento reuniu 3.200 participantes, 120 palestrantes em 36 seminários, cursos e fóruns, distribuídos em 102 horas de atividades. A feira reuniu 52 expositores e 102 marcas brasileiras e internacionais.

O mercado global pode chegar a 127 bilhões de dólares. Os números ainda são desencontrados quando se fala de Drones ao redor do mundo. Nos EUA, mais de 300 mil drones foram registrados em apenas 30 dias, quando começou a obrigatoriedade do cadastramento dessas aeronaves no fim de 2015.

A empresa PwC divulgou recentemente uma estimativa de 127 bilhões de dólares em aplicações comerciais para o mercado global de Drones. Segundo o relatório Clarity from above, da PwC, o setor que mais demanda esta tecnologia é o de infraestrutura (US$ 45,2 bi), seguido de agricultura (US$ 32,4 bi), transportes (US$ 13 bi), segurança (US$ 10,5 bi), entretenimento (US$ 8,8 bi), seguros (US$ 6,8 bi), telecomunicações (US$ 6,3 bi) e mineração (US$ 4,3 bi).

Já no Brasil, um levantamento mostra que 42 milhões de reais foram movimentados a partir da feira DroneShow, que aconteceu no início de maio em São Paulo (SP).

“O levantamento foi feito entre os dias 13 a 25 de maio, logo após o evento, através de pesquisa com os expositores, que informaram o total de vendas realizadas diretamente na feira e fizeram um projeção de fechamento de negócios iniciados no evento e que serão concretizados nos próximos meses”, explica Emerson Granemann, idealizador da DroneShow e CEO do grupo MundoGEO, promotor do evento.

Foto: Eduardo Alexandre Beni

A 2ª edição do DroneShow LatinAmerica, que aconteceu de 10 a 12 de maio em São Paulo (SP), teve um crescimento de 50% de expositores em relação à edição anterior, com mais de 100 marcas brasileiras e internacionais na feira e a participação de 3.200 profissionais de todos os estados brasileiros e de vários outros países, como Argentina, Peru, Colômbia, Bolívia, Uruguai, Paraguai, EUA, entre outros.

Participou do evento a Black Bee Drones, primeira equipe acadêmica de drones inteligentes para competições no Brasil.   A equipe é formada por alunos de diversos cursos da Universidade de Itajubá – Minas Gerais, entre eles os cursos de Engenharia Mecânica, Mecânica Aeronáutica, Elétrica, Eletrônica, Ambiental, de Produção, de Controle e Automação e de Computação, além dos cursos de Administração, Ciência da Computação e Sistemas da Informação. As empresas Helibras, TecnoLife´s e Speaking são patrocinadoras da equipe.

Foto: Eduardo Alexandre Beni

Em menos de um ano de criação da equipe Black Bee Drones ela conquistou o terceiro lugar na IMAV Competition (Iternational Micro Air Vehicle) que ocorreu em setembro de 2015 em Aachen, Alemanha.

Além dos negócios que foram gerados na feira, os resultados positivos da pesquisa realizada com os participantes também mostra a aderência à proposta do evento: 95% dos pesquisados aprovaram o evento e 89% pretendem voltar ao evento na edição. Para quem não conseguiu participar presencialmente no evento, será realizado de 14 a 23 de junho o DroneShow Online, com quatro cursos a distância apresentados por alguns dos maiores especialistas do setor.

Segundo o relatório da pesquisa sobre o mercado de Drones Clarity from above, da PwC, que pode ser aplicado também ao Brasil, os setores que mais demandam esta tecnologia são os de infraestrutura, agronegócio, transportes, segurança, entretenimento, seguros, telecomunicações e mineração, fato que foi identificado também no evento DroneShow, através da programação com mais de 100 palestrantes distribuídos por dezenas de atividades, como cursos, debates e seminários.

Foto: Eduardo Alexandre Beni

A próxima edição do DroneShow já está marcada para 9 a 11 de maio de 2017 no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP).

Aplicações x Restrições

As soluções tecnológicas no uso de Drones variam de acordo com as necessidades dos diferentes setores, pois vão desde o fornecimento de dados em tempo real sobre o andamento de uma grande obra até a resposta a uma emergência em um local de difícil acesso, passando pelo mapeamento de áreas agrícolas.

Com a evolução no uso de Drones, aspectos como a licença para a obtenção e operação do aparelho, restrição de uso do espaço aéreo, treinamento dos pilotos, além da coleta, processamento e compartilhamento dos dados, entre outros, passaram a demandar respostas urgentes dos órgãos da aviação civil governamentais em todo o mundo.

No Brasil, os Drones devem seguir as regras da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), para os assuntos ligados ao uso de radiofrequências; do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), para as regras sobre as licenças de voo e uso do espaço aéreo em território nacional e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), para questões ligada a certificação e operação de Drones.

Foto: Eduardo Alexandre Beni

Foto: Eduardo Alexandre Beni

Quando as aeronaves teleguiadas substituirão os pilotos de helicóptero da polícia? PARTE II

Seguindo com o custo-benefício de operar aeronaves teleguiadas sem piloto. 

