São Paulo – Um homem foi preso durante os protestos de quinta-feira (20) na capital paulista após lançar luz de laser verde nos helicópteros que sobrevoavam a Avenida Paulista. Os atos foram de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e contra medidas de ajuste fiscal.
O helicóptero da TV Globo foi um dos atingidos pela luz verde diversas vezes. O homem no meio da multidão mirava a luz verde para o alto, prejudicando a visibilidade do piloto.
O helicóptero Águia 21, da Polícia Militar, também foi alvo do laser verde. A aeronave se aproximou e lançou o farol de busca sobre o homem no meio da multidão. Em outro ponto, ele foi cercado por policiais militares e preso.
O manifestante foi levado para a delegacia da região dos Jardins e depois transferido para a sede da Polícia Federal.
O autor da emissão de raio laser foi autuado em flagrante pelo cometimento do crime previsto no artigo 261 do Código Penal Brasileiro: “Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea.” A pena varia de dois a cinco anos de prisão. A identidade do homem não foi revelada.
É de conhecimento geral que o uso de raio laser é extremamente perigoso e pode causar, além de acidentes graves, danos irreversíveis à visão dos aeronavegantes.
CENIPA
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) registrou, no período de 1º de janeiro deste ano até esta sexta-feira (21), 104 notificações de aeronaves atingidas por raio laser durante voos no estado de São Paulo. No país, foram computados até agora 569 registros da mesma ocorrência.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), apontar raio laser para cabines de aeronaves provoca riscos à aviação por dificultar a visão dos pilotos em momentos considerados sensíveis durante o voo, como aproximação e pouso.
Ainda de acordo com a FAB, o feixe de luz pode causar cegueira instantânea, ofuscar a visão e provocar queimadura na retina.