Rio de Janeiro – A Força Aérea Brasileira (FAB) não estabeleceu prazo para concluir as investigações sobre o que pode ter provocado a queda do helicóptero da Polícia Militar na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio no dia 19/11. As investigações estão a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) conclua a análise que vai elucidar a causa do evento, que deixou quatro policiais militares mortos.
A Força Aérea informou não ser possível determinar um tempo limite para o fim dos trabalhos, uma vez que muitos fatores do procedimento podem influenciar no período de análise: há, por exemplo, a possibilidade de se levar partes da aeronave para investigação em laboratórios no exterior.
No entanto, segundo o CENIPA, existem padrões internacionais que estabelecem um prazo médio de até um ano e meio para se chegar a uma conclusão – o CENIPA já finalizou investigações em menos tempo, mas também já ultrapassou esse período em outras situações. De acordo com a FAB, a duração da investigação é determinada pela complexidade do acidente.
Ainda assim, garante a FAB, não é necessário que a investigação esteja concluída para que se emita uma notificação caso algum problema técnico seja detectado.
O helicóptero da Polícia Militar caiu quando participava de uma operação de combate ao tráfico de drogas e milicianos na Cidade de Deus. Na queda, morreram o capitão Willian de Freitas Schorcht, de 37 anos, o major Rogério Melo Costa, de 36, o subtenente Camilo Barbosa Carvalho e o terceiro-sargento Rogério Félix Rainha, ambos de 39. Perícia iniciais não detectaram marcas de tiro – nem na aeronave, nem nas vítimas. Porém, apenas a análise do Cenipa vai determinar o que pode, de fato, ter causado a queda.
O helicóptero PR-IDR fabricado pela Airbus (Helibras) em 2007 tinha 2.680 horas de voo e era do modelo Esquilo B3+. A Polícia Militar informou que a última manutenção foi feita no dia 31 de outubro, 19 dias antes da queda. A Helibras, responsável pela montagem do veículo, afirmou só irá se manifestar após a conclusão das investigações. Segundo a Agência nacional de Aviação Civil (Anac), a documentação da aeronave estava em situação regular.
O Instituto de Criminalística Carlos Éboli cuida da parte da perícia que vai determinar a dinâmica da queda da aeronave. Por meio de nota, a Polícia Civil garantiu que as investigações estão em andamento, mas não deu detalhes sobre o trabalho.
Fonte: G1.