Exposição de VANT – Veículos Aéreos Não Tripulados – que aconteceu de 10 a 12 de maio na capital paulista mostrou o que há de mais avançado no Brasil e no mundo. O evento reuniu 3.200 participantes, 120 palestrantes em 36 seminários, cursos e fóruns, distribuídos em 102 horas de atividades. A feira reuniu 52 expositores e 102 marcas brasileiras e internacionais.
O mercado global pode chegar a 127 bilhões de dólares. Os números ainda são desencontrados quando se fala de Drones ao redor do mundo. Nos EUA, mais de 300 mil drones foram registrados em apenas 30 dias, quando começou a obrigatoriedade do cadastramento dessas aeronaves no fim de 2015.
A empresa PwC divulgou recentemente uma estimativa de 127 bilhões de dólares em aplicações comerciais para o mercado global de Drones. Segundo o relatório Clarity from above, da PwC, o setor que mais demanda esta tecnologia é o de infraestrutura (US$ 45,2 bi), seguido de agricultura (US$ 32,4 bi), transportes (US$ 13 bi), segurança (US$ 10,5 bi), entretenimento (US$ 8,8 bi), seguros (US$ 6,8 bi), telecomunicações (US$ 6,3 bi) e mineração (US$ 4,3 bi).
Já no Brasil, um levantamento mostra que 42 milhões de reais foram movimentados a partir da feira DroneShow, que aconteceu no início de maio em São Paulo (SP).
“O levantamento foi feito entre os dias 13 a 25 de maio, logo após o evento, através de pesquisa com os expositores, que informaram o total de vendas realizadas diretamente na feira e fizeram um projeção de fechamento de negócios iniciados no evento e que serão concretizados nos próximos meses”, explica Emerson Granemann, idealizador da DroneShow e CEO do grupo MundoGEO, promotor do evento.
A 2ª edição do DroneShow LatinAmerica, que aconteceu de 10 a 12 de maio em São Paulo (SP), teve um crescimento de 50% de expositores em relação à edição anterior, com mais de 100 marcas brasileiras e internacionais na feira e a participação de 3.200 profissionais de todos os estados brasileiros e de vários outros países, como Argentina, Peru, Colômbia, Bolívia, Uruguai, Paraguai, EUA, entre outros.
Participou do evento a Black Bee Drones, primeira equipe acadêmica de drones inteligentes para competições no Brasil. A equipe é formada por alunos de diversos cursos da Universidade de Itajubá – Minas Gerais, entre eles os cursos de Engenharia Mecânica, Mecânica Aeronáutica, Elétrica, Eletrônica, Ambiental, de Produção, de Controle e Automação e de Computação, além dos cursos de Administração, Ciência da Computação e Sistemas da Informação. As empresas Helibras, TecnoLife´s e Speaking são patrocinadoras da equipe.
Em menos de um ano de criação da equipe Black Bee Drones ela conquistou o terceiro lugar na IMAV Competition (Iternational Micro Air Vehicle) que ocorreu em setembro de 2015 em Aachen, Alemanha.
Além dos negócios que foram gerados na feira, os resultados positivos da pesquisa realizada com os participantes também mostra a aderência à proposta do evento: 95% dos pesquisados aprovaram o evento e 89% pretendem voltar ao evento na edição. Para quem não conseguiu participar presencialmente no evento, será realizado de 14 a 23 de junho o DroneShow Online, com quatro cursos a distância apresentados por alguns dos maiores especialistas do setor.
Segundo o relatório da pesquisa sobre o mercado de Drones Clarity from above, da PwC, que pode ser aplicado também ao Brasil, os setores que mais demandam esta tecnologia são os de infraestrutura, agronegócio, transportes, segurança, entretenimento, seguros, telecomunicações e mineração, fato que foi identificado também no evento DroneShow, através da programação com mais de 100 palestrantes distribuídos por dezenas de atividades, como cursos, debates e seminários.
A próxima edição do DroneShow já está marcada para 9 a 11 de maio de 2017 no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP).
Aplicações x Restrições
As soluções tecnológicas no uso de Drones variam de acordo com as necessidades dos diferentes setores, pois vão desde o fornecimento de dados em tempo real sobre o andamento de uma grande obra até a resposta a uma emergência em um local de difícil acesso, passando pelo mapeamento de áreas agrícolas.
Com a evolução no uso de Drones, aspectos como a licença para a obtenção e operação do aparelho, restrição de uso do espaço aéreo, treinamento dos pilotos, além da coleta, processamento e compartilhamento dos dados, entre outros, passaram a demandar respostas urgentes dos órgãos da aviação civil governamentais em todo o mundo.
No Brasil, os Drones devem seguir as regras da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), para os assuntos ligados ao uso de radiofrequências; do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), para as regras sobre as licenças de voo e uso do espaço aéreo em território nacional e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), para questões ligada a certificação e operação de Drones.
Foto: Eduardo Alexandre Beni