Colocar uma aeronave teleguiada no céu por longos períodos é uma tática de guerra. Se formos discutir a substituição dos helicópteros tripulados por aeronaves não tripuladas, então acredito que precisamos ter a mesma base de comparação.

Vamos dar uma olhada rápida no que é necessário fazer para operar a aeronave teleguiada mais básica sobre um território hostil.

teleg3
A MQ-1 Predator Drone é uma aeronave teleguiada com motor a pistão e com um custo por unidade de, aproximadamente, US$5 milhões.

A primeira coisa que é preciso deixar claro é que o Predator Drone cai do céu com uma certa frequência por várias razões, mas quase nunca devido à ação do inimigo. Ouvi dizer que o MQ-1 Predator não possui sistemas redundantes a bordo. Isto é, se o computador sofre um despejo de memória e reinicia-se, essa aeronave em particular acabará em apuros. A informação abaixo retirada da Wikipédia parece confirmar isto.

Leia também:

Mas, observe que apesar da discussão parecer cair sob o argumento da segurança ela também usa o argumento do custo-benefício, como você verá. Fazer uma aeronave teleguiada não tripulada com inúmeros sistemas redundantes é caro.

“No ínicio da campanha militar dos Estados Unidos no Afeganistão, em 2001, a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) tinha adquirido 60 Predators e disse que havia perdido 20 deles em ação. Poucas dessas perdas ocorreram devido à ação inimiga, o problema maior, ao que parece, foi o mal tempo e as condições bastante frias. Apenas alguns dos Predators da USAF receberam sistemas de degelo, junto com um motor turboalimentado avançado, e aviônicos melhorados.

Em março de 2009, a USAF possuía 195 MQ-1 Predators e 28 MQ-9 Reapers em operação. Os Predators e Reapers dispararam mísseis 224 vezes no Iraque e Afeganistão entre 2007 e 2008. Um relatório de março de 2009 revelou que as Forças Aéreas dos EUA haviam perdido 70 Predators em acidentes aéreos durante a sua história operacional. Cinquenta e cinco foram perdidos devido a falhas de equipamento, erros de operação ou condições climáticas. Quatro foram abatidos na Bósnia, em Kosovo ou no Iraque. E onze foram perdidos devido a acidentes operacionais em missões de combate. Em 2012, o Predator, Reaper e Global Hawk foram classificados como “… as aeronaves mais propensas a acidentes na frota da Força Aérea.”

Aqui é onde entraremos na parte do custo-benefício

Então, qual é o preço atual de uma única aeronave teleguiada MQ-1 Predator? A mais básica, com motor a pistão que a General Atomics fabrica, custa entre US$4.5 e 5 milhões. Mas, lembre-se, estamos comparando uma aeronave teleguiada de asa fixa com motor a pistão a um helicóptero da polícia com motor a turbina. Não começamos a comparar ainda helicópteros teleguiados com helicópteros da polícia.

Agora que temos alguma compreensão das fraquezas de algumas aeronaves teleguiadas, e com isso em mente, vamos dar uma olhada no que é preciso fazer para pôr a aeronave teleguiada nos céus de uma zona de combate.

De acordo com um artigo dos EUA de 2012, as aeronaves teleguiadas são, no geral, um pouco mais baratas que as aeronaves de caça.

“Mas, um novo relatório lançado nesta semana pelo Projeto Americano de Segurança [American Security Project] ou ASP, conclui que a maior parte das aeronaves teleguiadas militares são, geralmente, apenas ‘um pouco mais baratas, tanto para adquirir quanto para operar, do que as aeronaves de caça convencionais’.”

“Apesar das alegações contrárias, as aeronaves não tripuladas necessitam de uma grande tripulação: Precisa-se de um piloto remoto, um outro tripulante remoto para operar as valiosas câmeras e ‘como as aeronaves teleguiadas não são operadas individualmente, mas como parte de um sistema composto por várias aeronaves, sensores, controles do solo e conexões por satélite, estima-se que o número do pessoal necessário para operar um Predator Combat Air Patrol (CAP) exceda 80 pessoas’, afirma o relatório. O artigo refere-se às aeronaves não tripuladas Predator que foram usadas no Afeganistão, no Iraque, no Paquistão e, supostamente, no Iêmen. O número de tripulantes necessários para operar frotas de aeronaves teleguiadas compostas por quatro aeronaves podem chegar a 130, conclui ASP.”

Observe que a aeronave teleguiada Predator tem sido sempre vendida em grupos de 4, juntamente com uma estação de controle do solo e equipamentos associados. O valor de US$4.5 e 5 milhões é por unidade e não inclui quaisquer equipamentos associados, como a estação de controle do solo. Ao dividir os números mencionados acima por 4, pode-se ver que ainda seria necessário uma média de 20 a 40 pessoas para operar uma única aeronave teleguiada, pois elas são operadas atualmente em zonas de combate.

Lembre-se também de que o MQ-1 Predator e o seu predecessor, o a MQ-1C Grey Eagle, são as aeronaves teleguiadas militares mais básicas de todas. A próxima aeronave na linha da General Atomics é a MQ-9 Reaper que possui um motor turboélice Honeywell TPE331-10GD com 900 cavalos de potência do eixo. Apesar de estarmos falando ainda sobre as aeronaves teleguiadas de asa fixa, o Reaper nos permite comparar agora as aeronaves teleguiadas de motor a turbina com os helicópteros da polícia também de motor a turbina.

teleg4
Estima-se que a unidade do MQ-9 Reaper com turboélice custe US$16.9 milhões.

