Mato Grosso – Na manhã desta quarta-feira (8), na cidade de Brasnorte, região norte de Mato Grosso, um aviação Cheyenne I da empresa Abelha Táxi Aéreo e Aeromédico fez pouso forçado próximo ao aeródromo. Os ocupantes da aeronave não sofreram ferimentos.
Segundo nota da empresa, a aeronave decolou de Cuiabá, MT (SBCY), às 11:36Z com destino o aeródromo da Cidade de Brasnorte, MT (SDNB), com a missão de transportar paciente enfermo em voo aeromédico. Na aeronave além do piloto e copiloto, estavam a bordo um médico e uma enfermeira.
Ainda segundo o que informou a empresa de Táxi Aéreo, durante o procedimento para pouso na localidade de destino Brasnorte, a aeronave ingressou na perna do vento da pista 26, realizou a perna base, porém ao ingressar na aproximação final, os tripulantes não perceberam que estavam realizando o pouso em uma estrada que fica paralela a pista de pouso do aeródromo, aproximadamente a 500 metros de distância.
Após o toque na estrada e depois de percorrer cerca de 250 metros, devido o terreno ser irregular, houve danos no trem de pouso dianteiro e também no trem de pouso principal do lado esquerdo. Também ficaram danificadas as hélices e motores e a parte dianteira inferior da fuselagem. Ninguém se feriu.
As informações foram passadas pela empresa de Táxi Aéreo ao Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA 6).
Brasil – Longe dos grandes centros e de hospitais com estrutura para o tratamento do COVID-19, muitos pacientes precisam ser transferidos por longas distâncias para receber tratamento. Nessas situações, a opção mais rápida e segura é o serviço de UTI aérea.
Porém, as empresas de táxi-aéreo que prestam esse tipo de serviço costumam usar aviões de pequeno porte, o que dificulta o distanciamento social e o uso de capsulas de isolamento de paciente. Médicos e tripulantes são obrigados a usar roupas especiais de proteção, mas ainda faltava recursos extras para o próprio paciente.
A solução foi usar um “capacete” chamado de BRIC® (Bolha de Respiração Individual Controlada), um dispositivo em formato bolha de uso individual, impermeável, de conexões respiratórias, que permite uma zona de controle de ar e oxigênio. Ele funciona com 04 válvulas estanques de acesso para instalação de conexões de entrada e saída do fluxo de ar, sonda de alimentação e acesso venoso.
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Há apenas um modelo fabricado no Brasil, lançado sob a marca Life Tech Engenharia, aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Uma das empresas de táxi aéreo que adotou o equipamento foi a Abelha Táxi-Aéreo e Aeromédico, de Cuiabá (MT), que comprou 20 unidades do equipamento.
O “capacete” é indicado para paciente com sintomas respiratórios graves. No transporte aeromédico, no entanto, ele será utilizado mesmo por pacientes em melhores condições. Além do tratamento, o objetivo é evitar riscos de contaminação de médicos e tripulantes presentes no voo.
“Se o paciente não está sendo tratado com o capacete, vai ser utilizado com a finalidade de proteger toda a equipe médica, tripulação e paciente durante o deslocamento, pois tem como sua principal característica a estanquidade (vedação), capacidade de conter o vazamento, essencial para evitar a propagação da doença e não expõe os profissionais a aerossóis, diminuindo bastante as chances de contaminação”, afirmou o médico da operadora, Rodrigo de Brito.
“Com essa parceria, conseguimos melhorar a ventilação e oxigenação do paciente, assim como melhorar a segurança de contaminação dentro da cabine, preservando a equipe médica e os pilotos”, complementou.
Estados Unidos
A operadora aeromédica Life Link III, nos EUA, também passou a usar dispositivo semelhante para o enfrentamento da pandemia de COVID-19. Para pacientes com suspeita ou confirmação do novo coronavírus e não intubados, agora poderão utilizar os “capacetes” Sea-Long.
Esses capacetes americanos custam cerca de US$ 280 e fornecem vedação a prova de vazamento quando instalados corretamente. Além disso, para segurança das equipes aeromédicas, as tripulações utilizam máscaras de respiração Tiger durante os voos.
Como acontece com o dispositivo brasileiro, no hospital, a equipe médica poderá continuar com a ventilação do “capacete” ou realizar a transição do paciente para outro dispositivo.
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