São Paulo – Em toda a história, os hospitais no mundo todo eram predominantemente horizontais. No entanto, os cenários econômico, sanitário e urbanístico dos últimos oito anos exigiram novas alternativas para absorver a demanda crescente por atendimento hospitalar, especialmente em planos de saúde, necessidade que se intensificou ainda mais com a pandemia da COVID-19.
Entre as principais soluções está a adaptação de edificações pré-existentes, não necessariamente concebidas originalmente para o uso hospitalar. O reaproveitamento tem vantagens como: sustentabilidade, agilidade na ocupação e início da operação, proximidade de grandes centros urbanos, aproveitamento da tecnologia (no caso de edifícios mais modernos), entre outros. A transformação também apresenta desafios, pois a verticalização não pode prejudicar o funcionamento hospitalar e deve atender as normas sanitárias e de segurança.
Exemplo bem-sucedido é o Hospital Sancta Maggiore Dubai, da Prevent Senior, que fica no Morumbi, Zona Sul de São Paulo. O hospital foi implantado na TEK Nações Unidas, torre corporativa Triple A na Marginal Pinheiros, com 31 lajes e 24 pavimentos, de cerca de 1,2 mil m² cada um, somando 24 mil m², além de quatro níveis de garagem, espaço térreo com pé-direito triplo, dez elevadores e heliponto com elevador de acesso, totalizando uma área construída de 41 mil m².
O edifício já possuía heliponto e para permitir o embarque e desembarque de pacientes em helicópteros foi instalado um elevador de acesso. Na quinta-feira (23), o primeiro paciente foi transportado para o moderno hospital. Uma equipe da Air Jet Táxi Aéreo, empresa da Prevent Senior, pousou o helicóptero AS365N2 (Dauphin) no heliponto com um paciente vindo da cidade de Barra Mansa, RJ. Além dos pilotos, o paciente foi acompanhado por um médico e em enfermeiro.
Um equipe multidisciplinar já aguardava o paciente no heliponto para prosseguir com o tratamento. Além dos apartamentos de internação e enfermarias que alojam 184 leitos, o hospital conta também com centros cirúrgicos dedicados por andar de internação, precavendo cruzamento de fluxos em elevadores, diminuindo a possibilidade de infecções hospitalares além do aspecto humanizado onde o acompanhante aguarda a família no mesmo andar.
A reformulação da torre resultou em um dos mais completos e modernos hospitais gerais da América Latina, com características inovadoras que o tornam uma referência em edifícios de saúde, mostrando que é possível quebrar paradigmas sem deixar de cumprir normas e regras.