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AS 350

Pouca experiência do piloto e deficiente gestão contribuíram para o incidente com helicóptero durante combate a incêndio em Portugal

Portugal – No dia 21 de junho de 2019, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) publicou o Relatório Final sobre a investigação do incidente com helicóptero de combate a incêndio florestal da Everjets, ocorrido em 16 de julho de 2017, durante operação no concelho de Alijó, distrito de Vila Real.

Segundo a investigação, “foi identificada como causa mais provável para o acidente a perda de consciência situacional do piloto, permitindo o contato do rotor de cauda com a água [da Barragem de Vila Chã], ao tentar encher e testar o sistema de balde de combate a incêndios, durante a primeira operação do dia.”

Os investigadores indicaram quatro fatores contribuintes para o acidente:

  1. A falta de experiência do piloto na operação de combate aos incêndios;
  2. O piloto não estava familiarizado com o sistema de abertura do balde da aeronave acidentada;
  3. A aeronave continha uma modificação não documentada nos processos de manutenção e operação, e
  4. O operador não realizou adequadamente a aceitação e introdução da aeronave na sua frota e operação.
Pouca experiência do piloto e deficiente gestão contribuíram em incidente com helicóptero durante combate a incêndio em Portugal.

Quanto ao AS350, dado como destruído após a queda na tarde de 16 de Julho, foi instalado um botão/interruptor (sistema “SLING”) que permitia ativar o alijamento de água do balde, mas esta modificação/configuração não foi inscrita na documentação técnica deste AS350.

Segundo o GPIAAF, a configuração “não estava de acordo” com o descrito nos suplementos (manuais) técnicos, relativamente ao interruptor para ativação/alimentação do sistema de abertura do balde, salientando que “não foi possível identificar na documentação técnica da aeronave a origem desta configuração”.

“O operador produziu um documento que mostrava a localização e procedimento de abertura de balde nas diferentes aeronaves, tendo em vista as diferentes configurações, porém o referido interruptor de ativação não estava mencionado, estando um outro localizado no comando do coletivo”, descreveram os investigadores.

Nesse sentido, o GPIAAF concluiu que “não pode, portanto, ser excluída a possibilidade de o piloto não ter acionado o comando/interruptor de alimentação do sistema de balde, visto esta ser a sua primeira operação nesta aeronave específica”.

Os investigadores ressalvam, porém, que, “sendo que a aeronave não estava equipada com gravadores de dados de voo para monitorizar esse sistema, não é possível confirmar tal possibilidade”, mas ficaram, no entanto, com uma certeza de que “o sistema de balde de água foi removido da aeronave e içado por um empilhador para permitir o teste operacional. O sistema operou corretamente e descarregou por completo a água do balde na primeira tentativa”, concluiu o GPIAAF.

Pouca experiência do piloto e deficiente gestão contribuíram em incidente com helicóptero durante combate a incêndio em Portugal.

De acordo com os regulamentos existentes, para fazer face à complexa operação de combate aos incêndios, o operador realiza ações de formação com o objetivo de assegurar a operação da frota em segurança.

Segundo o GPIAAF, “não foi demonstrado nenhum tipo de formação específica sobre diferenças na operação do sistema “SLING” da aeronave acidentada.”

Outra questão relevante é o fato do piloto, que sofreu escoriações, não estar de serviço e ter sido chamado pela Everjets para substituir o colega adoentado. “Apesar de ter descansado, realizou uma deslocamento de carro, de cerca de duas horas, para chegar à base de operação, no Aeródromo de Vila Real”, segundo o relatório.

Apesar de ter mais de 1000 horas de tempo de voo, “o piloto contava com uma experiência reduzida” no AS350 e, “no que diz respeito à realização de operações de combate aos incêndios, esta seria a sua primeira missão a operar a aeronave acidentada”.

