Responsável pelo policiamento aéreo de 60 cidades da Serra, o helicóptero da base aeropolicial de Caxias do Sul passou a atender desde o início do ano a ocorrências no litoral. O deslocamento ocorre sempre que há necessidade e deve se manter até março, quando se encerra a Operação Golfinho.
De acordo com o comandante do 3º Esquadrão de Aviação da Brigada Militar, major Paulo Eduardo Dutra dos Santos, a aeronave vai ser empregada no auxílio a atendimento dos Samu, ocorrências de afogamento e vigilância de trânsito.
— O helicóptero não está efetivamente lá. Ele vai fazer operações pontuais, junto com o Samu, traslados de salva-vidas que necessitem fazer buscas longe da costa e também o patrulhamento da Rota do Sol. Só fica fora se existe a necessidade de pernoitar, como em qualquer missão — explica o major.
A aeronave já foi utilizada na observação da Rota do Sol e no auxílio a um acidente na rodovia, quando transportou um atendente do Samu a fim de agilizar o socorro. Apesar do deslocamento, Santos garante que a operação no litoral não prejudica o atendimento na Serra, já que o equipamento é utilizado em situações pontuais.
— O acionamento da aeronave não é como uma viatura, existe todo um protocolo. O índice dos principais delitos em que a aeronave atua diminuíram. nesse período as populações migram para a praia e isso proporciona a manutenção do serviço. As ocorrências mudam de lugar — acrescenta.
Na região, o helicóptero atende principalmente a ocorrências onde há perseguições. Nesses casos, a visão aérea permite aos operadores do helicóptero informar a direção dos criminosos ou cercá-los até a chegada da equipe de terra.
A aeronave, modelo Schweizer, é de fabricação americana e tem espaço para dois ocupantes. Atua em Caxias desde maio do ano passado e tem autonomia de voo de cerca de duas horas e meia. A Operação Golfinho também conta com um helicóptero multimissão de Porto Alegre, capaz de transportar feridos, por exemplo.
Fonte: Pioneiro