Rio de Janeiro – Um drone operado pelos bombeiros do estado do Rio de Janeiro na prevenção de afogamentos é a atração deste verão nas praias cariocas. O equipamento começou a ser usado em dezembro. “É o uso da tecnologia em prol da população, para ajudar a salvar vidas”, disse hoje (2) o tenente-coronel Rodrigo Bastos, responsável pela Coordenadoria de Operações com Veículo Aéreo Não Tripulado.
O aparelho, que atinge 30 metros de altura, é operado por bombeiros vinculados à Coordenadoria de Operações com Veículo Aéreo Não Tripulado (Covant). Com visão privilegiada das áreas de risco, a tecnologia tem ajudado o Grupamento Marítimo (Gmar) da corporação a evitar mortes.
As imagens captadas por uma câmera de alta resolução instalada no drone são transmitidas em tempo real para um tablet que fica com o piloto e também para o Centro de Operações do Corpo de Bombeiros. “Ali, a gente faz a marcação dos pontos perigosos e tem a localização exata para poder trabalhar essa parte preventiva. A gente procura fazer com que (os banhistas) não se afoguem. A intenção é essa”, explicou o bombeiro.
Além disso, o equipamento apoia o trabalho do Corpo de Bombeiros em salvamentos aquáticos e terrestres, na busca de pessoas e no resgate de corpos de afogados. “Dependendo da qualidade da água, a gente pode visualizar (um pessoa) em um sobrevoo”, disse Bastos. O mesmo drone foi usado no ano passado na busca de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Nas praias, o drone é requisitado de acordo com a necessidade do comandante da área. Atualmente, o equipamento está sendo utilizado nas praias da zona sul carioca. “Cada dia, a gente está trabalhando em um ponto da orla do Rio”. O trabalho é intensificado nos fins de semana, quando as praias ficam mais cheias, e poderá ser ampliado no carnaval, segundo Bastos.
Equipe e Acordo operacional
No total, 14 militares estão envolvidos no projeto, e dois bombeiros por dia operam o drone. O aparelho está autorizado a atingir até 30 metros de altura. A autorização é concedida pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Aeronáutica.
Os militares que operam o drone passaram por treinamento de 240 horas e estão registrados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A formação incluiu informações sobre segurança de voo, meteorologia, filmagem e edição de imagens, posicionamento correto da ferramenta, orientação com GPS, regras de controle de tráfego aéreo e treinamento em simuladores.
Fonte: Governo do Rio e Agência Brasil.