- Anúncio -
Início Tags CENIPA

CENIPA

CENIPA discute prevenção com a comunidade aeronáutica

0

O panorama da segurança de voo no Brasil e no mundo foi o tema da abertura da 58ª sessão plenária do Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CNPAA), em Brasília. O evento foi  presidido pelo Chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), Brigadeiro do Ar Luís Roberto do Carmo Lourenço. O comitê reuniu 45 entidades representativas da comunidade aeronáutica e foi realizado nos dias 07 e 08 de novembro de 2013.

Na abertura do evento, o Chefe do CENIPA atualizou os participantes em relação às estatísticas mundiais projetadas pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), a qual indica que o número de acidentes da aviação no cenário mundial está estabilizado, conforme comparação com os dados dos últimos cinco anos.

No Brasil ocorreram 136 acidentes aeronáuticos até novembro de 2012. Diante da realidade do crescimento da aviação brasileira, o Brigadeiro Lourenço fez questionamentos relacionados à cultura organizacional das empresas aéreas e alertou a comunidade aeronáutica para a importância do trabalho de prevenção em todos os âmbitos da aviação civil e militar.

A Lei 12.725/2012, sancionada em outubro/13 pelo Poder Executivo, que atribui responsabilidade aos órgãos ligados à aviação e às autoridades municipais na prevenção do Risco Aviário também foi destaque na pauta do CNPAA. O Sistema de Gerenciamento do Risco Aviário, desenvolvido pelo CENIPA, localizou 670 focos atrativos de aves nos 42 aeródromos visitados entre aqueles com 45 mil movimentos aéreos, aeroportos em capitais brasileiras e  sob a administração da Aeronáutica.

Foram destaques na agenda dos debates temas como informações meteorológicas para unidades marítimas, excursões de pista, etanol em aeronaves agrícolas, desinterdição de pistas, critérios operacionais para a contratação de transporte aéreo e fadiga de pilotos, além da abordagem dos temas como pistas fatoradas para operações do Regulamento Brasileiro de Aviação Civil 135 (táxi aéreo), bagagem de mão nas empresas de transporte aéreo regular entre outros assuntos.

Fonte: CENIPA

CENIPA aposta na eficácia do ensino a distância

O curso Básico de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, na modalidade de Ensino a distância (EAD), promovido pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ganha a modernidade na Internet. As inscrições vão até o dia 7 de dezembro. Interessados  acessar: www.cenipa.aer.mil.br/cursos/.

Com a duração de seis semanas, o Básico é pré-requisito para os demais cursos do CENIPA e será realizado no período de 18 de fevereiro a 28 de março de 2013. O conteúdo das aulas abrange aspectos da legislação, programas e ferramentas da prevenção incluindo a filosofia SIPAER (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). O Calendário Anual 2013 do CENIPA prevê outros cursos chamados híbridos, os quais apresentam módulos online e presencial.

O projeto de ensino a distância permite formar e treinar o maior número de aeronavegantes da aviação civil e militar. Os cursos online estão voltados para a capacitação da comunidade SIPAER nos conhecimentos teóricos indispensáveis aos cursos específicos, além de estimular a prevenção de acidentes aeronáuticos, afirma a pedagoga Adriana de Barros Nogueira de Mattos, da Divisão de Formação e Aperfeiçoamento do órgão investigador.

Pela modalidade online o aluno atua  independente e ganha uma nova dinâmica de aprendizagem, que exige administrar seu tempo e organizar seu horário de estudos. Segundo Adriana Mattos, “o aluno é monitorado a partir do momento em que entra na sala de aula. Na avaliação levamos em conta a participação, o interesse e a construção de conhecimentos pela interatividade”, afirma.

Para dar suporte ao aluno, o CENIPA conta com 47 tutores – técnicos especialistas em aviação civil e militar – capacitados pela FGV na metodologia em  ambiente virtual. A pedagoga Adriana lembra que a educação pela Internet facilita a aprendizagem pelas novas tecnologias e práticas de ensino. “O curso foi planejado para o aluno estudar apenas uma hora por dia, de segunda a sexta-feira, entretanto, requer dedicação e disciplina para obter aprovação”,afirma.

A adequação do curso Básico ao sistema de ensino a distância significou um desafio para a FGV, pela extensão de quase 60 horas de conteúdo. Além de reunir aspectos completamente diferentes dos demais projetos da Fundação, foi necessário desenvolver cenários próprios para a ambientação do aluno na plataforma online, desde a criação de um personagem especial que é o próprio Santos-Dumont até cabines de aviões.

Educação a distância não é fácil

A gerente de Produção Acadêmica, da FGV, Maristela Rivera Tavares, afirma que o curso pela Internet não é fácil. Aquele que optar por esse tipo de estudo pensando que terá liberdade para estudar sem critérios ou planejamento, não obterá êxito. “A educação a distância requer metodologia e troca de conhecimentos entre tutores e colegas, além de tarefas e prazos a serem cumpridos”, explica.

Maristela também alerta para a grande evasão nos cursos online. O estudo a distância pressupõe muita leitura e produção de texto. Muitos cursos extrapolam a carga horária, pois quem se dedica participa mais do que numa aula presencial. Além disso, a Internet encurta distâncias e permite que mais pessoas participem da experiência educativa. “O mesmo conteúdo recebido em Mossoró (RN) também é visto em São Paulo”, exemplifica.

Atualmente a busca por pesquisas está saindo das bibliotecas tradicionais para o Google. Os cursos online disponibilizados pela Fundação Getúlio Vargas atingiram 15 milhões de acessos. Um número expressivo que comprova a receptividade do aluno para as plataformas virtuais. É mais barato e possui logística mais simples, além de proporcionar que se conciliem estudos e compromisso social.

Para Maristela Tavares, o curso Básico de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos é de interesse do público em geral. Os conhecimentos de segurança de voo podem mudar o comportamento daqueles que utilizam o transporte da aviação civil. O conhecimento atende a qualquer pessoa que não têm horário fixo para assistir aulas ou que não possa estar no lugar onde se realiza o curso.

Fonte: Cenipa

CENIPA abre inscrições para o Curso Básico de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos– CENIPA informa que estão abertas as inscrições para o Curso Básico de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CBPAA-EAD). É um curso na modalidade de ensino a distância e as inscrições já podem ser feitas no site do CENIPA.

Este curso passará a ser pré-requisito para os demais cursos do CENIPA. O curso destina-se a capacitar profissionais que atuarão como auxiliares na prevenção de acidentes aeronáuticos. É um curso que tem duração de 06 semanas pela internet.

