FARLEY ROCHA SOARES
No dia 20 de novembro de 2009 o Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) completou três anos de sua criação. Uma solenidade comemorativa aconteceu no Hangar da unidade situado no Aeroporto da Pampulha e reuniu cerca de 90 autoridades entre civis e militares, que assistiram à apresentação da banda musical Bombeiro Instrumental Orquestra Show (BIOS) e do Coral Mirim, formado por crianças do projeto Bombeiro Mirim, do município de Confins. Também foram homenageados na ocasião 20 colaboradores que contribuíram com serviços relevantes para a corporação.
Criado para atuar como resposta operacional diferenciada, o BOA registra hoje mais de 1700 horas de voo e um número superior a 1500 operações realizadas, somando cerca de 350 vítimas transportadas. Batizadas com o codinome ARCANJO, as aeronaves da esquadrilha se firmam cada vez mais no cenário da aviação de defesa civil. Elas apoiam as equipes terrestres nos diversos atendimentos às ocorrências de salvamento, combate a incêndios florestais, atendimento pré-hospitalar, vistorias ambientais, transporte de órgãos para transplantes, dentre outros.
Para que sejam aplicadas as melhores técnicas durante os diversos atendimentos de ocorrências, os militares passam por constantes treinamentos sobre aviação e atividade de Bombeiro Militar. Através de suas realizações, o BOA vem contribuindo para projetar uma imagem positiva do CBMMG em todo país. Com isso, espera-se que o futuro da aviação do CBMMG seja promissor, já que as aeronaves permitem alcançar os mais longínquos rincões do Estado das Alterosas em no máximo 2 horas de voo. Atualmente o Batalhão possui 02 helicópteros AS 350 B/2 VEMD e um avião Cessna 210L Centurion II. O efetivo que compõem a unidade é de 35 militares sob o comando do Ten Cel BM Cléberson Pereira Santos.
De acordo com o comandante do Batalhão, Tenente Coronel Cleberson Pereira Santos, a maioria dos acionamentos são para socorro a acidentes automobilísticos. “Nesses casos, são vítimas com lesões graves e o socorro rápido ajuda a diminuir seqüelas, dando maior chance de sobrevivência”, afirma.
O lema da corporação, Voando para salvar, foi vivenciado pela comissária de bordo Patrícia Faria. Em junho deste ano, ela se envolveu em grave acidente de carro na MG – 010. Patrícia destaca que o socorro rápido, cerca de 20 minutos entre o acionamento e a chegada ao hospital, foi determinante para sua sobrevivência. “Tive traumatismo craniano e só não fiquei com lesões mais complicadas graças ao atendimento”, conta Patrícia, já recuperada e prestes a voltar às suas atividades profissionais.
Fonte: O Autor é Capitão do CBMMG e Comandante de Aeronave no Btl Op Aer. Atualmente é o Subcomandante da Unidade
Fonte : Imprensa Oficial de Minas Gerais
Fotos: Roberto Caiafa (www.caiafa.blogspot.com) e Marcos Juglas