Ascom FAB
Mato Grosso do Sul – Durante o Exercício Operacional Tápio (EXOP Tápio), realizado na Ala 5, em Campo Grande (MS), no mês de abril, o Esquadrão Pelicano (2°/10° GAV) e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, conhecido como PARA-SAR da FAB, realizaram ações de Busca e Salvamento em Combate (CSAR), que é diferente das missões de busca e salvamento em período de paz.
O exercício ocorreu de forma integrada com outras aviações da FAB, com realização de inserção e resgate, apoio aéreo aproximado, evacuação aeromédica, assalto aeroterrestre, além de atendimento pré-hospitalar em condições de combate.
De acordo com o Comandante do 2º/10º GAV, Tenente-Coronel Aviador Luciano Antonio Marchiorato Dobignies, o treinamento ocorreu em um cenário fictício de missão de paz da ONU. “Consideramos o contexto operacional hostil, quando temos que ter cuidados na aproximação, que pode ser, inclusive, um espaço com uma aeronave abatida ou com presença de tropas paramilitares”, exemplifica.
No EXOP, os militares adquiriram as técnicas necessárias para certificação de que o resgate será viável e seguro. “Os helicópteros voaram baixo, sob escolta de aviões e outros helicópteros. Treinamos uma das missões mais arriscadas em combate”, disse.
Salvar Vidas
A Aviação de Busca e Salvamento constantemente realiza missões de resgate de sobreviventes. Em dezembro do ano passado, após quatro dias de buscas, foi a experiência de um tripulante que levou ao resgate de sobreviventes de um acidente aeronáutico.
O mecânico do Esquadrão, Sargento Vinícius de Souza Melo, recorda que a equipe foi acionada após um treinamento intenso. “Em um certo local, escutei um som que parecia ser do ELT [Emergency Locator Transmitter]”, relembra. O aparelho é um sinalizador de emergência que toda aeronave tem. Normalmente, a bateria dura dois dias, mas aquele era o quarto dia depois do acidente e o sinal estava bem fraco.
A aeronave voltou a sobrevoar a área e, finalmente, todos conseguiram ouvir aquele som. Em seguida, a tripulação visualizou os sobreviventes acenando. “Foi um momento de muita satisfação quando percebemos que íamos levar aquelas pessoas vivas. Buscar e salvar vidas é uma missão muito gratificante”, conclui.
EXOP Tápio
Cerca de 50 aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) e mil militares, envolvendo as três Forças, participaram do segundo EXOP Tápio, na Ala 5. O objetivo foi treinar os esquadrões em um cenário de guerra irregular. Estiveram envolvidos no EXOP esquadrões aéreos das aviações de Transporte, Caça, Asas Rotativas, Reconhecimento e Busca e Salvamento, além do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR), da Brigada de Defesa Antiaérea (BDAAE) e dos Grupos de Defesa Antiaérea (GDAAE).