Com certeza o Reaper possui um pacote eletrônico mais robusto e versátil para as suas missões de guerra, mas quanto custa o Reaper ? O valor mais recente da unidade de um MQ-9  Reaper está em US$16.9 milhões. É claro que uma versão para a aviação policial civil não precisaria dos sistemas de detecção de armas e tal, portanto o preço sairia um tanto mais barato. Mas, aqueles que pensam que uma aeronave teleguiada capaz de substituir totalmente a tripulação de um helicóptero da polícia será uma solução acessível provavelmente não conduziram uma pesquisa séria sobre este assunto.

O artigo conclui que as aeronaves teleguiadas possuem uma “tendência maior para acidentes” do que as aeronaves de guerra pilotadas. Lá vem o fator de segurança mais uma vez.

Então, vamos voltar às duas primeiras perguntas do início desta seção. Qual é a finalidade de substituir as tripulações dos helicópteros da polícia? Estabelecemos que não há uma necessidade real de substituir as tripulações por conta dos ambientes hostis.

O único motivo, na minha opinião, que somos deixados a levar em consideração pela substituição da tripulação dos helicópteros da polícia seria para “matar o tempo sobre uma cidade”. Acredito que mostramos que a combinação das preocupações referentes à segurança (por agora) e dos custos de tentar matar o tempo com aeronaves teleguiadas em zonas de combate e de tentar matar o tempo sobre uma cidade povoada, é proibitiva tanto do ponto de vista dos custos quanto da segurança. Já respondemos as nossas duas primeiras perguntas então, certo?

Leia também:

Fonte: Police Helicopter Pilot/ Reportagem: Darryl Kimball

Corpo de Bombeiros participa de testes de equipamento de segurança da Rio 2016

Rio de Janeiro – A Coordenadoria de Veículos Aéreos Não Tripulados (COVANT) do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) participou, entre os dias 23 e 24 de maio, de testes de sistema de bloqueio de sinal a possíveis drones que possam entrar no espaço aéreo durante os Jogos Rio 2016.

O treinamento aconteceu na Escola de Equitação do Exército, no Rio de Janeiro, e contou também com a participação da Aeronáutica, da Marinha, da Associação Brasileira de Multirrotores, dentre outros representantes de entidades públicas, de empresas nacionais e americanas, além do Exército Brasileiro.

vantbomb

O sistema de defesa contra drones cria uma espécie de “redoma de proteção” em torno dos locais de competições e das áreas que serão consideradas restritas. No momento em que o veículo não tripulado entra nesta área protegida, ele perde o contato com seu rádio transmissor, entrado em modo de segurança e pousando.

Outra ferramenta que será utilizada é um software que tem a finalidade de monitorar os drones em operação dentro de um determinado espaço aéreo, identificando, assim, aqueles que não estão autorizados a operar.

– Os drones, mundialmente, estão sendo empregados em diversas finalidades e, infelizmente, para algumas mal-intencionadas. Nosso país será o centro das atenções durante as Olimpíadas, principalmente o Rio de Janeiro. Então, temos que nos preparar para qualquer tipo de ameaça – ressaltou o coordenador da COVANT, tenente-coronel Rodrigo Bastos.

CBMERJ.

Defesa Civil do Estado do Pará testa uso de drone para monitorar erosão em Mosqueiro

Pará – No dia 06/05, a Defesa Civil do Estado esteve em Mosqueiro, juntamente com a Defesa Civil Municipal, para monitorar a erosão na orla do distrito. “No ano passado, constatamos junto com a Defesa Civil do município, uma expansão de dez metros da parte erodida. Vamos ver a situação agora, depois do resultado da análise”, explicou a major Ciléa Mesquita, chefe de departamento de apoio à comunidade da Defesa Civil do Pará.

Assim como em Mosqueiro, a Defesa Civil do Estado vem acompanhando o processo de erosão em outras orlas, como Ajuruteua, em Bragança, e Marapanim, ambas no nordeste paraense. O trabalho conjunto com o município, Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Superintendência de Patrimônio da União (SPU), Ministério Público Federal e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) tem como objetivo, principalmente, a conscientização da população local.

dronedcivil

As fortes chuvas intensificaram os processos erosivos em vários municípios do Pará, aumentando os riscos de alagamentos, enxurradas, inundações e desabamentos. Entre as ações de monitoramento da Defesa Civil, está a emissão diária de boletins climáticos, indicando a tábua de maré e a previsão do tempo, mantendo sempre em estado de alerta as defesas civis das cidades.

Testes – O monitoramento da área atingida pela erosão em Mosqueiro foi feito com a ajuda de um drone. O veículo aéreo não tripulado sobrevoou a orla do distrito para captar imagens e vídeos da situação da área. O material servirá para a conclusão de um relatório sobre as condições locais. Muito usados pelo Exército, Marinha e pela força aérea americana, os drones se tornaram mais populares e mais acessíveis no sentido de que a própria população pode hoje adquirir um equipamento.

