As operações especiais nas olimpíadas da Divisão de Operações Aéreas (Dioar) da Receita Federal começaram antes mesmo do início oficial dos Jogos Olímpicos. A primeira ação foi sobrevoar a região central do Rio de Janeiro, área portuária, Ministério das Relações Exteriores, acessos à Copacabana, Vila Olímpica e Parque Olímpico (complexo esportivo na Barra da Tijuca), para obtenção de imagens e subsidiar relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) quanto à avaliação de risco sob o enfoque daquela entidade.
Foi dada atenção especial às vias de acesso, construções abandonadas e pontos da região do Porto do Rio (Porto Novo) e Museu do Amanhã, em razão da grande quantidade de pessoas que acompanhariam a transmissão ao vivo dos eventos olímpicos nos telões instalados no local.
As áreas de interesse e os pontos sensíveis foram indicados pelo Superintendente da Abin no Rio de Janeiro, Frank Márcio de Oliveira, que estava a bordo da aeronave. Estavam também presentes no voo o diretor geral da Agência, Wilson Roberto Trezza, e o Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), General Sérgio Etchegoyen.
Outras duas missões de destaque ocorreram nos dias 31 de julho e 1º de agosto: reconhecimento de pontos sensíveis nos percursos terrestres do presidente da República em exercício, Michel Temer, e detecção de radiação nos locais de competição.
Estavam na aeronave pesquisadores do Centro de Tecnologia do Exército (CTEX) e militares do Batalhão de Defesa Química Biológica Radiológica e Nuclear (DQRBN), que, utilizando-se de sensores de radioatividade, realizaram a medição radiológica nos locais de competição e na Vila Olímpica.
As ações ocorrerem conforme o planejamento e dentro dos parâmetros de segurança operacional. O feedback tanto do Exército Brasileiro quanto da Abin, órgãos a quem a Divisão de Operações Aéreas (Dioar) prestou apoio, foi muito positivo, contribuindo para o fortalecimento da imagem institucional da Receita Federal.
Toda a operação foi precedida de uma rigorosa análise dos perigos existentes, tanto para os deslocamentos dos tripulantes em terra quanto para os deslocamentos aéreos. O trabalho envolveu os setores de Inteligência, Operações e Segurança Operacional da Dioar, na análise das informações obtidas junto à comunidade de inteligência local. Com base na avaliação foram implementadas medidas para mitigar os riscos, que garantiram a execução da missão com segurança.
A Divisão de Operações Aéreas dará prosseguimento ao esquema de segurança das Olimpíadas, dentro da escala de prontidão para emprego dos meios aéreos.