Para poder realizar a matrícula, o civil ou militar devem possuir formação mínima de ensino médio e todo concludente será certificado através do site do CENIPA.

Para inscrições acesse o site do CENIPA: www.cenipa.aer.mil.br

Sancionada a lei que regulamenta a Prevenção do Risco Aviário

A Lei 12.725/ 2012, sancionada nesta semana (17/10) pela Presidência da República, atribui responsabilidades aos órgãos ligados à aviação e às autoridades municipais na prevenção do risco aviário.

A norma estabelece a Área de Segurança Aeroportuária com um raio de 20 quilômetros a partir do centro de uma pista de pouso e decolagem, cujo solo passa a ser submetido ao cumprimento das normas de segurança operacional da aviação e do meio ambiente.

A partir da aprovação da lei, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), que gerencia todas as informações do risco aviário em banco de dados, atuará diretamente em entendimentos com os órgãos do poder público nas ações de prevenção contra colisões de aviões com aves.

A nova lei prevê a captura e o abate de animais que possam provocar situação de risco em qualquer aeródromo, bem como o manejo da fauna, os quais dependem da aprovação do IBAMA.

Além de imputar responsabilidades às prefeituras na solução dos problemas, a exemplo dos lixões, a norma atribui multa para quem descumprir regras, cujo valor pode chegar até R$ 1,2 milhão.

Para o Coronel-Aviador Flavio Antonio Coimbra Mendonça, oficial investigador do CENIPA, a importância da lei é a existência de um instrumento jurídico que envolve autoridades de aviação civil, de meio ambiente e operador do aeródromo que, juntamente com o CENIPA, formarão o grupo de atores que atuará na prevenção do risco aviário.

A lei do risco aviário nasceu por iniciativa do CENIPA em 2003 com a participação de membros do Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CNPAA), o qual é formado por empresas aéreas e órgãos ligados à aviação. Na ocasião, o debate contou com o apoio do Deputado Federal Wanderley Alves de Oliveira, autor do Projeto de Lei no Congresso Nacional.

Para que haja a adequação de todo o sistema, a lei entra em vigor somente após decorridos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial.

Fonte: CENIPA.


Confira a Lei No 12.725/ 2012


SERIPA I e GRAESP/PA realizam VII Seminário de Segurança de Voo

0

Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA I) e o Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (GRAESP) realizaram (18/10) o VII Seminário de Segurança de Voo no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. O evento fez parte das comemorações da Semana da Asa 2012 e teve como objetivo ampliar a perspectiva da prevenção de acidentes aeronáuticos como uma missão de todos os atores envolvidos na atividade aérea.

Nos últimos 10 anos, a aviação civil brasileira totalizou 918 acidentes. Somente na área de jurisdição do SERIPA I, que compreende os estados do Pará, Maranhão e Amapá, ocorreram 98 acidentes aéreos, com destaque para os segmentos da aviação geral regular, táxi aéreo e aviação agrícola. O ano de 2011 registrou um aumento no número de acidentes em comparação com os demais, demandando a intensificação das atividades de prevenção.

Desta forma, para prevenir novos acidentes e identificar fatores contribuintes para a ocorrência de sinistros, o VII Seminário de Segurança de Voo abordou temas diversos e contou com a presença do Juiz Federal Marcelo Honorato, ex-oficial aviador da Força Aérea Brasileira, que discorreu sobre a “Responsabilidade Civil e Penal no Acidente Aeronáutico”, abordando em sua análise as implicações jurídicas que envolvem proprietários, pilotos, empresas de manutenção e todos os demais agentes envolvidos em um acidente aeronáutico.

O assessor jurídico da Associação Brasileira de Táxis Aéreos, Georges de Moura Ferreira, ministrou palestra sobre “O novo cenário do Táxi Aéreo na Aviação Civil Brasileira”, apresentando como estão distribuídas as empresas de táxi aéreo no contexto da aviação civil, suas formas de operação e os principais problemas enfrentados no segmento.

O engenheiro da EMBRAER, Fábio Couto Bonnet, abordou o tema “Os inventores”, tratando do projeto e desenvolvimento dos aviões, destacando a história do desenvolvimento tecnológico e enfatizando as pessoas que alavancaram a tecnologia aeronáutica e chamando a atenção para as “invenções”, principalmente na manutenção que aumentam os riscos de acidentes. Por fim, o coordenador do Curso de Mestrado em Segurança do Voo do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), professor Donizeti de Andrade, explanou sobre a “A evolução da Aviação no século XX”, detalhando os acontecimentos históricos que marcaram a evolução da tecnologia aeronáutica.

O Chefe do SERIPA I, Tenente-Coronel Aviador Maurício Teixeira Leite, explica que “a investigação de acidentes aeronáuticos no âmbito do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER) é o processo realizado com o propósito de prevenir novos acidentes pela análise de informações e a identificação dos fatores contribuintes, gerando a formulação de recomendações que aumentem a segurança de voo, não abarcando o processo de punição dos envolvidos”.

O evento teve como público-alvo aviadores, tripulantes, mecânicos, proprietários de empresas aéreas e autoridades aeronáuticas.

Fonte: Agência Força Aérea – SERIPA I/ I COMAR.

De acordo com o CENIPA, apontar raio laser verde para aeronaves pode matar pessoas

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) registra 1.434 notificações de emissão de raio laser só neste ano. As informações foram enviadas por pilotos de todo o Brasil. O estado de São Paulo aparece com o maior número de relatos (282), mas é o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, de Brasília, que lidera o ranking com 103 invasões de laser a cabines de aeronaves, seguido pelo aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte com 96 registros.

O Major Aviador Márcio Vieira de Mattos, oficial investigador do CENIPA, afirma que a incidência do feixe de luz do laser na visão do piloto é fator potencial de risco para a aviação. “Pode ocasionar um dano à visão do piloto com queimaduras e hemorragias na retina, além de distração e uma cegueira momentânea, que impossibilita conduzir a aeronave em segurança, culminando até mesmo com a perda de controle em voo,” explica.

O CENIPA já iniciou uma campanha que visa conscientizar à população quanto ao perigo que o uso do raio laser representa para pilotos e aeronaves e incentiva a denúncia para os órgãos policiais. A partir de fevereiro deste ano, em razão do aumento das notificações de raio laser, o CENIPA abriu um canal de comunicação no site para receber as notificações. A iniciativa segue norma recomendada pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI).

