Atualmente, o transporte aéreo de pacientes graves é realizado por meio helicópteros ou aviões. Por trás dessas operações, encontra-se uma tripulação e uma equipe de saúde competentes e em sintonia para cumprir determinadas funções, com equipamentos e materiais especializados, que tornam possíveis realizar transportes seguros.
E o farmacêutico tem entrado nessas equipes para oferecer seus conhecimentos e realizar o controle de estoque de insumos e medicamentos, compras, organização e distribuição para as bases aeromédicas. Uma das profissionais da farmácia envolvidas neste trabalho é Virgínia De Rossi de Lima.
“Trabalho na parte administrativa juntamente com o Dr. Felipe Novak e o enfermeiro Márcio Metze, cumprindo todas as ordens e procedimentos relacionados à saúde, segurança do trabalho, meio ambiente e segurança operacional, através da execução, aplicação e cumprimento de todos os quesitos referentes ao conhecimento e aos riscos das atividades relacionadas ao resgate/transporte aeromédico”, detalhou Virgínia.
Virgínia desempenha funções administrativas e assistenciais na sede da empresa Helisul Aviação, no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba, onde um avião realiza o transporte de enfermos. “Distribuídos no Estado do Paraná, temos mais quatro bases nas cidades de Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa”, complementou.
Além disso, a farmacêutica explica que a empresa para qual ela presta serviços, está há 11 anos no setor de resgate e transporte aeromédico, totalizando mais de 16.000 pacientes removidos. Em média, são transportadas entre 45 e 50 pessoas por mês, só na base de Curitiba. “Por meio de licitação, o governo do Estado e a Helisul Aviação trabalham em parceria nos transportes e resgates aeromédicos do Paraná, sendo que a maioria dos pacientes transportados são do Sistema Único de Saúde”, observou Virgínia.
Atividade essencial
Como uma empresa prestadora de serviços faz o resgate e transporte aéreo de vítimas e pacientes, geralmente são usados insumos e medicamentos nos atendimentos, portanto existe a necessidade da contratação de um farmacêutico para realizar este trabalho de organização, controle e distribuição desses itens, frente ao serviço e à Vigilância Sanitária.
Com uma rotina sempre muito dinâmica, os médicos e enfermeiros permanecem de plantão 24 horas para realizar os atendimentos. Nesse esforço, eles fazem a triagem, verificam se o paciente está apto ao transporte, preparam as bolsas com materiais e insumos de acordo com o paciente (adulto/pediátrico), embarcam todos os materiais e equipamentos e partem para o transporte.
Como farmacêutica, Virgínia realiza apenas alguns voos, onde acompanha e verifica a necessidade de implementação de novas rotinas de organização e consumo de medicamentos e insumos utilizados durante o transporte. Porém, o dia a dia dela é mais em solo, onde cuida de todo o processo destinado ao trabalho do farmacêutico.
“A responsabilidade como farmacêutica neste serviço é grande, pois nossos aviões e helicópteros são UTI’s aéreas e transportamos desde o recém-nascido com horas de vida até o paciente mais idoso, com toda e qualquer patologia, da mais simples a mais complexa. Cada pessoa transportada com qualidade é motivo de imensa satisfação para toda a equipe. Equipe essa, que tenho muito orgulho em fazer parte!”, finalizou.