Brasil – Equipes de resgate aéreo da Marinha e da Força Aérea vêm obtendo excelentes resultados em suas missões, atuando com maestria em uma diversidade de terrenos, de logísticas e aspectos operacionais. Não faltam acionamentos para o bom uso delas, com destaque a duas missões que ocorreram no mesmo dia (13/4) em regiões distintas do território nacional.
1ª Missão:
Pará – Um helicóptero Super Cougar (EC-725) foi utilizado recentemente em uma famosa missão de resgate de 6 tripulantes no Pará. Na ocasião, a embarcação enfrentou um temporal e afundou após estrutura ter sido danificada pelo fogo na parte da cozinha. Os sobreviventes conseguiram passar 17 dias na ilha das Flechas, utilizando alimentos que estavam no barco e água da chuva.
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Um fato curioso foi a ideia que o tripulante Jefferson teve em escrever um pedido de socorro, dentro de uma garrafa, amarrando-a a uma boia e soltando na água. Jefferson afirmou que “aprendeu essa tática em um curso que fez na Marinha, onde foi dito que em casos como esses podia se escrever um bilhete, colocá-lo em uma garrafa e amarrá-lo em uma boia, colocando no mar”.
Essa carta foi achada por pescadores que estavam na região costeira da ilha, que alertaram as autoridades locais. Foram acionados órgãos estaduais, que participaram junto com a Marinha desse resgate dos náufragos.
Na aeronave, eles foram imediatamente atendidos pelos militares, que prestaram os primeiros socorros. Apesar de estarem em bom estado geral de saúde, foram transportados até Belém (PA) e encaminhados em ambulância do SAMU para a Unidade de Pronto Atendimento, recebendo nova avaliação médica.
2ª Missão:
Rio Grande do Norte – Nesse mesmo dia, a aeronave H-36 “Caracal” da Força Aérea Brasileira (FAB) participou de exercícios em conjunto com o Navio-Patrulha “Goiana”, meio subordinado ao Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Nordeste, nas proximidades da cidade de Natal.
Foram conduzidos treinamentos de pick-up, que são transferências de carga de um navio para um helicóptero pairando sobre a embarcação, bem como treinamentos de evacuação aeromédica, por meio de içamento de pessoal a partir do convés do navio.
As operações permitiram incrementar a interoperabilidade entre as Forças, além de viabilizar a manutenção da qualificação das equipes para atuar em Operações de Busca e Salvamento na área de jurisdição do Comando do 3° Distrito Naval.
Helicópteros das Forças Armadas do Brasil se destacam em missões no mesmo dia
Rio de Janeiro – O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) instalou uma Unidade Avançada de Suporte Aeromédico (UASA) nas dependências do Grupamento de Operações Aéreas (GOA), na Lagoa.
O espaço tem a finalidade de promover condições de atendimento e suporte avançado de vida em apoio às operações aéreas do GOA. A iniciativa é uma parceria entre a Diretoria de Socorro e Emergência (DSE) e o Comando de Área VIII (atividades especializadas).
De acordo com a diretora da DSE, coronel Cláudia Nogueira, o atendimento na base fixa é uma continuidade do serviço aeromédico e será feito por um médico, enfermeiro e técnico em enfermagem. “A vítima chega de helicóptero e é recebida na UASA pela equipe especializada. O paciente pode ficar em um leito de observação e tratamento até sua remoção ao hospital de referência”, explicou Cláudia.
“O transporte é feito por meio de uma ambulância da corporação ou de outro ente ou unidade destinada para esse fim”, complementou o major Raphael Bastos, chefe da subseção médica do GOA. O local também servirá de apoio aos serviços aéreos das unidades pertencentes à Subsecretaria Adjunta de Operações Aéreas (SAOA) e para o atendimento a eventuais emergências no interior do complexo.
Santa Catarina – Na sexta-feira (15), uma nova operação para o enfrentamento à COVID-19 foi montada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC). Equipamentos hospitalares, incluindo sete ventiladores mecânicos, foram enviados para os municípios de Chapecó e Concórdia.
Foram empenhas equipes e as aeronaves Arcanjo 02 e Arcanjo 04 do Batalhão de Operações Aéreas (BOA), em trabalha em parceria com o Grupo de Resposta Aérea de Urgência (GRAU) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192).
A aeronave Arcanjo 02 transportou no período da manhã para Chapecó três ventiladores mecânicos e oito circuitos de traqueia, juntamente a equipamentos integrantes do conjunto dos respiradores e ventiladores mecânicos. No período da tarde, a aeronave Arcanjo 04 levou até Concórdia, quatro ventiladores e quatro monitores multiparâmetro.
Todo o material foi levado pela SES à sede do BOA, em Florianópolis, de onde partiram as aeronaves. Os Arcanjos prestam apoio ao Governo do Estado e já realizaram inúmeros transportes. Nessa operação foram percorridos em torno de 1513 quilômetros (817 milhas náuticas), em aproximadamente sete horas de voo.
Paraná – Em pouco mais de 35 dias, as aeronaves do Governo do Estado já transportaram 4.569 amostras de material para testes do novo coronavírus, em 19 regionais de Saúde do Paraná, segundo levantamento da Casa Militar, órgão responsável pela operação.
Apenas a Região Metropolitana de Curitiba, Paranaguá, Irati e Ponta Grossa não participam da logística aérea pela proximidade com São José dos Pinhais, onde os testes são realizados.
As aeronaves contabilizaram 219 horas e 53 minutos de voo em pouco mais de um mês (24 de março a 27 de abril), o que significa mais de nove dias ininterruptos de deslocamento. A frota é composta por quatro aviões – um Cessna Caravan, dois Sênecas III e o King Air 350 – e mais um helicóptero.
Aeronaves da Polícia Militar e da Polícia Civil também são usadas, conforme a necessidade. Essa logística foi desenhada pela Casa Militar e pela Secretaria de Estado da Saúde e ajuda a mapear melhor e mais rápido a circulação do novo coronavírus no Paraná. Além disso, possibilita o diagnóstico preciso aos pacientes a partir do teste de detecção realizado no Laboratório Central do Estado (Lacen-PR), que é referência no Paraná para o tipo mais completo de exame (RT-PCR).
COMO FUNCIONA
As prefeituras transportam as amostras do material coletado nas vias respiratórias do paciente até as sedes das regionais e elas encaminham o conjunto para uma das nove cidades com aeroportos que cobrem o Paraná de Leste a Oeste e de Norte a Sul: Guarapuava, União da Vitória, Telêmaco Borba, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Pato Branco e Umuarama.
De acordo com a logística estabelecida pela cooperação, servidores destacados das regionais de Saúde informam a Casa Militar sobre a quantidade de amostras que precisam ser transportadas no dia seguinte, e o órgão prepara a logística de coleta, com a orientação de que os testes devem chegar no Lacen até as 11 horas.
Além dos exames, as aeronaves ajudam a transportar caixas UN3373 para as regionais. Essas embalagens são próprias para material biológico. A organização logística é específica para o Lacen e não envolve os demais laboratórios privados ou públicos já credenciados.
Estados Unidos – A Força Aérea dos Estados Unidos está se preparando para possíveis evacuações em massa de pacientes infectados por COVID-19, testando se pode transportar dezenas de pessoas a bordo de suas aeronaves sem primeiro isolá-las em cápsulas de contenção.
Entre os dias 4 e 11 de abril, o Comando de Mobilidade Aérea da Força Aérea dos EUA, em conjunto com pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa Estratégica da Universidade de Nebraska (UNMC) e da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa, conduziu experimentos de fluxo de ar durante uma semana em seis aeronaves diferentes.
Os aviões foram enviados à base da Guarda Nacional Aérea de Nebraska para testar o fluxo de ar e reduzir o risco de tripulações transportando pacientes com COVID-19. “O objetivo foi analisar como o ar em viagens aéreas circulam dentro da aeronave, usando gotículas rastreáveis”, disse o major Dave Sustello, oficial de operações do Esquadrão de Avaliação e Teste da AMC.
As equipes estudaram o fluxo de partículas nas aeronaves KC-135 Stratotanker, C-17 Globemaster III e C-130J Hercules, seguidas de testes nos KC-46 Pegasus, KC- 10 Extender e C-5M Super Galaxy, todas com capacidade para transportar vários passageiros.