Major Mattos também explica que a prevenção leva informação à comunidade sobre os riscos do raio laser. “Alertamos os pais para que orientem seus filhos, pois muitos jovens não sabem das conseqüências desse comportamento e desconhecem o risco para a aviação. A luz verde é forte o suficiente para afetar a segurança de voo, porque dificulta a leitura dos instrumentos no painel e a visão do ambiente externo para conduzir a aeronave no momento do pouso ou da decolagem”, esclarece.

Laser verde, um problema mundial

No Brasil, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou, em junho deste ano, o projeto de lei 683/11, dos deputados José Luiz Nanci e Luiz Martins, que cria regras para a venda de canetas que emitem esses raios e, uma delas, é que o produto não poderá ser vendido a menores de 18 anos. A Lei foi criada em função do uso indiscriminado contra jogadores nos estádios de futebol. O texto da Lei determina que as canetas sejam usadas apenas em salas de aula ou em palestras e que tenham, no máximo, 1 megawatt (MW) de potência.

De acordo com estatísticas da Boeing, no período entre 2000 e 2009, a maior parte dos acidentes aéreos aconteceu na fase de aproximação e pouso, quando há incremento da carga de trabalho na cabine do avião. Apontar raio laser para uma aeronave no espaço aéreo é um problema mundial. Nos Estados Unidos é crime previsto pela Constituição. Cientistas americanos realizaram pesquisas com pilotos profissionais, em simuladores com o uso de canetas a raios laser, e verificaram que o flash cegava temporariamente o piloto.

A ação de apontar uma caneta de raio laser verde para um avião pode ser enquadrada como crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, previsto no artigo 261 do Código Penal Brasileiro. A lei prevê de dois a cinco anos de cadeia, porém caso haja um acidente com mortes, o responsável pode ser condenado a até 12 anos. A caneta de laser verde, que tem um alcance de cerca de 300 metros, é vendida abertamente no mercado a qualquer pessoa.

Fonte: CENIPA

Câmara aprova novas regras sobre investigação de acidentes aeronáuticos

O Plenário aprovou nesta terça-feira (16) projeto da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Crise Aérea que estabelece novas normas para a investigação de acidentes de aeronaves (PL 2453/07). O texto foi aprovado em votação simbólica e seguirá para análise do Senado.

O texto aprovado é o substitutivo da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, de autoria do deputado licenciado e atual ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

O substitutivo proíbe o uso de relatório final sobre acidente aéreo como prova em inquérito judicial ou administrativo que venha a ser aberto.

O objetivo da restrição é separar as investigações criminal e de segurança aérea. Segundo Aldo Rebelo, muitos depoentes, como pilotos e controladores de voo envolvidos, não declaram tudo o que sabem com medo de suas declarações serem usadas contra eles criminalmente.

O texto disciplina novas regras do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), cujo órgão executivo é o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Convenção internacional

As novas normas para o Sipaer incorporam diretrizes assinadas pelo Brasil na Convenção sobre Aviação Civil Internacional (conhecida como Convenção de Chicago).

Até o momento, o Brasil não adaptou sua legislação às normas da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), como determina a convenção.

Produção de prova

Em obediência ao princípio do Direito de que ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo, o texto proíbe o uso, em inquéritos criminais ou administrativos, de três fontes de dados: gravações das conversas nas salas de controle de tráfego aéreo; das conversas na cabine de pilotagem; e dos dados dos sistemas de notificação voluntária de ocorrências.

Entretanto, resguardado o sigilo processual, o juiz poderá autorizar o uso de outros dados na investigação criminal, como as gravações das conversas entre os pilotos e o controle de tráfego aéreo, dos dados de voo e demais registros usados na investigação do Cenipa.

Ajuda à polícia

A pedido do juiz ou do delegado que conduz um determinado inquérito, o Cenipa poderá colocar seus especialistas à disposição da Justiça, mas eles não poderão ter participado da investigação sobre o acidente.

Essa colaboração também precisará cumprir certos requisitos, como falta de pessoal técnico capacitado na polícia e discriminação dos exames necessários.

Se um acidente ou incidente aeronáutico tiver sido claramente causado por um ato ilícito doloso (uma bomba, por exemplo), a autoridade do Sipaer poderá decidir por não fazer sua investigação caso ela não traga proveito algum para a prevenção de novos acidentes. Deverá também comunicar o fato à polícia.

Precedência

Segundo o texto aprovado, a investigação do Sipaer terá precedência sobre todas as outras. O texto assegura o acesso da comissão investigadora à aeronave acidentada, seus destroços, cargas, laudos, autópsias e outros documentos.

Para preservar as informações que precisam ser levantadas, a autoridade responsável pela investigação do Sipaer poderá interditar o avião e/ou seus destroços, permitindo sua remoção apenas se for necessário para salvar vidas, preservar a segurança das pessoas ou preservar evidências.

Depois de concluídas as investigações aeronáutica e policial, se houver, os interessados poderão se habilitar a ficar com os destroços (companhia aérea ou seguradora, por exemplo).

Para os acidentes com relatório final emitido até a data de publicação da futura lei, os interessados nos destroços terão 120 dias para se manifestar perante o Cenipa.

Aeronaves militares

A investigação de acidentes envolvendo aeronaves militares ficará a cargo do Comando Militar da respectiva Força (Exército, Marinha ou Aeronáutica), e o relatório final deverá ser aprovado pelo comandante. No caso de avião militar estrangeiro, a investigação será coordenada pelo Comando da Aeronáutica.

CPI da Crise Aérea

O texto aprovado nesta terça-feira teve origem em projeto apresentado pela CPI da Crise Aérea, que investigou dois acidentes, um deles envolvendo um avião da Gol e outro uma aeronave da TAM.

O avião da Gol caiu em 2006, matando 154 pessoas, depois de se chocar em pleno voo com um avião executivo conduzido por pilotos norte-americanos. Já o acidente com o avião da TAM, ocorrido em 2007, matou 199 pessoas depois de não conseguir parar em pouso no aeroporto de Congonhas (SP).

A CPI da Crise Aérea foi instalada em fevereiro de 2007, com requerimento dos deputados Vanderlei Macris (PSDB-SP) e Otávio Leite (PSDB-RJ) apoiado por 211 assinaturas. Em 2008, a CPI aprovou seu relatório final, de autoria do deputado Marco Maia (PT-RS), atual presidente da Câmara.