O drone pode voar cerca 800 metros de altura e de distância, podendo filmar entre uma hora e uma hora e meia, com um tempo de bateria de 15 minutos. A major Ciléa acredita que a tecnologia vem para ajudar o Corpo de Bombeiros a equipar-se de forma moderna, garantindo resultados mais eficazes nas operações. “Ao monitorarmos a erosão em Mosqueiro, por exemplo, levamos em média dois dias percorrendo toda a extensão litorânea e necessitando de vários agentes. Com o drone, em um dia obtemos toda a informação necessária, podendo finalizar o quanto antes o relatório final”, ponderou. O equipamento poderá ajudar em outras frentes de trabalho também, como em situações de afogamento, controle das praias no mês de julho e monitoramento de incêndios.

YouTube player

Agência Pará, por Bianca Teixeira.

Drone Legal – Guia de fiscalização da operação de VANTs pelas Forças de Segurança Pública

No Brasil, as regras para operação das aeronaves não tripuladas, popularmente conhecidas como drones, estão dentro das regulamentações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), responsável por prover, regular e fiscalizar o acesso ao espaço aéreo; da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), responsável pelo equipamento e pessoal; da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), responsável por administrar e fiscalizar o uso das radiofrequências utilizadas para o controle e operação dessas aeronaves.

Em alguns casos específicos, devem ainda ser respeitadas as regras publicadas pelo Ministério da Defesa.

guiavant

Com o objetivo de orientar e apoiar as ações de fiscalização da operação das aeronaves não tripuladas pelas Forças de Segurança Pública (Clique e leia o guia), foi desenvolvido um Guia que contém informações sobre a documentação necessária para a operação regular dos drones, detalhes técnicos, orientações para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, entre outros.

A inobservância do disposto nas regras vigentes pode constituir infração ao disposto nos artigos 33 e 35 do Decreto-Lei 3688/41 (Contravenção Penal) ou no artigo 261 e outros do Decreto-Lei 2848/40 (Código Penal).

Esta iniciativa é parte de um conjunto de ações em desenvolvimento por um Grupo de Trabalho interministerial criado em 2015 que busca consolidar o marco legal sobre o assunto por meio da atualização das regras, conscientização dos operadores deste tipo de aeronave dos seus direitos e deveres através de campanhas e educativas, desenvolvimento de ações de fiscalização e apoio ao uso seguro e harmonizado no espaço aéreo brasileiro.

YouTube player

Os desafios da regulação e do seguro para drones

Os veículos aéreos não tripulados (vants), ou drones, como são mais conhecidos, podem possuir diferentes tamanhos, formas e preços, sendo utilizados para segurança, combate, mapeamento aéreo, resgate, agricultura, comércio e até recreação.

Silenciosos, leves e fáceis de usar, essas pequenas aeronaves, devido à versatilidade e preço acessível, multiplicam-se pelo mundo, impondo desafios regulatórios para sua operação com segurança e abrindo um grande mercado em potencial para o setor segurador.

E para falar sobre o tema durante o 5º Encontro de Resseguro do Mercado Segurador, foi realizado um painel específico com a participação do vice-presidente e gerente de Aviação da seguradora especializada em seguro de aviação XL Catlin, Tony Trost, e Sanny Leite, da Chubb.

Abordando a regulação, Tony afirmou que esta precisa considerar questões como segurança e privacidade, bem como o treinamento adequado para a operação dos equipamentos. “Um dos grandes riscos é o da colisão com aeronaves convencionais e acredito que não levará muito tempo para testemunharmos um grave acidente”, afirmou ele, lembrando que o custo só para se retirar uma turbina de um avião para avaliação de avaria gira em torno de 340 mil dólares.

Mas enquanto Austrália e Japão já têm um conjunto de regras mais ou menos consistente, Brasil e EUA ainda precisam avançar. De um modo geral, os drones de maior porte são regulados como aeronaves convencionais, assim como seus seguros são realizados utilizando-se a mesma lógica, diferentemente das aeronaves recreativas e de menos porte, que sem encaixam em apólices de responsabilidade geral.

Ainda sobre o seguro para drones, o executivo disse que a subscrição precisa considerar questões como riscos cibernéticos, habilidade do operador, atributos da aeronave, sistemas de controle, ambiente regulatório e local de operação, necessitando, assim, de muita cautela por parte do subscritor. Por outro lado, afirmou, trata-se de um mercado com incrível potencial de crescimento, que dobrou de 2014 para 2015 e com expectativa de dobrar novamente em 2016.

drone-2

Mas esse rápido crescimento ainda não é suficiente para que se ganhe muito dinheiro, já que a maioria dos seguros é para aeronaves baratas, de pequeno porte, com prêmios também pequenos. “Mas esse é um processo de aprendizagem para, futuramente, abarcar o mercado de drones profissionais”, afirmou.

No Brasil, é a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a responsável pela regulamentação, tendo divulgado em 2015 proposta de norma em que, para operações civis, o piloto deve ser maior de 18 anos e contratar um seguro com cobertura de danos a terceiros. Já os órgãos de segurança pública e defesa civil poderão operar aeronaves guiadas a distância em qualquer área sob sua responsabilidade, também necessitando de seguro com cobertura de danos a terceiros.

