Incidente em estante de tiro da PCERJ envolvendo Acadepol e SAer

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Uma confusão ocorrida no estande de tiros da Polícia Civil do Rio de Janeiro, no Caju/RJ, semana passada, causou mal estar na instituição. No momento em que alunos da Academia de Polícia Civil (Acadepol), orientados por instrutores da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), treinavam, agentes do Serviço Aeropolicial (Saer), a bordo de um helicóptero, teriam efetuado disparos. Os tiros atingiram local perto de onde ocorria a aula, afirmaram tanto policiais que estavam em terra como que ocupavam a aeronave.

A chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, determinou que tanto o Saer/RJ, subordinado à Core, quanto a Acadepol produzam relatórios sobre o caso. Procurada por O DIA, a assessoria de imprensa da instituição confirmou que houve um incidente, seguido de mal estar, mas negou os tiros.

Mas as partes envolvidas no caso, ouvidas pela reportagem, confirmam que houve disparos. Na versão dos agentes do Saer, que tinha a bordo equipe de emissora de TV, os tiros foram direcionados a um barranco como demonstração de atuação dos policiais. Eles argumentaram que não sabiam que havia treinamento de alunos da Acadepol, que utilizava um blindado da Core, que também é responsável pelo Saer. A confusão indignou a diretora da academia, delegada Jessica Almeida, que pediu providências a Martha Rocha.

Para os alunos que estavam em terra, o susto foi grande. Eles contam que tiros atingiram matagal onde treinavam. Ninguém se feriu. “Não houve tiros. O que aconteceu foi que o helicóptero voou baixo e uma barraca de treinamento, em função do deslocamento de ar, saiu do lugar”, disse o delegado Marcos Castro, da Core.

Em meio ao incidente, com duas versões, o Saer vai deixar de ser subordinado à Core. O serviço passará a ser chamado de Coordenadoria de Intervenção Aérea, ligado ao subchefe operacional da Polícia Civil, Fernando Velloso. Na noite de ontem, Velloso chamou o diretor do Saer e cobrou explicações sobre o incidente. Com a mudança, os helicópteros poderão ser usados em ações do Batalhão de Operações Especiais (Bope). A Core deve perder o cartório e o Esquadrão Antibomba, que também irá para a subchefia operacional.

 


 

Fonte: O Dia

 


 

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