O grupo Embraer retomou, de forma sigilosa, ainda antes do final de 2014, as conversações iniciadas em 2013 com o conglomerado europeu AgustaWestland, para a instalação de uma fábrica no estado de São Paulo – que poderá ser construída em São José dos Campos (sede principal da Embraer), ou no vizinho município de Taubaté (que abriga o Comando de Aviação do Exército).
Uma fonte do Ministério da Defesa que acompanha o desenrolar dessas negociações informou ao Poder Aéreo, com exclusividade, que os contatos haviam mesmo sido interrompidos (por incertezas derivadas de circunstâncias políticas), mas agora foram restabelecidos com foco no atendimento específico a dois segmentos de mercado: o das aeronaves para atividades off-shore (exploração marítima de petróleo) e o das aeronaves de emprego militar (no Brasil e no resto da América do Sul).
Nesse sentido, os esforços iniciais da nova sociedade no Brasil estarão concentrados na produção das aeronaves AW139, AW189 e o AW149 – este, a versão militar do 189.
Caso os entendimentos entre as partes cheguem a bom termo, a previsão é de que as obras da nova companhia possam ser iniciadas no segundo semestre de 2016.
O AW139 é uma aeronave biturbina para até 15 passageiros, classificada como uma das mais confortáveis e seguras de sua categoria. Na configuração VIP ela transporta entre quatro e oito viajantes, mais dois pilotos. Seus deslocamentos podem atingir os 310 km/h (velocidade máxima). Além disso, o aparelho tem autonomia para cobrir rotas de 1.250 km sem a necessidade de reabastecer.
O AW189 é um modelo de 8,3 toneladas, que deve ser encarado como a versão “operária” – ou mais robusta – do elegante AW139. Sua concepção deriva da experiência e das lições coletadas pela AgustaWestland no lançamento do helicóptero militar AW149. O 189 vem sendo oferecido ao mercado desde 2012, como aeronave ideal para voos de apoio a plataformas de exploração de petróleo fundeadas em alto mar. Sua velocidade de cruzeiro varia entre 270 km/h e 280 km/h, e seu alcance é de até 900 km.
O AW149 é um aparelho biturbina, multifunção, de quase nove toneladas, que transporta até 12 combatentes totalmente equipados (ou cargas externas de 2,7 tons). Apresentado em 2006, com um desempenho em voo muito próximo ao do AW139, serve para dar mobilidade a tropas expedicionárias.
Nota do site Piloto Policial:
Não podemos esquecer dos AW119 Koala, AW109 Grand New e os novos AW169, todos com grande potencial para a aviaçao de segurança pública.