Prevenção

Marco Maia lembrou que a aprovação da proposta ocorre na mesma semana em que um acidente de pouso fez mais de 500 voos serem cancelados no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).

Já o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), lembrou que o então deputado Julio Redecker (PSDB-RS) morreu em um dos acidentes analisados pela CPI da Crise Aérea. Chinaglia agradeceu às assessorias do Ministério da Defesa e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pelo auxílio na elaboração do texto.

Vanderlei Macris disse que a proposta é importante por dar ênfase à investigação preventiva, que deve ser aprofundada e independente de qualquer investigação policial para apurar danos ou culpados em um acidente aéreo. “Essa investigação tem caráter preventivo e a finalidade de que acidentes iguais não ocorram novamente”, disse.

Fonte: Agência Câmara de Notícias.

Foto: Leonardo Soares/UOL.

SERIPA II realiza 2º Seminário Regional de Segurança de Voo

O Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II) realizará em 31 de outubro do corrente ano, das 8h às 18h, no Park Hotel, em Recife (PE), o 2º Seminário Regional de Segurança de Voo.

O evento objetiva a transmissão de conhecimentos sobre temáticas voltadas à segurança operacional, que compreende o estado em que o risco de lesões às pessoas se reduz ou se mostra em um nível aceitável, ou abaixo deste, por meio de um processo contínuo de identificação de perigos e gestão de riscos.

Tornando a atividade aeronáutica mais segura. As vagas são limitadas. As inscrições são gratuitas, podendo ser realizadas até o dia 26 de outubro. O formulário de inscrição deverá ser preenchido, e enviado, em anexo, para o endereço eletrônico [email protected]. Clique – Ficha de Inscrição.

Mais informações: (81) 2129-7277/ 2129-7303.

Fonte: Cesed, por Jerfferson Medeiros.


SERIPA III apoia I Seminário de Segurança Operacional do NOTAer/ES

Há 20 anos em operação, o Núcleo de Operações e Transporte Aéreo capixaba realiza o I Seminário de Segurança Operacional com o apoio do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA III). O evento ocontecerá no dia 31 de outubro, no Auditório do Centro de Integrado de Cidadania de Vitória, para unidades policiais de segurança pública do Brasil, entidades ligadas à aviação no Espírito Santo e Forças Armadas.

As palestras abordarão a influência da cultura organizacional no acidente aéreo com aeronaves da segurança pública, fadiga de voo, e a evolução da segurança de voo na aviação policial. “O Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (NOTAer) do Espírito Santo quer avaliar o caminho da aviação de segurança pública e defesa civil percorrido até hoje, bem como definir estratégias e parâmetros para os próximos anos, sem perder o caráter científico dessa avaliação e sem ultrapassar os limites da segurança operacional”, afirma o Chefe da Segurança de Voo do NOTAer, Major Sérgio Luiz Anechini.

Um dos palestrantes será o Coronel Médico da Força Aérea Brasileira Ricardo Canashiro. As vagas são limitadas e os interessados em participar devem preencher a ficha de inscrição (confira abaixo) e enviá-la até 15 de outubro para o email [email protected].

Fonte: CENIPA.


Confira: NOTAer/ES realiza o I Seminário de Segurança Operacional


CENIPA divulga calendário do Curso Básico de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos– CENIPA informa que será realizado, no período de 18 de fevereiro a 28 de março de 2013, o Curso Básico de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CBPAA-EAD). É um curso na modalidade de ensino a distância e as inscrições ocorrerão no período de 01 de novembro a 07 de dezembro de 2012.

Este curso passará a ser pré-requisito para os demais cursos do CENIPA. O curso destina-se a capacitar profissionais que atuarão como auxiliares na prevenção de acidentes aeronáuticos. É um curso que tem duração de 06 semanas pela internet.

Para poder realizar a matrícula, o civil ou militar devem possuir formação mínima de ensino médio e todo concludente será certificado através do site do CENIPA.

Demais informações no site do CENIPA: www.cenipa.aer.mil.br

 

Risco Aviário – Colabore com a Prevenção

As pistas da maioria dos grandes aeroportos brasileiros foram construídas a mais de 40 anos, em locais, à época, distantes dos centros urbanos e de seus moradores. Na década de 70, o Brasil apresentava uma população correspondente à metade da atual (IBGE, 2004), a relação entre os resíduos sólidos nas cidades e a aviação ainda não havia sido identificada, mas já havia dois acidentes fatais registrados, no Rio de Janeiro e em Guaratinguetá, em consequência de colisões de aeronaves militares com aves comumente atraídas por material orgânico, ambos ocorridos em 1962 (BRASIL, 2011).

Desde essa época, as cidades têm aumentado de tamanho sem um adequado planejamento, acabando por sitiar a maioria dos aeroportos do país. A importância do assunto é ratificada por sua inclusão na Constituição Federal (CF) de 1988, que obriga os municípios a planejar e controlar o uso e a ocupação do solo urbano, ordenando o pleno desenvolvimento das funções sociais das cidades, a fim de que se garanta o bem-estar dos seus habitantes.

Dessa maneira, a maior quantidade de voos e o maior número de aeroportos circundados por cidades em crescimento espontâneo têm contribuído para o aumento das ocorrências de colisão entre aeronaves e aves ou outros animais. Essa situação cria o “Risco Aviário”, isto é o risco decorrente do uso concomitante do mesmo espaço, no ar e no solo, por aeronaves e aves ou outros animais (BRASIL, 2011).

Tendo em vista os números preocupantes e alarmantes do aumento de ocorrências de Risco Aviário reportadas nos últimos anos e a urgência que o problema requer, o Ministério da Defesa (MD) criou a portaria nº 1887/2010 que estabelece medidas mitigatórias do risco aviário nos aeroportos e suas imediações. Coube ao Comando da Aeronáutica (COMAER) confeccionar o PCA 3-2/2011, que estabelece o Plano Básico do Gerenciamento do Risco Aviário (PBGRA).

Este Plano, que se aplica às organizações do COMAER, à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), aos Administradores Aeroportuários e aos operadores de aeronaves no território brasileiro, visa definir parâmetros para as análises de implantação de empreendimentos e/ou atividades com potencial atração de aves, na Área do Gerenciamento do Risco Aviário (AGRA) dos aeródromos brasileiros. A AGRA é uma área circular, com centro no ponto médio da pista do aeródromo, e possui um raio de 20km (BRASIL, 2011, p.7).