Mas, apesar do incentivo à contratação de seguro na proposta de norma da Anac, segundo Sanny, a inexistência de norma já publicada é uma das razões para que muitas seguradoras ainda não tenham entrado nesse mercado, “apesar da procura que tem aumentado muito”, afirmou a executiva da Chubb.

Fonte: SEGS

Certificação e Autorização para voo de VANT

Capitão PM ALEX COSCHITZ TERRA

Um projeto piloto desenvolvido pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, denominado Projeto Sombra, está abrindo novas fronteiras para a aviação não tripulada no âmbito da Segurança Pública.

O projeto consiste no emprego de RPAS (Remotely Piloted Aircraft Systems ou Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada) de asa rotativa, com o propósito de racionalizar o emprego de meios em ações policiais, de forma a prover maior segurança às equipes em solo e obter material suficiente para melhor subsidiar a adoção de medidas relacionadas às questões de Ordem Pública e Defesa Civil.

Em utilização desde Novembro de 2015, o sistema provou ser extremamente eficaz em ações emergenciais, em razão de sua portabilidade, possível em virtude da acoplagem de todos os seus componentes em uma maleta, a qual permanece disponível constantemente em viatura policial. Também já houve demonstração de eficácia em operações planejadas, dada a capacidade de programação do itinerário da aeronave por Waypoints.

WP_20160328_11_48_58_Pro

Atualmente, o RPAS está sendo empregado nos municípios abrangidos pelo 27º Batalhão de Policia Militar do Interior, com sede em Jaú/SP, tendo demonstrado, nos primeiros meses de operação, brilhante desempenho, destacando-se pela mobilidade, dimensão e maneabilidade nas diversas situações em que foi utilizado: varredura em mata, cobertura de operações em cumprimento de Mandados de Busca e Apreensão, identificação de potenciais focos de dengue inacessíveis às equipes de saúde, busca de pessoa desaparecida entre outras.

As ações realizadas demostram crescente sedimentação de doutrina no emprego do equipamento, sendo notado aumento da demanda na medida em que o RPAS vem apresentando resultados satisfatórios e se firmando como importante ferramenta de apoio ao policiamento ostensivo.

Para galgar o atual patamar, diversos meses de preparação foram necessários, tanto no aspecto técnico em termos de preparação de operadores, Hardware e Software, como também na formalização junto às agências reguladoras e na própria Polícia Militar do Estado de São Paulo.

vant

Alguns paradigmas decorrentes da existência de instruções provisórias dificultaram o processo, mas foram tecnicamente tratados para demonstrar a funcionalidade do sistema e a capacidade técnica das equipes envolvidas em sua operação, gerando, dessa forma, a confiança necessária a quem estava analisando a aprovação do projeto.

Destaca-se, nesse processo, a obtenção de certificação junto à Agência Nacional de Aviação Civil por meio do Certificado de Autorização de Voo Experimental (CAVE), que foi complementado a fim de permitir a operação do RPAS em áreas urbanas, mediante análise da Superintendência de Padrões Operacionais da ANAC, impondo-se as devidas limitações operacionais ao emprego do equipamento.

Com base na documentação obtida, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), subordinado à Força Aérea Brasileira, emitiu autorização para voo sob o controle do CINDACTA II, já renovada com base na ICA 100-40.

Outro requisito ao projeto envolveu a aquisição de Seguro de Responsabilidade do Explorador e Transportador Aéreo (RETA) visando cobertura de lesões e/ou danos causados a terceiros, de acordo com Art. 178, § 1º, da Lei nº 7565, de 19DEZ86 (Código Brasileiro de Aeronáutica).

O Projeto Sombra apresenta-se como uma alavanca capaz de impulsionar o desenvolvimento de novos projetos na área de Segurança Pública.

Provenientes de parcerias ou mesmo de investimentos com previsão orçamentária, muitos serviços públicos poderão ser beneficiados com mais essa ferramenta tecnológica que está surgindo, exigindo-se, porém, muita seriedade e responsabilidade dos profissionais que pretendem direcionar esforços nesse sentido, a fim de não adotar procedimentos que, de alguma forma, venham a comprometer a segurança de voo e, consequentemente, criar barreiras que possam inviabilizar a estruturação do emprego de Veículos Aéreos Não Tripulados no Brasil.

WP_20160328_11_51_17_Pro


Autor : Capitão PM Alex Coschitz Terra, da Polícia Militar do Estado de São Paulo, formado na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, São Paulo/SP, 1997; graduado em Educação Física pela Fundação Barra Bonita de Ensino, Barra Bonita/SP, 2004; especializado em Operações de Controle de Distúrbios Civis pelo 3º Batalhão de Polícia de Choque (São Paulo, 2000), Times Táticos pelo Grupo de Ações Táticas Especial da PMMG (Belo Horizonte/MG), Policiamento de Força Tática pelo 1º Batalhão de Polícia de Choque (São Paulo, 2004), Instrutor de Tiro Defensivo na Preservação da Vida (São Paulo, 2005); serviu no 1º Batalhão de Polícia de Choque (“Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar” – ROTA), na Operação de Paz das Nações Unidas no Timor-Leste (UNMIT) e está lotado atualmente no 27º Batalhão de Polícia Militar do Interior (Jaú/SP).


