MARCUS VINICIUS BARACHO
Houve um tempo em que um aparelho portátil não era nada mais do que uma segunda opção de outro mais robusto. Seria como levar consigo um pouco da tecnologia, mas que não chegava a substituir a principal.
Como exemplo têm-se os saudosos e pequenos rádios de pilha, que nem sempre sintonizavam todas as estações, mas para algumas situações eram suficientes. Assim também se apresentavam as pequenas TVs que nos acompanhavam nas viagens, notebooks e celulares.
Tudo mudou, pois, chegamos em uma fase na qual o portátil não se apresenta mais como alternativa do principal, mas sim como tecnologia fundamental e necessária, trazendo para a palma da mão recursos imprescindíveis para o desenvolvimento de determinada tarefa.
No caso da aviação isso possibilita grandes avanços, reduzindo o peso e economizando espaço, além de nos livrar das complexas instalações e homologações.
Rádio, GPS, imageador, faróis e diversos equipamentos dedicados à medicina aeromédica (incubadoras, cilindros de oxigênio…), podem se mostrar na versão portátil, facilitando e dimensionando o emprego, pois acompanham seus usuários nos desembarques e podem ser aplicados no cenário crítico, externamente às aeronaves, se necessário.
Excepcional vantagem vem com a gestão de recursos financeiros, apresentando-se como proposta sustentável, já que, um único portátil, pode ser utilizado em várias aeronaves diferentes, exigindo, quando muito, uma fonte de energia (tomada, plug…).
Tão simples quanto a utilização de portáteis, é a substituição desses, quando não atenderem mais os objetivos para o qual foram criados ou se ficarem defasados diante do dinamismo da modernização.
Para a aviação, onde espaço, peso e custo disputam prioridade no processo de decisão dos gestores quando da composição de suas aeronaves, a oportunidade de utilização de tecnologia portátil pode ser a resposta para muitas demandas operacionais.
Equipamentos que ainda não apresentaram uma versão portátil, em pouco tempo estarão oferecendo tal recurso, pois, a cada dia, o mundo está ficando menor e quem não acompanhar essa mudança vai ficar de lado nesse processo de evolução.
Bons voos, com boa gestão!