Desde então, equipes dos Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) têm realizado, sob a coordenação do CENIPA, o levantamento dos focos atrativos no entorno dos aeroportos tido como prioritários, de acordo com a lista de aeródromos prioritários para o gerenciamento do risco aviário (LAPGRA). Todos os focos atrativos levantados são compilados em um relatório descritivo (RD) e encaminhados para ANAC, via CENIPA. A ANAC, por sua vez, foi incumbida de informar oficialmente às prefeituras sobre os problemas detectados, para que sejam adotadas medidas que reduzam a atração de aves no entorno de cada um desses aeroportos.

O CENIPA tem elaborado constantes campanhas com o intuito de incentivar e estimular o reporte de avistamento de aves e/ou outros animais, quase colisão e colisões com aves e/ou outros animais, através da ficha CENIPA 15 e dos focos atrativos de aves ou com potencial atrativo de aves, através da ficha CENIPA 15A, ambas com a finalidade de se manter um banco de dados confiável a fim de auxiliar na mitigação e no gerenciamento do risco aviário. Todos os reportes podem ser realizados pelo website www.cenipa.aer.mil.br.

Para o sucesso do controle do risco aviário, é importante o engajamento, sistemático e diário, não só dos envolvidos e responsáveis na implementação do gerenciamento do risco aviário em seus locais de trabalho, mas também de todos os profissionais da aviação civil e militar, com destaque para os pilotos, diagnosticando e reportando os avistamentos de aves e/ou outros animais, as colisões e quase colisões de aves e/ou outros animais, os focos atrativos de aves, os tipos de aves e quantidade existente nesses focos, horários e outras informações pertinentes constantes das fichas CENIPA 15 e CENIPA 15A.

Acidentes aéreos no Brasil aumentam em 2012, afirma Cenipa

2

Após atingir recorde da década em 2011, o número de acidentes aéreos no país voltou a crescer. As informações são do relatório parcial do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

O relatório mostra que 85 acidentes com aviões e helicópteros foram registrados de janeiro a junho deste ano, representando um aumento de 6,2% em relação ao mesmo período de 2011, quando 80 casos foram contabilizados. Em 2010 46 casos foram registrados apenas nos seis primeiros meses.

O relatório do Cenipa traz ainda dados detalhados do setor aéreo, desde o dia 1º de janeiro deste ano até o último 15 de agosto. Por conta disso, não há detalhes dos dados de acidentes apenas do primeiro semestre. Também não há números relativos ao mesmo período de outros anos anteriores, o que impede comparações específicas às datas.

Entre janeiro e agosto deste ano, foram registrados 99 acidentes, sendo 89 com aviões e dez com helicópteros. Ao todo, 44 pessoas morreram em decorrência desses acidentes, mostrando um número maior que todo o ano de 2010, por exemplo, quando 39 óbitos foram contabilizados.

Em relação a acidentes com vítimas fatais, o número teve um aumento médio em comparação aos últimos anos. 18 acidentes fatais envolveram aviões, entre janeiro e 15 de agosto. Em 2009 e 2010, por exemplo, foram registrados 14 ocorrências em cada ano. O recorde anual ocorreu em 2007, quando 29 acidentes levaram as pessoas a óbito.

No período do levantamento de 2012, o acidente com maior número de mortes ocorreu em Juiz de Fora (MG), com oito vítimas, no dia 28 de julho. O avião caiu em uma área de difícil acesso e pegou fogo, sem deixar sobreviventes. A aeronave levava executivos que participariam de uma convenção, vindos de Belo Horizonte.

Os dados de 2012 apontam que o número de acidentes também cresceu, em relação ao ano passado, quando comparado ao tamanho da frota. De acordo com o relatório do Cenipa, o percentual da frota de aeronaves envolvida em acidentes chegou a 0,36% este ano, contra 0,32%, no ano passado, e 0,23%, em 2010.

O Cenipa informou que não faz análise dos dados, nem tem poder punitivo. A função do órgão é apenas realizar a investigação de acidentes aeronáuticos para fins de prevenção de novas ocorrências. Os relatórios de cada caso se transformam em instruções de procedimentos, que ajudam a evitar novos acidentes.

Segundo a Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe), apesar do aumento nos casos com avião, o número de acidentes com helicópteros caiu: em 2011, foram 27 casos, contra 10, este ano, com dois incidentes com morte.

Especialistas na área, como o coordenador do departamento de Treinamento de Voo da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS, Guido César Carim Júnior, o aumento dos acidentes aéreos tem duas explicações possíveis. O crescimento da fiscalização e a consequente alta nas notificações, além das falhas no sistema de prevenção são os possíveis riscos apontados por Guido Carim Júnior.

O especialista afirma também que os índices mostram as falhas no sistema de prevenção de acidentes devido à carência de funcionários dessa área na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “Como resultado [dessa carência], a Anac não consegue dar conta do trabalho, reduzindo a fiscalização principalmente dos aviões particulares, aviação de instrução, táxi aéreo, serviços aéreos especializados e agrícola”, disse.

Fonte: Tribuna do Norte.


Confira o Relatório do CENIPA (atualizado em 03/09/2012).


 

Relatório Final do acidente com HB350B, PT-HMM, aponta falha no motor

0

CENIPA publicou Relatório Final sobre acidente com a aeronave PT-HMM, um helicóptero modelo HB-350B, ocorrido em 19/09/2006, classificado como falha do motor em voo.

A aeronave decolou do pátio da aviação geral do Aeródromo Pinto Martins, em Fortaleza, CE (SBFZ), às 06h26min, com um piloto e três passageiros a bordo, com destino ao município de Baturité, CE.

Aproximadamente 10 minutos após a decolagem, ao cruzar o município de Guaiúba, o piloto percebeu uma repentina perda de potência e iniciou uma autorrotação para pouso em emergência.

A aproximação foi feita para um local não preparado, nos fundos de uma propriedade particular. O piloto e os três passageiros sofreram lesões graves e a aeronave teve danos de grande monta e sua recuperação foi considerada economicamente inviável.

Segundo o que ficou apurado pela investigação, a aeronave apresentava um problema crônico de lubrificação, com histórico de limalha e trocas do rolamento G3 do motor Arriel 1. Essa situação agravou-se quando a aeronave passou a ser operada sem a devida manutenção preventiva diária, em local de atmosfera salina e foi submetida a uma revisão executada de forma deficiente.


