A tecnologia vem ajudando a Polícia Civil do Rio a completar missões e superar desafios com mais segurança. Entre os equipamentos está um helicóptero equipado com câmeras, que grava imagens e as transmite ao vivo para a Secretaria de Segurança.
Com isso, em uma operação, o policial consegue entrar na favela vendo, com um monitor na mão, o mesmo que o helicóptero está vendo do alto. O equipamento que já existe em todo o Brasil.
O helicóptero teve participação importante na implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) no Rio, na ocupação do Conjunto de Favelas do Alemão, em novembro de 2010, e também na tragédia da Região Serrana, em janeiro deste ano.
De acordo com o piloto Adônis Lopes, comandante que estava na ação do Alemão, o equipamento foi fundamental para o sucesso da operação. “Ele nos forneceu informações que nos possibilitou operar com segurança, diminuindo riscos de acidentes ou tiros, tanto dos moradores quanto dos policiais. A gente estava acompanhando online tudo o que estava acontecendo”, disse ele.
O sub-chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, explicou que o helicóptero é usado de forma diferenciada e também é um mecanismo de fiscalização importante. “Ele também é empregado em outros recursos, como durante visita do presidente Obama”, contou.
Software identifica suspeitos através de telefone
Além do helicóptero, um programa de computador vem ajudando investigações policiais no mundo inteiro. O software permite a identificação dos interlocutores das ligações realizadas. De acordo com o representante da empresa que o trouxe para o Brasil, Galuco Guimarães, em apenas cinco segundos é possível analisar cerca de oito mil chamadas telefônicas.
O que importa não é o conteúdo das ligações, mas sim quem ligou e quem recebeu a ligação. “Numa análise normal, um telefone que tivesse ligado quatro vezes nunca chamaria a atenção numa investigação que não utilizasse ferramenta como essa”, explicou Guimarães.
Em 2009, graças à nova tecnologia, a polícia teve uma importante vitória, desmontando um grupo de milicianos que dominava o Jardim Batan, na Zona Oeste do Rio.
Equipamento identifica criminoso em multidão
Para identificar um suspeito no meio de uma multidão, um outro equipamento poderá ser o grande aliado da polícia: uma câmera que detecta o rosto da pessoa procurada a partir de um banco de dados.
O equipamento é simples, composto por uma câmera pequena e um laptop. O cadastro é feito na hora e pode ser alimentado com fotos de arquivos da polícia ou com flagrantes de outras câmeras de pessoas cometendo crimes.
A identificação é feita mesmo se o suspeito estiver disfarçado. A câmera detecta o rosto do suspeito, procura no banco de dados e, caso o rosto esteja no arquivo, as imagens são exibidas lado a lado.
Especialistas explicam que a identificação é possível a partir da distância entre os olhos, que é diferente em cada pessoa. Através dessa informação, a câmera detecta, matematicamente, os outros pontos da face.
A tecnologia é capaz de fazer até 2,5 milhões de buscas por segundo, em uma única máquina. A tendência é que esse tipo de equipamento se junte às câmeras que já existem monitorando as ruas das cidades.
Clique aqui e confira o vídeo completo da matéria acima.
Veja abaixo as imagens inéditas feitas pelo helicóptero durante operação na Vila Cruzeiro/RJ, em novembro de 2010. O material foi feito com uma câmera especial e divulgado pela polícia.
Fonte: G1 – Bom Dia Brasil.