Drone é apreendido em São José dos Campos

São Paulo – Em 19 de abril de 2016, por volta das 17:30h, o COPOM de São José dos Campos, interior de São Paulo,  irradiou ocorrência de averiguação de um drone sobrevoando as imediações do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), na área do circuito de tráfego da BRPAe de SJC (Base de Radiopatrulha Aérea de São José dos Campos) e nas proximidades do aeroporto de São José dos Campos.

M2

Imediatamente uma viatura deslocou-se em patrulhamento e localizou um cidadão, próximo à Rod. Pres. Dutra, operando por controle remoto o drone alvo da comunicação, que ainda estava voando.

O operador foi abordado e orientado a pousar o equipamento. Na sequência solicitou-se o CAVE (Certificado de Autorização de Voo Experimental), exigido pela ANAC (Agência de Aviação Civil) por meio da Instrução Suplementar – IS n° 21-002, bem como a autorização para uso do espaço aéreo, exigida pelo DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), por meio da Instrução do Comando da Aeronáutica – ICA 100-40, e verificou-se não possuir nenhuma das documentações exigidas.

Indagado a respeito, informou que trabalha com produção de imagens, fotos e vídeos, e que estava gravando para edição de um comercial para um cliente local.

M3

Como não apresentou as documentações exigidas, e estava operando na área de circuito de tráfego da BRPAe SJC, bem como nas proximidades da pista do aeroporto de São José dos Campos, foi conduzido ao 1º DP.

Foi elaborado o Boletim de Ocorrência com base no art 261 do Código Penal Brasileiro – “Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea”, bem como realizada a apreensão do drone.

DroneShow promove ciclo de cursos, seminários e debates

Organizada pela MundoGeo, a DroneShow Latin America, feira que reúne mais de 100 marcas de fabricantes nacionais, importadores, prestadores de serviço e soluções para o segmento de DRONES, trará uma programação intensa com cursos, seminários e debates sobre o tema. Com público estimado em quatro mil participantes, o evento acontece no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, entre os dias 10 e 12 de maio.

Drone-Show-241

Confira a programação:

DroneShow Latin America
Data: 10 a 12 de maio
Horário: sexta das 9h às 20h
Local: Centro de Convenções Frei Caneca
Endereço: R. Frei Caneca, 569 – Consolação, São Paulo – SP

10/05 – terça-feira

Debates – 9h às 10h30 – Regulamentação do uso de DRONES

Com a participação da ANAC – Agência Nacional da Aviação Civil e do DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo o debate discutirá questões ligadas à regulamentação do uso de drones no Brasil. O foco do debate terá como tema a questão da segurança do espaço aéreo, das pessoas e do patrimônio, credenciamento de pilotos e homologação dos equipamentos nacionais e importados, entre outras questões.

Debates – 18h30 às 20h – Regulamentação com a ANAC E DECEA

Os participantes deste painel terão a oportunidade de apresentar e discutir junto aos representantes da ANAC e DECEA dúvidas relacionadas às operações com drones de acordo com a legislação vigente no Brasil.

Seminário – 11h às 17h30 – Segurança e defesa com Drones

A proposta do seminário é apresentar as aplicações potenciais dos drones em segurança pública e privada e no combate e prevenção de crimes. Neste seminário, as Forças Armadas apresentarão os projetos de monitoramento com drones. A Defesa Civil também estará presente e terá como foco o uso dos drones na prevenção de desastres.

Seminário – 11h às 17h30 – Inteligência embarcada nos Drones

O seminário se propõe a discutir as tecnologias disponíveis para processamento de imagens, navegação e controle dos drones. Temas como a importância do domínio das técnicas de pilotagem e os desafios da robótica e mecatrônoca na fabricação e manutenção dos drones frente às demandas dinâmicas do mercado.

Curso – 11h às 17h30 – Drones: tipos e aplicações

Será apresentado os tipos de drones (multirrotores e de Asa Fixa), além dos tipos de sensores, softwares de navegação e processamento de dados para mapeamento, monitoramento e produção de imagens. O curso abordará as diversas aplicações desta tecnologia, vantagens e limitações de uso comparados aos métodos tradicionais e coleta de dados. Os participantes terão um resumo da nova regulamentação da ANAC e DECEA.

Curso – 11H às 17h30 – Drones para agricultura

Uso de drones em pequenas e médias propriedades com o intuito de melhorar a tomada de decisão estratégica no gerenciamento da produção. Serão apresentados cases de sucesso com resultados reais da utilização do drone como ferramenta de auxílio para monitoramento e inspeção no campo.

11/05 – quarta-feira

Debates – 9h às 10h30 – As novíssimas aplicações dos drones

Além de apresentar novas aplicações profissionais para os drones tanto ao ar livre quanto em espaços indoor, será discutido os desafios tecnológicos, legais e culturais envolvidos e o potencial comercial e social destas novas aplicações.

Seminário – 11 às 17h30 – Mapeamento e engenharia com drones

Apresentação de cases bem-sucedidos com imagens coletadas por drones para produção de mapeamento para diversas aplicações. O seminário discutirá também as etapas de processamento de dados, ganhos de produtividade e a precisão dos levantamentos realizados pelos drones.

