Paraná – Um trote feito ao Serviço de Atendimento Médico de Urgência, Regional Norte Novo (SAMU 192/SESA), fez com que o helicóptero aeromédico Saúde 10 voasse de Maringá, no norte do Paraná, para Paranacity, na região noroeste, que ficam distantes 85 km, sem necessidade. De acordo com a coordenação regional do SAMU, o custo de uma hora de operacionalização da aeronave é de R$ 15 mil.
O trote foi feito na tarde de segunda-feira (27) por um adolescente de 13 anos e uma criança de 11 anos. Segundo o que disseram para a Polícia, eles pegaram o celular de uma outra criança para realizar as diversas ligações para o SAMU e Polícia Militar. Nas ligações, a pessoa informava que tinha ocorrido um acidente de moto com um anteparo em Paranacity e que o motociclista estava em estado grave. Durante as ligações ainda diziam que o paciente estava agonizando.
O médico que conversava pelo telefone com o solicitante fez várias questionamentos e, conforme a coordenação regional, como a ambulância mais próxima da cidade estava em outro atendimento, o apoio aéreo foi acionado. Quando os socorristas chegaram ao local indicado, não existia nenhum acidente.
Os operadores do SAMU ligaram para o telefone indicado no sistema e um dos garotos atendeu e disse que havia feito o trote. Diante da confirmação, o operador de suporte médico do Saúde 10, registrou a ocorrência. Foi elaborado um Termo Circunstanciado pela Polícia Militar e os garotos foram liberados no término.
“Essa irresponsabilidade poderia ter atrapalhado outro atendimento. Poderíamos ter deixado de atender outras vítimas. Os pais precisam educar os filhos quando e como ligar para o SAMU”, explicou o coordenador regional Márcio Ronaldo Gonçalves.
Conforme a Coordenação Regional do SAMU Regional Norte Novo, com sede em Maringá, em 2019 o serviço recebeu 25 trotes. Em 2018 foram 40.
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