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Segundo as pesquisas, como regra geral, nessas aeronave o ar flui da frente para trás, o que é uma coisa boa, pois leva o ar para longe dos membros da tripulação. Apesar disso, essas aeronaves possuem configurações diferentes e estão analisando os sistemas para ver onde esse ar flui e se ele pode circular de volta para os pilotos ou para os compartimentos das tripulações.
Além disso, estão estudando formas de acomodar assentos ou beliches para transporte de pessoal. Em casos de evacuação aeromédica, as equipes podem até construir um sistema portátil de assistência médica, transformando o interior da aeronave em uma sala de emergência improvisada.
Os engenheiros primeiro fizeram varreduras geométricas dentro de cada aeronave para determinar a escala do compartimento interno, que possibilitou recriar modelos semelhantes por meio de um projeto auxiliado por computador.
Em seguida, vários testes foram realizados durante o voo e também em solo. Pesquisadores lançaram microesferas de látex de poliestireno, ou partículas com tamanho de um a três mícrons “para simular o tamanho do novo coronavírus”. As partículas também tinham uma assinatura, para que pudessem ser rastreadas sempre que “viajassem” dentro do avião.
As partículas foram marcadas com corante fluorescente com uma assinatura de DNA específica. O teste não apenas avaliava quantas esferas foram encontradas em cada parte da aeronave, mas também exatamente “de onde elas vieram”.
O objetivo é entender se os pacientes podem ser movidos com segurança sem usar o Sistema de Isolamento de Transporte (TIS). No início deste mês, a tripulação e o pessoal médico usaram o TIS pela primeira vez desde o surto de Ebola para transportar três pacientes que testaram positivo para o coronavírus. O TIS, no entanto, só pode transportar de dois a quatro pacientes dentro do compartimento.
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O TIS “é um sistema muito conservador”, disse Sustello. A Força Aérea possui 13 unidades TIS prontas para a missão, totalmente configuradas. “Estamos analisando mais uma abordagem que pode levar muito mais passageiros confirmados ou suspeitos de contaminação com COVID-19 e movê-los para onde eles precisam receber cuidados, minimizando os riscos para a tripulação“.
Os resultados do experimento para o KC-135, C-130 e C-17 devem ser entregues ao Comando de Mobilidade Aérea e ao Comando de Transporte dos EUA até o final da semana. Os resultados das três aeronaves restantes devem estar prontos na próxima semana, disse Sustello.
“Há muitos casos aparecendo e estamos sempre procurando maneiras de estar prontos para a próxima luta, e essa luta está aqui no COVID-19. Precisamos descobrir como levaremos uma grande quantidade de pacientes para onde precisem obter os melhores cuidados”, disse Sustello.
As descobertas também podem beneficiar outras agências. Os testes realizados têm como objetivo mitigar o risco para todos aviadores e, ao mesmo tempo, fornecer aos comandantes em todo o mundo a capacidade de repatriar rapidamente o pessoal que está infectado ou exposto ao COVID-19.
“A pesquisa não se aplica apenas ao atual surto. As lições aprendidas aqui em Nebraska também serão valiosas para operações futuras.”, disse o coronel Col. John Williams, 155th Air Refueling Wing, Operations Group commander.
Itália – A Força Aérea Italiana realizou várias missões transportando suprimentos e equipamentos médicos (máscaras, equipamentos de proteção individual, ventiladores), bem como pessoal especializado em toda a Itália. Esses voos complementaram os realizados por aeronaves comerciais e de Forças Aéreas de vários países.
Para apoiar esse trabalho essencial, Leonardo está realizando uma série de voos para transportar material médico e transferi-lo para as regiões e centros mais afetados pela pandemia.12
A Divisão de Aeronaves da Leonardo disponibilizou ativos às autoridades para apoiar a emergência do Coronavírus. 70 helicópteros e 7 aviões foram disponibilizados para apoiar a emergência, incluindo ATR 42 e 72 (Guarda Costeira Italiana e Polícia Aduaneira) e os C-27J da Força Aérea Italiana, que foram empregados como “ambulâncias aéreas” para transportar pacientes em capsulas de isolamento e equipamentos de ventilação.
Nas últimas duas semanas, o ATR 72 voou cerca de 5.230 milhas náuticas entre Turim e vários destinos italianos (Roma, Sicília, Sardenha, Puglia, Veneto), transportando 3,1 toneladas. O C-27J voou 3.000 milhas náuticas, transportando 3,5 toneladas para as principais ilhas e Apúlia, passando por Roma.
O compromisso não foi uma tarefa fácil para a organização, dada a natureza excepcional do tipo de voo e os riscos à saúde dos envolvidos:
“Aempresa implementou todas as precauções necessárias para poder trabalhar com um nível adequado de segurança. Sou um dos poucos sortudos que ainda podem trabalhar e tentar ter uma vida o mais “normal” possível, apesar das restrições sociais e econômicas às quais todos estamos sujeitos, no entanto, essa atividade representa para mim e para todos nós uma fonte de orgulho e satisfação adicional“, disse o líder da Divisão de Linha Aérea da empresa.
Paraná – As aeronaves do Governo do Estado já coletaram 1.457 amostras de material para testes do novo coronavírus nas regionais de Saúde do Paraná, segundo levantamento da Casa Militar, órgão responsável pela operação logística do transporte. As aeronaves da frota contabilizaram 73 horas e 20 minutos de voo em apenas duas semanas (23 de março a 5 de abril), o que significa três dias ininterruptos de deslocamento
Essa logística foi desenhada com apoio da Secretaria de Estado da Saúde e ajuda a mapear melhor e mais rápido a circulação do novo coronavírus, além de possibilitar o diagnóstico preciso aos pacientes a partir do teste de detecção realizado no Laboratório Central do Estado (Lacen-PR), em São José dos Pinhais, que é referência no Paraná para esse tipo de exame (RT-PCR). Apenas as amostras de Curitiba (e região) e Ponta Grossa não contam com apoio aéreo pela proximidade.
Essa ação integrada permite ao Paraná delinear estratégias mais certeiras de combate à Covid-19. O uso dessas aeronaves permite deslocamento rápido e realização de exame pelo Lacen em até 72 horas.
A frota de aeronaves que a Casa Militar está utilizando é composta por quatro aviões – um Cessna Caravan, dois Sênecas III e o King Air 350 – e mais um helicóptero. Aeronaves da Polícia Militar e da Polícia Civil também são usadas conforme a necessidade. As regionais que mais demandaram transporte de amostras até o momento foram Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Maringá e Londrina, Pato Branco e Umuarama. Juntas, elas englobam 141 municípios.
COMO FUNCIONA
As prefeituras transportam as amostras do material coletado nas vias respiratórias do paciente até as sedes das regionais e elas encaminham o conjunto para uma das nove cidades com aeroportos que cobrem o Paraná de Leste a Oeste e de Norte a Sul: Guarapuava, União da Vitória, Telêmaco Borba, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Pato Branco e Umuarama.
De acordo com a logística estabelecida pela cooperação, servidores destacados das regionais de Saúde acionam a Casa Militar e informam a quantidade de amostras que precisam ser transportadas no dia seguinte, e o órgão prepara a logística de coleta, com a orientação de que os testes devem chegar no Lacen até as 11 horas. Além dos exames, as aeronaves ajudam a transportar caixas UN3373 para as regionais. Essas embalagens são próprias para material biológico.
A organização logística é específica para o Lacen e não envolve os demais laboratórios privados ou públicos já credenciados.
LACEN
O Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) é o principal ponto de referência do Paraná para os exames. Já foram realizados quase 5 mil testes desde o aparecimento dos primeiros suspeitos no Paraná. Atualmente a capacidade diária é de cerca de 600.
O Lacen recebe diariamente exames de todos os municípios e em até 72 horas conclui pela presença ou ausência do novo coronavírus. O quadro funcional conta com 70 profissionais e bolsistas contratados para auxiliar nos processos de detecção durante a pandemia.
Os resultados do Lacen e dos demais laboratórios privados são inseridos no GAL (Gerenciador de Ambiente Laboratorial) e permitem acesso remoto das equipes de saúde dos municípios. Essa é a estrutura básica dos boletins epidemiológicos emitidos diariamente pela Secretaria de Estado da Saúde.
