Rio de Janeiro – Elas têm coragem de sobra para enfrentar perigos e salvar vidas. Destemidas, superaram obstáculos para realizar o sonho de ingressar no Corpo de Bombeiros. Pilotando aeronaves, socorrendo vítimas de afogamento ou gerenciando a atuação de equipes em acidentes, as mulheres desempenham papel fundamental em um universo majoritariamente masculino. Atualmente, 2.656 mulheres integram a corporação, o que equivale a 16,89% do total de bombeiros militares na ativa.
A bombeiro militar, de 34 anos, major Raquel Lopes, fez diversos cursos antes de ingressar na corporação fluminense. Apaixonada por aeronaves, conquistou a função de copiloto em 2014. Raquel quer chegar ainda mais longe: deseja se tornar comandante de aeronave.
“Fico feliz de ver que as mulheres estão conquistando postos de trabalho em diversas áreas ocupadas historicamente por homens. É difícil, mas temos muita disposição. O importante é gostar do que se faz e buscar a realização”, afirmou a Raquel, única mulher copiloto no Grupamento de Operações Aéreas (GOA).
“Realizamos salvamentos com helicóptero no mar e nas montanhas e atendimento pré-hospitalar e neonatal, além de combatermos incêndios. Gosto muito do que faço. É gratificante salvar vidas”, contou a combatente.
Entre 1992 e 1999, 356 mulheres ingressaram no Corpo de Bombeiros. Após a abertura de concurso para praças e oficiais, o número subiu para 1.716 entre 2000 e 2007, uma variação de 326%. No ano de 2002, foi registrada a maior entrada de militares femininas na história da corporação, com 1.049 praças e oficiais. Nos últimos oito anos, mais 1.168 mulheres passaram a integrar o quadro militar da corporação. Atualmente, elas correspondem a 16,89% do efetivo total.
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