Mato Grosso – Prefeituras de 14 municípios de Mato Grosso receberam novas ambulâncias que vão auxiliar no atendimento de resgate feito pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso. “Adotamos uma solução para que os municípios do interior possam receber as frotas, pois as que tínhamos não estavam em boas condições operacionais. A nossa preocupação foi garantir que as ambulâncias estejam disponíveis para garantir o salvamento de vidas com eficiência”, salientou o governador Mauro Mendes.
Os municípios contemplados foram Alto Araguaia, Sinop, Nova Mutum, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Barra do Garças, Nova Xavantina, Confresa, Cáceres, Pontes e Lacerda, Tangará da Serra, Juína, Alta Floresta e Colíder. As ambulâncias no modelo furgão são equipadas com pranchas, macas, cilindro de oxigênio, colar cervical, além de kit de primeiros socorros e contenção de hemorragias.
“Trabalhamos com resgate e atendimento pré-hospitalar e esta é uma atividade que tem uma demanda grande em Mato Grosso. São em média 30 mil atendimentos por ano. As viaturas são novas e devem ser substituídas a cada dois anos e sem dúvidas vão melhorar o atendimento à população”, destacou comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar, Coronel BM Alessandro Borges.
O prefeito de Confresa, Ronio Condão, recebeu a unidade móvel de atendimento e contou que a cidade atende moradores de várias localidades da região.
“A ambulância traz mais agilidade ao atendimento das vítimas na nossa cidade e também em municípios vizinhos como Porto Alegre do Norte, Canabrava, Vila Rica e Santa Terezinha. Há menos de um ano contamos com equipe do Corpo de Bombeiros e Confresa e esta viatura vai somar com a qualidade do atendimento disponibilizado”, afirmou o prefeito.
De acordo com o prefeito de Sorriso, Ari Lafin, o Corpo do Bombeiros do município tem atendido 150 ocorrências por mês. “Temos uma demanda significativa em relação aos acidentes de trânsito. O crescimento acelerado no números de veículos em circulação faz com que a demanda do Corpo de Bombeiros automaticamente aumente e esta estrutura por parte do governo é importantíssima”.
Alagoas – Pode ser por transporte aéreo ou terrestre. Se uma pessoa estiver em uma unidade de saúde em estado grave e precisar de transferência inter-hospitalar, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Alagoas fará o deslocamento desse paciente para o local que for referência no tratamento da doença.
Os principais casos de transferências são acidentes vasculares encefálicos (AVE), infartos e traumas graves. Os pacientes são deslocados, em sua maioria, de unidades do interior que possuem menos recursos para serviços de maior complexidade, onde estejam disponíveis internamentos clínicos ou em Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) ou, ainda, para a realização de procedimentos cirúrgicos.
De acordo com Maxwell Padilha, coordenador médico do Samu Maceió, todas as transferências inter-hospitalares são solicitadas pelo médico responsável por aquele paciente. “Ambulância ou helicóptero só são liberados quando existe um acordo entre as unidades de saúde; do local onde o paciente está internado, para o local que irá recebê-lo. Quando isso estiver acertado, o profissional irá informar ao Samu que o leito está disponível, e solicitar o melhor tipo de transporte, aéreo ou terrestre”, explicou o médico.
Somente em 2017, o Samu Alagoas foi acionado 3.644 vezes para fazer a transferência de pacientes por meio de suas Unidades de Suporte Avançado (USA), Unidades de Suporte Básico (USB), pelo Falcão 05, helicóptero do Serviço Aeromédico, e pela USA Neonatal, ambulância utilizada para o deslocamento de bebês em estado grave com até 28 dias vida. Em Maceió foram 2.924 solicitações e a central de Arapiraca fez a transferência inter-hospitalar de outros 720 pacientes.
Segundo o Major Dárbio Alvim, supervisor o Samu Alagoas, o transporte terrestre ou aéreo também pode ser feito para estados próximos de Alagoas. “Tudo vai depender da gravidade do paciente, caso seja necessário, depois de ser feito o protocolo entre o médico responsável e a regulação médica do Samu. O deslocamento também pode ser feito para estados vizinhos como Pernambuco, Sergipe e Bahia. Outro transporte que pode ser realizado pelo Samu é para a realização de transplantes, tanto do órgão para a cirurgia, com do paciente receptor”, informou o supervisor.
Corrida contra o tempo
Esse foi o drama vivido por José da Silva, o cabo J. Silva, do Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRP) da Polícia Militar do Estado de Alagoas. No mês de novembro ele precisou ser transportado por uma ambulância do Samu até a cidade de Recife (PE), onde foi submetido a uma cirurgia de urgência, após ser diagnosticado com mielopatia cervical espondilótica, uma lesão na coluna vertebral com a compressão da medula na altura do pescoço.
“Um dia acordei sentindo um formigamento na ponta dos meus dedos. Achei estranho e fui logo ao médico para saber o motivo. Depois de alguns exames, foi detectada uma hérnia na região do pescoço, e era necessário operar o mais rápido possível, para que o quadro não se agravasse”, lembrou.
“Com essa indicação, os profissionais que me ajudaram correram contra o tempo para que eu pudesse realizar a cirurgia em Recife, e logo solicitaram uma viatura do Samu, já que meu estado estava evoluindo rápido e começava a ficar sem força nos músculos; sem conseguir dar um aperto de mão firme”, recordou o cabo.
No dia 18 de novembro, o policial fez a cirurgia na coluna, e aos poucos está se recuperando. Segundo os médicos, a rotina de treinamentos, o dia-a-dia das atividades na polícia, juntamente com alguns sintomas de estresse, desencadearam a hérnia no paciente.
“Nesses meus 20 anos como policial militar, já acompanhei as equipes do Samu em muitas ocorrências onde é necessária a presença da PM, como em situações que envolvam vítimas de arma branca ou arma de fogo. Mas nunca imaginei que eu fosse precisar da ajuda do Samu; sou muito grato a todos que me ajudaram nesse momento difícil. Se antes eu admirava o trabalho dos socorristas, agora valorizo ainda mais o que esses guerreiros fazem pela população alagoana”, agradeceu José Silva.
O cabo está fazendo fisioterapia e conta o tempo que falta para retornar às atividades. “Devo estar de volta ao serviço em fevereiro de 2018, com todo o gás nos meus treinamentos para poder estar apto à minha rotina dentro do BPRP. Também quero retomar o projeto que tenho de dar aulas de jiu-jitsu para as crianças carentes do bairro São Jorge. Quero poder ajudar os pequenos a ficar longe das drogas”, concluiu.
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