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G1 e O Olhar

Minas Gerais – O corpo do piloto de parapente de 52 anos, que morreu após um acidente no Pico da Ibituruna, em Governador Valadares, foi resgatado na tarde de terça-feira (11), após cerca de 22 horas. O acidente ocorreu nessa segunda-feira (10), com o piloto ficando preso na vegetação do local, em uma área de difícil acesso. Ele era aluno de uma escola de voo livre da cidade.

O corpo foi localizado em um paredão de difícil acesso. A equipe do helicóptero Pégasus 09 da Polícia Militar fez um sobrevoo para identificar a área, mas devido às condições do tempo não foi possível fazer a descida.

“Necessitava de um apoio aéreo. Entretanto, devido ao horário que a gente chegou e foi acionado, por volta das 17h40, a gente já tinha em mente que provavelmente esse apoio aéreo não seria possível, tendo em vista o horário. O voo noturno é uma atividade de bastante risco, portanto é evitada ao máximo”, explica o tenente Danilo Bruner.

Ainda segundo o militar, o piloto, nascido em Guarapari (ES), decolou na rampa sul, que fica na parte de trás da montanha, e devido às condições climáticas bateu em um paredão, onde ficou preso.

O Corpo de Bombeiros chegou ao local por volta de 17 horas e já iniciou o resgate. Pouco depois, uma equipe de três homens conseguiu chegar até a vítima que, apesar de bastante machucada, ainda estava consciente.

De acordo com o sargento Márcio Aniceto, entre 19 e 20 horas ele não resistiu aos ferimentos e ao choque hemorrágico e morreu. A retirada do corpo foi bastante complicada. Ainda na noite de segunda, os bombeiros estudavam uma forma de fazer o resgate. No entanto, o local de difícil acesso, a falta de luminosidade, o frio e a neblina que começavam a tomar conta, impediram a continuidade dos trabalhos.

Os bombeiros que desceram ao paredão para tentar resgatar o piloto retornaram ao topo do pico. A ordem era aguardar o dia amanhecer para fazer a remoção do corpo, com o auxílio do helicóptero da PM.

Resgate delicado

A operação foi delicada devido ao local de difícil acesso e aos ventos, que mudam com frequência de direção. O corpo foi içado na maca, junto com um policial militar da equipe da aeronave, e, graças à perícia do piloto, foi levado até uma área geralmente usada pelos pilotos para o salto.

O piloto da aeronave Pégasus 09, major Carlos Eduardo Justino Martins, comandante da 5ª Base Regional de Aviação do Estado (Brave), salientou, após o resgate do corpo, que a maior dificuldade da operação foi o fato dele não conseguir ver a vítima.

“Eu, na posição de piloto, não tenho a visão da vítima. Então, é confiança total na equipe. Eles vão me balizando e eu vou posicionando a aeronave na melhor posição para o resgate”, disse ele antes de levantar voo novamente para resgatar os dois bombeiros que desceram para ajudar na remoção do corpo.

O capitão Marcone Gomes, do Corpo de Bombeiros, lamentou a morte do piloto de parapente, mas ressaltou o trabalho feito com segurança pelas equipes de bombeiros, em conjunto com a equipe da aeronave da PM e da perícia da Polícia Civil.

“As maiores dificuldades que tivemos foram o terreno, o local de extrema dificuldade para ser acessado, o clima adverso, a visibilidade, o período noturno. Mas o trabalho foi feito com as técnicas e aspectos de segurança respeitados e, por isso, o sucesso da operação”, concluiu.

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