N4T Investigators
Para a aviação policial eles são considerados recursos valiosos. Estamos falando dos helicópteros, usados não apenas pela polícia e pelos departamentos de xerifes, mas também pela Alfândega e Proteção de Fronteiras.
Mas, como a News 4 Tucson Investigators descobriu, nem todos estão felizes com a forma como voam e onde voam.
Vários acidentes com aeronaves policiais têm ocorrido nos últimos anos. No ano passado, em particular, houve dois incidentes. Isto tem feito algumas pessoas questionar se o risco vale mesmo a pena.
Eles são os olhos da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) nos céus, fornecendo cobertura aérea para os agentes federais em solo.
No entanto, o ex-piloto comercial, Dwight Thibodeaux, contou à News 4 Tucson Investigators que ele fez uma reclamação à CBP, pois os seus helicópteros haviam feito vários voos baixos acima da sua casa em Rio Rico.
“No momento que vi isto, não havia perseguição alguma. Ninguém estava sendo perseguido e achei que o que estavam fazendo era muito, muito perigoso”, disse Thibodeaux.
Thibodeaux não recebeu uma ligação de retorno da CBP e resolveu, portanto, fazer uma reclamação à Administração Federal de Aviação (FAA). A FAA respondeu através de um e-mail, dizendo que o voo fazia parte de um patrulhamento operacional autorizado habilitando um perfil normal de busca ativa.
“O fato de que isso não se repetiu desde então fala por si só se eles acham que o que estavam fazendo era correto”, disse Thibodeaux.
Quisemos investigar diretamente como as operações de voo da CBP estão sendo conduzidas, desde as áreas residenciais ao deserto improdutivo ao longo da fronteira.
O piloto Greg Garcia tem voado em helicópteros por mais de 25 anos. Ele disse que a CBP realmente tem normas de segurança e elas têm ficado cada vez mais definidas ao longo do tempo que ele tem estado na agência.
Garcia nos conta que manobras de alta velocidade, curvas apertadas e voos em baixas altitudes são requisitados muitas vezes dependendo da operação, embora possam não parecer necessários para as pessoas em solo.
“Aquelas manobras definitivamente não são, e olha que minha idade está avançando e tenho feito isto por um longo tempo, um divertimento. Se eu estiver fazendo uma manobra espiral ou uma curva alta, isto me exige muita força-G. Ela puxa o sangue para fora do meu cérebro e deixa todo mundo na aeronave desconfortável, mas precisamos fazer isto de vez em quando para conseguir uma boa visão ou um bom ângulo”, disse Garcia.
Fomos um pouco mais a fundo na aviação policial para você. Na véspera do Ano Novo, um helicóptero alugado pelo Departamento do Xerife do Condado de Cochise acidentou-se perto de Benson, matando ambas as pessoas a bordo.
Em outubro do ano passado, um helicóptero da CBP fez um pouso difícil perto de Bisbee. O piloto sobreviveu neste caso.
Segundo os registros obtidos pela News 4 Tucson Investigators, ele estava voando somente a 25 pés acima do solo enquanto auxiliava os agentes no patrulhamento de fronteiras.
“São manobras necessárias que usamos na aviação policial que, acredito, ninguém as usariam se não tivessem que usá-las”, disse Garcia.
É por isso que a manutenção é um componente chave da unidade aérea da CBP.
Descobrimos que em 2013, a agência aérea da CBP em Tucson voou mais de 12.000 horas e auxiliou em mais de 13.000 apreensões. No ano passado, isto aumentou para mais de 13.000 horas nos céus e mais de 20.000 apreensões.
“É legal saber que estão lá em cima desempenhando o seu trabalho. Não tenho problema algum com eles fazendo isto. Só quero assegurar-me de que eles estão voando de uma maneira segura e de que não estão correndo riscos desmedidos”, disse Thibodeaux.
Acontece que correr risco é inerente a este trabalho. Os imigrantes ilegais e os contrabandistas não descansam e nem os pilotos. A CBP tem alguém no ar 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Ambos os incidentes que ocorreram no ano passado ainda estão sob investigação.
Se você quiser que a News 4 Tucson Investigators investigue algo para você, mande-nos um email para [email protected] ou ligue (520) 955-4444.
Fonte: News 4 Tucson/ Reportagem: Paul Birmingham e Steve Ryan