Agência FAB
Amazonas – O Esquadrão Pantera (5°/8° GAV) realizou a Operação Gota, em Lábrea (AM), e apoiou o projeto “Médicos sem Fronteiras” na Aldeia Indígena de Suruwaha, no período de 19 de novembro a 8 de dezembro. A ação, coordenada pelo Ministério da Saúde, conta com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) para levar vacinas a indígenas, além da população rural e ribeirinha da Região Norte, uma forma de realizar a integração do país.
A campanha de vacinação alcançou 40 aldeias e populações ribeirinhas em regiões de difícil acesso, totalizando cerca de 1.000 índios das etnias Deni, Apurinã, Palmari, Jamamadi e Suruwaha.
Desde o início da missão, o helicóptero H-60L Black Hawk operou a partir do aeródromo de Lábrea, onde conta com apoio do Grupo de Segurança e Defesa da Ala 8, de Manaus (AM). O combustível utilizado para os voos na região foi transportado pela aeronave C-105 Amazonas, do Esquadrão Arara (1°/9° GAV).
Apesar da meteorologia instável e dos obstáculos encontrados nos locais de pouso, a tripulação pôde fazer o transporte das vacinas para a Missão Gota 2018 e, também, dos profissionais de saúde e seus equipamentos para o projeto “Médicos sem fronteiras”, que envia profissionais das mais diferentes regiões do Brasil para atuarem na Amazônia.
Ao todo foram cerca de 50 profissionais de saúde, divididos em equipes, atuando nas comunidades indígenas para a aplicação das vacinas e para o atendimento médico e dentário dessas populações. No total, a ação beneficia populações de cerca de 785 localidades nos estados do Amazonas, Acre, Amapá e Pará e conta com o apoio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), subordinada ao Ministério da Saúde, e do Exército Brasileiro.
“Levar a bandeira do Brasil para lugares onde jamais pensei em estar foi a realização de um sonho. Cada aldeia atendida e índio alcançado formava, em nós da tripulação, um sentimento de dever cumprido”, destacou o Tenente Aviador Josué Marcos Coelho Gonçalves.
Histórico
A Operação Gota teve início em 1993, após a notificação de surtos de sarampo em populações indígenas das regiões do Purus, Juruá e Solimões. Desde então, se consolidou no país como uma ação imprescindível para a realização de multivacinação em áreas de difícil acesso. Em 2017, essa ação beneficiou mais de 9,2 mil pessoas de 296 localidades nos estados do Amazonas, Pará, Acre e Amapá com a aplicação de 13,7 mil doses das diversas vacinas.