O GPIAAF frisa, contudo, que o piloto demonstrou “ter um nível de conhecimento considerável no manuseamento em voo da aeronave”, acrescentando que os seus registros “demonstram ainda que a sua experiência de voo foi adquirida aos comandos de uma aeronave menor, o Robinson R44, equipada com motor convencional”.

O relatório contou que após o enchimento do balde, o piloto não conseguiu descarregar a água, acionando o sistema de abertura do balde. O piloto aproximou-se depois da margem da barragem para forçar a abertura do balde, tocou no solo e entornou a água. Já depois de ter conseguido descarregar a água, quando tentava reposicionar a aeronave para nova recolha de água, “o rotor de cauda do helicóptero tocou inadvertidamente na superfície da água e caiu no solo”.

AS350 Esquilo se consolida como helicóptero mais utilizado em missões governamentais em todo o mundo

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Frota brasileira deste modelo em atividades públicas já chega a 120 unidades em 17 estados

Com mais de 35 anos de produção mundial e 33 anos no Brasil, o helicóptero AS350 Esquilo, em suas diversas versões, consolidou-se como a aeronave mais utilizada por todas as Instituições governamentais que operam helicópteros, através de seus grupamentos aéreos policiais civis e militares, corpo de bombeiros, defesa civil, além de outras instituições como o IBAMA, consagrando-se como “ o helicóptero monoturbina multimissão de segurança pública” em todo o mundo.

Considerando todos os segmentos de mercado, o Esquilo já contabiliza mais de 22 milhões de horas voadas pelas suas quase 5.000 unidades vendidas em mais de 90 países.

No Brasil, sua vocação de aeronave de uso público foi marcada já pela primeira unidade produzida, em 1978, adquirida pela Marinha do Brasil e até hoje em atividade, realizando as mais diferentes missões como aquelas desempenhadas pela Força na Antártida. O Exército, outro operador do Esquilo com mais de 30 unidades, já ultrapassou as 100.000 horas de vôo, também em diferentes missões em todas as regiões do país.

No segmento policial, o primeiro operador de Esquilo foi a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que iniciou suas operações em setembro de 1980, contando hoje mais de 30 anos de atividade com este equipamento.

Já o maior operador governamental brasileiro é o Grupamento de Radiopatrulha Aérea ” João Negrão”, da Polícia Militar de São Paulo, que conta com 21 unidades do Esquilo. Uma de suas aeronaves está atualmente sendo modernizada na oficina da Helibras em Itajubá.

“O AS350 Esquilo tem sido uma ferramenta imprescindível para a Polícia Militar de São Paulo, por suas características de versatilidade na operação, garantindo sua utilização em todas as regiões do Estado, inclusive nas grandes cidades, com rápida resposta para as mais diversas missões”, avalia o Comandante da unidade, Ten Cel PM Marco Antonio Severo Silva. “Sua versatilidade na operação foi decisiva para a expansão do Grupamento ao criar 10 bases no interior do Estado. Hoje, cada um dos 41 milhões de cidadãos paulistas tem 1 Águia a 15 minutos de vôo para socorro, seja para resgate ou para ação policial”, completa.

O Esquilo mais voado em todo o Brasil também encontra-se desempenhando missões de resgate pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina e SAMU SC. Trata-se do PT-HLU, o “ARCANJO-01”, que já soma mais de 26 mil horas de voo, executadas tanto para clientes do mercado civil como governamental.

“A parceria do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina com o SAMU no Estado, alugando esta aeronave, trouxe grandes benefícios para toda a população catarinense, pois conseguimos dar agilidade aos resgates através de deslocamentos rápidos e seguros para todas as regiões de nosso estado. Isso nos permitiu atingir 1.000 atendimentos, com 944 pessoas socorridas em apenas 18 meses de atividades”, avalia o Ten Cel BM Edupércio Pratts, Comandante do BOA/CBMSC.


Fonte: Convergência Comunicação Estratégica.


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