Mato Grosso do Sul – Nenhuma das seis aeronaves que o governo de Mato Grosso do Sul têm está em condições de voar no momento. Enquanto a metade está parada no hangar, que fica no Aeroporto Internacional de Campo Grande, precisando de conserto, a outra não apresenta problema, mas depende de manutenção preventiva, obrigatória todo ano.
A expectativa para que os quatro aviões e os dois helicópteros estejam em condições de voar é um ano, prevê o comandante da Coordenadoria Geral do Policiamento Aéreo, coronel Rosalino Gimenez. Em 2017 ainda não foi feita nenhuma viagem e ano passado o governo voou 154 horas, o que é considerado pouco.
“Nós temos três aeronaves que estão operacionais, em condição de voo, mas precisam das manutenções preventivas. E outras três que precisam de manutenção mais abrangente, que estão com processo de manutenção, mas vai levar um pouco mais de tempo”, explicou.
Conforme o chefe da coordenadoria, as três que estão em condição de voar precisam da manutenção preventiva exigida pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que é a anual, e o processo para fazer isso está em licitação. “Estão em condição, mas no momento elas estão na manutenção de rotina, que é normal, mas obrigatoriamente, deu um ano, mesmo que tenha condição tem que parar para verificar se existe a necessidade de fazer a troca de algum componente”.
Neste caso, a estimativa é que em dois meses as três aeronaves, incluindo um helicóptero que será destinado para policiamento aéreo da PM (Polícia Militar), possam voar. A aeronave da polícia já deve começar a operar em março, com rondas diárias.
Além da frota que já está sob os cuidados do Executivo Estadual, o Ministério da Justiça doou um avião bimotor King Air, modelo Beechcraft A 100, estimada em R$ 2 milhões. A aeronave, cuja manutenção anual deve girar em torno de R$ 70 mil, ainda está em Brasília, segundo o comandante.
“Esta aeronave vai prestar serviço dentro do Estado. Ela tem condição de atender esta demanda e vai ser usada para viagens, principalmente as idas para Brasília”, disse. O governo ainda precisa fazer a manutenção dela antes de ser trazida para Campo Grande.
Embora o custo de aquisição e manutenção de aeronaves seja alto, mantê-las no Estado é mais econômico do que se fossem alugadas, afirma o coronel. “Se fôssemos alugar, com as horas que já voamos, iria gastar mais de R$ 24 milhões. Com elas, tem uma redução da metade”.
Quando funciona – Os quatro aviões e dois helicópteros são utilizados para operações policiais, transporte de tropa para o interior, além de viagens oficiais do governador e do secretariado. “A partir do momento que existe a demanda, eles comunicam a gente, que verifica a possibilidade e tendo aeronave damos o ok, eles marcam a viagem e nós fazemos o transporte”.
Em caso de operações emergenciais, como quando houve um assalto em um banco de Sonora, o trâmite é reduzido e, em questão de, no máximo, três horas, a aeronave decola.
Quando a frota aérea estiver apta a voar, um dos aviões será destinado ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS) para fazer o policiamento aéreo ambiental. O helicóptero ficará para as rondas diárias da Polícia Militar e o restante reservada para viagens oficiais e outras demandas.
Desde o começo deste ano o governo vem lançando licitações para compra de combustível, entre outros itens para a frota de aviões. A mais recente publicação foi em 24 de fevereiro, quando o governo contratou a JPA João Pessoa Manutenção de Aeronaves, cujo contrato custará R$ 899 mil e valerá por um ano.
Fonte: Campo Grande News, por Mayara Bueno.
Foto: Marcos Ermínio.