Seminário – 11 às 17h30 – Agricultura com drones

Será discutida a questão da aplicação dos drones na gestão agrícola e florestal com soluções em tempo real que melhoram a qualidade e produtividade no campo. Os temas como detecção de pragas e doenças na lavoura. Monitoramento de desmatamentos, limites e nascentes, acompanhamento de gado, vigilância e pulverização serão discutidos amplamente.

Cursos – 11 às 17h30 – Drones para filmagens profissionais

O curso apresentará dicas de como escolher o melhor sistema (drone, sensor, software de processamento das imagens) voltado para o entretenimento, ou seja, eventos musicais, sociais, esportivos, jornalísticos, publicidade e propaganda. Também serão abordados os melhores modelos de negócio para este tipo de prestação de serviço, dicas de pilotagem e de filmagens.

Curso – 11h às 17h30 – Montagem e manutenção de drones

Um curso prático com dicas sobre como montar e fazer a manutenção de drones. Serão apresentados os principais componentes, controles e funções dos drones, além das características técnicas da inteligência embarcada, como sensores, softwares de navegação, links de comunicação, entre outros.

12/05 – quinta-feira

Debates – 9h às 10h30 – Empreendedorismo no setor de drones

A proposta do debate é analisar o potencial do mercado de drones e indicar os modelos de negócios atuais e futuros mais atrativos para os empreendedores. O debate terá a presença de fabricantes, importadores, desenvolvedores e prestadores de serviços no segmento.

Seminários – 11 às 17h30 – Imagens para publicidade e TV com drones

Cases de sucesso com a utilização de drones em eventos sociais, esportivos, musicais e jornalísticos. O seminário trará conteúdo sobre segurança e melhores técnicas para obtenção de imagens aéreas neste segmento de entretenimento, publicidade e propaganda.

Cursos – 11 às 17h30 – Pilotagem de drones

O conteúdo abordará as principais recomendações e cuidados teóricos na pilotagem dos veículos aéreos não tripulados com o objetivo de orientar o profissional a atuar na produção de imagens.

Curso – 11 às 17h30 – Drones para mapeamento

A tecnologia de coleta de dados associada à inteligência embarcada e aos softwares de pós-processamento pode gerar informações para o mapeamento de pequenas e médias áreas. O curso vai apresentar a fotogrametria feita com drones como suporte no mapeamento por meio de câmeras.

inscdrone

Drones são usados para identificar locais e envolvidos na Farra do Boi

Apesar de proibida no Brasil desde 1997, a Farra do Boi é uma prática comum durante a Quaresma no Litoral de Santa Catarina. Este ano, a fiscalização em todo estado conta com o reforço de drones para ajudar a Polícia Militar a identificar os locais dos crimes e os responsáveis.

A maior concentração de ocorrências relacionadas a esta tradição é durante a Semana Santa. Em 2014, foram 356 ocorrências e 19 pessoas detidas em todo o estado. Em 2015, o registro foi de 327 ocorrências e 10 pessoas conduzidas às delegacias, de acordo com a Polícia Militar.

drone1

A diferença entre o número de ocorrências e o de detenção de envolvidos ocorre, principalmente porque as farras costumam ser feitas em locais isolados. Com isso, a polícia tem dificuldade para checar denúncias e dar flagrantes.

“Além de ajudar as patrulhas internas a checar denúncias, coletadas em alta definição, identificar pessoas envolvidas e agregar informações a um processo criminal ou uma punição administrativa pelo crime ambiental que envolve os maus-tratos aos animais”, afirmou o Coronel da Polícia Militar Araújo Gomes.

Animal resgatado

celDois drones foram cedidos pela polícia ambiental. Até agora, as ocorrências atendidas foram através de denúncia, a última delas foi na madrugada desta sexta-feira (25) em Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis.

“Nós chegamos rapidamente, foi uma situação bem tensa, para a população, que agrediu os policiais, mas conseguimos resgatar o animal que estava machucado e coletamos imagens e informações que vão servir de subsídios depois para a punição dos envolvidos”, explicou Gomes.

Devido à chuva forte, por enquanto, nesta sexta-feira (25), os drones não fizeram sobrevoo, mas durante o fim de semana, eles devem ter bastante trabalho pela frente.

“O uso do drone tem limitações operacionais, ventos fortes, chuvas muito intensas, mas ele pode ser utilizado com tempo adverso e à noite”, comentou o coronel.

Fonte: G1.

Polícia do Reino Unido testa Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada

A Polícia do Reino Unido está passando por um processo de testes de seis meses de Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (Remotely-Piloted Aircraft System – RPAS), mais comumente conhecidos como drones ou aeronaves teleguiadas, em Devon, Cornwall e Dorset para ajudar oficiais em diversos tipos de policiamento, incluindo buscas de pessoas desaparecidas e operações de fotografia de cenas de crime.

Iniciado em Novembro do ano passado, a polícia de Devon e Cornwall recorre aos serviços de dois Drones, DJI Inspire 1, equipados com câmeras de alta definição (HD) podendo capturar tanto imagens quanto vídeos.