Estados Unidos – A Textron Aviation anunciou um contrato de cinco aviões Beechcraft King Air 350 para o serviço aeromédico da Pel-Air, com sede em New South Wales, na Austrália. As entregas dos aviões deverão começar ainda este ano e encerrar em 2021.
Os cinco aviões turboélices King Air 350 serão usados pela Pel-Air para fornecer serviço de ambulância aérea contratada pela NSW Air Ambulance (New South Wales Ambulance), agência governamental que presta serviços móveis de saúde, de resgate e transporte de pessoas com necessidades médicas de emergência em Nova Gales do Sul, Austrália.
As novas aeronaves, que serão baseadas em Mascot, aeroporto de Sydney, substituirão a atual frota mista de aeronaves King Air B200C e B350C que foram usadas para apoiar o NSW Ambulance até o momento. A NSW Ambulance responde a 1,2 milhão de pedidos de ajuda a cada ano, em mais de 80.000 quilômetros quadrados.
Além dos aviões, a NSW Ambulance opera nove helicópteros Leonardo AW139, em sete bases. Os aviões têm capacidade para transportar dois pacientes em macas. Eles contam com um piloto e uma enfermeira de voo. Dependendo dos requisitos clínicos do caso, um médico pode ser adicionado ao voo.
“Estamos muito orgulhosos que a NSW Ambulance tenha escolhido continuar com o King Air em apoio às suas necessidades operacionais críticas de serviços de emergência em Nova Gales do Sul”, disse Bob Gibbs, vice-presidente de Vendas de Defesa e Missões Especiais da Textron Aviation.
“O King Air provou ser muito eficiente, particularmente em operações de ambulâncias aéreas em Nova Gales do Sul, onde grande parte da necessidade é em áreas rurais e pistas com pouca infraestrutura e que dominam nossa área de serviço”, disse Eugene Lee, Chefe de Operações da Pel-Air.”
Paraná – O Paraná é referência nacional em transplante de órgãos em função de um eficiente sistema de coleta e transporte, e da conscientização da população, que entende a importância da doação. Para agilizar e ampliar esse serviço, em razão da crescente demanda, o governo estadual instituiu uma comissão que avalia a troca das aeronaves que são utilizadas na captação das doações.
O grupo de trabalho, formado por servidores da Casa Militar e Secretaria de Estado da Saúde, elabora um relatório que dará base ao edital de compra de um avião mais moderno. Uma das premissas é da economicidade. Por isso, a opção em estudo é adquirir um modelo seminovo, mas que tenha maior autonomia de voo em relação à frota existente.
Entre 2011 e 2018 houve aumento de 208% na demanda da Central Estadual de Transplantes, mas nenhuma aeronave foi adquirida nesse período. Até o final de setembro deste ano foram realizados 1.257 transplantes no Paraná – 623 órgãos e 634 córneas – e mais de 90 voos foram realizados para essa finalidade.
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O volume de captação poderia ser maior se as aeronaves disponíveis tivessem maior capacidade de voo. Hoje, o trabalho está concentrado em dois aviões do modelo Sêneca III, com mais de 35 anos de uso. Essas aeronaves voam em baixa velocidade e têm severas restrições em relação ao clima, por operar também em baixas altitudes.
Segundo a médica Arlene Terezinha Cagol Garcia Badoch, coordenadora da Central Estadual de Transplantes, sem as aeronaves, metade dos procedimentos realizados nos últimos anos não teria acontecido, mas o reforço do serviço de transporte é fundamental para ampliar o número de atendimentos.
“O Paraná é o Estado com maior volume de doações no Brasil. Se fôssemos um País, estaríamos entre os primeiros do mundo”, pontua Arlete. “Essas conquistas só foram possíveis com auxílio da aviação e das equipes multidisciplinares que trabalham 24 horas por dia para garantir vidas salvas”, ressalta a médica.
AERONAVE
A orientação técnica para o serviço é pelo uso de um bimotor turboélice, que permita voos acima de 29 mil pés, com velocidade acima de 500 quilômetros por hora – o dobro das atuais aeronaves -, e que tenha capacidade para atravessar grandes linhas de instabilidade climática, típicas das frentes frias que frequentemente atingem o Paraná.
“Com o aumento da velocidade de cruzeiro, os tempos de voo entre os aeroportos serão reduzidos em quase 50%. Aumentamos a capacidade de realizar eventuais desvios meteorológicos e a eficácia no processo”, destaca o major Welby Pereira Sales, chefe da Casa Militar. “Com menor tempo de voo, o número de missões com a mesma estrutura administrativa poderá ser aumentado consideravelmente”.
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TEMPO
A agilidade da operação de transporte é fundamental para o sucesso do transplante porque entre o momento da retirada do órgão ou tecido há um intervalo de isquemia, que é o tempo entre o bloqueio do fluxo sanguíneo até o momento em que há nova irrigação, já no corpo do receptor. No caso de coração e pulmão, por exemplo, este tempo é de aproximadamente 4 horas.
“Há um grande empenho do governo em ampliar este serviço e reforçar a estrutura logística é fundamental. Já somos referência no Brasil em transplantes, mas acreditamos que é possível fazer muito mais”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “O transporte mais eficiente e rápido permitirá dar uma nova oportunidade de vida para pacientes que aguardam na fila do transplante”.
HISTÓRICO
Até 2011 todos os transportes de órgãos eram feitos apenas por via terrestre. Naquele ano a Seção de Transporte Aéreo (STA) da Casa Militar estabeleceu um convênio com a Central Estadual de Transplantes, e, desde então, mantém as aeronaves disponíveis para apoiar as captações e transportes de órgãos.
O apoio aéreo trouxe inúmeros benefícios para o sistema estadual de transplantes, entre eles o aumento na capacidade de captações e salvamento de vidas, rapidez e tempo de resposta da equipe multidisciplinar envolvida. Outro aspecto é a menor incidência de atrasos na liberação dos corpos dos doadores.
PLANO ESTADUAL
O Paraná foi o primeiro Estado do Brasil a concluir e aprovar um Plano Estadual de Doação e Transplantes, com planejamento até 2022. Tudo é controlado em uma Sala de Situação, que monitora o Estado 24 horas por dia e faz a análise dos dados para elaborar estratégias de ação. São quatro câmaras técnicas – coração, fígado, rim e córneas.
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ESTATÍSTICA
Entre janeiro e setembro deste ano foram realizados 1.257 transplantes (623 órgãos e 634 córneas) no sistema estadual. Houve captação de 543 doadores falecidos e de 80 doadores vivos, com destaque para rins (421) e fígados (180).
Entre 2011 e 2018, o Paraná somou 1.530 doadores efetivos, sendo transplantados 3.710 órgãos. A média nacional de doações de órgãos é de 17 pmp (partes por milhão da população), enquanto o Paraná fechou os primeiros dez meses deste ano com 42 pmp.
O salto estadual entre 2010 e 2018 foi de 600%: o Estado tinha 6,8 doadores pmp no começo da década e atingiu 47,7 pmp no ano passado, liderando o ranking de doações no país.
AS EQUIPES
A Central Estadual de Transplantes mantida pelo Governo do Paraná está localizada em Curitiba, mas há quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPO’s), na capital, Londrina, Maringá e Cascavel.
Estes centros trabalham na orientação e capacitação das equipes distribuídas em 67 hospitais do Paraná, que mantêm Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT).
Ao todo são cerca de 700 profissionais envolvidos, entre eles 23 equipes de transplante de órgãos, 25 centros transplantadores de córneas e três bancos de córneas em atividade – Londrina, Maringá e Cascavel.
Santa Catarina – Um incidente ocorrido na manhã de quinta-feira (8) tirou de circulação temporariamente o avião Arcanjo 04, operado pelo Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar. O avião é utilizado no transporte aeromédico em todo o Estado.
O avião Cessna 206H, matrícula PP-IMA, decolou do Aeroporto Internacional Hercílio Luz (SBFL), em Florianópolis, com destino ao aeródromo Costa Esmeralda (SDEN), em Porto Belo, onde realizaria manutenção preventiva periódica de 100 horas.
