Inaugurado no dia 17 de dezembro de 2010, o heliponto do Hospital João XXIII, da Rede Fhemig, apresenta um balanço muito positivo em favor da vida ao completar dois meses de funcionamento. Instalado para dar mais agilidade e segurança na assistência a pacientes vítimas de traumas graves e com risco de morte, os números demonstram a eficiência do atendimento com a urgência proporcionada por ele.
Até o dia 17 de fevereiro foram registrados 28 pousos, todos levando até o hospital casos graves, como vítimas de acidentes automobilísticos e agressão por arma de fogo. Do total de pacientes, 23 continuam internados em tratamento ou tiveram alta. Um deles já chegou em óbito e os demais vieram a falecer durante os procedimentos de atendimento.
Para o presidente da Fhemig, Antônio Carlos de Barros Martins, o heliponto é muito importante para o paciente e representa um grande avanço na qualidade do atendimento. “O João XXIII é um hospital de trauma. Hoje já se sabe que nesses casos é determinante ter um atendimento pré-hospitalar em tempo e chegar o mais rápido possível. Quanto mais grave o paciente, mais rápido deve-se chegar ao hospital. No trauma, tempo é vida”, ressaltou o presidente.
O diretor do Hospital João XXII, Eduardo Liguori, ressaltou que o heliponto é uma grande conquista para a população do Estado e destacou a importância dos profissionais envolvidos no atendimento. “Temos uma equipe de médicos, enfermeiros e outros profissionais capacitados para receber esses pacientes. Anos atrás não existia em Minas Gerais uma medicina pré-hospitalar, então esse passo é muito importante e certamente vai poupar muitas vidas”, comemorou ele.
O médico cirurgião-geral do Hospital João XIII, Marcos Lázaro Avellar, disse que o tempo entre o resgate e o atendimento na unidade de emergência é essencial para o paciente. “A vitima grave deve chegar rapidamente ao hospital. Cada minuto que conseguimos é excepcional. Tivemos diversos casos de pacientes que chegaram ao heliponto e foram direto para o bloco cirúrgico”.
O coordenador de Enfermagem, José Flora, diz que a agilidade pode ser comprovada pelo tempo gasto para que o paciente, após ser resgatado na plataforma, chegue até a sala de reanimação – menos de três minutos.
Sala de reanimação
A sala de reanimação, também inaugurada recentemente, tem toda a tecnologia necessária para pacientes em risco iminente de morte. Interligada à sala de politraumatizados e a poucos metros de um tomógrafo computadorizado de última geração, o espaço tem aparelhos de raios X e ultrassom móveis, dois monitores multiparâmetros e respiradores.
É admitido na sala de reanimação o paciente traumatizado (vítima de acidente de trânsito, arma de fogo, arma branca e outros traumas) com necessidade de reanimação.
A sala traz um grande ganho na assistência ao usuário e também para o trabalho do profissional, que tem bem próximo, à sua disposição, toda a aparelhagem necessária para o atendimento ao paciente. A sala tem ainda comunicação com o sistema de alarme (onda vermelha).
Profissionais capacitados
Recentemente médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem passaram por treinamento com aulas teóricas e simulação de atendimento no heliponto. As aulas envolveram treinamento de resgate da vítima até a sala de reanimação, estrutura do helicóptero e da plataforma, mecanismos de pouso e riscos. O treinamento contou com a presença de uma equipe do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e foi organizado pelo coordenador de Enfermagem, José Flora, junto com a diretoria da unidade.
Fonte: Agência Minas, via AviacaoPrf.com.br