Devon-and-Cornwall-Police-Inspire-01

Dorset passou por preparações finais extras e iniciou os testes na sua área no fim de novembro. O inspetor Andy Hamilton, que está a frente dos testes, disse:

“Os drones oferecem muitos benefícios que complementam os Helicópteros do Serviço Nacional de Aviação Policial (NPAS). Esta tecnologia oferece uma abordagem de grande custo-benefício para a busca de pessoas desaparecidas, fotografia de cenas de crime e para as respostas a importantes acidentes rodoviários.“

“O uso de drones para a captura de imagens e vídeos de terrenos e áreas de difícil acesso, como penhascos, florestas ou pântanos, para encontrar uma pessoa desaparecida, combater crimes contra a vida selvagem ou até mesmo incidentes com arma de fogo, ajudará os oficiais a obter informações vitais, de forma rápida e segura e nos permitirá ações mais eficazes.”

As regulamentações da Autoridade de Aviação Civil (CAA) afirmam que os operadores de drone devem obter uma qualificação nacional credenciada pelo CAA.

Atualmente, a Autoridade possui três operadores treinados para o processo de teste, incluindo o inspetor Hamilton, e há planos de treinar mais oficiais, caso os testes sejam bem sucedidos.

CS4UfDrWIAAp_xG.jpg large

O inspector Hamilton acrescentou:

“Esta tecnologia ainda é limitada; os modelos que estamos usando para os testes não são capazes de operar em voos noturnos ou em condições meteorológicas adversas, mas a opção de colocar um drone no ar em poucos minutos poderia ajudar a salvar vidas.”

“Ambos os drones possuem uma transmissão de imagens em HD, o que significa que os oficiais em solo podem ver as imagens ao vivo capturadas pelo drone no ar. Os drones podem ficar no ar por até 18 minutos, antes de retornarem para o operador para a troca de baterias. Cada drone possui várias baterias e podem, portanto, ser mantidos em operação por um período prolongado de tempo, se necessário.”

Uma nova conta foi criada para o twitter, @DC_PoliceDrones, que manterá o público informado sobre onde e quando os drones estiverem em uso operacional dentro de Devon e Cornwall, assim como compartilhará imagens e vídeos operacionais dos drones em ação.

Um drone ficará baseado em Exeter e o outro em Plymouth. Os detalhes sobre o drone de Dorset serão confirmados depois.

Fontes: HeliHub

FAB estuda requisitos para uso de aeronaves remotamente pilotadas pelos Bombeiros do RJ

Rio de Janeiro – O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) realizou uma reunião com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) e órgãos de controle de tráfego aéreo no dia 04/03. O objetivo foi definir os requisitos para uma Carta de Acordo Operacional sobre a utilização de aeronaves remotamente pilotadas (RPA, do inglês remotely piloted aircraft) pela corporação.

i163915024051444

“O DECEA tem por missão prover a segurança da navegação aérea e nesse sentido procuramos propiciar ao CBMERJ condições seguras para a operação com a RPA em prol da vida humana, de forma coordenada e cuja finalidade é salvaguardar a navegação aérea, as pessoas e os patrimônios em solo, além de auxiliar o Corpo de Bombeiros no cumprimento de sua honrada missão”, relatou o Capitão Aviador Leonardo Haberfeld, Membro Coordenador do Comitê de Implantação RPAS do DECEA.

Em virtude do CBMERJ ser um órgão público e atuar em missões com características de busca e salvamento, é possível flexibilizar as operações por intermédio da Carta de Acordo Operacional prevista na Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) 100-13 – Regras de Tráfego Aéreo para Circulação Operacional Militar.

A carta possibilitará que o Corpo de Bombeiros utilize as RPA em missões em que haja urgência ou emergência na salvaguarda da vida humana ou na incolumidade do patrimônio público ou privado. A utilização é possível sem a Carta de Acordo Operacional, porém, o documento agilizará a operação, que será previamente autorizada e deverá seguir critérios estabelecidos entre o CBMERJ e os órgãos de serviços de tráfego aéreo (ATS, do inglês Air Traffic Services).

i163814184351309

“É um projeto piloto dentro da corporação. Nós identificamos a necessidade de aprimorar nossos meios de apoio e que a RPA pode ser utilizada em diversas operações do Corpo de Bombeiros. Procuramos o órgão responsável para fazer análise dos riscos e sermos os precursores para que outros órgãos possam salvar vidas e não causar problemas a mais. Queremos mostrar para a população que, utilizado de forma correta, esse equipamento é bem valioso e seguro para apoiar ações do Corpo de Bombeiro”, observou o Tenente-Coronel Bombeiro Militar Rodrigo André de Oliveira Bastos, coordenador da implantação da RPA no CBMERJ.

A previsão é que a Carta de Acordo Operacional entre em vigor no mês de abril.

Fonte: DECEA-FAB.

Fotos: Luiz Eduardo Perez / DECEA

Receba notícias por e-mail

Receba por e-mail novidades do

RESGATE AEROMÉDICO

 

Você recerá um e-mail para confirmar sua inscrição.

Não compartilhamos seus dados com terceiros.

OBRIGADO

por se inscrever !

 

Você recerá um e-mail para confirmar sua inscrição.