Goiás – O transporte de urgência e emergência de longa distância da saúde pública em Goiás vai ficar mais eficiente e econômico. Nesta sexta-feira (12), às 16 horas, com participação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e do governador Ronaldo Caiado, a Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) e o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) formalizam a primeira etapa do convênio que vai reestruturar o serviço aeromédico estadual.
Essa fase definirá o uso de um avião e um helicóptero do CBM para transportar vítimas de acidentes, pacientes de outras regiões que necessitam de atendimento em Goiânia ou fora do Estado e também órgãos humanos para a Central de Transplantes da SES-GO.
O convênio que prevê economia de mais 50% em relação aos gastos anteriores, será assinado pelo governador, pelo secretário da Saúde, Ismael Alexandrino, e pelo comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Dewislon Adelino Mateus, no hangar do Governo de Goiás.
Segundo Ismael Alexandrino, trata-se de um divisor de águas no oferecimento desse serviço, que era realizado apenas por uma empresa particular. Não apenas pela economia, mas também por contar, de forma efetiva, da experiência do CBM de Goiás.
O contrato é válido por quatro anos e inclui também o programa Combate ao Aedes e treinamentos realizados pela Corporação. O valor total é R$ 3,9 milhões e o serviço aeromédico vai atuar 24 horas por dia, durante toda semana, com uma equipe de socorro formada por 35 profissionais, entre pilotos, copilotos, médicos, enfermeiros, maqueiros, entre outros.
As aeronaves a serem utilizadas pelo serviço são um helicóptero A119MKII e um bimotor Seneca 3 equipados com monitor paramétrico, respirador, oxímetro, aspiradores, bombas de infusão, equipamentos de ultrassom portátil e aspiradores elétricos, entre outros. O serviço começará a funcionar já a partir da assinatura do contrato, e alcançará todas as regiões do Estado.
Retaguarda
De acordo com Ismael Alexandrino, o serviço aeromédico terá como espinha dorsal a estrutura do CBM. Outras etapas poderão ser integradas ao convênio, como, por exemplo, a adesão da Casa Militar, que poderá oferecer como retaguarda aeronaves e equipe para eventuais acidentes com grande número de vítimas ou durante manutenção de aeronave do CBM.
Outra opção será uma empresa privada. Será feita uma nova licitação de empresa privada apenas para retaguarda e sob demanda. “Vamos negociar um valor acessível, em que os custos sejam similares aos contratados com o Corpo de Bombeiros, sobretudo porque esse novo serviço deverá ser utilizado com muito menos frequência, como retaguarda mesmo”, explicou Alexandrino.
O secretário adianta que o projeto da SES-GO prevê, em médio ou longo prazo, um aumento do número de aeronaves operadas pelo Corpo de Bombeiros. “Por sua natureza constitucional, o Corpo de Bombeiros já realiza serviços de resgate desde sua gênese, por isso acreditamos que, pela experiência que possuímos, vamos poder fazer a diferença na vida daqueles que, por ventura, necessitarem de nossas aeronaves”, justifica o comandante-geral do CBMGO, coronel Mateus.
“Será um trabalho de grande importância para toda a população goiana, que terá a sua disposição um serviço de extrema qualidade e com custo reduzido para o Estado”, acrescenta.
Nesse sentido, o plano da SES-GO é também ampliar a equipe e o número de aeronaves, ambulâncias e motolâncias, para garantir ainda mais rapidez e eficiência no serviço. A próxima etapa já definida será a construção, pelo Corpo de Bombeiros, de um hangar no Aeroporto Santa Genoveva especificamente para sediar o serviço aeromédico, que hoje está baseado no hangar do Governo de Goiás.
Regulação
O acesso ao serviço aeromédico será feito pela regulação, no Centro de Operações do Corpo de Bombeiros, por meio dos médicos do Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência (Siate) da SES-GO e do Samu.
“Ambas as equipes ocupam o mesmo espaço no Centro Integrado de Comando e Controle, o que facilita muito o nosso trabalho e, acima de tudo, estará à disposição da população goiana”, explica o Coronel Mateus.