Drones e aeroportos não combinam, certo? Depende.
Testes realizados, de 25 a 29 de junho, no pátio do Aeroporto Internacional do Galeão demonstraram a viabilidade do uso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA) em vistorias de pistas, taxiways e pátios de estacionamento.
Contratado pela administradora do aeroporto carioca, o drone sobrevoou, ao longo do período, um pequeno trecho do pátio de aeronaves, averiguando a compatibilidade das marcações e sinalizações atuais às registradas na planta do aeródromo.
Trata-se da Inspeção de Sinalização Horizontal de Pátio à qual os aeródromos são submetidos com regularidade para a verificação de conformidade aos padrões exigidos nos regulamentos relacionados. A diferença, ao que tudo indica, é que com o uso de uma Aeronave Remotamente Pilotada o tempo de execução pode ser substancialmente reduzido.
A fim de manter o nível de segurança aplicado nas atividades, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) apoiou a operação, orientando as tratativas operacionais e a execução do voo da RPA no aeródromo dentro das margens de segurança.
Para o Tenente-Coronel Aviador Jorge Humberto Vargas Rainho, chefe da Divisão de Coordenação e Controle do Subdepartamento de Operações do DECEA, “os resultados obtidos demonstraram a viabilidade de aplicação dessa técnica devido à agilidade e ao grande ganho operacional em termos de tempo de execução, com a menor interferência possível na operacionalidade do aeródromo”.
Ao final dos testes, uma nova planta de sinalização foi desenvolvida para viabilizar um relatório comparativo. Novos testes ainda poderão ser realizados de modo que, de acordo a necessidade operacional do aeródromo, as próximas vistorias gênero possam passar a usar a nova técnica.
Ascom DECEA, por Daniel Marinho.