Relatório Final – PT-HMM


Fonte: CENIPA

Delegado do Ciopaer/TO conclui curso de segurança de voo no CENIPA

O delegado da Polícia Civil e piloto do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer/TO), Leonardo Marincek Garrido da Nóbrega, concluiu o curso de segurança de voo, módulo investigativo, que foi promovido pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o curso teve a duração de 30 dias e foi realizado entre os dias 4 a 29 de Junho. O delegado Garrido foi o único policial civil do Brasil a participar da formação que contou também com a participação de militares do Corpo de Bombeiros, Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Federal, Polícia Militar, pilotos da aviação civil e militares estrangeiros.

Segundo o delegado Garrido o objetivo foi capacitar profissionais para atuar na investigação em ocorrências de acidente e incidentes aeronáuticos com cunho específico de apurar os fatores contribuintes no intuito de prevenir futuros acidentes ou minimizar seus efeitos. Os formandos, em um total de 60 profissionais, são credenciados junto ao Comando da Aeronáutica para atuar na linha de frente do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer).

Os participantes da 70ª turma do curso de segurança de voo assistiram a aulas sobre conhecimentos teóricos e práticas que levaram em conta aprendizagens sobre diversos aspectos da investigação, incluindo atividades no laboratório de destroços, espaço que reúne peças de aeronaves para o treinamento dos alunos.

Fonte: Portal CT

Revista Conexão SIPAER: O Precedente Conhecido

JOSÉ MATTOS DE SOUZA
Coronel Aviador Reformado

Este texto defende a importância da divulgação de toda situação de risco ou incidente, para a segurança de voo. Partindo do pressuposto de que todo incidente é um acidente em potencial, e que os fatores contribuintes se repetem, a troca de experiências garante a preservação de recursos humanos e materiais. O precedente histórico ou precedente conhecido é o incidente que precisa ser levado ao conhecimento de todos para que não ocorram casos iguais (ou piores) com personagens diferentes.

O Precedente Conhecido, ou Precedente Histórico, é um desses princípios básicos que nunca deve ser esquecido em qualquer Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. Deve ser enfatizado, principalmente, quando pesquisamos incidentes e situações de perigo em potencial, por meio de relatórios apropriados.

Sabemos que o incidente, em última análise, é o acidente que não chegou a ocorrer, porque faltou um “ingrediente”, um fator contribuinte. Por isso, existe uma riqueza de ensinamentos no incidente, o qual deve ser muito bem estudado e divulgado.

Pelo fato de um acidente aeronáutico estar sempre relacionado ao precedente conhecido, surge a chave do problema: como conhecer, como saber o que acontece com os outros se eles não divulgarem? Pode ser que este seja um problema nosso também.

Estamos divulgando nossas experiências, nossos erros?

Uma publicação canadense sobre Segurança de Voo (Aviation Safety Letter) traz em sua folha de rosto um lema interessante: “Aprenda com os erros dos outros porque você não viverá o tempo bastante para cometer todos eles.” Aí está implícito que os outros também devem aprender com os nossos erros. É um chamamento ao desprendimento de cada um, visando sempre à troca de experiências. E como trocar essas experiências? Em todo o mundo, as publicações dedicadas à prevenção de acidentes abrem espaços para essas matérias.

A Revista Conexão SIPAER é um exemplo: são publicados artigos científicos, estudos de caso, e também editoriais como este, de caráter opinativo, que abordam assuntos de segurança de voo, de extrema importância para toda a comunidade aeronáutica.


Clique aqui e leia o artigo completo


[1] O Coronel Aviador Reformado José de Mattos Souza foi chefe do CENIPA em dois períodos: de 20 de junho de 1979 a 11 de abril de 1980, quando ainda ocupava o posto de Tenente Coronel, e de 20 de junho de 1986  a 31 de janeiro de 1990, como Coronel. Ele cursou o VII Estágio Básico de Prevenção de Acidentes (EBPA), em 1974.

[2] Artigo escrito em 1988, adaptado pelo autor e republicado como Editorial Comemorativo dos 40 anos do CENIPA na Revista Conexão SIPAER.

Segurança Pública participa de curso de segurança de voo realizado pelo CENIPA

No último dia 01, foi concluído em Brasília o 70º Curso de Segurança de Voo, realizado no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) em Brasília. A 70ª edição do curso, que iniciou no dia 14/05, foi aberta pelo Brigadeiro do Ar Luiz Roberto do Carmo Lourenço que recepcionou a todos os participantes com votos de boas-vindas ao evento.

Gerenciamento de risco, incursões em pista, a prevenção quanto ao aspecto médico e psicológico na interação do homem com a aeronave, bem como questões relacionadas ao contexto da organização foram alguns dos temas das palestras.

Com a finalidade de proporcionar aos alunos uma aplicação prática dos conhecimentos teóricos adquiridos durante o curso, foi programada uma vistoria de segurança de voo na Base Aérea de Belém.  Uma aeronave da Força Aérea Brasileira transportou os alunos até o local, os quais tiveram dois dias reservados para desenvolver a atividade.

A vistoria na Base Aérea de Belém foi acompanhada por instrutores do CENIPA e no final foi produzido um relatório completo que foi entregue ao comandante da Base. A atividade, além de representar uma aplicação de atividade prática, serviu também como uma espécie de assessoria para elevar os níveis de segurança de voo daquela organização militar.

O Curso de Segurança de Voo forma profissionais ligados à atividade aérea como elemento credenciado junto ao CENIPA para o desempenho da missão de preservar vidas humanas nas suas organizações.

Participam do curso 68 alunos, entre militares da Força Aérea Brasileira, representantes do Exército, Marinha e Polícia Militar dos estados (Tocantis, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Espírito Santo), além de civis convidados (TAM, GOL, TOTAL, EMBRAER e PETROBRÁS), entre eles, estrangeiros representantes dos seguintes países: Paraguai, Argentina, Uruguai, Venezuela e Angola.

As Polícias Civis foram representadas por dois pilotos de helicópteros: Carlos Vítor de Minas Gerais e Rodrigo Gouvea do Distrito Federal.

Fonte: CENIPA e PCMG.

BAVOp/PMDF participa de reunião do CNPAA que debateu a Segurança de Voo

1

O Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CNPAA), instituído em 1982 sob a direção do CENIPA, reuniu-se na quarta-feira (09/05), às 9h30, com representantes de 46 entidades nacionais que lidam diretamente com a atividade aérea. A 57ª Sessão Plenária foi aberta pelo Chefe do CENIPA, Brigadeiro do Ar Luís Roberto do Carmo Lourenço, que desejou boas-vindas aos participantes e conclamou a todos para os debates em torno da segurança de voo.