Após o pouso no aeródromo Costa Esmeralda, os pilotos perceberam que o trem de pouso frontal começou a ceder, e, na sequência, as pás da hélice tocaram o solo, havendo danos à hélice e ao trem de pouso. Os dois pilotos que tripulavam a aeronave não se feriram.
Os pilotos realizaram os procedimentos corte do motor e de emergência, conforme estabelecido no manual da aeronave. Segundo o BOA, também foi avisado o SERIPA V, sobre o ocorrido.
O avião está com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) e Inspeção Anual de Manutenção (IAM) válidos e em dia, e em situação normal junto à Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC. Os pilotos também possuíam Carteira de Habilitação Técnica de piloto (CHT) e Certificado Médico Aeronáutico (CMA) válidos e em dia. A seguradora da aeronave foi acionada.
O mês de julho é bastante simbólico para a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nascida em 24 de julho de 1918, a PRF completa idade nova. E foi no mês de julho que outra unidade também aniversariou; a Divisão de Operações Aéreas (DOA). A unidade completou 20 anos de criação.
A PRF ganha os céus
A Divisão de Operações Aéreas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi criada por meio da Portaria N° 308 do Ministério da Justiça, de 30 de junho de 1999. No entanto, a mesma só foi assinada e publicada no DOU do dia 01/07/1999.
A DOA tem como atribuições a execução do patrulhamento aéreo nas rodovias federais em apoio às operações de segurança pública e de segurança do trânsito, além do resgate aeromédico e transporte de pessoas e bens.
Atualmente a unidade dispõe de nove helicópteros denominados “Patrulha”. Sendo de três modelos distintos: 05 Bell 407, 01 Bell 412 EP e 03 EC-120B; estes, mais conhecidos como Colibri. Há ainda dois aviões, sendo um Piper Sêneca III e um Cessna Grand Caravan. Além disso, conta com seis bases regionais operando em todo o Brasil, além de sua sede em Brasília.
A DOA tornou-se referência em ações policiais e de resgate em todo o Brasil. A unidade participou em todos os grandes eventos que marcaram a imagem do país em todo o mundo. As aeronaves da DOA são largamente empregadas nas ações de erradicação de maconha, durante as operações conjuntas no Nordeste do Brasil.
No entanto, um dos serviços mais destacados feitos pela força aérea da PRF são os resgates de feridos em acidentes e remoções de pacientes. A agilidade neste tipo de serviço faz com que sejam elevados os índice de sobrevida das vítimas atendidas pela unidade.
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Renovação
A Polícia Rodoviária Federal deu mais um grande passo rumo à modernização de seus meios com a aquisição de um novo helicóptero Koala para compor a frota da Divisão de Operações Aéreas.
Outras seis aeronaves do mesmo modelo fazem parte do pacote de compras do órgão. O modelo escolhido foi o AgustaWestland AW 119 Koala, é um helicóptero monoturbina e terá um papel multimissão, com capacidade para oito pessoas.
A aeronave pode ser configurado para as funções de transporte de passageiros, resgate e transporte aeromédico e apoio policial pela própria tripulação, sem a necessidade da intervenção de um mecânico. O equipamento custou cerca de R$ 24 milhões e a ata de registro de preço prevê a aquisição de até mais seis helicópteros deste tipo.
Treinamento
Para manter a segurança operacional de suas atividades, no início do mês de agosto, 18 policiais da Divisão de Operações Aéreas participaram de um treinamento na Marinha do Brasil, realizado na Unidade de Treinamento de Escape de Aeronave Submersa – UTEPAS da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia – BAeNSPA.
O exercício consiste em treinar os tripulantes de aeronaves, principalmente os de helicópteros, a escapar de uma aeronave totalmente submersa na água após uma queda, ou pouso forçado, de forma segura e controlada. Até o final do mês de agosto, será enviada uma segunda turma.
Mato Grosso – O Centro Integrado de Operações Aéreas, unidade da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), economizou R$ 315 mil na licitação de seguros de quatro aeronaves (2 helicópteros e 2 avões) da frota em relação ao valor estimado em R$ 900 mil. Na quarta-feira (24) foi realizado o certame e após um trabalho conjunto entre as partes técnicas composta por servidores do CIOPAER e da Sesp, o processo para contratação foi formalizado com uma economia de 35% em relação ao valor previsto, fixado em R$ 585 mil.
A Companhia Excelsior de Seguros venceu o Pregão Eletrônico. Também participou da disputa de lances a empresa de seguros Mapfre. O objeto foi a contratação de seguro CASCO e RETA para as aeronaves do CIOPAer.
“O CIOPAER mais uma vez deixa sua contribuição naquilo que o Governo e a sociedade esperam dos seus gestores e servidores, otimizando recursos, mantendo serviço de qualidade e gerando economia aos cofres públicos. O país, bem como o Estado de Mato Grosso, necessita de soluções alternativas a fim de otimizarem seus recursos financeiros, mantendo o padrão de excelência em suas atividades para exímio atendimento à sociedade, partindo deste míster, temos tomado medidas para contribuir nesta necessidade de aprimoramento na gestão e economia”, destacou o comandante da unidade, tenente-coronel Juliano Chiroli.
Criado há 13 anos, o CIOPAER atualmente tem seis aeronaves e três helicópteros e deve adicionar mais duas aeronaves na frota, frutos de apreensão em operações contra o tráfico de drogas. Até o fim do mês está prevista a chegada de uma aeronave Baron, que foi apreendida em 25 de fevereiro de 2018, em uma operação da Polícia Federal realizada nos municípios de Santo Antônio do Leverger e Denise.
O outro avião também do modelo Baron está sendo negociado junto a Justiça Federal. Com a chegada das duas aeronaves, o CIOPAER deve leiloar um dos aviões da frota para utilizar o recurso em investimentos na unidade.
Também neste ano uma das aeronaves será adaptada, com recursos oriundos de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) do Ministério Público, para funcionar como UTI aérea, reduzindo os gastos do Estado com a atividade.
Paraná – As cinco aeronaves à disposição do Governo do Estado têm também uma missão social. A frota é usada para o transporte de órgãos humanos e ajuda a fazer do Paraná referência em transplantes. Só neste ano foram 57 missões de apoio, perfazendo 117 horas e 55 minutos de voo, para o transporte de 111 órgãos.
Essa atuação ajuda a salvar vidas, como a de Antônio Carlos dos Santos, 56 anos, de Marechal Cândido Rondon. O técnico em manutenção predial é um dos tantos beneficiados pela política para a saúde adotada no Estado – há um ano que ele escuta um novo coração batendo no peito. “Para falar a verdade, passei a viver depois do transplante”, diz.
Opção pela vida que sempre rende boas histórias. A frota é formada por quatro aviões – um King Air 350, um Grand Caravan, dois Sênecas III – e mais um helicóptero. No mês passado, por exemplo, a logística de um transporte de órgãos só obteve sucesso graças ao King Air, que é usado com frequência pelo governador. O avião foi acionado em um fim de semana para buscar fígado, rins e baço de um doador em Cascavel e trazer os órgãos para serem reimplantados em pacientes compatíveis que se encontravam na fila de espera em Curitiba. Mais três vidas salvas.
“Quanto antes retirar o órgão e reimplantar, melhor o resultado. Um coração, por exemplo, dura quatro horas. O fígado, oito. Sem essa logística aérea, não tem como fazer, seria apenas transplantes entre pessoas da mesma cidade”, afirmou Arlene Terezinha Cagol Garcia Badoch, coordenadora do Sistema Estadual de Transplante do Paraná (SET/PR).
De acordo com a Casa Militar, a hora/voo dos dois Sênecas III a serviço do Executivo custam R$ 1.500. O investimento no deslocamento entre a capital e Cascavel seria de R$ 5.250, considerando 3 horas e meia para a ida e a volta. “Com essas distâncias, sem um avião, não teria como fazer”, explicou o Capitão Pedro Paulo Sampaio, um dos responsáveis pelo setor.
LIDERANÇA
Desempenho que ajudou o Paraná a fechar o ano passado na liderança em número de doações, em transplantes realizados, em autorização das famílias e em busca por possíveis doadores, segundo levantamento da revista Registro Brasileiro de Transplantes, publicação da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), especializada no segmento.
