Inglaterra – Em 2024, as equipe de médicos, paramédicos e pilotos especialistas da London’s Air Ambulance tratou de mais pacientes do que nunca. De acordo com a instituição de caridade, a demanda pelo serviço está em seu “nível mais alto de todos os tempos”.
Foram atendidos 2.058 pacientes em 2024 com os helicópteros ou com os veículos de resposta rápida (serviço comunitário de medicina de emergência que atende chamadas de emergência nas casas das pessoas). O serviço possui dois helicópteros H135 (G-LAAA e G-LAAB) que operam das 08:00 ao pôr do sol e nove veículos de resposta rápida modelo Volvo XC90s que garantem cobertura 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Os números “preocupantes” destacam a “necessidade contínua e urgente de cuidados pré-hospitalares avançados na capital”, disse a instituição de caridade. Ela lançou um novo plano de 15 anos que descreve como o financiamento “continua crítico”.
Segundo dados divulgados pelo serviço de ambulância aérea de Londres, foram realizadas 358 intubações de sequência rápida, 228 transfusões de sangue, 176 linhas arteriais femorais, 47 toracotomias e três usos de REBOA (Resuscitative Endovascular Balloon Occlusion of the Aorta) – técnica médica que consiste na expansão de um balão endovascular para controlar sangramento interno. A maioria desses procedimentos somente a equipe pode fornecer no local.
A agressão foi a lesão mais comum, resultando em 488 pacientes (24%). Lesões relacionadas ao transporte resultaram em 357 pacientes (17%), quedas em 301 pacientes (15%), lesões médicas em 273 (13%) e acidentes em 173 (8%). Também houve 466 pacientes que tiveram outros mecanismos de lesão ou mecanismos desconhecidos (23%), que incluem queimaduras, esmagamentos e acidentes industriais.
Ao longo de todo o ano, o serviço levou um paciente ao hospital 16 vezes. “Levar um paciente ao hospital não é o principal objetivo: quando as pessoas em Londres sofrem ferimentos traumáticos com risco de vida, nossas equipes podem fornecer a ajuda de que precisam, realizando procedimentos médicos inovadores e complexos no local. Quando o paciente está pronto para ser transportado, nós o acompanhamos em uma ambulância rodoviária até, geralmente, o centro de trauma mais próximo”, disse Jonathan Jenkins, presidente-executivo da London’s Air Ambulance Charity.
Em 2024, 606 dos pacientes (41,8%) foram levados para o Royal London Hospital por estrada, 396 pacientes (27,3%) foram levados para o St Mary’s Hospital, 216 pacientes (14,9%) para o King’s College e 172 (11,9%) para o St George’s.
Vanguarda para salvar vidas
Após uma campanha de arrecadação de fundos bem-sucedida de dois anos, com uma meta de £ 15 milhões, o serviço conseguiu comprar dois novos helicópteros H135 que entraram em serviço no outono passado. 95% do financiamento da instituição de caridade dependente da doação de pessoas da comunidade.
“As pessoas desta cidade se uniram para garantir o futuro da nossa frota de helicópteros — agora, pedimos seu apoio contínuo para garantir que permaneçamos na vanguarda para salvar vidas. 2.058 pacientes não são apenas uma estatística. Por trás desse número estão pessoas como nós, com redes de amigos, familiares e entes queridos que foram afetados. Sabemos que o trauma nunca para. Mas nós também não”, disse Jonathan Jenkins.