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Rio de Janeiro – Primeira comandante de aeronave do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Rachel Lopes, de 37 anos, não esconde a alegria. A posição de destaque era um sonho antigo.
A conquista chegou após cinco anos de atuação como copiloto no Grupamento de Operações Aéreas (GOA). O trabalho como comandante teve início em dezembro do ano passado. A militar tem atuado no atendimento aeromédico, que inclui o transporte inter-hospitalar de pacientes adultos e neonatos, evacuação de vítimas de acidente, além do transporte de órgãos e tecidos vitais, quando necessário.
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– Eu me sinto uma heroína quando tenho a oportunidade de cumprir com a minha função. A redução do tempo em situações de emergência pode salvar vidas – disse a piloto.
Desde nova, Rachel tinha atração pelo trabalho do Corpo de Bombeiros. Foi o irmão que a informou sobre o concurso de combatentes, o primeiro a aceitar mulheres.
– A profissão de bombeiro é encantadora. É uma função muito nobre, quem nunca admirou ou sonhou quando criança em ser bombeiro? Fui informada e incentivada pelo meu irmão sobre o concurso que, pela primeira vez, admitiria o ingresso feminino para oficial combatente na corporação. A vontade de trabalhar com aviação surgiu depois. Ingressei na corporação aos 19 anos – lembrou a major.
Com dois irmãos aviadores, logo Rachel começou a pensar na possibilidade de atuar como piloto de helicóptero. No Corpo de Bombeiros foi descobrindo que o desejo poderia se tornar realidade.
– No desfile de Sete de Setembro, na Avenida Presidente Vargas, ficava olhando o helicóptero vermelho da corporação e pensando: ainda vou estar lá em cima. O comandante do Grupamento de Operações Aéreas da época me falou que nenhuma mulher havia tentado. Aí pensei: esse vai ser o meu desafio – disse.
Entre 1992 e 1999, 356 mulheres ingressaram no Corpo de Bombeiros. Após a abertura de concurso para praças e oficiais, o número subiu para 1.716 entre 2000 e 2007, uma variação de 326%. No ano de 2002, foi registrada a maior entrada de militares femininas na história da corporação, com 1.049 praças e oficiais. Nos últimos oito anos, mais 1.168 mulheres passaram a integrar o quadro militar da corporação. Atualmente, elas correspondem a cerca de 17% do efetivo total.
Novo helicóptero – AW169
Com esse helicóptero biturbina, o Corpo de Bombeiros passa a contar com seis aeronaves no total – cinco monoturbinas do modelo AS350 e um biturbina AW169. A corporação é responsável também pela operação de um helicóptero biturbina leve, modelo AS355, de propriedade da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Com capacidade para até seis tripulantes, esses helicópteros AS350 são usados em salvamentos e no transporte inter-hospitalar de pacientes, órgãos e tecidos vitais.
O novo helicóptero, além de oferecer mais segurança no voo por ter duas turbinas, também permite a navegação com auxílio de instrumentos. Com isso, os pilotos poderão vencer uma de suas maiores dificuldades, que é a redução de visibilidade provocada por condições climáticas adversas.
O pregão para a compra da aeronave ocorreu em dezembro com a participação das empresas Helibras e Aeromot. Essa aquisição visou atender o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil. O contrato do Corpo de Bombeiros, no valor de R$ 52,7 milhões, foi assinado na última quinta-feira. A aquisição foi feita com verba do Gabinete de Intervenção Federal e o helicóptero deve chegar em até dois anos.
A Polícia Civil do Rio também receberá um helicóptero biturbina AW169 e um monoturbina AW119 para operações policias e de vigilância.
Confira os documentos da licitação (saiba mais):