Foram 47,7 doadores por milhão de população (pmp), resultado quase três vezes maior que a média do País, de 17 pmp. Com relação aos transplantes realmente efetivados, o Estado voltou a se destacar ao realizar 90,9 transplantes pmp, seguido por Pernambuco (69,2 pmp) e São Paulo (67,4 pmp). No Brasil essa taxa foi de 41,9 pmp, bem distante do índice previsto para 2021 de 60 transplantes pmp.
“O Paraná tem um serviço bem estruturado e equipes capacitadas, realmente comprometidas com resultados de qualidade”, diz Beto Preto, secretário de Estado da Saúde. Segundo ele, o governo trabalha com foco sempre em garantir agilidade à população.
ÍNDICE 2019
A liderança do Paraná se mantém nos quatro primeiros meses de 2019. Estatísticas do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná mostram que as doações efetivas somam na média 40,7 pmp. Foram 235 transplantes realizados, entre rim (155), fígado (76) e coração (4), além 254 córneas. “O Paraná é o estado com as maiores doações porque trabalhamos em vários pilares, temos equipes 24 horas por dia, especializadas em identificar a morte encefálica, além de uma logística excelente”, ressaltou Arlene.
O Paraná é o único estado do Brasil a concluir e aprovar um Plano Estadual de Doação e Transplantes, com planejamento até 2022. Tudo é controlado em uma Sala de Situação, que monitora todo o Estado 24 horas por dia, e faz a análise dos dados para elaborar estratégias de ação.
EXCELÊNCIA
O sistema paranaense está baseado em quatro Organizações de Procura de Órgãos – Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. Esses centros trabalham na orientação e capacitação das equipes distribuídas em 67 hospitais do Paraná que mantêm Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT).
No total, são 671 profissionais envolvidos e dedicados a salvar vidas. O Estado trabalha com quatro câmaras técnicas – coração, fígado, rim e córneas. E também é campeão no transplante de fígado e de rim.
Até fevereiro, 1.978 pessoas aguardam na fila por um transplante; no Brasil, são mais de 33 mil pessoas à espera de um órgão. Realidade, agora, bem distante do seu Antônio Carlos. “Eu morri umas três ou quatro vezes, o coração não aguentava. Só posso agradecer”, afirma.
Mato Grosso do Sul – Durante o Exercício Operacional Tápio (EXOP Tápio), realizado na Ala 5, em Campo Grande (MS), no mês de abril, o Esquadrão Pelicano (2°/10° GAV) e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, conhecido como PARA-SAR da FAB, realizaram ações de Busca e Salvamento em Combate (CSAR), que é diferente das missões de busca e salvamento em período de paz.
O exercício ocorreu de forma integrada com outras aviações da FAB, com realização de inserção e resgate, apoio aéreo aproximado, evacuação aeromédica, assalto aeroterrestre, além de atendimento pré-hospitalar em condições de combate.
De acordo com o Comandante do 2º/10º GAV, Tenente-Coronel Aviador Luciano Antonio Marchiorato Dobignies, o treinamento ocorreu em um cenário fictício de missão de paz da ONU. “Consideramos o contexto operacional hostil, quando temos que ter cuidados na aproximação, que pode ser, inclusive, um espaço com uma aeronave abatida ou com presença de tropas paramilitares”, exemplifica.
No EXOP, os militares adquiriram as técnicas necessárias para certificação de que o resgate será viável e seguro. “Os helicópteros voaram baixo, sob escolta de aviões e outros helicópteros. Treinamos uma das missões mais arriscadas em combate”, disse.
Salvar Vidas
A Aviação de Busca e Salvamento constantemente realiza missões de resgate de sobreviventes. Em dezembro do ano passado, após quatro dias de buscas, foi a experiência de um tripulante que levou ao resgate de sobreviventes de um acidente aeronáutico.
O mecânico do Esquadrão, Sargento Vinícius de Souza Melo, recorda que a equipe foi acionada após um treinamento intenso. “Em um certo local, escutei um som que parecia ser do ELT [Emergency Locator Transmitter]”, relembra. O aparelho é um sinalizador de emergência que toda aeronave tem. Normalmente, a bateria dura dois dias, mas aquele era o quarto dia depois do acidente e o sinal estava bem fraco.
A aeronave voltou a sobrevoar a área e, finalmente, todos conseguiram ouvir aquele som. Em seguida, a tripulação visualizou os sobreviventes acenando. “Foi um momento de muita satisfação quando percebemos que íamos levar aquelas pessoas vivas. Buscar e salvar vidas é uma missão muito gratificante”, conclui.
EXOP Tápio
Cerca de 50 aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) e mil militares, envolvendo as três Forças, participaram do segundo EXOP Tápio, na Ala 5. O objetivo foi treinar os esquadrões em um cenário de guerra irregular. Estiveram envolvidos no EXOP esquadrões aéreos das aviações de Transporte, Caça, Asas Rotativas, Reconhecimento e Busca e Salvamento, além do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR), da Brigada de Defesa Antiaérea (BDAAE) e dos Grupos de Defesa Antiaérea (GDAAE).
São Paulo – A formação dos futuros sargentos da Força Aérea Brasileira (FAB), na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), não se restringe apenas a aulas em sala, com a parte teórica. Em instruções práticas, os alunos simulam acontecimentos reais, situações de emergência, utilizando aeronaves reais, desativadas e em exposição, espalhadas no interior da escola.
“É importante utilizar as aeronaves porque, além de serem auxílios à instrução, sem custos adicionais, os alunos têm a oportunidade de vivenciar situações simuladas, que se aproximam muito da realidade, contribuindo para a aplicação da teoria na prática”, comentou um dos instrutores, o Sargento Leonardo Padilha Leote.
Uma dessas instruções ocorreu no dia 31 de maio para os alunos da especialidade de Bombeiro. Os instrutores aplicaram, na prática, como devem ser as ações de resgate em caso de acidentes com aeronaves. A simulação foi dividida em três momentos, todos com vítimas em aeronaves. Na primeira situação, foi utilizado o C-95 Bandeirante, em chamas em seu interior, que resultou num pouso de emergência. Os alunos tiveram que, em meio ao caos, resgatar o piloto e uma vítima no interior do C-95.
Na segunda situação, os futuros sargentos tiveram que resgatar o piloto e um tripulante, após acidente ocorrido com um Helicóptero (UH-1H ). A terceira foi uma simulação de busca e resgate de um piloto ejetado numa área próxima a aeronave, um Mirage F-2000.
“Na teoria, aprendemos tudo que deve ser feito, mas, na prática, a situação muda, e muda bastante. Temos que pensar rápido, os instrutores fazem muita pressão, criam um ambiente tenso, como se fosse um caos real. Tudo isso é fundamental, pois com essa prática conseguimos identificar possíveis erros, quais são as prioridades, como pensar e agir em situações de risco e emergência, garantindo assim ações assertivas numa ocorrência real”, comentou a aluna Marcelly Souza Cruz, da 3ª série do Curso de Formação de Sargentos (CFS).
São Paulo – O risco das queimadas ainda permanece e por conta disso a prefeitura de Rio Claro segue dando atenção redobrada aos treinamentos contra o fogo. Nesta semana o departamento municipal de Defesa Civil participou de atividade sobre combate a incêndios em coberturas vegetais, com o uso de aeronaves. O treino foi organizado pelo Corpo de Bombeiros e Casa Militar.
O evento, que fez parte da operação Corta Fogo do governo do estado, contou ainda com a participação de representantes de usinas da região, de equipe da floresta estadual Edmundo Navarro de Andrade e outros.
“Foi uma excelente oportunidade de nos aprofundarmos em aspectos técnicos sobre acionamento e a operacionalização do apoio ao combate de incêndios florestais”, comenta o diretor da Defesa Civil de Rio Claro, Wagner Martins Araújo, lembrando que desde abril a prefeitura realiza a operação De Olho na Queimada, que prossegue até setembro.
O vice-prefeito e secretário municipal de Segurança, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Sistema Viário, Marco Antonio Bellagamba, reforça que a colaboração da comunidade é essencial para reduzir os riscos de incêndios, que causam prejuízos materiais, põem vidas em risco, afetam a saúde pública por causa da fumaça e impactam a flora e fauna.
“Voltamos a pedir que as pessoas façam o descarte correto de lixo e não ateiem fogo nesse material e em entulho, galhos, e folhas nos terrenos baldios e vias”, destaca.