Pela manhã, na abertura dos trabalhos, a plenária votou pela inclusão da Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil (ABRAPAC), entidade que reúne 600 associados, a qual passou a ser o mais novo membro do Comitê. A seguir, foram debatidos assuntos relacionados com a Decolagem Certa, Aeronavegabilidade, Aviação de Segurança Pública,  questões regimentais e a definição de data para a próxima reunião do CNPAA prevista para o segundo semestre. Por decisão da plenária, o encerramento da reunião foi antecipado em um dia, em razão do ajuste feito na programação.

Dando continuidade ao evento, na parte da tarde, foram tratados temas sobre Perigo Aviário e Resposta à Emergência, Aviação Geral e Segurança Operacional, Classificação de Acidentes e Incidentes Aeronáuticos entre outras deliberações. O secretário da reunião e vice-chefe do CENIPA, Coronel Aviador Luiz Cláudio Magalhães Bastos, destacou a coordenação entre CENIPA e ANAC para atuar conjuntamente nas atividades de prevenção de acidentes aeronáuticos, como o ponto alto do encontro. O CENIPA e ANAC estão caminhando para a integração e alinhamento de suas diretrizes relacionadas a segurança de voo e segurança operacional.

Participaram do 57ª Plenária do CNPAA representantes de empresas de transporte aéreo, táxi aéreo, aviação executiva, Departamento Aeroviário de São Paulo, Associação Brasileira de Aviação Geral, EMBRAER, Sindicato Nacional dos Aeroviários, Agência Nacional de Aviação Civil, Comandante do BAVOp da PMDF, Universidades e faculdades que possuem cursos de Ciências Aeronáuticas, PETROBRAS, INFRAERO, Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos e outros órgãos.

No que diz respeito à Aviação de Segurança Pública, o Ten Cel PM JOSILEI ALBINO GONÇALVES DE FREITAS, Comandante do Batalhão de Aviação Operacional (BAVOp) da PMDF, esteve presente e teve a oportunidade de explanar sobre extinção do CONAV em agosto de 2011 e das consequências de tal decisão.

O Ten Cel Gonçalves, deixou claro que não estava representando mais a SENASP naquela reunião, mas podia falar pelos estados, na medida que foi o último representante legítimo da Aviação de Segurança pública do Brasil e que era parte interessada no assunto, pois é também Comandante de Unidade Aérea na PMDF.

Em sua explanação pediu apoio do comitê, em especial à ANAC, SAC ( Secretaria Especial de Aviação Civil ) e do próprio Presidente do CNPAA, para que a Segurança Pública participe efetivamente do Comitê, visando garantir a representatividade do grupo perante o CNPAA e poder participar dos trabalhos realizados em prol da segurança de voo.

O Comandante do BAVOp também apresentou uma ação de combate ao uso de laser verde, atrapalhando a aproximação de aeronaves em Brasília, citando a prisão em flagrante de 03 pessoas e diversas abordagens visando coibir tal prática e dos últimos acidentes envolvendo a Aviação de Segurança Pública.

O Brig Ar Lourenço, juntamente com o CNPAA, agradeceu o combate ao laser verde e se sensibilizou ao pleito, confirmando total apoio à atividade, se comprometendo em apresentar soluções para as questões apresentadas pelo Ten Cel Gonçalves, tendo em vista os grandes eventos que ocorrerão no Brasil e a retomada das discussões sobre segurança de voo na Aviação de Segurança Pública, considerando a importância dessa aviação no cenário nacional, bem como os recentes acidentes aeronáuticos ocorridos.

Fotos: CENIPA.

Segurança Pública participa do EGAP – Militar promovido pelo CENIPA

0

O XXIII Estágio de Gerenciamento Avançado de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (EGAP-MILITAR), que aconteceu nos dias 20 e 21 de março, no CENIPA, atualizou o conceito de segurança de voo junto a militares que assumiram comandos em 2012 nas organizações militares das Forças Armadas e Forças Auxiliares ligadas à atividade aérea.

Entre os 51 militares, participaram comandantes de Bases e Unidades Aéreas da Aeronáutica, Exército Brasileiro, Marinha do Brasil, Corpos de Bombeiros e Polícias Militares, com representantes dos Estados de São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.

O chefe do CENIPA, Brigadeiro do Ar Carlos Alberto da Conceição, ministrou a aula inaugural e abordou a importância do CENIPA no processo de prevenção de acidentes aeronáuticos no país.

O Cel Av Vaz e o Ten Cel Av Volkmer falaram, dentre outras coisas, sobre as ferramentas da prevenção, principalmente sobre a importância do relatório de prevenção, do Relatório Confidencial para Segurança de Voo (RCSV) e da Vistoria de Segurança de Voo. Falou-se também sobre a necessidade e importância da criação de indicadores, do papel do oficial de segurança de voo na organização, do Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (PPAA) ser de conhecimento e do compromisso de todos e da importância da investigação na prevenção de acidentes.

No segundo dia o Ten Cel R1 Reis falou sobre a importância da manutenção de aeronaves na prevenção de acidentes e incidentes aeronáuticos. Na sequência, o Juiz Federal Honorato falou sobre a responsabilidade civil e penal na atividade aérea militar e de segurança pública e, logo após, o Cel Av Lupoli ministrou aula sobre a abordagem organizacional do acidente.

Ao final ocorreu debate entre os participantes e os instrutores do estágio, Brigadeiro do Ar Carlos, Cel Av Lupoli, Cel Av Vaz, Ten Cel Av Volkmer e Ten Cel R1 Reis, momento em que a Segurança Pública pode apresentar suas demandas, muito bem recebidas pela chefia do CENIPA.

A finalidade foi mostrar o funcionamento do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), que além de elevar a percepção dos novos comandantes para os aspectos da segurança de voo, valorizará o papel do elemento credenciado nas unidades militares.

Piloto Policial.

CENIPA divulga lista dos matriculados no EGAP Militar

O Estágio de Gerenciamento Avançado da Prevenção de Acidentes – Aviação Militar (EGAP Militar) tem como objetivo familiarizar os gestores das organizações ligadas à atividade aérea das Forças Armadas Brasileiras e Forças Auxiliares com as ferramentas utilizadas no âmbito do SIPAER, de modo a valorizar o papel do elemento-credenciado pelo SIPAER e apoiá-lo no desempenho de suas atividades.

