Campo Grande News
Mato Grosso do Sul – O BPTran (Batalhão da Polícia Militar de Trânsito) vai usar drones para fiscalizar as infrações de trânsito em Campo Grande. Desde segunda-feira (10), flagrantes são registrados pelas vias mais movimentadas da Capital. Na manhã de sexta-feira (14), as equipes estiveram na Afonso Pena com a Pedro Celestino. Mas por enquanto, ninguém será multado. A primeira fase é de educação dos motoristas.
O tenente Everton Myller, comandante do setor de Policiamento de Fiscalização com Drones, explica que a ação será itinerante. “É feito um planejamento semanal, a gente analisa os pontos mais críticos com maior número de veículos, mas não tem um fixo, cada dia estamos em um local”, comenta.
Conforme o tenente, os drones têm mostrado que algumas infrações são mais recorrentes, a exemplo da ultrapassagem no sinal vermelho, com a média de mais de 40 infrações por dia. Ele cita, como exemplo, a Avenida Ernesto Geisel, no cruzamento com a Rua Brilhante, além da Avenida Lúdio Coelho.
“Em 15 minutos foram flagrados 30 condutores ultrapassando sinal vermelho na Lúdio, isso acontece principalmente nas primeiras horas do dia. Acho que o pessoal sai de casa atrasado para o serviço e vai ultrapassando todos os sinais”, explica.
Além disso, a falta do uso do cinto de segurança, o uso do celular, estacionar em fila dupla, conversão irregular e estacionar em locais proibidos também serão flagrados pelos equipamentos. Everton frisou que na questão do uso de celular, os motoristas de aplicativo estão à frente e até isso os drones conseguem registrar.
Os equipamentos ficam de 15 a 30 metros do chão e pegam nitidamente imagens dos veículos nas vias. “É possível ver até a tarja da placa, o vídeo é bem nítido”, comenta o cabo Marcos Peter, um dos envolvidos nos testes hoje pela manhã.
Atualmente, a Bptran conta com um aparelho no valor de R$ 15 mil. Mais três iguais estão chegando e a previsão é que outros dois drones no valor de R$ 80 mil fortaleçam o trabalho. Até o final do mês videomonitoramento já começa a confeccionar o auto de infração.
Nessa fase de testes, dois agentes saem para o monitoramento, enquanto um sobe o drone o outro auxilia na direção do aparelho. Já quando a operação passar da fase de teste, serão disponibilizadas Vans Blitz com no mínimo de quatro agentes, dois no manuseio e dois dentro do veículo confeccionando os autos.
“A gente tem que se adaptar ao meio de tecnologia, porque vemos que o crime organizado vem utilizando essa ferramenta e chegamos à conclusão de que a gente tem que se adequar também, quanto mais ferramentas tecnológicas, maior vai ser prevenção”, concluiu Myller.