Às 8:29h do dia 24 de janeiro de 2012 o Grupamento de Aviação Operacional (GAvOp) foi acionado pela CIADE (Central Integrada de Atendimento e Despacho) para o atendimento de uma vítima de afogamento no Lago Paranoá, próximo à Concha Acústica de Brasília. A aeronave Resgate 03 decolou às 8:31h com tripulação composta por piloto, co-piloto, tripulante operacional, médico e enfermeiro.
O pouso na beira do lago ocorreu às 8:35h, horário de início do atendimento pela equipe da aeronave. No local já se encontravam as seguintes viaturas do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS): UTE 307, ABSL 8, AR79, L8 e Jet7.
A vítima era um homem de 25 anos que havia saltado do píer no local e, segundo testemunhas, teria ficado submerso por cerca de 01 minuto, sendo retirado inconsciente da água. Durante a avaliação médica inicial verificou-se que ele se encontrava inconsciente, com respiração agônica e sinais de aspiração de líquido, além de baixa saturação de oxigênio (nível de oxigênio no sangue).
O médico optou por realizar a intubação orotraqueal (introdução de tubo na traquéia para facilitar a respiração) na cena, após o enfermeiro ter providenciado acesso venoso (punção de veia) para infusão de soro e medicamentos. Depois destes procedimentos o nível de oxigênio no sangue aumentou, o que permitiu a sobrevida do paciente.
Com o paciente devidamente estabilizado com colar cervical em prancha rígida, este foi embarcado na aeronave, que decolou em direção ao Hospital de Base do Distrito Federal, que é o hospital de referência para casos de afogamento em Brasília. O pouso no hospital ocorreu às 9:00h, sendo que a equipe da sala de trauma do HBDF já aguardava o paciente no heliponto. Levado à sala de trauma, a vítima foi entregue aos cuidados da equipe de saúde do pronto-socorro do Hospital de Base.
Mais uma vez a integração entre as equipes de atendimento pré-hospitalar do CBMDF e do SAMU bem como os cuidados de emergência oferecidos pela Secretaria de Saúde proveram um atendimento rápido e de qualidade a uma vítima de acidente grave, o que proporciona a esta as melhores chances possíveis de recuperação.
Fonte: Resgate Aéreo, por Jordano Pereira – 1º Ten Médico – CBMDF.