Ascom PI
Piauí – Em seis anos de criação, o SAMU Aéreo do Piauí já atendeu 769 chamadas no Estado e 98,6% dos pacientes transportados foram salvos. O Samu Aéreo foi criado em 2013 para atender casos graves registrados no interior e que exigem deslocamento para atendimento rápido. O serviço está atuando nos municípios de Parnaíba, Floriano, São Raimundo Nonato e Bom Jesus, que têm pistas de pouso homologadas pela ANAC. Os custos para manter a aeronave são garantidos pelo Governo Federal e Governo do Estado.
O Samu Aéreo conta com duas aeronaves, além de uma ambulância de suporte básico, que faz o apoio em terra, para receber os pacientes que virão através do transporte aéreo. O avião, tipo Seneca, é equipado com desfibrilador automático, oxímetro de pulso, ked para imobilização da coluna cervical, talas de imobilização, colares cervicais, pranchas com imobilizadores laterais, além de cardioversor, ventilador mecânico com monitor cardíaco, bomba de infusão, Sonar (para detecção dos batimentos cardiofetais) e incubadora de transporte.
De acordo com a coordenadora-geral do Samu, Christianne Rocha, as aeronaves estão configuradas para atendimentos de UTI, com kits completos aeromédicos, e adaptadas para o transporte de pacientes com as mais variadas condições clínicas. O serviço funciona com dois médicos e dois enfermeiros durante o dia, além da equipe de plantão e uma ambulância em terra.
As patologias que se enquadram nos protocolos para o uso do transporte aeromédico são Infarto Agudo do Miocárdio, AVC – Acidente Vascular Cerebral, Politraumatismo, Neonatologia, Gestantes de Alto Risco e Insuficiência Ventilatória. “Os pacientes podem ser transferidos para Teresina ou para hospitais de municípios próximos. Em Teresina, os pontos de apoio são o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Hospital Getúlio Vargas (HGV), Hospital Universitário (HU) e Hospital da Polícia Militar (HPM)”, explica Christianne.
Para ser atendido pelo Samu Aéreo, o paciente já deve estar sendo cuidado por um hospital regional. A solicitação para o transporte aeromédico deverá partir do profissional médico que está acompanhando o paciente no hospital regional. “O médico entra em contato com a central de regulação das urgências, através do 192, explicando o quadro clínico do paciente, para justificar o uso do transporte aéreo”, esclarece a coordenadora.
De acordo com o secretário Florentino Neto, o atendimento móvel de urgência tem permitido salvar muitas vidas, dada a rapidez do deslocamento das equipes, garantindo o socorro adequado nos hospitais de referência em média e alta complexidade da capital, após o voo da cidade-polo para Teresina. “É preciso reconhecer o reforço do Governo do Estado, através da Secretaria de Transportes, de dotar os municípios de pistas de pouso adequadas, o que facilita o transporte dos pacientes”, diz Florentino.