EUA – O Departamento de Operações Aéreas da Polícia Rodoviária da Califórnia/EUA (CHP – California Highway Patrol’s Air Operations Program) foi presença constante nas manchetes de jornais em 2017.
No final de janeiro, um helicóptero da unidade realizou duas missões de resgate em um único dia na área da baía de São Francisco. Já em fevereiro, novamente seu helicóptero estava em cena, quando a represa Oroville ameaçava causar uma imensa inundação.
Entre a fronteira ao norte com o estado do Oregon, a fronteira ao sul com o México, das praias da Costa Oeste até as montanhas da Serra Nevada, o estado americano da Califórnia possui quase todo tipo de terreno. A população do estado é tão diversificada quanto sua paisagem, com áreas metropolitanas como Los Angeles e as antíteses, como o conhecido Vale da Morte ou Death Valley.
A CHP tem aeronaves e pessoas aptas para operar proficientemente nessas características de ambientes variados. No ano passado, a unidade recebeu um prêmio de Excelência em Aviação Policial da Associação Internacional. dos Chefes de Polícia (IACP) na convenção realizada em San Diego/EUA. Alguns meses antes, a unidade tornou-se uma das 10 unidades aéreas credenciadas pela ALEA nos EUA.
A CHP possui oito bases operacionais, situadas nas cidades de Redding, Auburn, Napa, Fresno, Fullerton, Thermal, Paso Robles e Apple Valley, e tem sua sede administrativa em Sacramento. Com um efetivo de 170 funcionários na unidade de aviação, incluindo supervisores aéreos, pilotos, oficiais de voo, paramédicos e pessoal administrativo, que conduzem as operações de asa fixa e rotativa com uma frota de 15 aeronaves de cada tipo.
Com uma quantidade tão diversificada de paisagens para atuar, o Comandante Mike Sedam afirma que sua força de trabalho é fundamental nesse processo e mantém-se sempre atualizada aos mais diferentes aspectos de mudanças.
“A força de trabalho provavelmente é a parte mais importante da nossa unidade. Eles são os nossos representantes para todas as comunidades que temos no estado da Califórnia “, disse Sedam. “É importante que, quando oferecemos serviço ao público, termos um grupo de pessoas investidas em nossa missão de salvar vidas”.
Essa missão de salvar vidas é colocada a postos todos os dias. Recentemente, todo o país assistiu uma determinada divisão da Patrulha Rodoviária da Califórnia, quando os incêndios mortais atingiram a parte norte do estado. O pessoal da base de Operação Aérea da Divisão Golden Gate estava trabalhando duro realizando missões para manter as pessoas a salvo dos incêndios florestais, enquanto o metade dos EUA se prepara para o início do inverno.
“Os oficiais Gavitte e Jones foram solicitados pelo departamento de xerife de Sonoma para emitir avisos de evacuação no início desta manhã”, segundo publicou a CHP no Facebook em 14 de outubro. “Eles atuaram com a aeronave H-32, utilizando o sistema de alto falantes do helicóptero, transmitindo o alerta de evacuação imediata.”
Pilotos e membros da tripulação são convocados por vários órgãos públicos, incluindo a Cal Fire, para ajudá-los com missões críticas. A unidade aérea da CHP têm um alto padrão de profissionalismo de seus pilotos e oficiais de vôo, o que garante operações sempre hábil.
Para ser piloto ou oficial de voo na unidade, primeiro é necessário seu um oficial de patrulha. O processo de teste envolve o cumprimento de um padrão mínimo de treinamento. Isso inclui possuir uma licença de piloto comercial e IFR e um número necessário de horas de voo em comando. Sendo selecionado para a unidade de operações aéreas, esse oficial é submetido a mais treinamentos, o que inclui diversos tipos de missões especializadas.
Ainda assim, existem treinamento trimestrais voo de cheques anuais para os oficiais de voo. Todo treinamento é na própria aeronave da base, onda cada uma tem pelo menos um piloto instrutor de voo. O Comandante Sedam serviu como oficial de voo, piloto de asa fixa, oficial de manutenção, oficial de segurança e supervisor de manutenção antes de assumir o comando das operações aéreas em 2012.
Os helicópteros são acionados para uma variedade de missões, dependendo da localização da base e das necessidades locais e das agências aliadas. As aeronaves são tratadas como “helicópteros regionais” pois são responsáveis por apoiar as polícias e órgãos locais em missões como busca, resgate e transporte médico. Os helicópteros são todos equipados com guincho elétrico e gancho de carga.
Eles também são certificados pela Autoridade de Serviços Médicos de Emergência do estado e aptos para operações aeromédicas. Um conjunto completo de equipamentos avançados de suporte de vida também está disponível a bordo. Os helicópteros só não são considerados regionais na área metropolitana de Los Angeles, que tem uma unidade aérea baseada na região.
Se a demanda de serviço exceder os recursos disponíveis da CHP, existe uma diretriz para priorizar as missões. As prioridades são classificadas com base no resultado potencial caso não seja prestado o apoio.
A sequência de missões da diretriz é a seguinte:
Atendimento a emergências (aeromédico, busca e resgate, apoio policial, perseguições, distúrbios civis)
Segurança interna (sistemas de transporte, aqueduto da Califórnia, usinas elétricas, infra-estrutura crítica)
Patrulhamento em estradas rurais
Fiscalização (exceto de velocidade)
Fiscalização de excesso de velocidade
Eventos especiais
Transporte
“As aeronaves são plataformas muito capazes para certas coisas, e uma das coisas que consideramos é como podemos usar a aeronave como um multiplicador de força. Nada de deixar as patrulhas terrestres sozinhas”, disse Sedam. “Estamos constantemente avaliando como estamos fazendo nossas missões – como estamos planejando e gerenciando-as.
Temos 30 aeronaves para um estado desse tamanho. Então, essa é uma área muito a ser abordada. Temos de fazer o melhor que pudermos em termos de planejamento e organização para fornecer os apoios possíveis, com o grande número de variáveis que devemos considerar “.
Para manter as aeronaves, a manutenção é feita através de processos de licitação. Quando a aeronave precisa ser substituída, também é feita uma licitação competitiva.
Atualmente, a agência está atualizando sua frota com novos helicópteros Airbus Helicopters H125s. As aeronaves substituídas incluem um Bell Helicopter 206, ano 1993 e helicópteros modelo Airbus / Eurocopter AS350 B3. A CHP planeja continuar a renovação em todo o estado, incluindo a renovação de sua frota de aeronaves de asa fixa.
A CHP é financiada principalmente através do Fundo de Veículos Motorizados (Motor Vehicle Account), que obtém sua receita das taxas de licenciamento de veículos e habilitação dos motoristas. A unidade de Operações Aéreas é então alocada no orçamento da CHP, definido a cada ano fiscal. Nenhuma doação é feita pela iniciativa privada para manter qualquer tipo de operação aérea,
Mas, tão capazes quanto os helicópteros, com suas capacidades melhorando continuamente com as novas aeronaves, o Comandante Sedam credita o sucesso à unidade aérea da agência como um todo.
A unidade começou na década de 1960 com aviões, e com helicópteros sendo testados no início da década de 1970. Esse estudo descobriu que os helicópteros poderiam ser úteis em áreas rurais e poderiam realizar missões especiais, como observações de trânsito e eventos especiais. Claro que a utilização de helicópteros para o transporte aeromédico de emergência também estava na mesma lista.
Em 1977, outro estudo descobriu que os helicópteros poderiam melhorar as missões da CHP, bem como apoiar os departamento de polícias e bombeiros locais. Esse estudo também produziu um argumento ainda mais convincente para o uso de helicópteros para missões aeromédicas de emergência. Agora, a CHP possui helicópteros aptos a operar nos diversos tipos de ambientes da Califórnia realizando uma variedade de missões.
“O que realmente diferencia a CHP é o quantidade de aeronaves que temos, o tamanho de nossa força de trabalho, o número de missões que fazemos e o número de horas que voamos”, acrescentou o Comandante Sedam. “Temos ótimas relações com nossos parceiros de outras polícias que podem não ter recursos de aviação, e nós somos uma ferramenta de apoio para eles. Nós voamos muito, e temos uma equipe muito experiente, que estão conosco há bastante tempo”.
