No sábado (25), equipe da Coordenação de Operações Aéreas (COAER) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) embarcou um trailer contendo drones que irão mapear e monitorar as áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
O equipamento do IBAMA foi transportado no avião KC-390 Millenium da FAB, que partiu da Base Aérea de Brasília com destino à Base Aérea de Canoas. O trailer servirá de base de apoio móvel para os pilotos remotos (drones) do IBAMA.
A Chefe do Núcleo de Aeronaves Remotamente Pilotadas, Mariana da Costa, explicou a importância da infraestrutura, que vai servir de apoio para acomodação dos pilotos envolvidos nesse tipo de operação. De acordo com a servidora, o equipamento conta com dois quartos, banheiro e chuveiro, cozinha, TV, ar-condicionado e acesso à internet. “Levar o trailer via FAB foi fundamental, o que vai acelerar um pouco as atividades, pois por meio terrestre levaria alguns dias e o tempo é crucial para o começar as operações”, destacou.
Na segunda-feira (27) começam os primeiros trabalhos de monitoramento e mapeamento das áreas afetadas pelas chuvas no RS. A ação será em conjunto com a Defesa Civil do estado. Com a ajuda do trailer, os pilotos do Ibama poderão chegar até aos locais mais atingidos pelo desastre, com segurança. Com a estrutura, a equipe poderá trabalhar dia e noite no local.
Pilotos remotos do IBAMA de todo o país irão trabalhar na ação, dividindo-se por grupos e períodos. O IBAMA está atuando no resgate de pessoas e de animais, vítimas da enchente no Rio Grande do Sul desde o início da tragédia.
Os primeiros trabalhos da equipe do IBAMA começaram antes de a água da chuva atingir os prédios da Superintendência e do Cetas, localizados na Cidade Baixa, uma das primeiras áreas que ficaram totalmente alagadas em Porto Alegre. Os servidores retiraram todos os animais silvestres que se encontravam no Cetas e os levaram para locais seguros.
Desde o início da catástrofe ambiental no estado, as equipes do IBAMA resgataram 29 pessoas, 79 animais silvestres e 32 animais domésticos. Foram ainda atendidos pelas equipes, com distribuição de alimentos e suprimentos, 210 famílias indígenas e quilombolas na região da Grande Porto Alegre.
A articulação com a Defesa Civil gaúcha foi desencadeada em função da participação da Superintendência do IBAMA/RS no Comando Operacional Integrado Taquari 2, ainda no início da catástrofe.