Estarão presentes representantes da Aeronáutica, Exército, Marinha, das Polícias Militares do Mato Grosso, São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro e representantes dos Corpos de Bombeiros Militares do Distrito Federal, Amazonas e Goiás.

Confira, no arquivo abaixo, o nome dos alunos matriculados no XXII Estágio de Gerenciamento Avançado da Prevenção (EGAP – Militar), que será realizado nos dias 20 e 21 de março, no CENIPA.


Confira a Relação


CENIPA criará registro específico para ocorrências de laser verde

Tormento principalmente dos goleiros de futebol nos estádios, a brincadeira com canetas de raio laser agora inferniza a vida dos pilotos de avião. Em 2011, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) registrou cerca de 250 casos, um aumento em relação a 2010 de quase quatro vezes. Como a contabilização é baseada em relatos dos aviadores, esse número pode ser ainda maior.

Para identificar os aeródromos onde a recorrência é maior, o CENIPA planeja disponibilizar em sua página (www.cenipa.aer.mil.br), em 2012, um formulário específico para esse tipo de reporte. Com os dados será possível direcionar campanhas e ações conjuntas entre os órgãos da administração aeroportuária e o poder público local.

As brincadeiras têm se espalhado por todo o Brasil. A incidência dos casos começaram a aumentar a partir do ano de 2009. De acordo com o CENIPA, até o mês de novembro deste ano, foram relatados 38 casos em Londrina (PR), 36 no Galeão (RJ), 21 em Vitória (ES), 13 em Campinas (SP), 11 em João Pessoa (PB), 9 em Navegantes (SC) e 9 em Fortaleza (CE). “O que se vê hoje é uma maior facilidade de aquisição deste artefato e acredito que por isso no Brasil, nos últimos três anos, nós tivemos o incremento do número de reportes”, afirma o Major Aviador Márcio Vieira de Mattos, da Divisão de Aviação Civil do CENIPA.

As consequências da utilização do raio laser verde podem ser danosas, conforme alerta o Major Mattos, da Divisão de Aviação Civil do CENIPA. “A probabilidade de se derrubar um avião com equipamento de emissão de laser é baixa, mas não pode ser descartada, uma vez que nós temos na frota nacional aeronaves que voam com apenas um piloto. Quando atingido diretamente nos olhos, o comandante do avião pode ter dificuldade de interpretar os instrumentos, cegueira momentânea e a formação de imagens falsas, que numa situação de decolagem ou pouso pode ser crítica”, explica o Major Mattos. “A probabilidade é baixa, mas existe e as consequências podem ser até catastróficas. Então nós temos que trabalhar em termos de prevenção”, complementa o Oficial do CENIPA.

Os relatos de ocorrências com laser não são recentes e tampouco exclusividade nos céus brasileiros. Há reportes de casos no Canadá, Reino Unido, Espanha e Estados Unidos. O primeiro caso relatado ocorreu em Los Angeles, no ano de 1993. O comandante de um boeing 737 foi atingido e obrigado a passar o controle dos comandos da aeronave para o co-piloto. Ele ficou quatro minutos sem conseguir interpretar os instrumentos.

Assim como soltar balões (Perigo Baloeiro), a brincadeira com raio laser pode render problemas com a justiça. “Utilizar o laser e atrapalhar a navegação área é um crime previsto no Código Penal Brasileiro”, ressalta o Major Mattos.

Veja o vídeo produzido pela FAA sobre o problema:

Fonte: Agência Força Aérea Brasileira

Aviadores da Segurança Pública realizam curso no CENIPA

0

No dia 08 de Novembro de 2011 encerrou-se o 69º Curso de Segurança de Voo ministrado no CENIPA – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos em Brasília-DF. No total foram 69 alunos fazendo o módulo investigação que se iniciou dia 17 de outubro e o módulo Prevenção foi feito entre 03 e 14 de outubro.

Além da Marinha, Exército e Força Aérea, participaram do curso integrantes dos órgãos da Aviação de Segurança Pública e Defesa Civil: Maj PM Ronaldo Silva e Maj BM Nivam do CIOPAER/CE, Cap PM Siqueira e Cap PM Gallo Rodrigues do GRPAe/SP, Maj BM Portela do GavOp/DF e PRF Victor Bondan do DOA-PRF (Pernambuco) e também Oficiais das Forças Amigas: Equador, Venezuela, Angola, Bolívia, Moçambique, Colombia, pilotos da TAM, GOL, BHS, Embraer e um Perito Criminal da Polícia Federal.

Relatório Final do acidente com o Schweizer 269C-1, PR–SCO, de Alagoas

O CENIPA divulgou o relátorio final da investigação do acidente com o helicóptero  modelo Schweizer 269 C-1, matrícula PR–SCO (Águia 01), pertencente à Secretaria de Defesa Social (SDS) de Alagoas, DIOPAER, que acidentou-se em 19/10/2009 em um conjunto habitacional no bairro do Tabuleiro dos Martins, na periferia de Maceió/AL.

Dentre as recomendações de segurança emitidas pelo CENIPA, destaca-se algumas que são dirigidas à ANAC e SENASP, mas são muito interessantes para todos os operadores de segurança pública do Brasil:

1) Certificar-se, por ocasião das Vistorias de Segurança de Voo realizadas nos operadores de Segurança Pública e/ou Defesa Civil, do preenchimento adequado do Diário de Bordo.

2) Apreciar a estrutura mínima organizacional voltada para os Operadores de Segurança Pública e/ou Defesa Civil, quando apresentada pela SENASP, visando incluí-la na legislação pertinente.

3) Instituir um grupo de trabalho por meio do Conselho Nacional dos Operadores de Segurança Pública e/ou Defesa Civil, visando consubstanciar a implementação de uma estrutura mínima organizacional, a ser adotada no âmbito desse segmento, com o propósito de padronizar e otimizar a gestão técnica, administrativa e de Segurança de Voo.

4) Submeter a proposta de estrutura mínima organizacional à apreciação da ANAC com intuito de permitir a sua inclusão na legislação pertinente.

Leia aqui o Relatório Final na íntegra

 

Receba notícias por e-mail

Receba por e-mail novidades do

RESGATE AEROMÉDICO

 

Você recerá um e-mail para confirmar sua inscrição.

Não compartilhamos seus dados com terceiros.

OBRIGADO

por se inscrever !

 

Você recerá um e-mail para confirmar sua inscrição.