Brasília – O Ministério Público Federal em Brasília (MPF/DF) enviou recomendação ao presidente da República, Michel Temer, com o objetivo de impedir o uso indevido de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) por parte de ministros de Estado e outros integrantes do governo.
O pedido é para que sejam feitas alterações no Decreto nº 4.244/2002, que regulamenta o transporte aéreo de autoridades em aviões da aeronáutica. Isso porque, em investigação, o MPF constatou dois fatos relevantes:
o número elevado de voos realizados para levar ministros de Estado a suas respectivas cidades de domicílio e também para buscá-los e
utilização de aviões para transportar parentes, amigos lobistas das autoridades.
A solicitação do MPF tem como fundamento informações colhidas em inquérito civil público instaurado em 2016 para apurar o uso irregular de aviões da FAB. Deu início à investigação uma representação encaminhada ao MPF por congressistas expondo que 21 ministros de Estado teriam feito pelo menos 238 voos sem a justificativa adequada.
A partir disso, o MPF/DF enviou ofícios ao Comando da Aeronáutica e à Secretaria Executiva de cada Ministério apontado na manifestação, buscando informações sobre o custo dos voos realizados pelos ministros e sobre a agenda oficial dos chefes de cada pasta.
Em resposta, o MPF recebeu o dado de que foram gastos mais de R$ 34 milhões com os voos dos ministros de Estado da gestão do presidente Michel Temer no período de maio de 2016 a março de 2017.
Também com base nas informações recebidas, o MPF constatou que dos 781 transportes realizados, 238 tiveram como destino/origem a cidade de residência dos ministros sob o fundamento de necessidade de “segurança” e “serviço”.
Segundo o Ministério Público, a justificativa viola o Decreto nº 8.432, vigente desde 2015 e que restringe o uso de aeronaves do Comando da Aeronáutica em deslocamentos dessas autoridades para o local de domicílio. Na investigação, foi identificado que a solicitação de locomoção tinha como destino o local de domicílio de residência requisitante às quintas ou sextas-feiras, com retorno previsto para Brasília nas segundas ou terças-feiras.
Sobre o uso abusivo e ilegal dos voos da FAB, a recomendação destaca que “não há justificativa plausível para que a Administração Pública continue financiando esses gastos desmedidos, razão pela qual a revisão do Decreto nº 4.244/2002, bem como a punição dos que infringiram a restrição é medida que se impõe”.
Além disso, o MPF afirma que a norma lista, taxativamente, as autoridades públicas autorizadas a solicitar o uso dos aviões do Comando da Aeronáutica, mas é omissa em relação à possibilidade de acompanhantes. Para o Ministério Público, a lacuna normativa dá espaço para interpretações e pode servir de motivo para validar as “caronas”.
Alteração do decreto
Para impedir que a Administração continue financiando os gastos desmedidos com o transporte de integrantes do governo ou possibilitando requisições que ofendem a moralidade, o MPF pede para que sejam incluídas regras específicas no decreto. Como exemplo, cita que a norma deve informar se as autoridades solicitantes podem ou não embarcar em companhia de parentes ou terceiros e, em caso, positivo, discriminar em quais circunstâncias.
Além disso, é necessário definir objetivamente “viagens a serviços” e “compromissos oficiais”, especificando os eventos com tais características, de modo a ser possível distingui-los daqueles considerados de interesse particular da autoridade ou de importância reduzida. A regulamentação também deve incluir a previsão de ressarcimento aos cofres públicos em caso de uso indevido do transporte da FAB.
O MPF também solicita que a classificação do motivo “segurança” seja feita pelo Gabinete de Segurança Institucional ou Polícia Federal, e não pela autoridade que solicitar o transporte. Por fim, a norma deve exigir que as viagens para comparecimento a compromissos constem previamente da agenda pública do ministro, com o indicativo de uso da aeronave oficial.
Ainda no documento, o MPF informa que, caso não sejam saneadas as deficiências apontadas, poderá adotar medidas judiciais.
Prazo
Conforme prevê a Lei Complementar 75/1993, o documento ao presidente Michel Temer deverá ser encaminhado por meio da Procuradoria-Geral da República (PGR). O prazo para o cumprimento da recomendação passará a contar a partir da data do recebimento do documento por parte da Presidência da República.
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Distrito Federal
Califórnia/EUA – Uma onda de incêndios da Califórnia destruiu uma área maior que New York e Boston juntas. Até 3 de dezembro, mais de 6.662 incêndios queimaram 505.391 acres este ano. Thomas Fire é um incêndio que arde nos Condados de Ventura e Santa Bárbara, nas cidades de Ventura, Ojai e Santa Paula, e um dos vários incêndios florestais que começou no início de dezembro de 2017, no sul da Califórnia.
Com mais de 234 mil acres queimados, o Thomas Fire é o quinto maior incêndio da história moderna da Califórnia. Está incendiado uma área maior do que toda a cidade de Nova York.
Pelo menos 25.000 casas estão ameaçadas por cinco incêndios florestais, de acordo com a agência de proteção contra incêndios CAL FIRE. Quase 7.000 bombeiros estavam enfrentando o Thomas Fire. Milhares de bombeiros de Nevada, Arizona, Colorado, Idaho, Oregon, Utah e Washington estiveram envolvidos na luta contra os outros incêndios florestais. Pelo menos 98 mil habitantes foram evacuados no sul da Califórnia.
A medida que as equipes de terra trabalham arduamente para combater os incêndios florestais que tomaram o estado americano da Califórnia/EUA, o apoio aéreo provou ser essencial para atuar no plano de ataque às chamas.
Veja as aeronaves usadas para combater os incêndios por lá
Boeing 747 SuperTanker
O 747 modificado está equipado com um tanque de 24.000 galões (quase 91 mil litros) e um sistema pressurizado que pode despejar retardante de chamas em alta pressão ou simplesmente dispersá-lo enquanto sobrevoa o incêndio.
Ao contrário dos helicópteros que podem pairar acima do foco do incêndio, o 747 deve aproximar-se a 140 nós e efetuar a passagem entre 400 e 800 pés acima das chamas para despejar sua carga.
DC-10
O único avião wide-body da aviação comercial em uso para combate a incêndio, o DC-10 usado pela Cal Fire, antigamente voando pela Pan Am e American Airlines, pode transportar 12.000 galões (mais de 45 mil litros) de retardante de chamas que, quando dispersos, criam uma nuvem com 100 metros de largura e por 1.500 metros de comprimento.
De acordo com a Cal Fire, uma carga de DC-10 é equivalente a 12 cargas de uma aeronave-tanque Grumman S-2T e devido ao seu tamanho e a infra-estrutura necessária para suportar a sua operação, este jato é usado apenas para missões de incêndios extensos.
Grumman S-2T
Conhecido pela sua velocidade e manobrabilidade, o S-2T era inicialmente um avião de guerra anti-submarino da Marinha dos EUA. A Cal Fire agora tem aproximadamente 24 dessas aeronaves turboélice em sua frota.
A aeronave pode efetuar passagens em velocidades de 300 kt com uma carga útil de 1.200 galões (pouco mais de 4.500 litros), sendo comum sua utilização como aeronave inicial de combate aos focos de incêndio.
Bell UH-1H
Conhecido como “Super Huey”, o UH-1H já foi usado pelo Exército americano para operações de transporte de tropas e carga.
Agora, devidamente modificados, esses helicópteros podem fazer de tudo: transporte da tripulação, lançamento de água e espuma, operações de evacuações aeromédicas e mapeamento infravermelho.
CL-415 / Bombardier 415 “Superscooper”
Apelidado de Superscooper, esses hidroaviões captam água de lagos e reservatórios através de sistema na parte inferior da fuselagem e podem ser diretamente lançados sobre as chamas ou misturados com um retardante de chamas.
A aeronave da Bombardier pode efetuar passagens a mais de 200 kt com um carga de 1,621 galões (mais de 6 mil litros) de água a bordo.
