Itália – Tratar um paciente gravemente enfermo em um avião é bastante difícil e requer profissionais bem treinados. Podem ocorrer várias complicações durante o transporte e a ideia do artigo escrito por Guido Villa, Marco Botteri e Roberta Boni, publicado pela Agência Regional de Emergência da Lombardia (AREU), foi divulgar os procedimentos a serem tomados nestes casos.
Os serviços EMS (Emergency Medical Services) na Itália atendem no número 118, mas também é possível ligar para o 112, entretanto vale uma explicação, o 112 é um número que atende todos os países da Comunidade Europeia, como 911 na América do Norte, o 999 na Grã-Bretanha, Hong-Kong e Irlanda ou 000 na Austrália.
O 118 foi criado para acelerar o atendimento no território italiano para emergências médicas e assim centralizou todos os números que existiam dentro do território para agilizar o atendimento e enviar o veículo de resgate mais adequado para vítimas de doenças ou acidentes de qualquer natureza.
Todos os países possuem serviços aeromédicos para transporte de pacientes graves, conhecidos internacionalmente como MEDEVAC (Medical Evacuation) ou evacuação aeromédica. Esse serviço com a utilização de aeronave de asa fixa é sempre um transporte “combinado”, evolvendo uma aeronave e um veículo terrestre.
Isso é muito diferente do que ocorre com uma aeronave de asa rotativa (helicóptero), onde a embarque e o desembarque do paciente podem ocorrer diretamente onde ele esteja até o hospital de destino. No artigo, os autores apontam orientações e recomendações importantes para que o transporte aeromédico em asa fixa seja o mais seguro possível.
Os autores concluem que o transporte aeromédico realizado por aeronave de asa fixa é o melhor método para a transferência secundária de pacientes em longas distâncias de um hospital para outro, ou para a evacuação de uma pessoa ferida de locais isolados com um atenção primária sem muitos recursos.
Alertam que o principal problema do voo de asa fixa é a altitude em que ocorre a maior parte da viagem e a pressurização relativa a bordo, criando tecnicamente uma atmosfera artificial. Assim, as influências decorrentes do voo implicam na necessidade de avaliações clínicas preliminares no paciente para verificação quanto à sua aptidão para a viagem e na implementação de algumas medidas obrigatórias que permitam avaliação adequada do risco clínico relacionado a ele e sua transferência.
No final do artigo apresentam um Check List de verificação para o transporte aeromédico em aeronave de asa fixa.