Os membros do Comitê Consultivo dos Cidadãos (CAC) do Distrito Policial de Sully (EUA) fizeram um passeio recentemente no heliporto do Condado de Fairfax, tiveram uma conversa com um dos pilotos e conheceram o helicóptero Fairfax One bem de perto.
Trata-se de um bimotor Bell 429 que opera tanto em missões policiais quanto no transporte aéreo de pacientes. E um dos seus pilotos, PFC Nick Taormina, também é paramédico e policial.
“Participamos de milhares de missões policiais ao longo do ano”, disse ele. “Tentamos encontrar criminosos, como assaltantes, e procuramos crianças e adultos desaparecidos. A aeronave tem uma câmera, um refletor e um sistema de navegação avançado.”
Ela também vem equipada com uma maca e equipamento médico, incluindo um desfibrilador e um monitor médico que exibe os sinais vitais do paciente. Segundo Taormina, “parece uma ambulância aérea.”
O helicóptero sempre voa com três tripulantes — o piloto e dois oficiais de voo — e todos os oficiais de voo são paramédicos. “Os paramédicos frequentam aulas durante um ano para receberem a certificação”, disse Taormina. “Depois passam por um treinamento com a aeronave por três meses antes que possam subir aos ares.”
Além disto, dentro do helicóptero, existem vários rádios para comunicarem-se com os bombeiros e policiais, com o controle de tráfego aéreo e hospitais. “Alertamos o hospital sobre a condição do paciente que estamos trazendo”, disse Taormina. “A colaboração entre a tripulação é essencial.”
Dois mecânicos ficam de plantão para manter o Fairfax One em excelente forma. “Também temos uma segunda aeronave porque trabalhamos 24/7”, disse Taormina. “Portanto, enquanto uma está em manutenção a outra está voando. Conseguimos estar no ar dois minutos depois de receber uma chamada. Usamos roteiros para encontrar as casas e os endereços com precisão.”
Ele comentou que voam bem baixo, em uma altitude de aproximadamente 1.000 pés, para que possam visualizar bem através da sua câmera. Alguns fatores determinam quando o helicóptero deve ser usado para transportar as pessoas a hospitais, ao invés de uma ambulância.
“Depende da hora do dia — por exemplo, se houver um acidente na I-66 na hora do rush — e da gravidade dos ferimentos”, explicou Taormina. “Se houver um ferimento de queimadura, por exemplo, precisaremos apenas de 10 minutos para chegar ao Hospital e Centro de Tratamento de Queimaduras de Washington, em D.C.”
Quando há a necessidade de pousar em um local com o tráfego pesado, ele disse, “O Corpo de Bombeiros fecha as ruas ou rodovias e estabelece uma área de pouso para nós, embora, às vezes, a polícia faça isso também.”
A aeronave voa em média 160 mph e consegue voar em ventos terrestres de 35 nós. Duas tripulações são designadas por dia, cada uma trabalhando por um turno de 12 horas. Há cinco ou seis pilotos, mais 10 oficiais de voo da polícia.
“Comprometemo-nos com a ajuda mútua entre as jurisdições, incluindo Spotsylvania, Winchester, Prince William, Loudoun e até West Virginia”, disse Taormina. “Possuímos o único helicóptero policial de transporte aeromédico que cobre de Potomac a Richmond.”
Cada tripulação recebe entre duas e três horas de tempo de voo por dia, participando de quatro a cinco missões. Em geral, uma chamada dura uma ou duas horas. “Mas, podemos voar até 10 horas em um dia especialmente movimentado”, disse Taormina. “Geralmente queimamos um galão de gasolina por minuto e, em qualquer momento, temos normalmente 100 galões [no tanque].”
Taormina tem trabalhado com a divisão de helicópteros do Departamento de Polícia do Condado de Fairfax desde 2008. Ele conta que a parte mais difícil do seu trabalho é lidar com os acidentes que envolvem crianças muito novas. A melhor parte, ele diz, é “poder voar ao redor da área, amar a aviação e trabalhar tanto em operações policiais quanto no transporte aéreo de pacientes.”
Fonte: Connection Newspapers/ Reportagem: Bonnie Hobbs