Sikorsky S-70 “Firehawk”
O Firehawk é uma versão civil do conhecido helicóptero Blackhawk, comumente usado pelo Exército dos Estados Unidos. A aeronave pode ser usada com um grande tanque de 1.000 galões montado na parte inferior da aeronave ou com um balde operado como carga externa.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) encerrou ciclo de debates sobre a regulamentação dos Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAS), apresentando proposta de norma durante o 2° workshop sobre o tema, promovido nos dias 19 e 20/02, em São José dos Campos (SP). O evento foi destinado ao público externo e contou com a participação de entes governamentais envolvidos com o assunto, tais como o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Aeronáutica, e a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Potenciais operadores e fabricantes de RPAS – também conhecido como Vants e Drones – estiveram presentes no evento.
O 2º workshop teve como objetivo a apresentação, pelas áreas técnicas da Agência, da proposta de norma para operações não-experimentais de aeronaves remotamente pilotadas e a discussão da proposta junto aos interessados do setor, com a finalidade de aprimorar a regulamentação. O evento fez parte do processo de desenvolvimento do ato normativo. Os estudos para elaboração deste ato normativo se iniciaram no começo do 2º semestre de 2013, quando a Agência promoveu a primeira edição do Workshop.
O normativo proposto ainda será submetido à audiência pública, oportunidade na qual qualquer interessado poderá encaminhar contribuições. Depois de analisadas as contribuições, a minuta de regulamento será apresentada para deliberação da Diretoria Colegiada da Agência. A realização da audiência pública e a publicação da norma está prevista para ocorrer ainda neste ano.
A regulamentação em desenvolvimento trata da utilização comercial e corporativa dos RPAS, em áreas segregadas. A Agência considera, na regulamentação proposta, a forma progressiva, ou seja, normas mais rigorosas para operações com aeronaves de maior porte.
Neste sentido, as aeronaves foram classificadas, conforme critérios relacionados às características da operação (altitude, operação em linha de visada visual ou além dela, operação noturna, operação em áreas confinadas, entre outras): classe I – 150kg em diante; classe II – 25 a 150kg; e classe III – 0 a 25kg. As discussões envolveram na proposta normas que regulamentam o projeto, a manutenção, o registro e a operação dos RPAS, além da habilitação do piloto remoto.
A agência espacial americana (Nasa) derrubou nesta quarta-feira (28) um antigo helicóptero da Marinha, com 13,7 metros de comprimento, para estudar a segurança de suas aeronaves. O teste foi feito no Centro de Pesquisa Langley, na cidade de Hampton, Virgínia, em parceria com a Marinha, o Exército, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA e a empresa privada Conax Florida Corporation.
Ao colidir o helicóptero contra o chão, após ser preso por cabos e cair de uma altura de 9 metros, a 48 km/h, o objetivo dos engenheiros da Nasa é produzir novos veículos cada vez mais seguros, eficientes, leves, silenciosos, ecológicos e capazes de transportar uma maior quantidade de passageiros e cargas.
O espaço onde a aeronave caiu é chamado de LandIR, tem 122 metros de comprimento por 73 metros de altura, e é usado há quase 50 anos. Foi nesse mesmo lugar onde o astronauta Neil Armstrong e seus colegas da missão Apollo 11 ensaiaram o pouso na Lua, o que ocorreu em 20 de julho de 1969.
Desde então, o local se tornou uma instalação para testes de colisões, na qual os engenheiros da Nasa simulam acidentes aéreos. Recentemente, a área também ganhou uma grande piscina, onde se fazem testes com a cápsula espacial Orion, que vai substituir a antiga geração de ônibus espaciais e deverá aterrissar na água ao voltar para a Terra.
Para o teste desta quarta, a fuselagem do helicóptero foi toda equipada com computadores de bordo, instrumentos para medir aceleração e quase 40 câmeras para gravar a “reação” de 13 bonecos – amarrados no interior da aeronave – antes, durante e após o impacto.
Do lado de fora, foram montadas câmeras para capturar outras imagens da queda. E a aeronave foi pintada de branco com bolinhas pretas, em que cada ponto representa um conjunto diferente de dados.
Essas câmeras internas e externas são de alta velocidade, pois conseguem registrar até 500 imagens por segundo, o que permite que os cientistas vejam exatamente como a fuselagem se dobrou, rachou e entrou em colapso com a colisão – à qual seria possível sobreviver, segundo os pesquisadores.
Além disso, foi instalado o sensor de movimento Kinect, do videogame Xbox, da Microsoft, como um instrumento adicional para rastrear as ações dos bonecos.
Em 2014, a Nasa prevê um novo teste de colisão de um helicóptero semelhante, com uma tecnologia ainda maior.
O que na linguagem geral convencionou-se chamar de TURBINA é na realidade uma categoria de motores que utiliza o princípio da reação. A turbina é apenas uma parte desse motor.
Na categoria dos motores chamados genericamente de TURBINA existem os estatojatos, pulsojatos, turbojatos e turbomotores entre outros. Os turbojatos ou jato puro como são comumente chamados são os motores mais utilizados nos aviões a jato. Foram utilizados em alguns poucos modelos de helicópteros que tinham os seus rotores acionados por gases ejetados pelas pontas das pás.
Atualmente, na sua maioria absoluta, os helicópteros são chamados de mecânicos porque os motores utilizados aplicam potência a uma transmissão mecânica que, por sua vez, aciona os rotores. A maioria absoluta dos helicópteros mecânicos atuais utiliza os turbomotores ou motores a turbina. Esses motores, diferentemente dos turbojatos, possuem um segundo estágio de turbina que absorve a energia dos gases em escapamento, produzindo potência em forma de movimento rotativo que aciona os rotores do helicóptero através do conjunto de transmissões mecânicas.
QUAIS AS VANTAGENS DO TURBOMOTOR EM RELAÇÃO AOS MOTORES A PISTÃO?
O turbomotor tem tempo médio entre falhas, tempo entre revisões gerais e vida útil muito maiores do que o motor a pistão, o que confere àquele motor um índice de confiabilidade muito superior ao deste. Isto de deve, entre outros fatores, ao fato de que o turbomotor possui muito menos peças móveis sujeitas a esforços e portanto a falhas do que o motor a pistão. O próprio princípio de funcionamento do primeiro auxilia na possibilidade de redução do número de peças móveis.
Enquanto o turbomotor funciona de forma contínua, o motor a pistão funciona de maneira alternada, gerando esforços cíclicos de valor importante que ajudam significativamente a reduzir a sua vida útil, além de ser uma fonte adicional de vibrações para a aeronave como um todo.
Para uma mesma potência dada, o motor a pistão é muito mais pesado do que o seu correspondente a turbina. Os fabricantes tendem a procurar o motor mais leve possível que possua a potência necessária para decolar o seu helicóptero. Isto faz com que muitas vezes os helicópteros com motor a pistão sejam submotorizados, obrigando-os a trabalharem próximos de seus limites, donde uma maior limitação de vida útil e de tempo entre falhas.
DE QUE MATERIAL É FEITO O TURBOMOTOR?
Como foi visto anteriormente, a origem da maioria das vantagens do turbomotor em relação ao motor a pistão está no princípio de funcionamento de cada um. No que diz respeito aos materiais utilizados, as pesquisas e o desenvolvimento tecnológico estão bastante avançados em ambos os lados e os fabricantes dos dois tipos de motor lançam mão de, praticamente, os mesmos materiais.
CUSTO DE REPARO COMPARADO COM MOTORES A PISTÃO
O custo inicial de aquisição de um turbomotor é bastante superior ao de um motor a pistão. Quanto ao custo de reparo, a comparação não é tão simples como pode parecer à primeira vista. Não basta comparar os preços das revisões. A oferta de oficinas especializadas é muito menor no caso dos turbomotores do que no caso dos motores a pistão. Isto se deve em parte ao volume muito maior de investimentos necessários tanto em recursos humanos quanto em equipamentos para o primeiro caso em relação ao segundo. Somente este aspecto já faz com que os preços de serviços típicos sejam maiores para os turbomotores do que para os motores a pistão. Entretanto, a freqüência com que esses serviços são requisitados em um e em outro caso contribui para reduzir essa diferença.
Em uma avaliação grosseira porque sem uma base estatística sólida, pode-se dizer que a manutenção dos turbomotores tende a ser mais cara do que a manutenção dos motores a pistão.
Este, entretanto, parece ser o justo preço pelo acréscimo em confiabilidade, segurança e desempenho que, no caso particular dos helicópteros, o turbomotor oferece em relação ao motor a pistão.
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