Amazonas – Facilitar o trabalho de inteligência, as investigações e operações de combate ao crime são algumas das vantagens da utilização de drones na segurança pública.
Empregado com êxito no campo militar, as aeronaves não tripuladas comandadas à distância começam a ser usadas pela Polícia Civil do Amazonas no monitoramento permanente do comércio e das chamadas regiões vermelhas, que possuem altos índices de criminalidade em Manaus.
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Os testes com os drones começaram, nesta semana, pelo centro da cidade. Inicialmente, o monitoramento móvel acontecerá, simultaneamente, em quatro pontos da capital. Bairros como Nova Cidade, na zona norte, e São José, na zona leste, por exemplo, estão incluídos. Equipes de policiais civis treinados vão guiar as aeronaves e acompanhar em tempo real possíveis ocorrências.
Para cada região monitorada por drone, uma base será montada com uma equipe de quatro policiais civis responsáveis pela resolução de casos. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Mariolino Brito, a nova estratégia apresenta inúmeras vantagens. Vai melhorar o reconhecimento das áreas e facilitar a atuação policial.
“Uma equipe da Polícia Civil, suficientemente armada, vai operar o drone e fazer o enfrentamento naquela região. Isso, sobretudo, trará avanços ao trabalho de inteligência policial no combate ao crime”, pontuou Brito.
A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), e os departamentos de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e de Investigações sobre Narcóticos (DENARC) devem ser os mais beneficiados, avalia o delegado-geral.
Georreferenciamento – Com a chegada dos drones, a Polícia Civil formará, ainda, um mapa em vídeo de toda a capital. O banco já está em construção e funcionará seguindo a mesma lógica do georreferenciamento, ou seja, será possível encontrar endereços, identificar as características geográficas e, com isso, otimizar a resposta policial.
“Já temos imagens de toda a orla e de becos do Educandos e da Praça 14, e também vamos fazer em todos os bairros, chegando aos lugares mais difíceis da polícia entrar, como becos e vielas escuras e invasões”, disse o delegado-geral.
Ganham o trabalho de investigação e o atendimento das ocorrências, ressalta o delegado Guilherme Torres, titular do Departamento de Repressão ao Crime Organizado.
“O melhor reconhecimento das áreas nos dará a possibilidade de fazer distribuição da tropa na região da ocorrência com mais eficiência. Vamos conseguir acessar os lugares mais difíceis. Em alguns lugares, quando a polícia chega, geralmente tem alguém na esquina que avisa os demais, o que, às vezes, acaba ‘queimando’ a investigação”, disse Torres. “A zona sul, palco de alguns conflitos por disputa de território entre traficantes, agora está mapeada por drones, o que facilita a atuação policial”, acrescentou o titular do DRCO.
Ascom AM.